Curadoria Semanal: Principais Informações do Mundo Agro! 13 a 19 de julho de 2024

plantação de frutas

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Curadoria Semanal: Principais informações sobre o mundo do agronegócio. Atualize-se e compartilhe!

GERAIS

Exportações do agronegócio brasileiro atingem US$ 15,20 bi em junho e US$ 82,39 bi no semestre

Complexo de soja, carnes, complexo sucroalcooleiro, produtos florestais e café foram os setores que tiveram destaque neste mês

As vendas externas brasileiras de produtos do agronegócio foram de US$ 15,20 bilhões em junho de 2024, um aumento do valor das exportações comparado ao mês de maio/2024, que atingiu 15,02 bilhões. As exportações brasileiras de grãos subiram de 14,96 milhões de toneladas em junho de 2023 para 15,07 milhões de toneladas em junho de 2024 (+0,7%). Além do incremento do volume exportado de grãos, houve aumento na quantidade exportada de: açúcar de cana (+335,1 mil toneladas); celulose (+182,8 mil toneladas); algodão não cardado nem penteado (+100,1 mil toneladas); farelo de soja (+84,0 mil toneladas); café verde (+64,6 mil toneladas). Com base nesses dados, o índice de quantidade apurado para as exportações do agronegócio ficou positivo em 4,5%. 

O aumento nas exportações no primeiro semestre de 2024 reflete não só a excelência dos nossos produtos, mas também o resultado dos recordes nas aberturas de mercado e o constante diálogo com outros países. O incentivo do governo e o apoio do setor e das associações têm sido fundamentais para esse crescimento, demonstrando a força e a competitividade do agronegócio brasileiro no cenário internacional, bem como a qualidade e o rigoroso controle sanitário dos nossos produtos”, destacou Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa. 

Já no período acumulado dos últimos 12 meses, as exportações do agronegócio somaram US$ 166,20 bilhões, o que representou crescimento de 2,4% em relação aos doze meses imediatamente anteriores. Entre julho de 2023 e junho de 2024, os produtos do agronegócio representaram 48,6% de todas as exportações brasileiras, 0,2 ponto percentual acima da participação verificada entre julho de 2022 e junho de 2023. 

DESTAQUES DOS PRODUTOS DO AGRO BRASILEIRO 

Complexo de soja, carnes, complexo sucroalcooleiro, produtos florestais e café foram os setores que tiveram destaque neste mês
Esse é o segundo maior valor registrado para a série histórica.  

Neste período, os cinco principais setores do agronegócio brasileiro se destacaram significativamente nas exportações. O complexo soja liderou, alcançando US$ 33,53 bilhões, representando 40,7% do total exportado pelo agronegócio. Em seguida, o setor de carnes exportou US$ 11,81 bilhões, equivalentes a 14,3% das exportações do agronegócio. O complexo sucroalcooleiro registrou US$ 9,22 bilhões, correspondendo a 11,2% do total, enquanto os produtos florestais somaram US$ 8,34 bilhões, representando 10,1%. Por fim, o setor de café alcançou US$ 5,31 bilhões, o que equivale a 6,4% das exportações. Juntos, esses setores foram responsáveis por 82,8% das vendas externas do agronegócio brasileiro. 

O setor de carnes, segundo maior exportador, apresentou um crescimento de 1,6% em comparação a 2023, atingindo US$ 11,81 bilhões. A carne bovina destacou-se, representando 48,1% do valor exportado, com US$ 5,14 bilhões, um aumento de 18,3%. A quantidade de carne bovina in natura exportada foi recorde, totalizando 1,14 milhão de toneladas, um crescimento de 29,1%. 

O complexo sucroalcooleiro viu suas exportações aumentarem de US$ 5,99 bilhões em 2023 para US$ 9,22 bilhões em 2024, um crescimento de 54,1%. O açúcar, principal produto do setor, alcançou US$ 8,66 bilhões, um aumento de 62,8%. As exportações de açúcar de cana em bruto também foram recordes, tanto em valor, com US$ 7,21 bilhões, quanto em quantidade, com 14,33 milhões de toneladas. 

Os produtos florestais registraram um crescimento de 11,9%, somando US$ 8,34 bilhões. A celulose foi responsável por 59,6% desse total, com US$ 4,97 bilhões, um aumento de 19,5%. A quantidade exportada de celulose também atingiu um recorde para o primeiro semestre, com quase 10 milhões de toneladas, um crescimento de 3,1%. 

O setor de café destacou-se com vendas externas de US$ 5,31 bilhões, um crescimento de 46,1% em valor e de 52,1% em quantidade comparado ao ano anterior. 

Além desses, outros produtos também apresentaram desempenhos notáveis. O algodão não cardado e não penteado atingiu um recorde de US$ 2,68 bilhões, um aumento de 236%, com 1,39 milhão de toneladas exportadas, um crescimento de 228%. O suco de laranja também bateu recorde, com US$ 1,25 bilhão em exportações, um aumento de 24%.

Fonte: Mapa 10/07/2024

Mapa abre prazo para recebimento de propostas para contratação dos recursos do Funcafé

A Portaria nº88/2024 foi publicada no DOU desta sexta-feira (12)

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou a Portaria nº 88/2023 no Diário Oficial da União (DOU), nesta sexta-feira (12), que abre o prazo para o recebimento das propostas de contratação dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para o ano Safra 2024/25. As instituições financeiras integrantes do Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) e autorizadas a operar os recursos do Funcafé, interessadas em operacionalizar os recursos para a safra 24/25, terão o prazo de oito dias corridos, contados a partir da data da publicação da Portaria, para apresentar a proposta de contratação e a documentação exigida para habilitação.

A abertura do prazo para apresentação de propostas é válida exclusivamente às instituições financeiras que firmaram contratos com o Mapa para operacionalização dos recursos do Funcafé em 2023, e que se enquadrarem no art. 1º da Resolução nº 5.138/2024, do Conselho Monetário Nacional (CMN), com as quais, caso habilitadas, serão firmados termos aditivos aos referidos contratos para alcançar a safra 24/25. Instituições financeiras que não firmaram contrato em 2023 poderão apresentar suas propostas nos termos do Edital de Credenciamento que será publicado oportunamente.

As propostas de contratação e a documentação para habilitação deverão ser enviadas à Secretaria de Política Agrícola, exclusivamente por meio do endereço eletrônico [email protected].

