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GERAIS
Ampliação das oportunidades do Brasil no comércio exterior
No Mato Grosso do Sul, o presidente e o ministro da Agricultura e Pecuária visitaram uma das 38 novas plantas frigoríficas de carne habilitadas para exportação para a China. Esse movimento reflete o compromisso do Governo Federal em ampliar as oportunidades no comércio exterior, o que já está gerando resultados palpáveis. Durante a visita, ocorreu o primeiro embarque de carne para a China, marcando uma nova fase nas relações comerciais entre os dois países.
Essa habilitação é histórica, pois é a maior quantidade de autorizações concedidas de uma vez só. Agora, o Brasil conta com 144 empresas habilitadas, um aumento significativo em relação às 106 anteriores. Essa ampliação promete impulsionar consideravelmente o comércio bilateral. O presidente Lula ressaltou a importância de entregar produtos de qualidade à China para expandir os negócios e gerar empregos no Brasil. Ele enfatizou a necessidade de o país buscar continuamente melhorias em seus produtos para aumentar as exportações.
A previsão é de um aumento de cerca de R$ 10 bilhões na balança comercial brasileira em um ano devido às novas habilitações. Esse cálculo considera o potencial de faturamento das empresas agora autorizadas a exportar para a China. O presidente da JBS anunciou um aumento significativo na produção e no número de empregos na planta visitada, evidenciando o impacto positivo da habilitação para a economia local.
Por fim, vale destacar que o Mato Grosso do Sul foi o estado que mais se beneficiou com as novas habilitações, passando de três para sete frigoríficos habilitados. Isso representa um aumento expressivo no potencial de exportação de carne bovina para a China, impulsionando ainda mais a economia regional.
Fonte do texto e da imagem: Gov.br 17/04/2024
O Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestas Sustentáveis (PNCPD), lançado em dezembro de 2023, é uma iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária para promover práticas sustentáveis de manejo e conservação do solo. Este programa visa a conversão de pastagens degradadas em sistemas sustentáveis, com o objetivo de fomentar boas práticas agropecuárias que contribuam para a captura de carbono e a preservação do solo.
O PNCPD tem como meta recuperar e converter até 40 milhões de hectares de pastagens em dez anos. Essa iniciativa é essencial não apenas para a saúde do solo, mas também para a segurança alimentar e climática do planeta. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destaca a importância de cuidar do solo, ressaltando que é o recurso mais precioso que os produtores possuem.
Além de ser uma prática sustentável, o programa visa reduzir a emissão de gases de efeito estufa, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas. Ao converter pastagens degradadas em sistemas agropecuários e florestais sustentáveis, há uma redução significativa na erosão do solo, o que é fundamental para a conservação dos recursos naturais.
O PNCPD também busca promover a produção com certificação, rastreabilidade e sustentabilidade, atendendo à demanda por alimentos saudáveis e produzidos de forma ambientalmente responsável. A sinergia entre o governo e o setor produtivo é fundamental para alcançar esses objetivos e manter o Brasil como um importante fornecedor de alimentos para o mundo, destacando-se pelo desenvolvimento sustentável na agricultura.
A Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI) do Ministério da Agricultura e Pecuária trabalha para promover tecnologias voltadas para a conservação do solo. Essas tecnologias visam preservar a fertilidade do solo, prevenir a erosão e proteger o meio ambiente, contribuindo para uma agricultura mais sustentável e resiliente às mudanças climáticas.
No âmbito do Plano de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (ABC+), as tecnologias para a conservação do solo desempenham um papel crucial, integrando-se a sistemas produtivos sustentáveis como o plantio direto, a produção integrada, o uso de bioinsumos e sistemas irrigados. Essas práticas não apenas aumentam a produtividade, mas também preservam os recursos naturais e mitigam os impactos ambientais, contribuindo para a adaptação às mudanças climáticas e a redução da pressão sobre os ecossistemas naturais.
Fonte: Gov.br 17/04/2024
Acompanhamento da reestruturação das carreiras da Defesa Agropecuária
Nesta terça-feira (16), o ministro da Agricultura e Pecuária reuniu-se novamente com representantes da diretoria do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) para dialogar sobre a reestruturação da carreira de auditor fiscal federal agropecuário do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Na reunião, Fávaro reiterou que o governo é aberto ao diálogo e que o objetivo do encontro era para ouvi-los a respeito de como andam as negociações com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) para que a categoria chegue a um acordo e os profissionais continuem produzindo, gerando oportunidades e apresentando o bom serviço público. Ao final, o ministro Fávaro disse que se mantém receptivo para ouvir a categoria.
