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GERAIS
Mapa reforça relações técnicas e comerciais com África do Sul e Etiópia
Para dialogar sobre a agenda de futuro da relação agropecuária bilateral com a África do Sul, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou uma missão oficial ao país. Na segunda-feira (1º), na capital administrativa, Pretoria, foram realizadas reuniões sobre temas como cooperação técnica e científica, bioinsumos, agricultura digital, agregação de valor e intercâmbio de conhecimentos.
Durante a missão, foi realizada reunião com o corpo de representantes diplomáticos das Ilhas Maurício, para apresentar oportunidades de investimento no agronegócio brasileiro e exportações. Ainda, a delegação visitou o grupo empresarial LMP, destacando oportunidades de investimento no setor agroflorestal brasileiro. Também foi realizada, na Embaixada do Brasil, em Petrória, um encontro com representantes da empresa Seara, para dialogar sobre oportunidades relacionadas ao mercado de frango para produtores brasileiros. O adido Agrícola brasileiro na África do Sul, Carlos Muller, destacou a importância dos avanços obtidos durante durante a missão, junto às autoridades e ao setor produtivo daquele país.
Já em Addis Ababa, capital da Etiópia, o secretário-Executivo Adjunto, Cleber Soares, em nome do ministro Carlos, Fávaro, retribuiu a visita feita pelo ministro da Agricultura da Etiópia ao Brasil, Girma Amente, realizada em abril. A delegação do Mapa foi recebida pelo vice-ministro da Agricultura da Etiópia, Eyasu Elias, onde foram discutidas pautas de interesse comum, com foco na cooperação técnica entre os países, com destaque para manejo de solos ácidos, e produção de fertilizantes.
Posteriormente, foi realizada reunião com o diretor-Geral do Instituto Etíope de Pesquisa Agrícola, Feto Esimo, para discutir assuntos de cooperação científica e intercâmbio de conhecimentos. A equipe também esteve com o ministro do Comércio e Integração Regional, Kassahun Gofe, abordando temas estratégicos para o comércio bilateral entre os países.
A missão foi recebida, ainda, pela vice-Ministra de Investimentos do Ministério da Agricultura da Etiópia, Sofia Kasa, que destacou áreas prioritárias para novos investimentos estrangeiros no setor agropecuário, incluindo a pecuária de corte, o comércio de máquinas e implementos agrícolas, a exploração comercial de terras agrícolas, o segmento de nutrição animal e a produção de grãos.
A delegação do Mapa visitou a embaixada brasileira para conhecer as instalações onde receberá a nova adidância agrícola do Brasil na Sede da União Africana. Concluída na sexta-feira, 5 de julho, a missão foi fundamental para reforçar e consolidar as relações bilaterais e explorar novas oportunidades de cooperação e negócios no agronegócio, promovendo benefícios mútuos entre o Brasil e os países africanos visitados.
Fonte: Mapa 10/07/2024
Aberturas de mercado no Equador para exportação de óleos e gorduras de aves e de ruminantes para alimentação animal
Com o anúncio desses dois novos produtos, o Brasil alcança sua 77ª abertura de mercado em 2024, totalizando 155 aberturas em 53 países desde o início de 2023
O governo brasileiro recebeu com satisfação o anúncio, pela autoridade sanitária do Equador, da autorização para que o Brasil exporte óleos e gorduras, tanto de aves quanto de ruminantes, destinados à alimentação animal.
Nos cinco primeiros meses deste ano, o Equador importou mais de US$ 140 milhões em produtos agrícolas do Brasil, com destaque para produtos florestais, cereais e farinhas, que alcançaram cerca de 50% do total exportado.
Com o anúncio desses dois novos produtos, o Brasil alcança sua 77ª abertura de mercado em 2024, totalizando 155 aberturas em 53 países desde o início de 2023.
Esse resultado é fruto da ação coordenada entre o Ministério da Agricultura e Pecuária Ministério (Mapa) e das Relações Exteriores (MRE).
Fonte: Mapa 10/07/2024
Gestores estaduais se reúnem para definir estratégias para recuperação de áreas degradadas
Gestores públicos das secretarias que promovem o desenvolvimento rural em 10 estados brasileiros estiveram reunidos, nesta sexta-feira (5), por videoconferência, para planejar a execução de oficinas estaduais que definirão as ações para a conversão e recuperação e pastagens degradadas. As atividades contribuirão para elevar a eficiência produtiva da agropecuária brasileira dos pontos de vista econômico e social e ambiental.
Promovidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, por intermédio da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI/Mapa), as oficinas têm por objetivos compartilhar conhecimentos, identificar as áreas e propor ações prioritárias, com base nas diretrizes do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD) e nas metas do Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária 2020-2030 (Plano ABC+).
De acordo com a secretária da SDI, Renata Miranda, as tecnologias de recuperação de pastagens degradadas vêm sendo trabalhadas no Mapa há mais de uma década, com a implementação do plano ABC, hoje ABC+, e ganha ainda mais espaço no Governo Federal, com a criação do programa interministerial, o PNCPD. As políticas públicas visam o fomento de boas práticas agropecuárias contribuindo com a preservação ambiental, o aumento da renda dos agricultores e a segurança alimentar. “Apesar de temos uma robusta base de dados, é fundamental a participação e o olhar dos estados sobre essa análise territorial e as oficinas vão possibilitar essa interação. Ao final, teremos um estudo que, num futuro próximo, poderá ser amplamente utilizado na elaboração de estratégias de desenvolvimento econômico de áreas hoje consideradas improdutivas”, completou a secretária.
O primeiro encontro aconteceu em Cuiabá (MT), no dia 10 de julho, que será seguido por Campo Grande (24/7), Belo Horizonte (26/7), Salvador (29/7), Goiânia (01/8), Belém (6/8), Porto Velho (8/8), Palmas (15/8), São Paulo (30/8) e Porto Alegre (5/9). Nas oficinas, estão previstas a participação de representantes do Governo Federal, de instituições que compõe os Grupos Gestores Estaduais (GGE), de entidades sindicais, produtores rurais e convidados.
PNCPD
Criado dezembro de 2023, por meio do Decreto 11.815/2023, o PNCPD tem como finalidade de promover e coordenar políticas públicas destinadas à conversão de pastagens degradadas em sistemas de produção agropecuários e florestais sustentáveis.
Entre as atividades previstas estão: a adoção e manutenção das tecnologias sustentáveis; o mapeamento das áreas prioritárias para o desenvolvimento de cadeias produtivas condizentes com a sociobioeconomia local e regional; o financiamento a produtores rurais; o desenvolvimento de planos de negócios de acordo com os mapas de aptidão (áreas e culturas/práticas agropecuárias prioritárias), entre outros. Práticas que podem ocorrer de forma direta ou indireta.
Fonte: Mapa 10/07/2024
Crédito Rural: Novidades do Plano Safra 24/25 no Fórum Online da Ocepar
Em sequência as ações de divulgação do novo Plano Safra, lançado na primeira semana de julho, o secretário Adjunto de Política Agrícola, Wilson Vaz, participou nesta segunda-feira (8) do Fórum Online promovido pelo Sistema Ocepar, para apresentar as novidades do Plano em vigência.
Entre as novas ações, estão o aprimoramento de acesso a investimento para o manejo florestal sustentável; o financiamento de equipamentos de proteção individual (EPI); os investimentos para a adequação do imóvel rural à legislação trabalhista; e a possibilidade de regularizar propriedades embargadas, em decorrência de desmatamento ilegal. Ainda, o secretário adjunto, reiterou que a elevação do limite de financiamento para construção ou expansão de armazéns pelas cooperativas passou de R$ 50 milhões para R$ 200 milhões.
Na ocasião, representantes do setor agropecuário e cooperativas apresentaram suas perspectivas diante do novo Plano, que foram ouvidas pelo secretário Adjunto e serão encaminhadas para o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Ainda, foi esclarecido por Wilson Vaz que os bancos podem antecipar recursos para o semestre subsequente, diante das demandas dos produtores, para evitar a interrupção de recursos.
Também participaram do Fórum o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, o secretário-geral da organização, Luiz Roberto Baggio, e mais de 170 inscritos.
Produtores de leite da Nigéria, no oeste da África, estão inseminando vacas das raças nigerianas Bunaji e Gudali com sêmen da raça sintética brasileira Girolando. O trabalho é feito em parceria com a Embrapa e o objetivo é alavancar a produção de leite no país, cuja média é de dois litros diários por vaca. Segundo o diretor da Agência Nacional para o Desenvolvimento da Biotecnologia Agrária (NABDA) da Nigéria, Abdullahi Mustapha, com o melhoramento genético dos rebanhos locais, a pecuária de leite nigeriana tem capacidade de elevar a produção diária para 10 a 15 litros por vaca.
“Já começamos a fazer as inseminações artificiais do gado nigeriano com o sêmen Girolando do Brasil”, diz Mustapha. Mais de 600 vacas foram inseminadas e, segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Leite (MG) Marcos Vinícius G. B. Silva, já nasceram 250 bezerras F1 (meio sangue de Girolando/raça nigeriana). A expectativa inicial é realizar 2 mil inseminações em cem fazendas que fazem parte do projeto.