Fonte: Mapa 17/07/2024

Falta de clareza do conceito de bioeconomia pode ser prejudicial à Amazônia

Foto: Ronaldo Rosa

Biotecnologia, biorrecursos, biomassa, biogás, biocombustíveis, agregação de valor a produtos da biodiversidade, economia ecológica… São muitos os termos, conceitos, produtos e processos que envolvem o que a comunidade científica vem chamando atualmente de Bioeconomia. E é essa amplitude do termo, ou falta de clareza, que pode colocar em risco a sustentabilidade dos ecossistemas e das populações amazônicas, segundo trabalho publicado na revista internacional Ecological Economics.

O trabalho A lack of clarity on the bioeconomy concept might be harmful for Amazonian ecosystems and its people (Uma falta de clareza a respeito do conceito bioeconomia pode ser prejudicial aos ecossistemas amazônicos e à sua população) afirma que a bioeconomia é um termo amplo com diferentes significados e que pode se adequar a diferentes agendas científicas, políticas e mercadológicas. “Bioeconomia hoje pode incluir muitas coisas, desde as monoculturas como soja e dendê, até a extração e agregação de valor a produto não-madeireiros …”  declara a pesquisadora Joice Ferreira, da Embrapa Amazônia Oriental, primeira autora do artigo.

Para os países da Amazônia e sua diversidade de contextos regionais, o trabalho aponta o termo “sociobioeconomia” como uma das abordagens mais adequadas. “O termo se refere à economia da floresta e à sua sociobiodiversidade, a combinação da diversidade biológica e cultural. A sociobioeconomia ainda considera a diversidade biocultural – a interação entre sistemas naturais e culturas humanas – e as economias indígenas, tradicionais e locais baseadas na sociobiodiversidade da região”, afirma a cientista. A utilização do termo, entretanto, deve estar pautada em princípios rigorosos, como o compromisso com o desmatamento zero, equidade social e a valorização das culturas locais e da biodiversidade, sinaliza o artigo.

A Amazônia é a região mais biodiversa do mundo, abriga a maior floresta tropical do planeta, que é o centro de regulação do clima global, e tem uma população de cerca de 30 milhões de pessoas apenas na parte brasileira do bioma. A região abriga 59% do território brasileiro, 70% de todas as áreas continentais protegidas e 83% de todas as terras indígenas do Brasil.

Diferentes conceitos e narrativas

A trajetória do conceito envolve três visões, de acordo com a literatura científica: a bioeconomia biotecnológica, focada em tecnologias intensivas em ciência para aumentar a eficiência ambiental; a bioeconomia de biorrecursos, que propõe o aumento de produtividade e intensificação do uso do solo; e a bioeconomia voltada aos processos ecológicos que promovem a biodiversidade, entre outras questões.

Para a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), por exemplo, bioeconomia é “Produção, utilização, conservação e regeneração de recursos biológicos – incluindo conhecimento relacionado, ciência, tecnologia e inovação – para fornecer soluções sustentáveis (informações, produtos, processos e serviços) em todas as áreas econômicas, possibilitando a transformação para uma economia sustentável”. Já para a Comissão Europeia, bioeconomia é termo “relacionado a todos os setores de produção primária que utilizam e produzem recursos biológicos (agricultura, silvicultura, pesca e aquicultura) e a todos os setores econômicos e industriais que usam recursos e processos biológicos para produzir alimentos, rações, produtos de base biológica, energia e serviços”.

Sociobioeconomia para a Amazônia

Pelo fato de o termo ser ambíguo e pouco claro, a bioeconomia, dependendo de sua abordagem, pode também causar impactos negativos ao ambiente. Os pesquisadores apontam o exemplo da produção do fruto do açaí (Euterpe oleracea Mart.), que é o produto da bioeconomia mais proeminente da Amazônia e o primeiro a ultrapassar um valor de mercado de US$ 1 bilhão, em 2023, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para o pesquisador da Embrapa, Roberto Porro, que também assina a análise, o termo bioeconomia deve ser qualificado, e dar lugar ao conceito alternativo de sociobioeconomia. “Esta [a sociobioeconomia] leva em consideração a posição expressa por povos e comunidades tradicionais, que são os protagonistas da economia da floresta, enfatizando a geração de valor a partir de produtos da sociobiodiversidade e agrobiodiversidade amazônica”, reforça o cientista.

“O conceito de sociobioeconomia pode promover sistemas econômicos alternativos, em contraste com uma abordagem mercadológica tradicional, uma vez que está alinhado com as relações harmoniosas entre as comunidades indígenas, locais e tradicionais e o seu ambiente”, aponta o artigo. Mas os autores defendem que o termo esteja embasado nos valores de justiça, ética, inclusão social, conservação da biodiversidade, equilíbrio climático e conhecimento tradicional.

Fonte: Mapa 17/07/2024

Embrapa lança edital com recursos de R$ 20 milhões para as Oepas

A Embrapa lança nesta quarta-feira (17), na plataforma TransfereGov, o edital nº 001/2024/PAC Embrapa-Oepas, destinado à seleção de propostas de projetos voltadas a promover o desenvolvimento técnico científico das instituições estaduais de pesquisa agropecuária (Oepas) que tenham como foco atividades de PD&I nos seus respectivos estados. Segundo a diretora de Pessoas, Serviços e Finanças, Selma Beltrão, esta é uma ação proveniente do orçamento da Embrapa, por meio do Programa de Aceleração e Crescimento (PAC Embrapa), que conta com o montante de até R$ 20 milhões.

“Os recursos destinados ao edital fortalecerão a rede de pesquisa nos estados, uma vez que é urgente enfrentar desafios já postos, como as emergências climáticas, saúde única, desenvolvimento regional, entre outros”, afirma a chefe da Assessoria do PAC-Embrapa e de Articulação com o Poder Executivo e Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária, Petula Ponciano. Ela diz que as ações dos projetos a serem selecionados devem buscar fortalecer a capacidade das Oepas de contribuir com políticas públicas e programas sociais de segurança alimentar, energética e climática e com o desenvolvimento regional sustentável, bem como ampliar a sua atuação em parceria com instituições afins componentes do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária, e parcerias internacionais.

Segundo Petula, cada uma das instituições participantes poderá apresentar, na plataforma TransfereGov, uma proposta de projeto conforme os termos estabelecidos no edital. “A inscrição pode ocorrer em mais de uma linha de projeto, para execução em até 12 meses a partir da data de assinatura do convênio”, esclarece a chefe da Assessoria do PAC-Embrapa. As Oepas foram distribuídas em três grupos, tendo sido considerado o número de pesquisadores de seus respectivos quadros de empregados permanentes. Cada um desses grupos terá um valor total previsto para 2024 e cada instituição, um valor limite (veja tabela abaixo sobre agrupamentos e valores).

