Curadoria Semanal
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Brasil e Dinamarca firmam acordo para estimular o desenvolvimento nas áreas dos sistemas alimentares
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e a embaixadora da Dinamarca no Brasil, Eva Bisgaard Pedersen, assinaram na terça-feira (13/08) o Memorando de Entendimento (MoU) entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) da República Federativa do Brasil, e o Ministério da Alimentação, Agricultura e Pesca do Reino da Dinamarca. O objetivo do acordo assinado é estimular o desenvolvimento mútuo de sistemas agrícolas e pecuários, dando ênfase na agropecuária sustentável.
O ministro Carlos Fávaro ressaltou a importância do acordo assinado para o crescimento da agropecuária nos dois países. “É o primeiro passo para que as nossas equipes cheguem em ações que possam alavancar o setor, com mais tecnologia, gerando oportunidades. “Para nós da Dinamarca, esse acordo irá abrir portas muito importantes, não só na relação comercial, como também nas negociações e trocas de tecnologias, principalmente na área agro sustentável. Temos certeza de que aprenderemos muito com vocês, com a Embrapa, e, tenham certeza também, queremos apoiar os projetos inovadores do agro brasileiro”, destacou a embaixadora Eva Bisgaard.
A embaixadora ainda elogiou a atuação do Governo Federal com a criação do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestas Sustentáveis (PNCPD), que tem por objetivo incorporar 40 milhões de hectares de pastagens degradadas aos sistemas produtivos brasileiros de alimentos, biocombustíveis e florestas de alta produtividade, por meio da adoção de tecnologias de produção sustentáveis “Esse programa é uma ideia brilhante, e o Reino da Dinamarca pretende fazer parte disso”, disse Eva.
BOM RELACIONAMENTO COM O MUNDO
A relação comercial entre Brasil e Dinamarca é antiga, sobretudo com o propósito de promover a cooperação agrícola entre ambos as nações. Por isso, em 1986, o Governo brasileiro e a monarquia dinamarquesa assinaram o Acordo de Cooperação Científica e Tecnológica, e o Acordo de Cooperação entre os governos, esse em 2011. Na parceria comercial, as exportações brasileiras de produtos agropecuários para a Dinamarca foram de US$366 milhões em 2023.
Fonte: Embrapa 06/08/2024
Fonte da imagem: Freepik, 2024
Abertura de mercado no Egito para exportação de carne bovina com osso
O governo brasileiro recebeu com satisfação o anúncio, pelo governo egípcio, da autorização para que o Brasil exporte carne bovina com osso para aquele país. As exportações agrícolas brasileiras para o Egito ultrapassaram US$ 1,73 bilhão em 2023, dos quais mais de US$ 384 milhões corresponderam a vendas de proteína animal. No primeiro semestre deste ano, o Brasil já exportou mais de US$ 1,31 bilhão em produtos agrícolas para o país. Em março, foi aberto também o mercado egípcio para carne, produtos cárneos e miúdos de caprinos e ovinos.
Com esta nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 91ª abertura de mercado no ano, totalizando 169 aberturas em 56 destinos desde o início de 2023. Esses resultados são fruto do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Fonte: Mapa 13/08/2024
Tonelada do gás carbônico equivalente na citricultura brasileira é estimada em US$ 7,72
Fonte: Freepik, 2024
O preço do carbono na citricultura brasileira foi calculado em U$ 7,72 por tonelada de gás carbônico equivalente (tCO2e), marcando a primeira vez que esse indicador é estabelecido para a produção de laranjas. Esse valor pode ser utilizado como referência para o mercado voluntário de carbono e outras iniciativas sustentáveis, como o pagamento por serviços ambientais. A estimativa foi realizada pela Embrapa Territorial (SP) e apresentada no 62º Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (Sober).
Segundo Daniela Tatiane de Souza, analista da Embrapa, há poucos estudos no Brasil para definir o valor do carbono na agricultura, e nenhum tinha sido voltado ao setor citrícola, um dos mais importantes do agronegócio brasileiro. Ela ressalta que ainda não existe um mercado de carbono regulado na agricultura que permita a mensuração de valores reais. O trabalho da equipe da Embrapa busca estabelecer parâmetros e referências com base em metodologias internacionais.
