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GERAIS
Mapa e MMA discutem sistema integrado para avaliação de defensivos agrícolas
Fonte: UPIS 24/04/2024
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reuniu-se com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, para discutir um sistema integrado para avaliação e aprovação de novos defensivos agrícolas.
O encontro, realizado no Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, teve como foco a necessidade de aprovar novas moléculas para disponibilizar ao mercado agrotóxicos mais modernos e biológicos. Na semana anterior, o tema foi discutido com a ministra da Saúde, Nísia Trindade. A proposta é sincronizar as avaliações de produtos pelos órgãos agrícolas, ambientais e de saúde, tornando o processo de liberação mais eficiente, seguro e rápido.
Foi assinado um acordo de cooperação técnica entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Ibama, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) para desenvolver o Sistema Integrado de Agrotóxicos (SIA). A ideia é que, com a coordenação entre as agências, as listas de prioridades para aprovação dos produtos sejam alinhadas para dar mais agilidade ao processo.
Fonte do texto: MAPA 24/04/2024
Versão eletrônica da certificação sanitária nacional de produtos de origem animal já conta com mais de mil requerimentos
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) implementou uma ferramenta de assinatura eletrônica para a emissão de Certificados Sanitários Nacionais (CSN), facilitando o trânsito de produtos de origem animal no Brasil. Desde a implementação, mais de 100 empresas solicitaram mais de 1.200 certificações, com cerca de 500 pedidos já analisados.
A digitalização do processo busca tornar a certificação mais eficiente e segura, beneficiando tanto o serviço público quanto as empresas, com melhor rastreabilidade. Antes, o documento físico era necessário para liberar cargas de produtos de origem animal, gerando burocracia e custos adicionais. Agora, as empresas podem acessar o certificado on-line e imprimi-lo conforme necessário, com assinatura eletrônica, código de autenticidade e QR Code para verificar sua legitimidade.
A ferramenta foi desenvolvida pela Subsecretaria de Tecnologia da Informação (STI) e pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), dentro do Sistema SIGSIF (Sistema de Informação Gerencial do Serviço de Inspeção Federal). A próxima etapa é a extensão para a emissão de Certificados Sanitários Internacionais (CSI), seguindo as diretrizes dos países importadores.
Os certificados sanitários são essenciais para garantir que produtos de origem animal atendam aos requisitos sanitários do Brasil e dos países importadores, assegurando a rastreabilidade e a segurança do produto. Esses certificados são emitidos por servidores do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, com o objetivo de garantir a saúde animal e a segurança alimentar.
Fonte da imagem: freepik 24/04/2024 Fonte textual: Gov.br 24/04/2024
FAO alerta: Cruzamos a linha da metade do prazo para a Agenda 2030, é urgente a necessidade de acelerar nosso progresso
O evento “Análise do Progresso na Transformação dos Sistemas Alimentares”, realizado no âmbito da Sétima Reunião do Fórum de Países Latino-Americanos e Caribenhos sobre Desenvolvimento Sustentável, reuniu várias agências das Nações Unidas, como a FAO, CEPAL, OPAS/OMS, e WFP, para discutir o progresso e os desafios enfrentados pelos países na transformação de seus sistemas alimentares. A iniciativa focou na troca de conhecimento e no desenvolvimento de estratégias eficazes para transformar os sistemas agroalimentares, buscando atender ao chamado do Secretário-Geral das Nações Unidas durante o UNFSS+2, realizado em Roma, em julho de 2023.
Durante a reunião, discussões sobre políticas e programas para combater a insegurança alimentar foram enfatizadas, destacando a necessidade de fortalecer mecanismos de coordenação nacionais e regionais. A reunião serviu como preparação para futuras conferências, como a COP29 no Azerbaijão e a COP30 no Brasil, onde a transformação dos sistemas alimentares deverá ser um tópico importante. Lubetkin moderou a sessão “ODS 2: Fome Zero”, destacando que a segurança alimentar na América Latina e no Caribe requer um compromisso contínuo e ações em múltiplas frentes para garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.
Fonte da reportagem: FAO 24/04/2024
Fonte das imagens – Freepik 24/04/2024
PRODUÇÃO
Demanda interna de grãos pode chegar a 250 mil toneladas em AL em 2024; pesquisa pode ajudar nos avanços da produção
Fonte: freepik 24/04/2024
A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária de Alagoas (Seagri) e a Embrapa Tabuleiros Costeiros promoveram o ‘Encontro Técnico: Perspectivas para a safra de grãos em Alagoas’, para discutir o cenário e as oportunidades para a produção de grãos no estado. Durante o evento, foi revelado que a demanda anual estimada de milho e soja em Alagoas pode chegar a 250 mil toneladas, sendo o milho e a soja essenciais para a produção de farelo. Segundo o pesquisador Antônio Santiago, da Embrapa Tabuleiros Costeiros, a safra 22/23 produziu 145 mil toneladas de milho e 19,1 mil toneladas de soja, sugerindo que Alagoas ainda precisa aumentar sua produção para atender ao mercado interno.
