Curadoria Semanal
Principais informações sobre o mundo AGRO: ações públicas, produção, inovações, técnicas, pesquisa e muito mais.
TUDO AQUI!
Atualize-se e compartilhe!
Em reunião com o setor privado Fávaro destaca resultados do agro durante o segundo ano do governo atual
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reuniu cerca de 20 entidades do setor agropecuário para apresentar o balanço das ações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e discutir as prioridades para 2025. A reunião abordou especialmente os avanços em diplomacia e a abertura de novos mercados internacionais para os produtos agropecuários brasileiros. Fávaro destacou a importância de ouvir as demandas e sugestões das entidades representativas do setor, ao mesmo tempo em que apresentou os resultados alcançados ao longo dos últimos dois anos.
Entre os temas principais da reunião, destacou-se o aumento das exportações para novos mercados, com 274 destinos abertos desde o início de 2023, resultado do trabalho conjunto do Mapa, do Ministério das Relações Exteriores, e da ApexBrasil. A expansão desses mercados visa compensar os preços mais baixos das commodities, com o objetivo de alcançar 300 mercados até o final do ano. Segundo Fávaro, essa ampliação é fundamental para o fortalecimento do setor agropecuário no cenário econômico global, mantendo a competitividade e sustentabilidade das exportações brasileiras.
O secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, apresentou dados sobre o crescimento do agronegócio, que representou 49,3% das exportações brasileiras entre janeiro e setembro de 2024. Apesar da queda nos preços de alguns produtos, volumes recordes de exportação de soja, carne bovina, café e algodão sustentaram o setor. Além de gerar emprego, especialmente no Centro-Oeste, o agronegócio impulsionou o desenvolvimento econômico e o crescimento do mercado imobiliário em várias regiões agrícolas do Brasil.
Durante o encontro, o ministro também anunciou planos para criar novas secretarias no Mapa: uma para o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e outra focada na promoção comercial dos produtos agropecuários. A nova secretaria comercial atuará ao lado da ApexBrasil e da Secretaria de Relações Internacionais para fortalecer a presença do agro brasileiro no mercado externo, consolidando parcerias e aumentando a visibilidade dos produtos brasileiros no mundo.
Outro ponto discutido foi a Lei Antidesmatamento da União Europeia, cuja abordagem punitiva é questionada pelo governo brasileiro. O Brasil enviou uma carta pedindo a suspensão da lei e reforçando o comprometimento do país com seu Código Florestal, um dos mais rígidos do mundo. Fávaro defendeu a autonomia do Brasil sobre sua legislação ambiental e destacou que a maioria dos produtores brasileiros cumpre rigorosamente as normas ambientais estabelecidas.
Por fim, Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa, ressaltou a importância da interação entre o governo e as entidades do setor, destacando que essa proximidade permite atender às demandas do setor agropecuário de forma mais eficaz. A reunião reforçou a cooperação e o alinhamento estratégico entre o Mapa e as entidades para manter o Brasil como um líder global na produção e exportação agrícola.
Fonte: MAPA 13/11/2024
Imagem: Freepik, 2024
Espécies de cochonilhas são registradas pela primeira vez no Vale do São Francisco
Seis novas espécies de cochonilhas-de-escama foram registradas pela primeira vez no Submédio do Vale do São Francisco, um dos mais importantes polos de produção de frutas tropicais do Brasil, no semiárido. As pragas foram encontradas em pomares de manga e uva, afetando a qualidade dos frutos e comprometendo o desenvolvimento das plantas. Essas cochonilhas representam uma ameaça significativa à fruticultura local, especialmente pela aparência e danos que causam aos frutos.
Segundo Tiago Cardoso da Costa Lima, pesquisador da Embrapa Semiárido, a identificação precisa dessas pragas é crucial para o manejo integrado. A identificação permite um melhor entendimento da biologia dos insetos, possibilitando o desenvolvimento de métodos de controle mais eficientes. Costa Lima ressalta que a Embrapa tem trabalhado junto aos produtores na monitoração dessas pragas para reduzir seu impacto na produção de frutas.