“Esse novo PAC mostra um reconhecimento da Embrapa em relação a importância das Oepas . Isso é importante porque engrandece o nível de pesquisa. A notícia boa é que o recurso para a Embrapa já está liberado. Então, as OEPAS vão fazer a inscrição no convênio e serão beneficiadas ainda este ano para investir em equipamentos e maquinários agrícolas de inovação”, diz o vice-presidente Nacional de Pesquisa Agropecuária da Asbraer, Gilson dos Anjos Silva. Segundo ele, o edital resulta de um diálogo positivo entre a Asbraer e a Embrapa.

Agrupamentos e valores previstos

Grupo Quadro de pesquisadores Valores totais previstos 2024 Quantidade de instituições participantes Valores previstos para cada instituição
A Acima de 80 R$ 10.000.000,00 5 R$ 2.000.000,00
B Entre 30 e 80 R$ 6.000.000,00 4 R$ 1.500.000,00
C Abaixo de 30 R$ 4.000.000,00 7 R$ 571.428,57

Fonte: Mapa 17/07/2024

Preparativos para COP: Brasil pode prover soluções sustentáveis para agricultura mundial

Marcelo Morandi -

Um plano de ações e instruções estratégicas para operacionalizar a implementação de ação climática sobre a agricultura e a segurança alimentar, conforme decidido na COP27, a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, realizada em 2022 no Egito. Este foi o principal resultado da 60ª Reunião dos Órgãos Subsidiários da Convenção do Clima (SB60), realizada em Bonn, na Alemanha, em junho. O encontro foi preparatório para a COP29, a ser realizada em Baku, capital do Azerbaijão, em novembro deste ano. Marcelo Morandi, chefe da Assessoria de Relações Internacionais (Arin), e Gustavo Mozzer, supervisor de Políticas Globais da Arin, participaram da reunião pela Embrapa, em apoio aos negociadores do Itamaraty e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Para Morandi, a execução desse plano transformará a COP30, a ser realizada em Belém (PA) no próximo ano, numa excelente oportunidade para o Brasil se posicionar como provedor de soluções de sustentabilidade na agricultura, energia e uso da terra. Segundo ele, o plano de trabalho envolve quatro grandes conjuntos de atividades, a começar pela criação de um roteiro de ações estratégicas, a serem desenvolvidas até a COP31, que promovam a implementação de projetos e políticas públicas para adaptação da agricultura às mudanças climáticas e garantia da segurança alimentar.

Outro ponto importante é o estabelecimento de bases para a elaboração anual, pelo Secretariado da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança de Clima (UNFCCC), de um relatório síntese sobre os avanços alcançados pelos países e as dificuldades a serem superadas, inclusive com financiamentos. O plano inclui também um calendário de oficinas técnicas anuais com temas relativos aos objetivos do Sharm el-Sheikh Joint Work on Agriculture and Food Security (SSJWA), em busca de mecanismos para superar as dificuldades relatadas, discussão de novos temas e compartilhamento de experiências de implementação de ações de adaptação às mudanças climáticas.

Por fim, o plano prevê a operacionalização de um portal on-line para acompanhamento de todas as ações e compartilhamento de experiências e até mesmo para negociação de financiamentos das iniciativas de implementação das ações de mitigação e adaptação da agricultura às mudanças climáticas. Morandi entende que as oficinas técnicas e o portal serão meios excelentes para dar visibilidade à agricultura tropical praticada no Brasil, com suas boas práticas, políticas e planos de sustentabilidade (ABC+, Renovabio, etc) e torná-los conhecidos de forma mais consistente com vistas a seu financiamento.

Gustavo Mozzer observa que outro ponto importante da reunião foi a discussão sobre o início do processo de “transparência aprimorada”, segundo qual até o final do ano os países deverão encaminhar o primeiro relatório bianual com a atualização dos dados das emissões de gases de efeito estufa e detalhamento das estratégias domésticas de implantação das políticas de adaptação às alterações climáticas.

Fonte: Mapa 17/07/2024

 

PRODUÇÃO

 

Novo foco de monilíase do cacaueiro no Amazonas e medidas para conter a praga

Monilíase do Cacaueiro (Moniliopthora roreri) – A doença atinge somente as plantas hospedeiras do fungo, sem riscos de danos à saúde humana

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou, no dia 2 de julho, a ocorrência de um novo foco de monilíase do cacaueiro (Moniliophthora roreri) no município de Urucurituba, no Amazonas. A suspeita de ocorrência da praga foi verificada no dia 24 de junho durante ações de vigilância fitossanitária conduzidas pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), e confirmada por meio de análise laboratorial realizada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Goiânia (LFDA/GO).

Medidas emergenciais foram discutidas e implementadas em conjunto com autoridades locais, antes mesmo da confirmação oficial da doença. “Procedemos com a interdição imediata da propriedade afetada para evitar qualquer propagação da praga, implementamos técnicas de erradicação para eliminar a monilíase na propriedade foco e proibimos o trânsito de frutos e amêndoas do município afetado para outras regiões”, relata a diretora do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da SDA, Edilene Cambraia.

Ainda com objetivo de evitar a dispersão da praga para as áreas que ainda não tem presença da doença, foram aumentadas as fiscalizações do trânsito de materiais vegetais (frutos, plantas) hospedeiros da monilíase. “Aumentamos a fiscalização sobre o trânsito de vegetais e iniciamos campanhas de conscientização e treinamento em Urucurituba e em 10 municípios vizinhos entre Itacoatiara e Parintins na divisa com o Pará, maior produtor de cacau do país, que estão em plena execução”, acrescentou Edilene.

Outra ação coordenada pelo Mapa para reforçar a vigilância e o controle fitossanitário é a prorrogação da declaração de emergência fitossanitária para os estados do Acre, Rondônia, Amazonas e inclusão do estado do Pará em virtude do aumento do risco fitossanitário. Também já foi encaminhado ao governo do Amazonas o pedido de restrição da emissão de notas fiscais interestaduais de amêndoas de cacau provenientes do estado. A monilíase é uma doença que afeta plantas do gênero Theobroma, como o cacau (Theobroma cacao L.) e o cupuaçu (Theobroma grandiflorum), causando perdas na produção e uma elevação nos custos devido à necessidade de medidas adicionais de manejo e aplicação de fungicidas para o controle da praga.