O gás carbônico é o principal gás de efeito estufa (GEE) emitido desde o início da industrialização e, por isso, tornou-se um indicador ambiental padrão. Outros GEE e agentes poluentes são convertidos em toneladas de CO2 equivalente para facilitar comparações e valoração. A definição do preço do carbono de uma atividade econômica cria um incentivo para investir em tecnologias mais sustentáveis, como práticas agrícolas que reduzam a emissão de óxido nitroso, outro GEE significativo.
Lauro Rodrigues Nogueira Júnior, pesquisador da Embrapa, explica que a precificação do carbono é necessária para calcular o custo social, econômico e ambiental da redução de emissões de GEE ou remoção de CO2 da atmosfera. Esse valor serve como referência tanto para quem paga quanto para quem recebe por esses serviços, sendo útil também para programas governamentais e iniciativas de pagamento por serviços ambientais no Brasil.
O valor estimado de U$ 7,72 por tCO2e está alinhado com os preços observados no mercado voluntário de carbono internacional para a agricultura, que variaram entre U$ 6,61 e U$ 11,02 por tCO2e nos últimos três anos. Como não havia estimativas específicas para o Brasil, a equipe da Embrapa comparou o valor com um estudo prévio sobre o preço do carbono na agricultura e pecuária nacionais, ajustando-o para U$ 7 por tCO2e, muito próximo do valor estimado para o setor citrícola.
Fonte: MAPA 13/08/2024
Novos produtos sem glúten combinam nutrientes de cereais, grão-de-bico e feijão
A Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) está buscando parcerias para lançar no mercado novos alimentos sem glúten, utilizando cereais integrais como arroz e milheto, além de pulses como grão-de-bico e feijão. Entre os produtos desenvolvidos estão um biscoito integral aerado e crocante tipo snack, farinhas integrais pré-cozidas, massa alimentícia integral e uma formulação de pão pita (árabe ou sírio). Esses produtos estão disponíveis para codesenvolvimento, validação, escalonamento industrial e licenciamento.
Esses alimentos foram criados utilizando a extrusão termoplástica, uma técnica que permite o cozimento rápido e versátil, mantendo o grão integral, o que prolonga a vida útil dos produtos. O pesquisador Carlos Piler destaca que essa técnica é estratégica para o processamento de alimentos integrais, pois aproveita todo o grão, inativando enzimas que causam rancificação.
Tanto para os snacks quanto para o pão pita, foram utilizadas farinhas integrais de arroz, milheto pérola, grão-de-bico e feijão-carioca. O teor de feijão-carioca variou entre 5% no pão árabe e 10% nos snacks, enquanto os outros ingredientes foram utilizados em proporções iguais. Os snacks têm 12,8% de proteína, e o pão árabe, 10,5%. Ambos os produtos alcançaram 70% de aceitação sensorial, sugerindo um bom potencial de mercado. Além disso, os snacks apresentam 9% de fibras alimentares e o pão pita, 10%, evidenciando o valor nutritivo dos produtos.
Fonte: Embrapa 14/08/2024
Tamanho efetivo do rebanho Crioulo Lageano é assegurado em bancos genéticos
Uma pesquisa da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia identificou touros da raça Crioula Lageana para doação de sêmen, visando preservar a variabilidade genética dessa raça em bancos de germoplasma. O estudo revelou que o tamanho efetivo da população é de 21 animais, número considerado bom para uma raça de pequena população, apesar de estar abaixo do recomendado pela FAO (50 animais) para evitar riscos de extinção.
A Embrapa analisou 450 animais de oito fazendas para avaliar a variabilidade genética e orientar cruzamentos, em parceria com a Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Crioula Lageana (ABCCL). Este trabalho permitirá aumentar o tamanho efetivo do material armazenado no Banco Genético da Embrapa de 10 para 21 animais. A coleta de materiais dos touros-chave está em andamento, com a expectativa de concluir a atualização do Banco Genético em até cinco anos.