Essas cochonilhas causam despigmentação na casca dos frutos e, mesmo quando mortas, permanecem na superfície, comprometendo a aparência dos produtos. O pesquisador enfatiza a necessidade de monitoramento durante a fase vegetativa das plantas para prevenir o aumento populacional das cochonilhas, que podem migrar para os frutos e intensificar os danos.
A infestação começou a ser relatada por produtores de manga entre 2021 e 2022, com relatos de danos em folhas e frutos. Em 2023, produtores de uva também observaram infestações nas videiras, resultando, em alguns casos, na morte das plantas. Em resposta, a Embrapa realizou levantamentos em fazendas da região e enviou amostras ao Ceagro, onde as espécies foram identificadas pela taxonomista Vera Wolff, e os resultados publicados em revista científica.
As cochonilhas de videiras incluíram a Melanaspis arnaldoi, uma espécie nativa que ataca troncos, e a Aonidiella orientalis, que afeta folhas e bagas, com uma ampla gama de hospedeiros. Já nas mangueiras, foram identificadas Mycetaspis personata, Aonidiella comperei, Chrysomphalus aonidum e Hemiberlesia lataniae, das quais a Aonidiella comperei foi a única registrada pela primeira vez em mangueiras.
Em anos recentes, outras espécies de cochonilhas também foram encontradas na região, incluindo a Pseudischnaspis bowreyi e duas cochonilhas-de-cera. Esse aumento nas infestações revela a importância crescente dessas pragas no Vale do São Francisco, impulsionando a Embrapa a elaborar novos projetos para desenvolver estratégias de controle mais eficazes para esses insetos que desafiam a fruticultura da região.
Fonte: Mapa 14/11/2024
Nova plataforma reúne dados da cadeia produtiva da carne bovina
Foto: Fagner Almeida
A nova plataforma digital do Centro de Inteligência da Carne Bovina (CiCarne) da Embrapa Gado de Corte, lançada após dez anos de desenvolvimento, oferece acesso gratuito ao conhecimento sobre a cadeia produtiva da carne bovina. Com design moderno e intuitivo, a plataforma permite que pecuaristas e tomadores de decisão acessem cenários e estudos nacionais e internacionais categorizados, facilitando a busca por dados importantes para o setor.
Guilherme Malafaia, coordenador do CiCarne, explica que a plataforma busca solucionar a dispersão de dados, um desafio na cadeia produtiva da carne bovina. Segundo ele, essa ferramenta centraliza informações essenciais para o planejamento estratégico, possibilitando uma tomada de decisão mais informada e eficiente.
A plataforma foi desenvolvida com apoio do Ministério da Agricultura, do IBGE e do governo de Mato Grosso do Sul, apresentando dados sobre megatendências para 2040, estrutura dos rebanhos e dinâmica de oferta e demanda. Em breve, incluirá também painéis sobre emissões de gases de efeito estufa e o impacto do uso da terra no Mato Grosso do Sul, resultados de uma pesquisa financiada pela Fundect.
Parcerias institucionais são vitais para a atualização da plataforma, que conta com o trabalho colaborativo de pesquisadores de diferentes unidades da Embrapa. Esse esforço conjunto permite à Embrapa Gado de Corte produzir painéis atualizados e manter a plataforma com informações de alto valor técnico e científico.
O CiCarne, criado para monitorar e identificar tendências no mercado de carne bovina, amplia o conhecimento no setor com relatórios e comunicados técnicos sobre temas estratégicos. A plataforma também conecta-se com o público por meio de perfis em redes sociais, como o PodCarne e o perfil cicarne_embrapa, que facilitam o acesso à informação.
Entre os principais conteúdos, destaca-se o Anuário CiCarne, com dados atualizados sobre produção e comercialização da carne bovina, e que aborda questões como sanidade animal e transformação digital. Além disso, os pesquisadores enfatizam a importância de parcerias estratégicas e colaboração entre os atores da cadeia produtiva, inspirando-se em práticas de sucesso de outros países.