O diretor de pesquisa em genética, genômica e bioinformática da NABDA, Oyekanmi Nash, diz que os produtores nigerianos vão esperar que as novas vacas entrem em produção para substituir paulatinamente o rebanho. Ainda segundo ele, de início, as novas vacas produziriam entre cinco e dez litros de leite e progrediriam sem perder a boa adaptabilidade das espécies nigerianas às condições locais. O próximo passo da NABDA é fazer a análise genômica das vacas F1 para identificar quais características os animais resultantes dos cruzamentos herdaram dos pais e prever o potencial das novas vacas para a produção de leite.
FAO e Embrapa na África
O projeto Biotechnologies for Sustainable Dairy production in Africa (Biotecnologias para a produção leiteira sustentável na África) foi desenvolvido pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), com a presença da Embrapa. A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando participa indiretamente do projeto com informações sobre o pedigree dos touros e outros dados zootécnicos. Já a Nigéria seleciona as propriedades, treina os inseminadores e fornece o suporte para obtenção e coleta de dados.
O projeto prevê o melhoramento genético do rebanho nigeriano por meio de técnicas como inseminação artificial, edição do genoma e outras biotecnologias. O objetivo é melhorar a viabilidade econômica e a sustentabilidade da produção leiteira de pequena escala na África Subsaariana, utilizando as raças bovinas locais, já adaptadas às condições da região. Em breve, a parceria deverá ser estendida para a transferência de tecnologia em pastagens, alimentação e manejo.
De grande importância para a Nigéria, o projeto também é bom para o Brasil. “Além de incrementar a exportação de sêmen, embriões e animais Girolando, estamos exportando tecnologia de ponta, desenvolvida pelo Brasil, que é a avaliação genômica da raça Girolando”, afirma o pesquisador. Silva diz ainda que a Empresa está cumprindo seu papel, já que a África é uma das prioridades para a Embrapa no que se refere à cooperação internacional.
Ações como essa deverão ser expandidas para outros países africanos e do Oriente Médio. A Arábia Saudita, por exemplo, já demonstrou interesse em participar do projeto e uma proposta semelhante já foi encaminhada às autoridades daquele país. Além da exportação de sêmen e de tecnologia, outra vantagem para a pecuária nacional é que um grande mercado de venda de animais e embriões se abre para os criadores brasileiros.
Gigante da África
A Nigéria tem cerca de 210 milhões de habitantes, sendo o país mais populoso do continente africano e o sexto mais populoso do mundo. A previsão é que até 2050 o país se torne umas das 20 maiores economias mundiais. No entanto, a maior parte da população nigeriana ainda vive na pobreza absoluta. Mustapha informa que as crianças nigerianas não consomem sequer 10% da quantidade de leite necessária.
O país importa anualmente cerca de US$ 1,5 bilhão em produtos lácteos, mas Mustapha acredita que a Nigéria tem condições para ser exportador de leite para outros países africanos. “Temos um grande rebanho bovino, capacidade de alimentá-lo e pesquisadores em condições para tornar as raças nigerianas mais produtivas”, afirma. “Muitos países transformaram geneticamente seus rebanhos e estão produzindo leite em maior quantidade e melhor qualidade e nós também podemos realizar isso”, conclui.
Pesquisa valida método de irrigação de cana como estratégia às mudanças climáticas
Foto: Alan Rodrigues
Produtores de uva do Circuito das Frutas Paulista – área que engloba dez municípios de São Paulo com destaque na fruticultura – estão perdendo suas produções pelo avanço da podridão da uva madura, doença causada pelo fungo Glomerella cingulata. O fungo encontrou condições ambientais favoráveis para se multiplicar nos vinhedos da região e, há pelo menos quatro anos, prejudica os vitivinicultores locais. Nesta última safra, no entanto, os danos provocados pelo patógeno chegaram a um nível sem precedentes, com perdas variando de 30% a até 100% da colheita.
Renê Tomasetto, presidente da Associação Agrícola de Jundiaí acredita que o fator climático favoreceu a multiplicação do fungo na região e ressalta que 2023 foi um ano atípico, marcado por chuvas acima da média, com precipitações na época de poda e da colheita, intercalada por períodos secos. Com umidade e temperaturas ideais, o fungo avançou de forma agressiva, vencendo a batalha para frear a sua propagação.