Fonte da imagem: news.agrofy 17/04/2024
Fonte textual: Gov.br 17/04/2024
Embrapa Cerrados marca presença na Tecnofam 2024
A Tecnofam 2024, realizada em Dourados (MS) de terça-feira (16) a quinta-feira (18), é um evento destacado na agricultura familiar do centro-sul do Brasil. Promovida pela Embrapa Agropecuária Oeste e em parceria com diversas organizações, a feira tecnológica apresenta dezenas de tecnologias para os visitantes, com entrada gratuita das 7h30 às 16h30.
A Embrapa participa ativamente da exposição, destacando tecnologias que podem beneficiar as propriedades familiares. A Embrapa Cerrados, uma das unidades envolvidas, apresentou informações sobre cultivares de maracujá, pequi, pitaya e mandioca, além de oferecer oficinas e palestras sobre esses temas. Na quarta-feira (17), houve uma apresentação sobre produção de mudas e cultivo do pequizeiro.
No último dia do evento, houve um treinamento específico para técnicos de assistência técnica e extensão rural, abordando sistemas de produção e novas cultivares de maracujá e pitaya. A presença da Embrapa Cerrados enfatiza o compromisso da instituição com tecnologias inclusivas para produtores rurais de diferentes portes, especialmente na agricultura familiar. A colaboração entre unidades da Embrapa destaca a importância da cooperação para promover a transferência de tecnologia e inovação em todo o país.
Fonte da reportagem: Embrapa Cerrados 17/04/2024
Fonte das imagens – Freepik 17/04/2024
PRODUÇÃO
Valor bruto da produção ultrapassa R$ 1,14 trilhão em março
Soja, milho, Cana-de-açúcar, café e laranja foram responsáveis por 52% do valor total
O Valor Bruto da Produção (VBP) em março deste ano atingiu R$ 1,147 trilhão, com as lavouras contribuindo com R$ 775,8 bilhões (67,6%) e a pecuária com R$ 371,4 bilhões (32,4%). Nos últimos cinco anos, o VBP registrou um crescimento de 12,5%, impulsionado pelo aumento significativo em culturas como cana-de-açúcar (36,7%), cacau (55,6%), arroz (21%) e mandioca (50%).
No mês de março, os principais contribuintes para o VBP foram soja, milho, cana-de-açúcar, café e laranja, respondendo por 52% do valor total. Na pecuária, bovinos, aves e suínos representaram 25% do VBP.
Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve uma redução de 1,4% no VBP total. As lavouras apresentaram uma diminuição de 4,4%, devido a condições climáticas desfavoráveis e quedas nos preços, especialmente de soja e milho. Por outro lado, a pecuária registrou um aumento de 5,5%, impulsionado pelo crescimento na suinocultura (65,4%) e avicultura (9,2%).
Apesar da queda no VBP em março, a agricultura e pecuária demonstraram resiliência, mantendo um desempenho relevante mesmo diante de desafios climáticos e oscilações nos preços dos grãos. Este é o quinto ano consecutivo em que o VBP ultrapassa a marca de um trilhão de reais.
O arroz teve um aumento de 21,8%, o feijão de 18,2% e o café de 17%, devido à alta nos preços no mercado externo para o arroz e café, e à redução na estimativa de produção do feijão na segunda safra. Entre as lavouras, a soja foi a cultura que registrou a maior redução no VBP, com 19,8%, seguida pelo milho, com 10,8%.
O VBP é um indicador que mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária ao longo do ano, correspondente ao faturamento dentro do estabelecimento. Ele é calculado com base na produção agrícola e pecuária e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do país para os 26 maiores produtos agropecuários nacionais. O valor real da produção é obtido descontando a inflação, utilizando o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A divulgação ocorre mensalmente, atualizada até o dia 15 de cada mês.
Fonte:Gov.br 14/04/2024
Primeiras mudas comerciais do cajueiro-anão BRS 555 chegam ao mercado
O clone de cajueiro-anão BRS 555, desenvolvido pela Embrapa Agroindústria Tropical e lançado em novembro de 2022, agora está disponível comercialmente para produtores do sertão do Seridó e zonas de altitude do Rio Grande do Norte. As primeiras mudas comerciais foram produzidas após aclimatação e transplante pelos viveiristas locais, e a demanda tem sido alta devido à alta produtividade da variedade.
