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GERAIS
Mapa implementa assinatura eletrônica para certificação sanitária nacional de produtos de origem animal
Para que as exportações de produtos de origem animal ocorram é necessário que o Brasil emita o Certificado Sanitário, que é o documento oficial que atesta o cumprimento dos requisitos sanitários do Brasil e do país importador, englobando a rastreabilidade, a inocuidade e a segurança do produto.
Esse procedimento é executado por servidores do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa. O objetivo é assegurar o cumprimento e a manutenção dos requisitos de saúde animal e de saúde pública, visando evitar a disseminação, o surgimento e o ressurgimento de doenças animais, bem como garantir que o alimento de origem animal seja seguro para o consumo da população brasileira e mundial.
Fonte textual: MAPA 10/04/2024
Portos do arco norte representam 31,6% das exportações de milho e soja, em março
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) revelou que as exportações de soja e milho em março de 2024 totalizaram 14,8 milhões de toneladas. Desse montante, 14,4 milhões de toneladas correspondem à soja e 430 mil toneladas ao milho. Embora esse volume represente uma queda de 14,6% em relação a 2023, é o segundo melhor desempenho para o mês.
Destaca-se o papel dos portos do Arco Norte, como Itacoatiara (AM), Santarém (PA), Santana (AP), Barcarena/Vila do Conde (PA), São Luiz (MA) e Salvador (BA), que responderam por 31,6% das exportações totais, em comparação com os 27,3% de 2020. De janeiro a março, foram exportadas 34,3 milhões de toneladas desses grãos, representando um aumento de 3% em relação ao mesmo período de 2023 e um aumento de 47% em comparação com 2020. A soja totalizou 27,3 milhões de toneladas, com um crescimento de 31%, enquanto o milho alcançou 7,0 milhões de toneladas, com uma queda de 27,8% em relação ao primeiro trimestre de 2023.
Os portos do Arco Norte movimentaram 11,5 milhões de toneladas, enquanto os portos tradicionais do Arco Sul, como Santos, Paranaguá, São Francisco do Sul, Imbituba, Rio Grande e Vitória, escoaram 22,8 milhões de toneladas. Com um terço das exportações de milho e soja pelo Brasil, os portos das Regiões Norte e Nordeste ganham importância no escoamento das safras, favorecendo a redução de custos para os produtores e a logística mais ágil, além de contribuírem para a redução da emissão de gases nocivos ao meio ambiente.
Uma inovação significativa do Arco Norte é a menor distância entre as áreas de produção, como no Mato Grosso, e os portos exportadores, o que também é observado na nova fronteira agrícola do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). A intermodalidade no transporte (rodo-hidroviário e rodoferroviário) também contribui para melhorar a competitividade na exportação e reduzir os custos logísticos.
Fonte da reportagem e imagem: Gov.br 10/04/2024
PRODUÇÃO
Armadilhas sustentáveis e de baixo custo ajudam a controlar principal praga da bananeira
Pesquisadores da Embrapa Mandioca e Fruticultura desenvolveram armadilhas sustentáveis e de baixo custo para controlar o besouro Cosmopolites sordidus, responsável pela broca-do-rizoma, uma praga comum na cultura da bananeira. As armadilhas são feitas com pedaços de pseudocaule ou rizoma cortado de bananeiras colhidas, atraindo o inseto pelo odor. Essa técnica pode ser utilizada em sistemas orgânicos de produção, podendo ser associada ao controle biológico com o fungo Beauveria bassiana.
O Cosmopolites sordidus é um besouro que causa danos significativos às bananeiras e plátanos, sendo ativo durante a noite e habitando ambientes úmidos e sombreados. As larvas do inseto afetam a absorção de água e nutrientes pelas plantas, tornando-as mais suscetíveis a doenças.
A solução proposta pela Embrapa é baseada na atração do inseto adulto pelo odor do pseudocaule ou rizoma cortado, utilizando-se dessas armadilhas para monitorar a população do besouro. Essa abordagem sustentável aproveita recursos disponíveis nas propriedades rurais e é eficaz para controlar a praga.
Fonte: Embrapa 10/04/2024
Pesquisadores adaptam técnica que acelera o crescimento do tambaqui
A Embrapa Pesca e Aquicultura está estudando uma técnica para aumentar o tamanho e o peso do tambaqui em cerca de 20%. Essa técnica envolve a produção de peixes triploides, que são estéreis e crescem mais rapidamente do que os peixes normais. A esterilidade dos peixes triploides é vantajosa para evitar a disseminação da espécie em regiões onde não é nativa, como o Pantanal, pois não representam risco de reprodução em caso de escapamento para a natureza.
Essa tecnologia, já utilizada no exterior em peixes como salmão e truta, foi adaptada para o tambaqui, a segunda espécie mais produzida no Brasil. O equipamento utilizado para os experimentos foi cedido pela empresa norueguesa Nofima e permite a aplicação de pressão nos ovos fertilizados para induzir a poliploidia cromossômica nos peixes, tornando-os triploides. Esse equipamento, único no Brasil, operou de forma automática durante os testes realizados de 2019 a 2023 na Embrapa Pesca e Aquicultura.