.Fonte: Mapa 14/11/2024
Combinação perfeita faz com que aumentem os incêndios no Pantanal
Fonte: g1.globo.com 14/11/2024
O aumento das queimadas no Pantanal está sendo impulsionado por uma combinação de desmatamento no planalto, redução das chuvas, elevação das temperaturas e acúmulo de matéria orgânica seca. Esse cenário crítico foi tema do 8º Simpósio de Geotecnologias do Pantanal (GeoPantanal), onde especialistas discutiram estratégias de prevenção e mitigação de danos com base em geotecnologias. Realizado em Poconé-MT, o evento reuniu órgãos ambientais, pesquisadores, universidades e ONGs para troca de experiências.
Entre os dados apresentados, o MapBiomas revelou uma perda de 41% da vegetação nativa no planalto e 12% na planície entre 1985 e 2023, acompanhada de uma diminuição significativa das áreas inundadas, que caiu 61% desde 1985. Essas mudanças na inundação natural tornam a vegetação mais suscetível ao fogo, criando condições para incêndios intensos e de difícil controle, especialmente em áreas antes alagadas e menos adaptadas ao fogo.
Em 2024, o Pantanal registrou 1,8 milhão de hectares queimados, com os piores meses sendo agosto e setembro, somando milhares de focos de incêndio. O especialista Bruno Blanco, do Prevfogo/Ibama, ressaltou o comportamento agressivo do fogo, intensificado pela seca e pelo acúmulo de matéria orgânica. Segundo ele, o uso de geotecnologias é essencial para o combate e para orientar as equipes de campo com informações precisas.
A utilização de geotecnologias para monitorar o Pantanal foi destacada por Bruno Blanco como fundamental para a prevenção e o combate aos incêndios. Durante o simpósio, estudos de modelagem e monitoramento de condições meteorológicas foram apresentados como formas de prever o comportamento do fogo e auxiliar no combate. A geotecnologia também apoia no monitoramento das inundações e chuvas, ajudando a criar alertas de risco de incêndios.
O GeoPantanal, iniciado em 2006, teve nesta edição a participação de instituições como Embrapa, Inpe e universidades estaduais. Ao longo de três dias, o evento contou com palestras, apresentações de trabalhos técnico-científicos e atividades de campo, todas voltadas para o uso das geotecnologias no monitoramento e proteção do Pantanal, consolidando o simpósio como espaço essencial para o avanço do conhecimento no bioma.
Os melhores trabalhos apresentados no evento foram premiados, incluindo estudos sobre modelagem atmosférica para entender o comportamento dos incêndios, delimitação de áreas impactadas por agrotóxicos e uso de aprendizado de máquina para análise geoespacial de áreas úmidas. Essas pesquisas destacam o papel das geotecnologias no enfrentamento dos desafios ambientais e mostram a importância da colaboração entre ciência e gestão ambiental.
Fonte: Mapa 14/11/2024
Catálogo de projetos fortalece processo de elaboração de emendas ao orçamento da Embrapa
A Embrapa lançou seu primeiro catálogo de projetos voltado para emendas parlamentares, reunindo propostas de todos os estados para promover pesquisa, desenvolvimento e inovação em benefício da sociedade brasileira. A iniciativa foi coordenada pela Assessoria de Relações Institucionais e Governamentais (Arig) em colaboração com outras unidades da Embrapa, visando à inclusão dessas propostas no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025. O catálogo digital oferece um portfólio estratégico de projetos que podem receber apoio parlamentar.
Selma Beltrão, diretora de Administração, afirma que o catálogo fornece uma visão abrangente das necessidades das unidades da Embrapa, alinhadas ao Plano Diretor da Empresa (PDE). Este documento é uma ferramenta que auxilia na negociação de recursos, permitindo que cada gestor possa utilizá-lo estrategicamente durante eventos e visitas a gabinetes parlamentares para destacar o trabalho de suas respectivas unidades.
Cynthia Cury, chefe da Arig, ressalta que o catálogo qualifica a interação entre a Embrapa e o Poder Legislativo, auxiliando na identificação das políticas públicas que podem ser fortalecidas com emendas parlamentares, o que promove mais transparência. Felipe Cardoso, supervisor do Processo Legislativo Orçamentário da Arig, enfatiza o engajamento dos gestores das Unidades Descentralizadas, que agora contam com um instrumento adicional para fortalecer suas relações com parlamentares.