Devido ao seu potencial de danos, o Mapa alerta que é fundamental a notificação imediata de quaisquer suspeitas de ocorrência da praga nas demais regiões do país às autoridades fitossanitárias locais. A doença atinge somente as plantas hospedeiras do fungo, sem riscos de danos à saúde humana.

MONILÍASE DO CACAUEIRO NO BRASIL

O primeiro foco da praga no Brasil foi identificado em julho de 2021 em área residencial urbana no município de Cruzeiro do Sul, interior do Acre. Em novembro de 2022, o segundo foco foi detectado no município de Tabatinga, no estado do Amazonas, dessa vez, em comunidades rurais ribeirinhas. Ambos os estados se encontram sob ações permanentes de controle, com vistas à sua erradicação. Na América do Sul, a praga já se encontra presente no Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Peru.

Fonte: Mapa 17/07/2024

Pesquisa indica momento e quantidade de água ideais para irrigação do trigo no Cerrado

Cícero Silva - Pesquisadores definiram o momento ideal para iniciar a irrigação
Foto: Cícero Silva

O momento para iniciar a irrigação e a quantidade correta da água aplicada são fundamentais para o melhor uso dos recursos hídricos. Para estabelecer esses parâmetros para a cultura do trigo no Cerrado, pesquisadores da Embrapa definiram o momento ideal para iniciar a irrigação de forma a utilizar a menor lâmina possível de água mantendo a máxima produtividade da lavoura.

A pesquisa considerou a água disponível para a planta armazenada no solo na profundidade de 40 centímetros. Nesse espaço, ficam concentradas cerca de 80% das raízes. As análises mostraram que quando as plantas usam 40% da capacidade de água disponível no solo (CAD) é o momento ideal para começar a irrigação. “Buscamos o máximo potencial produtivo do trigo e a maior eficiência no uso da água e esse ponto ocorreu com o esgotamento de 40% da CAD”, explica Jorge Antonini, pesquisador da Embrapa Cerrados (DF) e um dos responsáveis pelo estudo.

O estudo utilizou a BRS 394, cultivar de trigo da Embrapa que se destaca por seu alto potencial produtivo, curto ciclo de produção e excelente qualidade para a indústria de panificação. “Esses dados para cultivares de alto desempenho são inéditos. Com os novos parâmetros, os produtores rurais podem produzir a mesma quantidade de grãos gastando menos água, o que pode tornar o cultivo do trigo na região mais sustentável e o negócio, mais rentável”, afirma Alexsandra de Oliveira, também pesquisadora da Embrapa.

A pesquisa atualizou referências sobre a necessidade de irrigação de cultivares antigas de trigo, não mais recomendadas para a região. Enquanto os materiais utilizados na década de 1990 obtinham média produtiva de 4,5 toneladas por hectare (t/ha), a BRS 394 tem produtividade média de 7 t/ha. Para as variedades de alto desempenho, o trabalho mostrou que elas exigem maior frequência de irrigação, como informa Antonini: “A cultivar BRS 394 mostrou que podemos deixar esgotar somente 40% da CAD. Se usarmos mais do que isso, a planta entra em estresse e seu rendimento diminui”.

Apesar de precisar de um maior número de aplicações de irrigação, a quantidade de água total usada durante o ciclo de produção não diferiu significativamente em relação às variedades antigas, apesar de as novas variedades terem um potencial produtivo muito maior. “Mas é importante que o produtor faça esse manejo, para que não haja perda no rendimento”, ressalta.

Necessidade de água de acordo com a fase da lavoura

O estudo também apontou a necessidade de água de acordo com a fase de desenvolvimento da planta. No experimento, o desenvolvimento da cultura foi acompanhado no campo, com registro da duração de cada fase, em dias, contados a partir da data da semeadura. “Nos estádios iniciais da lavoura [estabelecimento e perfilhamento], o consumo de água é menor. À medida que o ciclo da cultura avança, aumenta a necessidade por água, com ápice na fase de floração. A partir daí, a quantidade de água pode ser reduzida”, observa Muller.

Segundo o cientista, essa variação ocorre de acordo com a quantidade de folhas. Quanto maior a área foliar, mais a planta perde água para a atmosfera. Por isso, a floração é a fase mais exigente em irrigação, quando a planta tem o máximo de folhas. Depois, as folhas e os grãos começam a secar.

Rendimento do trigo no Cerrado é maior do que no Sul

No Cerrado, devido ao regime de chuvas da região, só é possível cultivar o trigo no inverno com irrigação. A expansão dessas lavouras depende de um manejo adequado da água, principalmente pelos custos que essa operação representa para os sistemas produtivos. Cerca de 90% do trigo brasileiro é cultivado na região Sul. No entanto, a cultura vem crescendo no Centro-Oeste do Brasil com a produção de um grão de alta qualidade para a panificação industrial. “Com os cálculos atualizados para irrigação das lavouras no Cerrado, a pesquisa indica que é possível levar o trigo para áreas de cultivo não tradicionais com um uso racional da água, fator importante no contexto das mudanças climáticas e do aumento da demanda por alimentos no mundo”, reforça Oliveira.

Fonte: Embrapa 17/07/2024

Zarc aponta 80% de chance de sucesso para plantio de arroz irrigado em grande parte do Tocantins

Daniel Fragoso - Tocantins é hoje o terceiro maior produtor nacional dessa cultura e o mais proeminente da Região Norte

Foto: Daniel Fragoso

Uma atualização recente do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) aponta que, no período de 1º de outubro a 20 de novembro, a chance de sucesso do plantio de arroz irrigado no Tocantins é de 80%, considerando os efeitos do clima. O estado é hoje o terceiro maior produtor nacional dessa cultura e o mais proeminente da Região Norte. O Zarc é uma ferramenta fundamental para auxiliar os produtores tocantinenses na gestão de riscos e contribuir para expandir a área de cultivo, tanto em áreas de várzeas como em plantios irrigados em outras áreas.

Atualmente, cerca de 20% do arroz brasileiro é produzido em ambiente tropical, com destaque justamente para o Tocantins, que responde por cerca de 6% do total nacional. Os demais 80% são cultivados em condições subtropicais, especialmente nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, os dois primeiros do País.

A produção em ambiente tropical é importante porque, além de facilitar a logística de distribuição para os estados do Norte e do Nordeste, diminui os riscos de oferta causados por impactos de fenômenos climáticos severos no ambiente subtropical. São, portanto, locais que se complementam em termos de fortalecer a produção nacional e, sobretudo, a segurança alimentar dos brasileiros. Fatores climáticos são os que mais influenciam a produtividade em diversas culturas agrícolas; no caso do arroz, não é diferente. Na região sudoeste do Tocantins, foco do estudo, as variáveis climáticas que mais limitam a produção do arroz irrigado são a luminosidade e as altas temperaturas.