Rafael Mingoti avalia que, a partir da união das instituições, poderão ser realizados ajustes nas práticas de controle da doença, desde os tratamentos de inverno, adubação, tratos culturais e controles biológico e químico, o que por si já trará resultados benéficos.
A primeira fase do Plano consiste na seleção de produtores receptivos à instalação de ensaios de controle da podridão da uva madura. No período de 1 a 4 de julho, o grupo de especialistas visitou algumas propriedades localizadas nos municípios de Jundiaí, Louveira, Itatiba, Itupeva, Jarinu, Indaiatuba e Elias Fausto, para conversar com os proprietários sobre o projeto e coletar restos culturais – amostras nas quais o patógeno sobrevive no período de dormência das plantas, como cachos mumificados (atacados na última safra), ráquis e gemas dos ramos da videira.
Esse material será levado para o Laboratório de Fitopatologia da Embrapa Uva e Vinho, onde se desenvolverá a etapa seguinte, visando ao isolamento do patógeno, a sua identificação por meio da morfologia e testes para detectar a presença de isolados resistentes a determinados grupos de fungicidas. “É preciso identificar as espécies da fase assexual da Glomerella e avaliar a sua sensibilidade e tolerância aos fungicidas, pois alguns isolados podem, além disto, se tornar resistentes a determinados produtos devido ao uso indiscriminado”, explica o pesquisador Lucas Garrido, um dos especialistas da Embrapa Uva e Vinho convidados para essa ação, com a pesquisadora Rosemeire Naves. O cientista ressalta que o conjunto de ações propostas prevê duas linhas de enfrentamento: a primeira, com medidas para adoção imediata, visa reduzir a pressão do patógeno presente nos vinhedos; e a segunda, a redução da taxa da doença ao longo da safra.
O grupo de especialistas também instalará ensaios nas propriedades selecionadas e acompanhará os resultados. Garrido adianta que esses trabalhos vão averiguar a eficácia dos produtos em testes para acelerar a decomposição dos restos culturais do vinhedo – materiais nos quais o patógeno sobrevive de uma safra para outra. Eles irão também realizar a aplicação de indutores de resistência, aumentando a capacidade de defesa da planta; além de elaborar recomendações de manejo integrado para os produtores que tiveram grandes perdas.
Fonte: Embrapa 10/07/2024
Workshop debate integração da pecuária de leite ao manejo de abelhas em sistema biodiverso
Realizado na Embrapa Gado de Leite, o 1º Workshop SAF Leite e Mel teve como objetivo trocar conhecimentos e experiências sobre sistemas agroflorestais (SAF) para o planejamento do projeto SAF Leite & Mel da Embrapa Gado de Leite. O projeto visa integrar a criação de bovinos ao manejo racional de abelhas nativas sem ferrão (meliponicultura) em sistemas agroflorestais biodiversos e será implantado no campo experimental da Unidade, em Coronel Pacheco/MG.
Com a proposta de construção coletiva e participativa do sistema, o workshop teve a participação de agricultores familiares, extensionistas da Emater-MG, pesquisadores de seis Unidades da Embrapa (Embrapa Agrobiologia, Embrapa Cerrados, Embrapa Meio Ambiente, Embrapa Solos, Embrapa Milho e Sorgo e Diretoria de Negócios – DENE), professores da UFJF e UFV, representantes das ONGs The Nature Conservancy Brasil e GAAS, dos movimentos sociais MST e Fetaemg, da startup Nativa, além de apresentações de experiências de produtores em agroecologia (Fazenda Ecológica, Projeto Ecoleite e Mangalô Agroflorestal).
Segundo a pesquisadora Fernanda Samarini, a Embrapa Gado de Leite tem uma atuação consolidada nos sistemas integrados de produção, como o ILPF, comprovando os benefícios das SAFs para a produção e conforto dos animais. “A ideia com esse projeto é incrementar esses sistemas, tornando-os mais biodiversos e sustentáveis”, diz a pesquisadora. Ainda segundo a pesquisadora, o projeto visa também fortalecer as conexões entre os diferentes elos da cadeia agroalimentar para a consolidação de um território agroecológico na região. “Queremos construir de forma conjunta um sistema mais biodiverso, provendo espécies de árvores e arbustos que forneçam alimentos pra os bovinos, reduzindo a dependência de insumos externos, além dos produtos oriundos da criação de abelhas nativas.”, diz.