Com 180 propostas, o catálogo será apresentado em audiências públicas na Comissão Mista de Orçamento (CMO) e em reuniões da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), reforçando a contribuição da Embrapa para a alocação de recursos orçamentários.
Catálogo: Acessar AQUI
Fonte: Embrapa 14/11/2024
Transformação dos sistemas agroalimentares brasileiros pode evitar custos de até US$ 427 bilhões por ano
Um estudo da FAO revelou que os custos ocultos dos sistemas agroalimentares globais somam US$ 12 trilhões anuais, com o Brasil contribuindo com US$ 427 bilhões. Esses custos incluem impactos ambientais, sociais e de saúde que não são refletidos nos preços de mercado. O relatório “Estado da Alimentação e Agricultura 2024” utiliza uma abordagem chamada “contabilidade do custo real” para avaliar esses custos e fornecer uma visão mais ampla sobre os impactos das atividades agroalimentares nos capitais natural, social e humano.
A contabilidade de custo real (CCR) permite que empresas identifiquem impactos ambientais e sociais, monetizando-os e integrando-os em suas estratégias e balanços. O relatório destaca que no Brasil, os maiores custos ocultos vêm de impactos ambientais, relacionados às emissões de gases e mudanças no uso da terra. Além disso, dietas pouco saudáveis geram custos elevados, principalmente devido a doenças como diabetes e doenças cardíacas.
Em nível global, a maioria dos custos ocultos resulta de problemas de saúde ligados a dietas não saudáveis, especialmente em países industrializados. Os sistemas agroalimentares são classificados pela FAO em seis categorias, cada uma com diferentes impactos ocultos. O Brasil se encontra na categoria “formalizando”, uma fase de transição para sistemas mais industrializados, o que evidencia a necessidade de políticas focadas na melhoria dos padrões alimentares e na redução dos custos ambientais.
O estudo da FAO reconhece algumas iniciativas brasileiras que consideram esses custos ocultos, como o Programa Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana e a Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional para Cidades. O Código Florestal e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) também são citados como políticas públicas que contribuem para a sustentabilidade e segurança alimentar, promovendo a agricultura familiar e melhorando a frequência escolar de crianças em vulnerabilidade.
O relatório destaca a importância de transformar os sistemas agroalimentares para que sejam mais sustentáveis, resilientes e inclusivos, indo além de métricas econômicas tradicionais como o PIB. Isso requer políticas intersetoriais, unindo saúde, meio ambiente e agricultura, com incentivos para que os benefícios e custos sejam distribuídos equitativamente entre todos os envolvidos, especialmente os pequenos produtores.
As recomendações incluem incentivos financeiros para práticas sustentáveis, promoção de dietas saudáveis, redução de emissões, e rotulagem transparente para empoderar os consumidores. A FAO apela para uma ação coletiva de todos os setores, com apoio aos pequenos agricultores, para garantir uma transição sustentável dos sistemas agroalimentares e atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Fonte: FAO 14/11/2024
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) participa da Cúpula do G20 Social no Rio de Janeiro
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) participa da Cúpula do G20 Social no Rio de Janeiro, que ocorre nos dias 14 e 15 de novembro. O evento, organizado pela presidência brasileira, é pioneiro e tem como objetivo dar voz às populações dos países do G20. Com mais de 200 atividades programadas, a Conab estará representada pelo presidente Edegar Pretto, o diretor de Política Agrícola Silvio Porto e o chefe de Relações Internacionais Marisson Marinho.
Na abertura do evento no Museu do Amanhã, Edegar Pretto estará ao lado de diversas autoridades, incluindo a Primeira-dama Janja Lula da Silva e ministros como Fernando Haddad e Mauro Vieira. Durante a cúpula, Silvio Porto participará de debates sobre erradicação da fome e agroecologia, abordando a importância dessas questões para enfrentar a fome, desigualdade social e mudanças climáticas.