O Crioulo Lageano é uma raça bovina originária de bovinos Hamíticos, trazidos ao Brasil durante a colonização. Adaptada aos campos nativos de Santa Catarina e Paraná, essa raça desenvolveu grande rusticidade e resistência ao frio, além de tolerância ao calor, semelhante a outras raças taurinas brasileiras. Conhecida por seus longos chifres, que podem alcançar até 2 metros, a raça se destaca pela produção de carne, aptidão leiteira e excelente habilidade materna.
Apesar dessas qualidades, o Crioulo Lageano quase foi extinto, sendo preservado graças aos esforços da família Camargo, de Santa Catarina. Na década de 1980, a Embrapa incluiu a raça em seu Programa de Conservação e Uso de Recursos Genéticos Animais e iniciou estudos genéticos. Em 2004, a fundação da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Crioula Lageana (ABCCL) marcou um reconhecimento importante, culminando com o reconhecimento oficial da raça pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em 2008, afastando o risco de extinção
Fonte: Embrapa 14/08/2024
Batata-doce CIP BRS Nuti é protagonista em projeto de combate à fome no Semiárido de PE
A batata-doce CIP B RS Nuti é o foco do projeto “Nas Ramas da Esperança”, iniciado para melhorar a segurança alimentar no Semiárido pernambucano. Desde 2022, mais de 500 mil mudas foram distribuídas para 10 mil agricultores em 153 municípios de 11 estados. O projeto foi premiado na categoria Desenvolvimento Social na 6ª edição do Prêmio Espírito Público.
O projeto, liderado pelo professor Erbs Cintra do Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IFSertãoPE), começou em 2010 com a busca por culturas resistentes às condições áridas da região. A batata-doce, rica em betacaroteno, foi bem recebida pelos agricultores, destacando-se pela alta produtividade e resistência. Com a multiplicação das mudas e a divulgação da cultivar, o projeto cresceu, atraindo muitos produtores. A cultivar tem um ciclo precoce de 90 a 110 dias, baixa demanda hídrica e alta produtividade, alcançando até 60 toneladas por hectare em áreas experimentais.
Além de ser consumida fresca, a CIP BRS Nuti pode ser usada na produção de bolos e biscoitos, oferecendo potencial de comercialização. O projeto também promoveu a criação de uma lei que inclui os alimentos do projeto na merenda escolar de Petrolina, fortalecendo ainda mais sua contribuição para a segurança alimentar local.
Fonte: Embrapa 14/08/2024
Projeto com a FAO de Restauração Ecológica em 18 Territórios da Amazônia é Lançado em Tefé-AM
Foto: Arquivo Embrapa
No dia 6 de agosto de 2024, ocorreu o Seminário de Consulta e Abertura do Projeto “Restauração de Áreas Alagáveis e outros importantes Ecossistemas Amazônicos” no Instituto Mamirauá, em Tefé-AM. Este evento híbrido marcou o início de um esforço de restauração ecológica e mitigação das mudanças climáticas, reunindo comunidades, lideranças, técnicos, pesquisadores e autoridades. O projeto visa evitar a emissão de mais de 10 milhões de toneladas de gases do efeito estufa, proteger a biodiversidade e gerar renda para comunidades tradicionais.
Durante o seminário, houve apresentações sobre os componentes do projeto, debates e atividades em grupo para coletar contribuições dos participantes. Foram identificadas as partes interessadas e obtidos consentimentos iniciais. A mesa de abertura contou com representantes do MCTI, FAO, governos estaduais do Pará e Amazonas, além de líderes comunitários e do Instituto Mamirauá. O projeto foi destacado como essencial para enfrentar a crise climática e restaurar ecossistemas na Amazônia.
O seminário também ressaltou a importância da participação das comunidades locais, que são fundamentais para o sucesso do projeto. Durante o evento, foram discutidas as expectativas e preocupações dos participantes, como o envolvimento das prefeituras e a necessidade de maior engajamento dos jovens. O projeto, que está na fase de construção coletiva, se concentra na restauração de ecossistemas de zonas úmidas e florestas de várzea na Amazônia. A consulta pública foi fundamental para garantir uma abordagem colaborativa e inclusiva, com planos de continuar envolvendo as comunidades nos próximos meses.