A época ideal de semeadura, uma das principais informações disponibilizadas pelo Zarc, tem papel fundamental como prática de manejo que reduz os riscos climáticos. Isso ocorre porque, seguindo as orientações, o produtor rural aumenta as chances de que as fases consideradas críticas ou sensíveis da planta não coincidam com o período de maior frequência dos fenômenos climáticos adversos.

O arroz no Tocantins

O Tocantins é o terceiro maior produtor de arroz do Brasil, atrás apenas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A colheita da safra de arroz 2023/2024 foi finalizada e a estimativa é que sejam alcançadas 619 mil toneladas com o grão, um aumento de cerca de 19% em relação à safra anterior, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Esse montante é obtido, principalmente, em sistema irrigado em cerca de 100 mil hectares, o que corresponde a aproximadamente 95% da área total plantada com arroz no Tocantins. Os principais municípios produtores são Formoso do Araguaia e Lagoa da Confusão. A produção abastece o mercado interno e estados vizinhos das regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste.

Rodrigo Sérgio, analista da Embrapa Arroz e Feijão (GO), estima que em torno de 88 mil hectares (90% da área total com arroz) no Tocantins sejam plantados com sementes geradas pela Embrapa. Oito cultivares com a genética da empresa são importantes para a orizicultura do estado. Em relação ao cultivo em sistema irrigado, destacam-se a BRS A706 CL, a BRSA705, a BRS A704, a BRS Catiana e a BRS Pampeira. No que diz respeito ao sistema de produção de terras altas, as principais cultivares são a BRS A504 CL,a BRS A502 e a BRS Esmeralda.

A relevância do papel desempenhado pelas cultivares da Embrapa no Tocantins emergiu nos últimos cinco anos e, conforme o analista, reflete o trabalho de melhoramento genético do arroz que foi sendo aprimorado ao longo de mais de quatro décadas e remonta também à história de projetos de irrigação, como o Projeto Rio Formoso (1979), de sistematização de extensas áreas de várzeas.

Fonte: Embrapa 17/07/2024

 

Monitoramento semanal das condições das lavouras

Atualizado em 15 de julho

Foto grátis planta de algodão macio no prado dourado do pôr do sol gerado por ia

Algodão  – 16,7% colhido. Em MT, a ocorrência de dias mais quentes e noites frias têm favorecido a incidência de mosca-branca. Também é verificada a alta ocorrência do bicudo. Nas áreas mais precoces, a colheita alcançou cerca de 12% da área. Na BA, a colheita evoluiu e alcançou cerca de ¼ da área. As lavouras remanescentes estão em maturação e formação de capulho e em boas condições. Em MS, a colheita iniciou nas regiões Norte e Nordeste. Há registros de danos devido ao excesso de chuvas, em algumas áreas, apresentando apodrecimento de maçãs. Nas regiões Sul, a escassez das precipitações limita o potencial produtivo. No MA, cerca de 25% da área foi colhida e as demais lavouras estão em maturação em boas condições fitossanitárias. Em GO, a colheita das lavouras de sequeiro está em fase final e apresenta boa qualidade de pluma. As áreas mais tardias, manejadas sob irrigação, estão em fase de formação e maturação dos capulhos. Em MG, a colheita das lavouras de sequeiro segue em bom ritmo e apresenta boa qualidade de pluma. No PI, o clima seco favoreceu a maturação e a colheita alcançou 25% da área.

Foto grátis foto de foco seletivo de uma planta verde no campo

 

Feijão 2ª safra – Na BA, as chuvas foram efêmeras e não prejudicaram a maturação e a colheita do feijão-caupi, que seguiu em bom ritmo. As lavouras de feijão-cores irrigado estão em enchimento de grãos e também demonstram boas condições. Em MG, a colheita foi finalizada e o rendimento ficou aquém do potencial produtivo, principalmente pelas poucas chuvas nas fases reprodutivas e pela maior incidência de mosca-branca.

 

 

Feijão em foto de close up para tema de agricultura e comida

 

Feijão 3ª safra – Em MG, mesmo com a escassez de chuvas, as lavouras apresentam bom desenvolvimento em razão da irrigação. As primeiras áreas semeadas iniciaram a fase de maturação e as condições gerais são boas. Em GO, o ritmo da colheita ainda é lento e a maioria das lavouras está nas fases de floração e enchimento de grãos. As condições gerais das lavouras são boas, especialmente pela suplementação hídrica por irrigação. Na BA, continuam os registros de chuvas leves, que têm favorecido o desenvolvimento das lavouras, concentradas no Nordeste.

 

Foto grátis vista de perto do milho ainda em sua casca

Milho 2ª Safra74,2% colhido. Em MT, a colheita mantém o ritmo acelerado, restando apenas os talhões marginais. A produtividade se mantém próximo às estimativas iniciais. No PR, a colheita avança, com amplitude nas produtividades médias, principalmente no Noroeste, devido à irregularidade climática durante o ciclo. Em MS, as chuvas ocorridas paralisaram a colheita no Centro-Sul do estado. Em GO, a colheita avança dentro da normalidade e ultrapassa a metade da área semeada. Os grãos continuam apresentando boa qualidade, mas com peso específico abaixo ao de outras safras. Em SP, a colheita progride e as produtividades estão muito abaixo das estimadas inicialmente, devido aos déficits hídricos ocorridos nos meses anteriores. Em MG, a colheita evolui no estado e confirma-se as perdas de produtividade em função do ataque de pragas e, principalmente, pelas irregulares precipitações ocorridas durante o ciclo. No TO, a colheita se aproxima do quarto final das áreas semeadas e as produtividades têm sido variáveis no estado. No MA, as lavouras do Sul do estado têm apresentado produtividades abaixo das esperadas devido ao ataque de pragas e ao plantio ter sido realizado fora da janela ideal. No PI, a colheita avança em ritmo normal, com rendimentos abaixo das estimativas iniciais. No PA, o tempo mais seco permitiu avanço na colheita em todas as regiões.