O pesquisador destacou que, apesar da insuficiência da produção de milho, soja, arroz e feijão, Alagoas tem potencial para crescer e atender tanto ao mercado interno quanto ao externo. Ele ressaltou que esse crescimento está condicionado a condições climáticas favoráveis e à adoção de tecnologias modernas, como sementes melhoradas e manejo de solo. A demanda interna de grãos é impulsionada principalmente pela pecuária local, que utiliza milho e soja para alimentação animal. O evento reuniu produtores rurais, técnicos, instituições financeiras e pesquisadores para discutir estratégias de crescimento e compartilhar conhecimentos sobre práticas agrícolas.
A secretária executiva de Políticas Agropecuárias da Seagri, Aline Melo, destacou a importância do evento para ouvir as demandas dos produtores e identificar formas de aumentar a produção de grãos em Alagoas. Ela afirmou que a Seagri mantém diálogo aberto com todos os setores da agropecuária e planeja realizar mais encontros para fomentar a discussão e a colaboração. O encontro também contou com a presença de outras figuras-chave do setor, como o superintendente de Desenvolvimento Agropecuário, Ademilson Neris, o presidente da Comissão de Grãos de Alagoas, Hibernon Cavalcante, além de representantes de diversas instituições e produtores da região.
Fonte: Embrapa 24/04/2024
Técnicos da Paraíba recebem capacitação sobre manejo agroecológico do algodão e certificação orgânica
A Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer) está promovendo um programa de capacitação para cerca de 80 técnicos com foco na produção de algodão agroecológico, preparando-os para a safra de 2024. Este esforço faz parte de uma cooperação entre a Embrapa Algodão, o Instituto Casaca de Couro e a Empaer, com o objetivo de capacitar a equipe técnica que presta assessoria aos agricultores de algodão agroecológico na Paraíba. Ao todo, cerca de 700 agricultores familiares em 60 municípios estão cadastrados para esta safra, evidenciando a escala do projeto.
Nos dias 23 e 24 de abril, cerca de 50 técnicos das regionais de Areia, Campina Grande, Guarabira, Itabaiana, João Pessoa, Picuí, Serra Branca e Solânea participaram de treinamento na Embrapa Algodão, em Campina Grande, com foco em Manejo Integrado de Pragas e certificação orgânica. O próximo treinamento será em 29 e 30 de abril para os técnicos da regional de Patos, com cerca de 30 participantes. Segundo Felipe de Macedo Guimarães, analista do setor de Transferência de Tecnologia da Embrapa Algodão, essas capacitações são parte de uma estratégia para disseminar resultados de pesquisas e recomendações técnicas para a produção de algodão em sistemas agroecológicos.
Em março, as primeiras capacitações focaram no manejo e conservação de solo e água, práticas de plantio, desenho de consórcios com culturas alimentares e manejo do algodão nos primeiros 30 dias. Nos meses seguintes, serão abordados temas como manejo de doenças, controle de plantas daninhas, colheita e vazio sanitário. O programa de capacitação é essencial para equipar os técnicos com conhecimentos atualizados e, por meio deles, garantir o sucesso dos agricultores familiares na safra de algodão agroecológico em 2024.
Fonte: Embrapa 24/04/2024
Embrapa inicia projeto para valorização da castanha-da-amazônia
A Embrapa lançou um projeto chamado “Novas Soluções Tecnológicas e Ferramentas para Agregação de Valor à Cadeia Produtiva da Castanha-da-Amazônia” (NewCast) para fortalecer a produção de castanha-da-amazônia, contribuir para o desenvolvimento sustentável da região e promover a inclusão da sociobiodiversidade. O objetivo é superar desafios na produção, melhorar a qualidade do produto, expandir a base produtiva e fortalecer comunidades extrativistas. A líder do projeto, Patricia da Costa, destaca a importância socioeconômica da castanha, que gera empregos e renda para populações originárias e tradicionais da Amazônia.
O NewCast trabalha em quatro áreas principais: coleta e transporte, qualidade e sanidade, expansão da base produtiva e uso sustentável da floresta, além de geração de dados para subsidiar políticas públicas. A partir do desenvolvimento de um sistema de produção baseado na tecnologia “Castanha na Roça”, o projeto visa renovar e expandir castanhais, promovendo a regeneração natural das castanheiras e o enriquecimento com mudas selecionadas para maior produtividade. O projeto também busca melhorar a ergonomia e a saúde dos coletores, reduzir o esforço necessário na coleta e promover melhores condições de trabalho.
Além disso, o projeto pretende estabelecer uma base de dados de biodiversidade, biomassa e carbono associados às castanheiras para apoiar políticas públicas relacionadas ao mercado de carbono e pagamento por serviços ambientais. A pesquisadora Carolina Volkmer de Castilho ressalta que, embora a produção de castanha seja amplamente estudada, ainda há muito a explorar sobre a biodiversidade presente nos castanhais e seu potencial para outros produtos florestais não madeireiros. O NewCast é um projeto de três anos financiado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Fonte – texto: Embapa 24/04/2024
Fonte imagem: freepik 24/04/2024
Software identifica e faz contagem de palmeiras macaúba e babaçu
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A Embrapa Agroenergia desenvolveu um software web chamado MacView, projetado para identificar e contar plantas de macaúba (Acrocomia spp.) e babaçu (Attalea speciosa) em áreas onde essas palmeiras ocorrem espontaneamente ou são cultivadas. O software ajuda a mapear as áreas de ocorrência dessas espécies, cuja biomassa é usada em vários setores, como biocombustíveis, alimentos e cosméticos.