A cultivar BRS 555 é destinada ao semiárido serrano da região, apresentando uma média de 2.711 kg de castanha por hectare do sexto ao nono ano de produção, um aumento significativo em comparação com as médias locais. Além disso, a variedade demonstra resistência à broca-do-tronco, uma praga comum na área. Os interessados podem adquirir as mudas através de viveiristas autorizados, com uma lista disponível no Renasem, do Ministério da Agricultura.
Essa nova variedade representa uma oportunidade para os produtores locais aumentarem sua rentabilidade e produtividade, adaptando-se às condições climáticas da região e superando desafios como a incidência de pragas.
Fonte: Embrapa 17/04/2024
Cafés do Brasil tem receita bruta estimada em R$ 57, 24 bilhões para o ano-cafeeiro 2024
Para o ano-cafeeiro de 2024, a receita bruta estimada para os Cafés do Brasil é de R$ 57,24 bilhões, um aumento de 17% em relação a 2023. Esse valor é dividido entre as espécies Coffea arabica (72%) e Coffea canephora (28%). Minas Gerais lidera o faturamento com R$ 29,12 bilhões, seguido pelo Espírito Santo com R$ 13,78 bilhões. Os seis maiores estados produtores representam 98,3% da receita total. A Região Sudeste concentra a maior parte do faturamento, com R$ 48,60 bilhões, seguida pela Região Nordeste com R$ 4,11 bilhões. Os dados são baseados nos preços médios recebidos pelos produtores e no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE.
Visite o site do Observatório do Café para ler na íntegra o Valor Bruto da Produção – VBP Março 2024, elaborado pela SPA/Mapa, pelo link: http://www.consorciopesquisacafe.com.br/images/stories/noticias/2021/2024/Mar%C3%A7o/VBP_03_24.pdf
Conheça todo o acervo de publicações da Embrapa Café e faça download gratuito dos arquivos pelo link: https://www.embrapa.br/cafe/publicacoes
Confira as ANÁLISES (Análises e notícias da cafeicultura) divulgadas pelo Observatório do Café no link abaixo: http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/imprensa/noticias
Consócio Pesquisa Café – Conheça os Atos Constitutivos do Consórcio Pesquisa Café e o seu respectivo Regimento Interno: http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/consorcio/separador2/atos-constitutivos-e-regimentos
Thiago Cavaton – Embrapa Café
Fonte – texto: Embrapa 17/04/2024
Fonte imagem: pixabay 17/04/2024
Pesquisa desenvolve primeiro bioinsumo com dupla função para a cultura da soja
O Combio é um bioinsumo desenvolvido através de uma parceria entre a Embrapa e a empresa privada Innova Agrotecnologia, destinado à cultura da soja no Brasil. Ele combina três estirpes bacterianas que promovem tanto a fixação biológica de nitrogênio quanto o crescimento das plantas, além de protegê-las contra fungos oportunistas durante a fase de emergência no solo. Testes de campo revelaram um aumento de 10% no rendimento de grãos, mesmo em condições adversas como a estiagem. O produto surge como uma alternativa aos fungicidas químicos tradicionalmente utilizados, os quais podem ser prejudiciais ao Bradyrhizobium, bactéria essencial para a cultura da soja.
O Combio foi desenvolvido a partir da prospecção de centenas de bactérias, visando encontrar microrganismos capazes de combater fungos que afetam a germinação e emergência das plântulas de soja. Bacillus subtilis e Paraburkholderia nodosa foram identificados como particularmente eficazes nessa função, além de estimularem o crescimento das plantas. Essas bactérias foram então consorciadas ao Bradyrhizobium, proporcionando um produto com múltiplas funções.
Os testes demonstraram que as plantas inoculadas com o Combio apresentaram desenvolvimento superior em comparação com a inoculação padrão apenas com Bradyrhizobium, além de maior nodulação e sanidade. Acredita-se que o Combio possa substituir vantajosamente os inoculantes tradicionais da cultura da soja, oferecendo não apenas a fixação biológica de nitrogênio, mas também promoção de crescimento e maior vigor às plantas.
Atualmente, o Combio possui um registro especial temporário e está disponível como inoculante com ação na fixação biológica de nitrogênio e promoção de crescimento de plantas. Para ser comercializado como biofungicida, ele precisa cumprir algumas exigências da legislação brasileira. A expectativa é que essa nova tecnologia esteja disponível nas próximas safras, oferecendo praticidade e benefícios adicionais aos agricultores.