Fonte: FAO 14/08/2024
Rotação de culturas em cana é o tema do 3º evento do CanaMS 2024
O CanaMS, evento consolidado em Mato Grosso do Sul e outros estados, realiza em 2024 seu 3º Seminário e 9º Ciclo de Seminários Agrícolas no dia 15 de agosto em Dourados, MS. Organizado pela Embrapa Agropecuária Oeste em parceria com a TCH Gestão Agrícola, o seminário é voltado para técnicos, agricultores e acadêmicos interessados na cana-de-açúcar.
O tema central em 2024 é “Rotação de Culturas e Parcerias”. O evento terá palestras sobre agricultura conservacionista, manejo de nutrientes, controle de pragas e sistemas de produção. A programação é gratuita, com inscrição online e transmissão ao vivo pelo YouTube.
Fonte: Embrapa 15/08/2024
Monitoramento semanal das condições das lavouras
Atualizado em 12 de agosto
Algodão – A colheita de algodão está em 55,3% concluída. Em Mato Grosso, o clima seco e as altas temperaturas durante o dia favoreceram o processo, com a destruição das soqueiras ocorrendo paralelamente à colheita e as aplicações de defensivos focadas principalmente no controle do bicudo-do-algodoeiro. Na Bahia, a colheita está em ritmo acelerado, com as operações em áreas irrigadas já iniciadas e a lavoura de sequeiro próxima de ser concluída. Em Mato Grosso do Sul, as condições climáticas beneficiaram a colheita, que se encontra em fase final. No Maranhão, a colheita das lavouras de primeira e segunda safra avança, embora haja uma redução na produtividade devido à falta de chuvas e altas temperaturas no final do ciclo. Em Goiás, a colheita das lavouras de sequeiro está praticamente encerrada, restando poucas áreas no Sudoeste, enquanto as operações em áreas irrigadas seguem em progresso. Os rendimentos e a qualidade das fibras estão dentro do esperado. Em Minas Gerais, a colheita avança com o clima seco favorecendo, e a produtividade alcançada é satisfatória.
Feijão 2ª safra – Na BA, nas áreas de cultivo de feijão-cores irrigado, as lavouras estão em fase de enchimento de grãos e apresentam boas condições fitossanitárias.
Feijão 3ª safra – Em MG, a colheita está avançada, principalmente, na região Noroeste do estado. As lavouras estão em fase de enchimento de grãos, com mais de 50% em maturação e apresentam boa produtividade e qualidade do produto. Em GO, a colheita está progredindo, especialmente, na região do Vale do Araguaia e a qualidade do produto colhido é boa. As lavouras estão em diversos estágios de desenvolvimento, devido ao plantio escalonado. Na BA, as lavouras que estão fase de floração e enchimento de grãos tem seu potencial produtivo reduzido em razão da estiagem que persiste, na maior parte da região Nordeste do estado.
Milho 2ª Safra – A colheita de grãos está 94,7% concluída. Em Mato Grosso, a colheita foi finalizada com produtividades acima do esperado e grãos de boa qualidade. No Paraná, a colheita foi interrompida em algumas regiões devido a chuvas. Em Mato Grosso do Sul, a maior parte das lavouras já foi colhida, mas as precipitações impediram um avanço maior. Em Goiás, a colheita está praticamente concluída nas regiões Norte, Sul e Oeste, com bom progresso no Leste e boas produtividades. Em São Paulo, mais de 70% da área semeada já foi colhida, mas as produtividades estão baixas. Em Minas Gerais, o clima seco favoreceu a colheita, mas as produtividades ficaram abaixo do previsto devido à redução das chuvas e ao ataque de cigarrinhas. No Tocantins, a colheita foi finalizada, com variações de produtividade dependendo do período de plantio. No Maranhão, a colheita avança no Sul do estado com uma redução de produtividade em relação à safra anterior. No Piauí, a colheita está sendo concluída, mas com rendimentos abaixo do esperado. No Pará, a colheita avança no polo de Santarém, adiantada em relação à última safra devido à diminuição das chuvas; no polo de Paragominas, a colheita está em fase final.
Inscrições: Contato: Ivonete Teixeira Rasera. / E-mail: [email protected] / Fone: (41) 99925-9214 / ENDEREÇO: Curitiba/PR