No dia 15, Edegar Pretto estará em uma plenária temática sobre combate à fome e sustentabilidade, com presença de líderes internacionais, como o ministro Welington Dias e representantes da África do Sul e do Comitê de Segurança Alimentar. Outra plenária do dia abordará sustentabilidade e mudanças climáticas, com a participação de figuras como Paulo Teixeira e Laurence Tubiana, negociadora do Acordo de Paris.
A participação da Conab no G20 Social reforça seu compromisso com políticas públicas voltadas para a segurança alimentar, sustentabilidade e apoio à agricultura familiar, temas que estarão em destaque nos debates promovidos pela Rede Penssan, com foco nas mudanças climáticas e segurança nutricional.
Foto: freepik
Monitoramento semanal das condições das lavouras
Atualizado em 11 de novembro
ARROZ – A semeadura está 65,0% concluída. No RS, o clima favoreceu a evolução da semeadura e o bom estabelecimento inicial, exceto na região da Campanha. Nas áreas semeadas mais cedo, nota-se a realização dos tratos culturais e o início da irrigação. Em SC, a temperatura média e os altos volumes de chuvas têm beneficiado as lavouras em desenvolvimento, mas dificultaram o plantio, que está sendo finalizado. No TO, a regularidade das chuvas tem contribuído para o progresso da semeadura. Em GO, o plantio avança nas áreas sob pivôs e de tabuleiros, sendo realizado de forma escalonada na região Leste. As lavouras estão, na maioria, em desenvolvimento vegetativo e em boas condições. No MA, a colheita está ocorrendo apenas nas áreas de Arari e Vitória do Mearim. Em MT, a semeadura está progredindo de forma moderada, e as lavouras implantadas apresentam desenvolvimento satisfatório e bom estado fitossanitário. No PA, a colheita foi iniciada, e as condições climáticas têm favorecido o desenvolvimento das lavouras.
FEIJÃO (1ª safra) – A semeadura está 44,2% concluída. No PR, cerca de 96% da área já foi semeada, e as lavouras estão em boas condições, beneficiadas pelas chuvas e temperaturas médias. Em MG, o plantio avançou, especialmente no Noroeste, com cerca de 60% da área prevista já semeada e as lavouras em boas condições. Na BA, as chuvas irregulares no Oeste proporcionaram condições adequadas para a implantação e desenvolvimento inicial das lavouras, com o progresso do plantio superior ao da safra anterior. Em SC, a semeadura está quase finalizada, exceto no Planalto Sul e na região Serrana, onde ocorre mais tarde; a umidade adequada do solo e a alta radiação solar têm favorecido o plantio e o desenvolvimento. No RS, o plantio está próximo de atingir metade da área prevista, mas avança lentamente, embora o desenvolvimento das lavouras seja satisfatório. Em GO, a semeadura está em fase de conclusão, favorecida pelo bom regime de chuvas, e as lavouras estão em boas condições, sem danos significativos de pragas ou doenças.
MILHO (1ª safra) – A semeadura está 48,7% concluída. Em MG, o plantio apresenta atraso devido à priorização da soja. No RS, uma parte significativa das áreas iniciou o florescimento, mas algumas regiões estão mostrando sinais de déficit hídrico devido à redução das chuvas, coincidindo com a fase de maior necessidade de água. O plantio foi feito em áreas menos tradicionais e em pastagens de inverno. Na BA, o plantio está avançando bem no Oeste, com as lavouras em boas condições. No PR, o plantio está quase finalizado e as chuvas favoreceram o desenvolvimento das culturas. Em SC, a semeadura está na fase final, e o clima tem beneficiado as lavouras. Em SP, as chuvas contribuíram para o bom desenvolvimento do cereal, enquanto em GO, as chuvas intensas reduziram o ritmo da semeadura.