Fonte: Embrapa 10/04/2024
Sustentabilidade da soja paranaense é tema de painel na ExpoLondrina
A Embrapa Soja e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) promoverão o painel “Produção Sustentável de Soja no Paraná” durante a ExpoLondrina, em 11 de abril, às 14h. O evento abordará temas como o retorno econômico das práticas sustentáveis, o uso de Inteligência Artificial na identificação de doenças da soja e o aperfeiçoamento do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). Entre os palestrantes estão pesquisadores da Embrapa Soja e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Na safra 2022/23, o Paraná foi o segundo maior produtor de soja do Brasil, com cerca de 22 milhões de toneladas produzidas em uma área de aproximadamente 5 milhões de hectares.
PROGRAMAÇÃO
– Retorno econômico e ambiental na adoção dos manejos sustentáveis (MIP-MID) e coinoculação na soja. André Prando (Embrapa Soja).
– Uso de Inteligência Artificial na identificação de esporos da ferrugem-asiática da soja. Renan Barzan (IDR-Paraná) | Fabrício Lopes (UTFPR).
– Aperfeiçoamento do ZARC e o impacto na gestão de riscos agroclimáticos. José Renato Bouças Farias (Embrapa Soja).
PAINEL – PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL DE SOJA NO PARANÁ
Data: 11/04/2024
Horário: 14h
Local: Pavilhão SmartAgro – Parque de Exposições Gov. Ney Braga – Londrina, PR
Inscrições gratuitas: embrapa.br/soja
Fonte – texto e imagem: Embrapa 10/04/2024
Monitoramento semanal das condições das lavouras – atualizado em 08 de abril
Destaques da semana
Arroz – A colheita atingiu 43,4% de progresso. No Rio Grande do Sul, apesar das chuvas impactarem o ritmo, a colheita avança com produtividade e qualidade satisfatórias. Em Santa Catarina, a colheita evolui com boa qualidade dos grãos, enquanto na região Sul as lavouras estão em enchimento de grãos. Na região Norte, a colheita já foi concluída em algumas áreas. No Maranhão, a colheita de arroz sequeiro ocorre na região central do estado, com as lavouras em boas condições. Em Goiás, as chuvas têm desacelerado a colheita nas áreas de tabuleiros, mas em São Miguel do Araguaia ela foi concluída. No Tocantins, 60% das áreas já foram colhidas. Em Mato Grosso, as chuvas têm beneficiado o desenvolvimento das lavouras.
Algodão – O plantio de algodão atingiu 100%. Em Mato Grosso, as chuvas mantiveram o solo úmido, porém afetaram as operações de campo, mas as lavouras apresentam bom desenvolvimento. Em Goiás, as chuvas intercaladas com períodos de sol contribuíram para o desenvolvimento da cultura. Em Minas Gerais, o clima está favorável ao desenvolvimento da cultura. Em São Paulo, a colheita começou. No Piauí, as lavouras estão em boas condições.
Feijão 1ª safra – 63,9% da colheita foi concluída. Na Bahia, metade da área total já foi colhida, apesar das chuvas. As lavouras restantes estão amadurecendo e enchendo grãos. Em Minas Gerais, o excesso de chuvas prejudicou a conclusão da colheita e a qualidade dos grãos nas lavouras em amadurecimento. No Rio Grande do Sul, as chuvas no Planalto Superior dificultaram a colheita, que está ocorrendo lentamente. As lavouras estão enchendo grãos e amadurecendo, e a dessecação está em andamento nas lavouras em amadurecimento. No Piauí, a colheita avança, apesar das chuvas em algumas regiões. A maioria das lavouras está enchendo grãos e amadurecendo.
Milho 1ª Safra – 51% da colheita já foi realizada. Em Minas Gerais, a colheita continua apesar das chuvas frequentes. No Rio Grande do Sul, o ritmo da colheita diminuiu devido ao início da colheita da soja, mas as chuvas beneficiaram o desenvolvimento da cultura. Na Bahia, a colheita começou no Centro-Sul, mas os rendimentos estão abaixo do esperado. No Piauí, apesar da presença de lagartas, as lavouras estão se desenvolvendo bem. No Paraná, a redução das chuvas afetou as lavouras semeadas mais tarde. Em Santa Catarina, a colheita foi concluída no Extremo-Oeste. No Maranhão, as boas chuvas estão beneficiando as lavouras. No Pará, a cultura está começando a maturar.
Milho 2ª Safra – 99,5% da área destinada ao plantio de milho já foi semeada. Em Mato Grosso, as chuvas abundantes têm favorecido o desenvolvimento da cultura. No Paraná, a falta de chuvas e as altas temperaturas estão prejudicando o crescimento do milho, especialmente nas regiões Norte, Noroeste e Leste. Em Mato Grosso do Sul, as lavouras têm porte reduzido devido à escassez de água nas regiões Leste e Sudoeste, enquanto no Centro-Norte o desenvolvimento é ótimo. Em Goiás, as boas chuvas estão beneficiando as lavouras. Em São Paulo, o plantio foi concluído. Em Minas Gerais, o plantio ainda está em andamento e há uma alta incidência de cigarrinha. No Maranhão, a maioria das áreas está em fase vegetativa e em boas condições. No Piauí, o plantio foi finalizado e as lavouras estão se estabelecendo bem. No Pará, o plantio foi concluído em Santarém e Redenção, e as lavouras estão em boas condições.