Diferente da apicultura, que utiliza abelhas exóticas com ferrão, a meliponicultura, que será adotada no projeto, é a criação racional de abelhas nativas sem ferrão. O Brasil possui mais de 300 espécies desse tipo de abelha. O pesquisador Ricardo Camargo, da Embrapa Meio Ambiente, que proferiu a palestra de abertura do workshop, diz que as abelhas nativas são uma alternativa de produção sustentável de baixo investimento e bom rendimento e, por não terem ferrão, não oferecem riscos aos animais e às pessoas. “As abelhas são polinizadoras efetivas e contribuem para a biodiversidade, além integrarem ao sistema produtos de alto valor agregado, contribuindo para a renda do produtor”, afirma o pesquisador.
O evento contou com palestras de pesquisadores de outras cinco unidades da Embrapa. Também proferiram palestras professores de duas universidades federais (UFJF e UFV) e representantes do The Nature Conservancy Brasil (ONG), Emater-MG, Instituto Estadual de Florestas, Nativa (eco cosméticos), GAAS (adubação verde) e associações agroecológicas (Projeto Ecoleite e Mangalô Agroflorestal).
Monitoramento semanal das condições das lavouras
Atualizado em 08 de julho
Algodão – 12,3% colhido. Em MT, a colheita ocorre pelas principais regiões do estado. Na BA, as chuvas esparsas não inviabilizam a maturação e a colheita, que está em andamento, mas em ritmo lento. Em MS, a colheita está mais adiantada do que na última safra. No MA, a colheita foi iniciada nas áreas de segunda safra. As operações se concentram no Sul do estado. As demais regiões apresentam lavouras em maturação. Em GO, a colheita avançou e, no geral, o rendimento e a qualidade são bons. Em MG, a colheita iniciou nas áreas irrigadas. Essas lavouras apresentam melhores condições e devem incrementar a média produtiva da cultura no estado. Em SP, as áreas em sequeiro têm apresentado danos significativos em virtude da escassez de chuvas. No PI, a colheita evolui normalmente.
Feijão 2ª safra – Na BA, o clima estável favorece a maturação e a colheita do feijão-caupi. Os grãos apresentam boa qualidade e rendimento. As lavouras de feijão cores irrigado estão em enchimento de grãos e também demonstram bom desenvolvimento. Em MG, a colheita está em fase final, restando apenas lavouras de plantio mais tardio, principalmente no Sul. A elevada incidência de mosca-branca e as restrições hídricas têm gerado perda de rendimento e de qualidade nos grãos.
Feijão 3ª safra – Em MG, a semeadura está concluída e as lavouras mais precoces estão em maturação. No geral, a cultura apresenta boas condições, sendo favorecida pela irrigação suplementar. Em GO, a colheita iniciou em áreas do Oeste e do Leste Goiano. Há uma condição climática favorável à cultura, além de uma baixa pressão de pragas e doenças, permitindo ótimo desenvolvimento das lavouras irrigadas. Na BA, o cultivo se concentra no Nordeste do estado. As chuvas estão sendo rápidas, mas suficientes para o desenvolvimento das lavouras, que estão entre as fases vegetativas e início da reprodutiva.
Café – Em MG, a colheita avançou, favorecida pelo clima seco e atingiu cerca de 35% da área total. A colheita iniciou
antecipadamente devido à florada mais precoce, no começo do ciclo, e pelas temperaturas elevadas durante a granação e maturação. Esta condição acelerou parte da fenologia da cultura, causando desuniformidade na maturação, nessas primeiras áreas, e elevado percentual de peneira baixa. O alto percentual de grãos verdes observados no início da colheita reduziram o potencial produtivo dessas lavouras mais precoces, devido à colheita de frutos imaturos e mais leves.
Milho 2ª Safra –61,1% colhido. Em MT, a colheita continua em ritmo acelerado, avançando nas áreas mais tardias e mantendo boas produtividades. No PR, o tempo seco prejudica as lavouras tardias no Norte do estado. Em MS, a estiagem prolongada continua afetando as lavouras tardias do Sudoeste do estado. Em SP, a falta de chuvas impactou no potencial produtivo das lavouras de sequeiro. Em MG, a colheita das áreas semeadas no início da janela de plantio, que tiveram boas condições de desenvolvimento, está finalizando. As áreas prejudicadas pelas baixas precipitações iniciaram a colheita. No TO, a colheita alcança 45% da área estimada. No MA, a colheita avança na região Sul, com redução da produtividade, estimada inicialmente. No PI, a colheita avança em ritmo normal devido à redução de umidade dos grãos. No PA, o tempo seco e quente no estado favoreceu a colheita nas regiões de Redenção e da BR-163, mas tem prejudicado as lavouras tardias no Polo de Paragominas. Na região de Santarém, as precipitações ainda ocorrem, favorecendo o enchimento de grão das lavouras semeadas tardiamente.