O MacView utiliza inteligência artificial para processar imagens capturadas por drones, permitindo a identificação e contagem dessas palmeiras. Os relatórios gerados pelo software incluem o número total de plantas em uma área, auxiliando no mapeamento da dispersão natural e no monitoramento de regiões cultivadas. Isso facilita a tomada de decisões para gestores públicos e privados interessados na exploração econômica e manejo sustentável dessas espécies.
Além disso, o MacView pode ser combinado com outros dados de inteligência territorial, como informações sobre transporte e disponibilidade de energia. Essas informações são cruciais para criar estratégias de manejo e exploração dessas palmeiras, permitindo que empresas e órgãos governamentais façam um uso mais eficiente dos recursos naturais dessas regiões.
Fonte – texto e imagem: Embapa 24/04/2024
Monitoramento semanal das condições das lavouras – atualizado em 22 de abril
Fonte: freepik 17/04/2024
Destaques da semana
Arroz – A colheita atingiu 70,6% de conclusão, com avanços em várias regiões do Brasil. No Rio Grande do Sul (RS), a colheita progrediu bastante devido ao clima mais favorável. Em Santa Catarina (SC), a região Norte está quase finalizada, enquanto a região Sul ainda possui algumas áreas para colher. No Maranhão (MA), a colheita está lenta por causa das chuvas, mas em Goiás (GO), com menor volume de precipitações, houve avanço na colheita. No Tocantins (TO), a colheita também progrediu, alcançando 67% do total das áreas. Em Mato Grosso (MT), as chuvas não causaram atrasos significativos na colheita, e a qualidade dos grãos e a proporção de grãos inteiros estão dentro do nível aceitável.
Algodão – O plantio está 100% concluído. Em Mato Grosso (MT), embora as chuvas tenham atrasado o manejo, as lavouras apresentam ótimo desenvolvimento. Na Bahia (BA), as lavouras estão em excelente estado, beneficiadas pelas chuvas que favoreceram os cultivos na região Centro-Sul do estado. No Maranhão (MA), as lavouras da primeira safra estão no estágio final de floração e formação das maçãs, enquanto as da segunda safra estão em plena floração, demonstrando bom desenvolvimento. Em Mato Grosso do Sul (MS), a ótima umidade do solo tem beneficiado o crescimento das lavouras, contribuindo para um desenvolvimento promissor da safra.
Feijão 1ª safra – A colheita está 76,7% concluída. Na Bahia (BA), as chuvas atrasaram as operações de colheita, especialmente na região Centro-Norte, onde cerca de 73% da área total foi colhida. No Rio Grande do Sul (RS), apesar das chuvas volumosas, a colheita avançou, alcançando 94% da área total. As projeções indicam um bom potencial produtivo para o estado. Em Santa Catarina (SC), a colheita está quase finalizada, sinalizando um progresso significativo na conclusão das atividades agrícolas.
Milho 1ª Safra – A colheita progrediu para 56,7% concluído. Em Minas Gerais (MG) e Goiás (GO), a colheita está progredindo bem, indicando uma temporada produtiva. No Rio Grande do Sul (RS), as chuvas impediram o avanço da colheita, e o mesmo aconteceu no Paraná (PR), onde as chuvas reduziram o ritmo das operações. Na Bahia (BA), embora as lavouras em geral apresentem bom desenvolvimento, a região Centro-Sul apresenta baixo rendimento. Em Santa Catarina (SC), a colheita foi concluída no Extremo-Oeste e está quase finalizada no Planalto Norte, mas nas regiões do Planalto Sul e Meio-Oeste, a chuva desacelerou a colheita. No Maranhão (MA), as lavouras estão em boas condições, e no Pará (PA), a colheita foi concluída
Milho 2ª Safra – A semeadura foi 100% concluída. Em Mato Grosso (MT), as chuvas regulares estão beneficiando o desenvolvimento das lavouras, promovendo condições ideais para o crescimento. No Paraná (PR), as precipitações têm sido úteis para o desenvolvimento das lavouras, mas algumas áreas ainda sofrem devido à prolongada estiagem. Já no Mato Grosso do Sul (MS), apesar da conclusão da semeadura e das chuvas benéficas, houve impactos significativos no Sudoeste do estado. Em Goiás (GO), a redução das chuvas ainda não prejudicou os níveis de umidade do solo, enquanto em Minas Gerais (MG) a semeadura foi finalizada com sucesso. No Tocantins (TO), as chuvas estão favorecendo o crescimento das lavouras. No Maranhão (MA), as lavouras estão em boas condições após o término do plantio, mas no Pará (PA), a escassez de chuvas em Santarém atrasou o plantio, embora em Redenção o plantio tenha sido concluído com parte das lavouras apresentando condições regulares devido às chuvas.