Campo de trigo dourado

Trigo – 92,1% semeado. No RS, o plantio está em fase final, principalmente nas regiões da Fronteira Oeste, Planalto Médio, Missões e Noroeste. As lavouras implantadas apresentam bom desenvolvimento. Contudo, as baixas temperaturas e a irregularidade das chuvas causam danos pontuais. No PR, o plantio está em fase final, mas a escassez de chuvas tem impactado a evolução das operações e também o desenvolvimento das lavouras. Há registros de danos foliares e falha no perfilhamento em regiões com estiagem prolongada, especialmente no Norte do estado. Em SP, houve incidência de chuvas fortes, beneficiando algumas áreas que estavam em estresse hídrico, mas ocasionando danos pontuais por acamamento de plantas. Em SC, as chuvas e o frio limitaram o avanço da semeadura. As lavouras implantadas apresentam boas condições gerais. Verifica-se manejo preventivo para doenças fúngicas que se favorecem desse clima. Em MG, a colheita avança nas lavouras de sequeiro, principalmente na região do Triângulo Mineiro. As primeiras áreas apresentaram perdas de qualidade e rendimento pela incidência de brusone, contudo, as mais tardias foram menos impactadas. Em GO, a colheita das áreas em sequeiro está praticamente finalizada. Nota-se perda de potencial produtivo nas lavouras mais tardias devido à ausência de chuvas. As áreas irrigadas estão em desenvolvimento vegetativo e floração, apresentando boas condições. Em MS, as chuvas recentes, em particular no Sul do estado, amenizaram as condições de estresse hídrico em algumas áreas. As fases da cultura variam entre desenvolvimento vegetativo e maturação.

Fonte: CONAB – Monitoramento Semanal das Condições das Lavouras. Atualizado em 15 de julho de 2024

 

MERCADO

INDICADORES CEPEA (13 a 19 de julho)

Foto grátis poluição por óleo na água criada com a tecnologia generative ai

ETANOL: HIDRATADO SOBE MAIS 5% E ANIDRO, 6% NA SEMANA. Levantamentos do Cepea mostram que os preços dos etanóis fecharam a última semana novamente em alta no mercado spot do estado de São Paulo. Entre 8 e 12 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado foi de R$ 2,6562/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), avanço de 4,83% frente ao período anterior. Para o anidro, o aumento foi de 6% em igual comparativo, com o Indicador a R$ 3,0809/litro (líquido de PIS/Cofins). Segundo pesquisadores do Cepea, mesmo com o enfraquecimento da demanda, vendedores se mantiveram firmes nos valores pedidos. O aumento do preço na gasolina A, de 20 centavos/litro, anunciado pela Petrobras na segunda-feira, 8, fortaleceu essa postura vendedora – a valorização do combustível fóssil tende a deixar o etanol mais atrativo. No geral, pesquisas do Cepea apontam que o ritmo de comercialização diminuiu, com distribuidoras adquirindo volumes limitados. No campo, chuvas em algumas regiões produtoras do estado de São Paulo resultaram em paralisações pontuais da moagem. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br) (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis bela foto de um campo branco com céu nubladoTRIGO: PERSPECTIVAS ENTRE AGENTES DIFEREM, E PREÇOS VARIAM. Os preços do trigo vêm registrando variações distintas dentre as regiões e as modalidades (mercados de balcão e de lotes) acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores deste Centro, isso se deve às diferentes perspectivas entre compradores e vendedores, que, por sua vez, estão atentos às recentes desvalorizações externas, às flutuações do dólar e ao desenvolvimento das lavouras da nova safra. Dados divulgados pela Conab apontam expressiva redução na área com a cultura no Brasil. A indisponibilidade de sementes de qualidade, o risco de perda por chuvas e geadas, a baixa rentabilidade e danos registrados na temporada anterior desestimularam triticultores –3,069 milhões de hectares devem ser destinadas ao cereal, área 11,6% menor que em 2023. Entretanto, a produtividade pode dar um salto de 25,1% em relação ao ano anterior, indo para 2.917 kg/ha. Caso confirmado, a produção pode chegar a quase 9 milhões de toneladas, 10,6% acima da temporada finalizada em 2023. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

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AÇÚCAR: BAIXA LIQUIDEZ PRESSIONA COTAÇÕES. O mercado spot de açúcar cristal branco no estado de São esteve lento na semana passada, com poucos fechamentos para pronta-entrega e preços enfraquecidos. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão veio da baixa demanda interna, tendo em vista que a oferta doméstica continua restrita, especialmente para o cristal de melhor qualidade, o Icumsa 150, e a venda ao mercado externo segue mais atrativa para as usinas. De 8 a 12 de julho, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do cristal branco, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 132,75/sc de 50 kg, recuo de 0,37% sobre a do período anterior. No campo, a boa produtividade dos canaviais está proporcionando aumento na produção brasileira do adoçante. Segundo dados da Unica, no acumulado da atual safra 2024/25 (de 1º de abril a 1º de julho), a região Centro-Sul produziu 14,2 milhões de toneladas de açúcar, avanço de 15,7% sobre a temporada anterior. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Flores de algodão

ALGODÃO: PREÇOS OSCILAM, MAS BALANÇO É POSITIVO NA PARCIAL DO MÊS. Os preços do algodão em pluma estão oscilando no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do Cepea, a expectativa de entrada mais intensa da pluma da atual temporada no spot nacional e a flexibilidade de alguns vendedores, que buscam liquidar lotes da safra de 2023, resultam em quedas nas cotações. Por outro lado, conforme pesquisadores do Cepea, a disponibilidade ainda limitada no spot mantém parte dos vendedores firme nos valores de suas ofertas e leva compradores com maior necessidade a elevar os preços de aquisição. Além disso, divergências nas cotações externas também influenciam a flutuação no Brasil. No acumulado da primeira quinzena de julho, porém, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registra avanço de 4,2%. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis visão da xícara de caféCAFÉ: INDICADORES SOBEM NA QUINZENA; EXPORTAÇÃO É RECORDE.O Indicador CEPEA/ESALQ do café robusta do tipo 6, peneira 13 acima, subiu 4,2% na primeira quinzena de julho, renovando, no dia 12, o recorde real da série do Cepea, iniciada em novembro de 2001 (valores deflacionados pelo IGP-DI de junho/24), ao fechar a R$ 1.292,34/saca de 60 kg. Para o arábica, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, acumula alta de 5,3% (ou de 72,24 Reais/sc) na parcial de julho. Segundo pesquisadores do Cepea, mesmo com as chuvas da semana passada limitando a colheita de café no Norte do Paraná e em parte do estado de São Paulo, os trabalhos de campo seguem em ritmo acelerado no Brasil. Levantamento do Cepea mostra que, considerando-se as variedades arábica e robusta, aproximadamente 60% do volume esperado para a safra 2024/25 já foi colhido. Quanto às exportações brasileiras de café, no ano-safra 2023/24 (de julho/23 a junho/24), foi batido recorde de 47,3 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 32,7% frente às 35,63 milhões de sacas embarcadas na temporada anterior – dados Cecafé. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis detalhes de papel de parede de arroz em casca e arroz brancoARROZ – “QUEDA DE BRAÇO” LIMITA NEGÓCIOS NO SPOT; EXPORTAÇÃO SEGUE MAIS ATRATIVA. As negociações de arroz em casca no spot nacional estiveram mais travadas na última semana, refletindo a “queda de braço” entre vendedores e compradores. Segundo pesquisadores do Cepea, orizicultores têm preferido comercializar a matéria-prima no porto de Rio Grande, onde as ofertas para exportação se mantêm mais vantajosas, mesmo com a recente queda do dólar. No mercado doméstico, os negócios foram pontuais, realizados conforme os compromissos financeiros de vendedores, que esperam uma valorização do casca. Do lado das unidades de beneficiamento, ainda conforme pesquisadores do Cepea, prevaleceu a manutenção dos preços de compra; somente aqueles com maior necessidade de repor estoques se dispuseram a pagar valores ligeiramente superiores. De modo geral, a dificuldade na venda do produto beneficiado, pressionado por varejistas e atacadistas, levou agentes a postergar novas aquisições. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Composição nutritiva de raízes de mandioca fatiadas