Ana Lucia Ferreira – Embrapa Agrobiologia
Liliane Bello – Embrapa Agrobiologia
Fonte – texto e imagem: Embrapa 17/04/2024
Monitoramento semanal das condições das lavouras – atualizado em 15 de abril
Fonte: freepik 17/04/2024
Destaques da semana
Arroz – Até o momento, 52,9% da safra foi colhida. No Rio Grande do Sul, as chuvas têm dificultado a colheita e causado acamamentos, especialmente na região central, porém a produtividade e qualidade dos grãos permanecem satisfatórias. Em Santa Catarina, a colheita avança e os grãos apresentam excelente qualidade. Na região Norte de SC, a colheita já foi concluída em algumas áreas. No Maranhão, a colheita está progredindo nas regiões central, sul e oeste. Em Goiás, as chuvas diminuíram o ritmo da colheita nas áreas de tabuleiros, mas beneficiaram as lavouras de sequeiro em fase reprodutiva, assim como as áreas irrigadas por pivôs centrais. No Tocantins, a colheita está avançando e já alcançou 65% da área total. Em Mato Grosso, mais da metade das áreas já foi colhida, e o volume de chuvas tem sido favorável para o desenvolvimento das plantas.
Algodão – A semeadura atingiu 100% de conclusão. Em Mato Grosso, as chuvas beneficiaram a umidade do solo, mas dificultaram o manejo. Na Bahia, as lavouras mostram excelente qualidade, embora haja uma redução nas chuvas na região Centro-Sul. Em Mato Grosso do Sul, as lavouras estão apresentando excelentes expectativas de produção. No Maranhão, algumas lavouras de primeira safra estão em formação de maçãs, enquanto as de segunda safra estão em fase de floração.
Feijão 1ª safra – Até o momento, 72,2% da safra foi colhida. Na Bahia, chuvas volumosas, especialmente na região Oeste, não afetaram a colheita e as operações continuam progredindo no Centro-Sul e Centro-Norte do estado. Em Minas Gerais, a colheita foi concluída, porém houve perda de potencial produtivo devido à estiagem e altas temperaturas durante parte do ciclo. As chuvas durante a colheita também impactaram a qualidade dos grãos mais tardios. No Rio Grande do Sul, apesar das precipitações, a colheita continuou avançando. Em Santa Catarina, no Planalto Sul, restam poucas áreas para serem colhidas, mas as chuvas limitaram parcialmente o avanço das operações. No Planalto Norte, as lavouras já foram colhidas. No Piauí, as chuvas têm dificultado o avanço da colheita em várias regiões.
Milho 1ª Safra – Até o momento, 52,9% da safra foi colhida. Em Minas Gerais, a colheita avança lentamente à medida que a umidade dos grãos diminui. No Rio Grande do Sul, os produtores têm priorizado a colheita da soja em detrimento ao milho, e as chuvas têm beneficiado as lavouras semeadas tardiamente. Na Bahia, boas produtividades são registradas no Extremo-Oeste e Centro-Norte. No Piauí, apesar da alta incidência de lagartas, as lavouras apresentam bom desenvolvimento. No Paraná, as chuvas têm causado paralisações na colheita em algumas regiões. Em Santa Catarina, os dias ensolarados e as altas temperaturas anteciparam a maturação. No Maranhão, as lavouras estão em boas condições. Em Goiás, a maioria das lavouras está em fase de maturação, e a colheita está ocorrendo pontualmente. No Pará, a colheita está avançando e boas produtividades são verificadas.
Milho 2ª Safra – Para a segunda safra de milho, a semeadura atingiu 99,9% de conclusão. Em Mato Grosso, as chuvas regulares têm favorecido o desenvolvimento da maioria das lavouras. No Paraná, as chuvas beneficiaram o crescimento e a recuperação das áreas que estavam sofrendo com déficit hídrico. Em Mato Grosso do Sul, as lavouras no Centro-Norte estão apresentando ótimo desenvolvimento, enquanto no Centro-Sul e Sudeste do estado há restrição hídrica. Em Goiás, algumas áreas estão no estágio de enchimento de grãos, e as chuvas têm sido benéficas para as lavouras. Em São Paulo, as precipitações têm favorecido o desenvolvimento das lavouras. Em Minas Gerais, as lavouras estão em boas condições. No Piauí e Maranhão, as boas chuvas têm favorecido o desenvolvimento das plantas. No Tocantins, muitas lavouras entraram na fase reprodutiva e a maioria dos cultivos está se desenvolvendo bem. No Pará, o plantio ainda está em andamento na região de Santarém, e as lavouras estão apresentando bom desenvolvimento, beneficiadas pelas chuvas.