SOJA – A semeadura está 66,1% concluída. Em MT, o plantio avança para as áreas finais, com condições climáticas favoráveis que beneficiam o desenvolvimento das lavouras. No RS, o plantio progrediu, mas foi interrompido em algumas regiões devido à baixa umidade do solo. No PR, algumas áreas iniciaram o florescimento, e as chuvas têm favorecido o desenvolvimento da maioria das lavouras. Em GO, o plantio avançou principalmente no Sul e Sudoeste, superando a safra anterior graças à boa distribuição de chuvas. Em MS, as precipitações ajudaram a recompor a umidade do solo, promovendo o desenvolvimento das lavouras. Em MG, o plantio ocorre em bom ritmo, exceto em áreas sob manejo convencional devido à alta umidade. Em SP, o plantio está quase concluído, com as lavouras beneficiadas por chuvas bem distribuídas. No TO, na região de Campos Lindos, o plantio já atinge 90% da área planejada. No MA, a semeadura avança na região dos Gerais de Balsas e no Leste do estado. No PI, as chuvas, embora irregulares, permitiram o progresso da semeadura. No PA, a regularização das chuvas favoreceu o desenvolvimento das lavouras e o avanço da semeadura, que alcançou 90% na região da BR-163.
TRIGO – A colheita está 79,4% concluída. No RS, os baixos volumes de chuva permitiram uma evolução significativa da colheita. As produtividades obtidas estão aquém do potencial das lavouras, mas dentro das estimativas iniciais. Nas regiões do Alto Uruguai e Missões, a colheita está praticamente finalizada, enquanto no Planalto Superior, região Sul e parte da Depressão Central, ainda não atingiu 1/3 da área. No PR, a colheita está sendo concluída, porém as chuvas reduziram o ritmo das operações. Em SC, as lavouras mais precoces estão sendo colhidas e apresentam condições satisfatórias, embora haja um aumento de doenças fúngicas e manchas foliares em algumas áreas do Extremo-Oeste.
FONTE: Monitoramento da lavoura – CONAB – atualizado em 11 de novembro
MERCADO
INDICADORES CEPEA
ARROZ – Beneficiamento interno reduz; importações crescem. Como é tradicional neste período de entressafra, em que a disponibilidade interna se reduz, o beneficiamento e saída de arroz do Rio Grande do Sul vem diminuindo, ao passo que as importações crescem. Os preços, por sua vez, caíram na última semana para os patamares de julho/24, refletindo a pressão de atacadistas e varejistas, conforme explicam pesquisadores do Cepea. Segundo dados do Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz), o beneficiamento e saída de arroz do Rio Grande do Sul reduziu 9,13% de setembro para outubro, para 601,7 mil toneladas em equivalente casca. Por outro lado, as importações cresceram 18,1% no mesmo período, totalizando 120,8 mil toneladas em equivalente casca. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
AÇUCAR – Baixa oferta sustenta Indicador em patamar recorde. Os preços médios do açúcar cristal branco seguem firmes no mercado spot do estado de São Paulo, com o Indicador CEPEA/ESALQ para a cor Icumsa de 130 a 180 renovando a máxima nominal da série histórica. Levantamento do Cepea mostra que, no balanço da última semana (entre 4 e 8 de novembro), a média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 166,01/saca de 50 kg, alta de 2,68% em relação à do período anterior. Segundo pesquisadores do Cepea, desde o final de agosto, a baixa disponibilidade de cristal tem sido o principal fator que sustenta os preços. As chuvas dos últimos dias fizeram com que usinas interrompessem a moagem da cana-de-açúcar, o que acentuou o cenário de restrição de oferta para as negociações na pronta-entrega, ainda conforme pesquisas do Cepea. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
BOI – Acima dos R$ 22/kg, carcaça casada bate recordes diários. Desde o dia 1º de novembro, o quilo da carcaça casada bovina supera os R$ 22, batendo recordes diários, conforme levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a demanda aquecida, em função de questões macroeconômicas – especialmente a queda do desemprego – e também da proximidade dos períodos de festas, faz com que varejistas busquem se abastecer, pagando preços significativamente maiores no atacado. No mercado de boi gordo, pesquisadores do Cepea explicam que a dificuldade para novas aquisições de animais para abate continua. A necessidade de preencher escalas próximas tem feito com que a indústria eleve o valor da arroba e ainda diminua o prazo de pagamento. O Indicador do boi gordo CEPEA/B3 (média ponderada do estado de SP, à vista e livre de funrural) já acumula alta de mais de 5% na parcial de novembro. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