MANDIOCA, PREÇOS SOBEM PELA 5ª SEMANA CONSECUTIVA. Apesar das chuvas registradas em grande parte das regiões produtoras de mandioca na última semana, os trabalhos de campo pouco avançaram, sobretudo de colheita. Segundo pesquisadores do Cepea, as precipitações volumosas resultaram em umidade nos solos acima do ideal para a intensificação das atividades. Pesquisadores do Cepea explicam, ainda, que este cenário, associado à menor disponibilidade de lavouras com mais de 12 meses, manteve a oferta de matéria-prima restrita, elevando as cotações da raiz pela quinta semana consecutiva. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

 

Ovos fritos com vegetais na panela

OVOS: COM DEMANDA ABAIXO DO ESPERADO, PREÇOS SEGUEM ENFRAQUECIDOS. Os preços dos ovos continuam enfraquecidos na maioria das praças acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores deste Centro, a procura pela proteína está abaixo do esperado pelo setor, o que não foi suficiente para impulsionar as cotações. Pesquisadores do Cepea ressaltam, ainda, que agentes têm aumentado a concessão de descontos, buscando fechar negócios. Quanto aos principais insumos consumidos na avicultura de postura, os valores apresentaram comportamentos distintos nos últimos dias, com os do milho firmes e os do farelo de soja em queda, ainda conforme levantamentos do Cepea. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

 

Refeição

MILHO: MILHO/CEPEA: MAIOR OFERTA MANTÉM PRESSÃO SOBRETUDO NO CENTRO-OESTE. As cotações do milho seguem em queda na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, sobretudo nas do Centro-Oeste, onde a oferta de segunda safra está maior, devido à intensificação da colheita. Além disso, estimativas divulgadas na última semana apontando reajustes positivos na produção também influenciaram as desvalorizações internas. Mesmo com as baixas de preços, pesquisadores do Cepea explicam que compradores estão afastados do spot nacional, à espera de recuos maiores. Já vendedores se mostram mais ativos no mercado. Ainda segundo pesquisadores do Cepea, o clima segue no radar de agricultores brasileiros, com chuvas limitando o avanço da colheita em partes do Sul e Sudeste, e o tempo seco podendo reduzir a produtividade no Centro-Oeste. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis batatas dispersas de um mini balde na parede de madeira branca e suja. vista lateral.

BATATA: PREÇOS TÊM NOVAS ALTAS. Os preços da batata tipo ágata especial seguem em alta, com a média da última semana subindo para R$ 167,58/saca de 25 kg no atacado de São Paulo, aumento de 7,94% em relação ao período anterior; no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte (MG), as valorizações foram de 4,82% e 4,2%, com respectivas médias de R$ 163,22/sc e R$ 160,62/sc. Segundo pesquisadores da equipe Hortifrúti/Cepea, as chuvas ocorridas na região do Sudoeste Paulista, uma das principais praças que atualmente abastece o mercado, dificultaram a colheita, limitando a oferta. Além disso, o Sul de Minas Gerais está terminando de colher a safra das secas e começando a de inverno, ainda em ritmo lento. Pesquisadores do Hortifrúti/Cepea indicam tendência de aumento de oferta para as próximas semanas, com o avanço da colheita de inverno. Fonte: Hortifrúti/Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Porções de carne de frango fresca para cozinhar e grelhar com temperos frescos. Coxa de frango cru cru na tábua.FRANGO: COM PREÇOS EM QUEDA, CARNE AMPLIA COMPETITIVIDADE.  Cepea, 12/07/2024 – Levantamentos do Cepea mostram que os preços da carne de frango vêm caindo nesta parcial de julho, em relação ao mês anterior, enquanto as cotações da suína e bovina têm subido – todas no atacado da Grande São Paulo. Como resultado, a competitividade da proteína avícola cresceu frente às principais concorrentes. Segundo pesquisadores do Cepea, a desvalorização da carne de frango está atrelada sobretudo ao enfraquecimento da demanda, que tem mantido baixa a liquidez no setor atacadista. Para a suína, as vendas reagiram neste início de mês, levando frigoríficos nacionais a intensificarem as compras de novos lotes de animais para abate. Quanto ao mercado da carne bovina, embora em ritmo moderado, as vendas da proteína seguem constantes e com algum aquecimento para os cortes mais baratos. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

laranja suculenta círculo citrino maduroCITROS: CHUVAS AMENIZAM PREOCUPAÇÃO DE CITRICULTORES PAULISTAS.  As chuvas registradas em muitas regiões citrícolas do estado de São Paulo, embora ainda insuficientes, trouxeram certo alívio a produtores, que vinham enfrentando semanas de estiagem e preocupações quanto aos impactos da seca sobre os pomares de laranja. Segundo pesquisas do Cepea, nas praças do sudoeste do estado, onde choveu em maior volume, as floradas poderão começar a se abrir nos pomares de sequeiro, devido à quebra do estresse hídrico. Já nas áreas onde as precipitações foram restritas (ou não ocorreram), ainda há necessidade de mais umidade para a indução das flores. Em relação às exportações brasileiras de suco de laranja, a safra 2023/24 (de julho/23 a junho/24) se encerrou com queda no volume embarcado. Segundo o Comex Stat, o Brasil enviou um milhão de toneladas da commodity em equivalente concentrado, redução de 8,1% frente à temporada anterior. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

CLIMA

PREVISÃO CLIMÁTICA 

Boletim Agroclimatológico

Prognóstico Agroclimático para o período de julho, agosto e setembro de 2024

O mês de julho é tradicionalmente de pouca ou nenhuma chuva na maioria das áreas do Brasil. É comum que a maioria das áreas do Centro-Oeste, do Sudeste, estados como, Acre, Rondônia, Tocantins, e também o sul do Pará e muitas áreas do interior do Nordeste passem o mês sem nenhuma gota de chuva.

Julho começou com uma grande frente fria, que trouxe chuva e temperaturas baixas, com a passagem de uma forte massa de ar frio pelo centro-sul do país. Mas a Climatologia mostra que julho é um mês de secura no país, de pouca ou nenhuma chuva.  O El Niño que se formou o ano passado terminou junto com o fim do outono. O que se espera agora é o desenvolvimento de um La Niña, mas no decorrer de agosto. Julho segue com um padrão neutro de temperatura no oceano Pacífico Equatorial central e leste.

Região Norte:

Chuvas: Predomínio de chuvas próximas ou abaixo da média em grande parte da região. Chuvas acima da média apenas no extremo norte de Roraima, Amapá e noroeste do Amazonas.
Temperaturas: Acima da média em toda a região, com possibilidade de temperaturas elevadas no sul da Amazônia, aumentando o risco de queimadas.
Umidade no solo: Baixos níveis de umidade na maior parte da região, exceto no norte, que deve ter níveis elevados, mas tendem a reduzir até setembro.

Região Nordeste:

Chuvas: Próximas à média no interior e ligeiramente abaixo da média no restante da região. Eventos de chuva intensa podem ocorrer no litoral devido ao aquecimento do Atlântico Tropical.
Temperaturas: Acima da média em todo o território, especialmente no interior.
Umidade no solo: Elevados níveis no noroeste do Maranhão e costa leste, baixos níveis no interior, favorecendo a maturação do algodão e milho segunda safra.

Região Centro-Oeste:

Chuvas: Tendência de chuvas abaixo da média devido ao início do período seco.
Temperaturas: Acima da média, com dias de calor intenso, aumentando o risco de queimadas.
Umidade no solo: Redução significativa, prejudicando lavouras de milho segunda safra semeadas tardiamente. Níveis satisfatórios no sul de Mato Grosso do Sul.

Região Sudeste:

Chuvas: Predomínio de chuvas abaixo da média, com possibilidade de chuvas ligeiramente acima da média em áreas pontuais do litoral.
Temperaturas: Acima da média na maior parte da região, com possíveis quedas em dias de incursão de ar frio, podendo haver geadas em áreas de maior altitude.
Umidade no solo: Redução geral, prejudicando lavouras de milho segunda safra e trigo. Níveis satisfatórios no leste de São Paulo e Rio de Janeiro.

Região Sul:

Chuvas: Acima da média na parte central e leste do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sudeste do Paraná. Chuvas próximas ou abaixo da média no norte do Paraná.
Temperaturas: Acima da média na maior parte, com temperaturas próximas da média no centro-sul do Rio Grande do Sul. Possíveis geadas devido à incursão de ar polar.
Umidade no solo: Níveis elevados em grande parte devido às chuvas recentes, mas o excesso pode prejudicar a semeadura e desenvolvimento do trigo no Rio Grande do Sul. Baixa umidade no noroeste do Paraná, afetando trigo e milho segunda safra.

Fontes: INMET 10/07/2024  / Clima Tempo 11/07/2024

EVENTOS E CURSOS AGRO

Confira aqui e aproveite a oportunidade!

DATA DE INÍCIO: 23 de julho de 2024 08:00
CATEGORIA: Curso
Mais informações e inscrições: Agroagenda 17/07/2024
Evento on-line e gratuito
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DATA DE INÍCIO: 10 de Setembro de 2024
DATA DE TÉRMINO: 13 de setembro de 2024
CATEGORIA: Congresso
Mais informações e inscrições: Embrapa 03/07/2024
DATA DE INÍCIO: 25 de julho de 2024 08:00
DATA FINAL: 27 de julho de 2024 18:00
Inscrições:  Agro Agenda 17/07/2024
ENDEREÇO: Chapada Gaucha – MG
Categoria: Feira agro
TELEFONE: 38 99893-4837
Evento on-line e gratuito
DATA DE INÍCIO: 28 de julho de 2024 – 07:30
DATA FINAL: 1 de agosto de 2024 18:30
CATEGORIA: Curso
ENDEREÇO: UFT – Campus Palmas – 109 Norte Av. NS-15, ALCNO-14. Plano Diretor Norte.
CEP: 77001-090. Palmas/TO, Av. Juscelino Kubitscheck, Palmas – TO
Mais informações e inscrições: Agroagenda 04/07/2024
Evento presencial
INSCRIÇÕES – PROFISSIONAL SÓCIO DA SOBER e SÓCIO DE ENTIDADE PARCEIRA DA SOBER – R$320,00
INSCRIÇÃO – PROFISSIONAL NÃO SÓCIO DA SOBER – R$765,00
INSCRIÇÕES – ESTUDANTE DE PÓS GRADUAÇÃO DA SOBER – R$80,00
INSCRIÇÕES – ESTUDANTE DE PÓS GRADUAÇÃO NÃO SÓCIO – R$275,00
INSCRIÇÕES – ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO SÓCIO DA SOBER – R$40,00
INSCRIÇÕES – ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO NÃO SÓCIO DA SOBER – R$160,00
DATA DE INÍCIO: 25 de julho de 2024 08:00
DATA FINAL: 27 de julho de 2024 18:00
LOCAL: Minas Gerais (MG)
CATEGORIA: Feira Agro
TELEFONE38 99893-4837
Mais informações e inscrições: Agroagenda 11/07/2024
Evento presencial
                         
DATA DE INÍCIO: 22 de julho de 2024 08:00
DATA DE TÉRMINO: 26 de julho de 2024 18:00
ENDEREÇO: Coopercitrus Cooperativa de Produtores Rurais Rodovia Brigadeiro Faria Lima, Km 384 Sul – Lote A – Bebedouro/SP
TELEFONE: +55 17 3344-3000
CATEGORIA: Feira Agro
Mais informações e inscrições: Agroagenda 11/07/2024
Evento presencial

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