FRANGO – Poder de compra frente ao milho é o menor desde abr/23. O poder de compra de avicultores paulistas frente ao milho está no menor patamar desde abril/23, conforme apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, isso se deve à valorização doméstica do milho e ao enfraquecimento dos preços do frango vivo, comparando-se a média parcial de novembro com a do mês anterior. No mercado de frango, apesar da tendência de estabilidade nas cotações, colaboradores do Cepea relataram que alguns agentes, buscando escoar a produção em meio à baixa liquidez, cederam a valores menores. Para o milho, pesquisadores do Cepea explicam que as altas se baseiam na demanda doméstica intensa pelo cereal e nas valorizações internacionais. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
MANDIOCA – Oferta restrita mantém cotações em alta. Os preços da mandioca iniciaram novembro com novas altas em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, quadro que ocorre ininterruptamente desde junho. Entre 4 e 8 de novembro, a média nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 673,70 (R$ 1,1716 por grama de amido), superando em 1,7% a da semana anterior e em 9,5%, em termos reais – utilizando o IGP-DI como deflator –, a de intervalo equivalente do ano passado. Além da baixa disponibilidade de matéria-prima, as altas de preços seguem atreladas à demanda aquecida, conforme explicam pesquisadores do Cepea. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
MILHO – Preços têm novas altas; semeadura da safra verão avança. Os preços domésticos do milho seguem em alta neste início de novembro. Segundo pesquisadores do Cepea, a demanda interna está aquecida, e a expectativa é de que esse cenário persista nos próximos dias, devido à necessidade de consumidores de recompor estoques. Vendedores, por sua vez, negociam com cautela, dando prioridade aos trabalhos de campo envolvendo a safra verão, ainda conforme o Centro de Pesquisas. As condições climáticas seguem favorecendo a semeadura da safra verão, amenizando as preocupações de que a implementação da segunda safra em 2025 fique muito fora da janela considerada ideal. Até o dia 3 de novembro, 42,1% da safra verão havia sido semeada no Brasil, avanço semanal de 5,3 p.p. e 1,9 p.p. acima do registrado no mesmo período de 2023, de acordo com dados da Conab. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
ETANOL– Apesar de maior volume negociado, preços fecham estáveis. Levantamentos do Cepea mostram que os preços dos etanóis encerraram a última semana estáveis em relação ao período anterior. De 4 a 8 novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado fechou em R$ 2,6025/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), enquanto o Indicador CEPEA/ESALQ do anidro subiu ligeiro 0,12%, a R$ 2,9186/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins). Esse cenário de estabilidade ocorreu mesmo com o aumento no volume negociado. Entre 4 e 8 de novembro, a quantidade de etanol hidratado comercializada praticamente dobrou (alta de 94%) em relação ao intervalo anterior, conforme levantamento do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, distribuidoras realizaram compras antecipadas ao longo da semana passada, se programando para atender à demanda do feriado de 15 de novembro (Proclamação da República), na próxima sexta-feira. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
CAFÉ- Preços do arábica voltam a subir com força. Pesquisas do Cepea mostram que os preços domésticos do café arábica voltaram a subir com força neste começo de novembro. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, tem operado próximo de R$ 1.600/sc, assim como nos primeiros meses de 2022, quando o desenvolvimento da safra brasileira e a perspectiva de menor produção impulsionavam os valores. Atualmente, pesquisadores do Cepea explicam que o suporte aos preços vem do dólar valorizado frente ao Real, dos estoques justos e de incertezas relacionadas ao potencial produtivo da temporada 2025/26. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
OVOS – Exportações são as maiores desde ago/23.As exportações brasileiras de ovos, incluindo produtos in natura e processados, seguiram avançando em outubro, alcançando o melhor desempenho desde agosto de 2023. Segundo pesquisas do Cepea, com base em dados da Secex, esse crescimento foi impulsionado principalmente pelo expressivo aumento nos embarques de produtos industrializados, cujo volume avançou quase três vezes em comparação ao mês anterior. Os envios de ovos in natura também subiram: 11% entre setembro e outubro. No total, foram 2,083 mil toneladas de ovos (in natura e processados) embarcadas em outubro, 40,3% a mais que em setembro e o dobro da quantidade escoada no mesmo período de 2023. O Chile tem sido o principal destino das exportações brasileiras desde março deste ano, adquirindo 971 toneladas da proteína nacional em outubro, alta de 4% frente ao mês anterior. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
SOJA – Demanda firme mantém negócios aquecidos. Impulsionadas pela firme demanda por parte de indústrias esmagadoras domésticas, as negociações envolvendo a soja seguem aquecidas no Brasil. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário elevou os prêmios de exportação da oleaginosa no País na última semana. Por outro lado, a alta no preço doméstico foi limitada pelo avanço na semeadura da safra 2024/25 na América do Sul, pela proximidade da finalização da colheita no Hemisfério Norte e pela desvalorização do dólar frente ao Real. De acordo com a Conab, 53,3% da área nacional havia sido semeada até 3 de novembro, acima dos 48,4% há um ano. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
SUÍNOS – Vivo renova máxima nominal. Os preços do suíno vivo continuam subindo, renovando as máximas nominais da série histórica do Cepea – em termos reais, as médias atuais são as mais altas desde 2020. Segundo pesquisadores do Cepea, a maior liquidez no mercado de carne tem levado frigoríficos a buscarem mais lotes de suínos para abate. Além disso, o cenário é de baixa disponibilidade interna, reforçado pelo bom desempenho das exportações de carne suína. Foram 129,7 mil toneladas (entre produtos in natura e industrializados) embarcadas em outubro, o segundo maior volume da série histórica da Secex, iniciada em 1997, atrás somente da quantidade escoada em julho deste ano. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
TILÁPIA – Com novas quedas, preços voltam aos níveis de 2022. Em outubro, os preços da tilápia continuaram em queda em quase todas as praças acompanhadas pelo Cepea, voltando aos patamares observados em 2022. Pesquisadores do Cepea explicam que esse cenário é reflexo da oferta elevada de peixes e da demanda enfraquecida. Diante da alta disponibilidade interna, as exportações brasileiras de tilápia (filés e produtos secundários) aumentaram de forma expressiva. Segundo dados da Secex compilados pelo Cepea, foram 1,7 mil toneladas embarcadas em outubro, elevação de 8,1% frente ao mês anterior. Em relação ao mesmo período de 2023, o volume quase dobrou. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
TOMATE: Oferta elevada mantém pressão sobre cotações. Pesquisas da equipe Hortifrúti/Cepea mostram que os preços do tomate seguem em queda, refletindo a oferta elevada em decorrência das altas produtividades na safra de inverno, que ainda está sendo colhida. Na última semana, a caixa do tomate salada 3A no atacado de São Paulo (SP) fechou à média de R$ 56, recuo de 16,4% frente ao período anterior. Em Belo Horizonte (MG), a baixa foi de 10,1%, para R$ 49/cx; em Campinas (SP), os valores fecharam na casa dos R$ 66/cx, com queda de 3,5%, e no Rio de Janeiro (RJ), em R$ 47/cx (-12,6%). Segundo pesquisadores do Hortifrúti/Cepea, as chuvas registradas nas regiões produtoras de São Paulo e Minas Gerais dificultaram um pouco a colheita na última semana, mas a oferta seguiu elevada. Além disso, devido às precipitações, houve perda de qualidade, com aparecimento de manchas nos frutos, reduzindo ainda mais o seu valor de comercialização. Fonte: Hortifrúti/Cepea (www.hfbrasil.org.br)
CATEGORIA – Live
Grátis
Endereço: Faculdade de Engenharia Ilha Solteira – Avenida Brasil Sul – Centro, Ilha Solteira – SP, Brasil – Ilha Solteira – São Paulo
DATA DE TÉRMINO: 8 de dezembro de 2024 18:00
Endereço: Parque de Exposições de Santa Rosa. Av. Benvenuto de Conti, 370 – Glória, Santa Rosa – RS, 98900-000
Evento presencial
DATA DE TÉRMINO: 10 de janeiro de 2025 18:00
Endereço: Estação Experimental da Copagril, em Marechal Cândido Rondon, na região Oeste do Paraná