A cotonicultura na Bahia cresceu exponencialmente desde 1998, tornando-se o segundo maior produtor de algodão no Brasil. A região oeste do estado se destaca na exportação desse produto, com altos rendimentos por hectare e práticas agrícolas mecanizadas e rotativas.
Spínola e Xavier salientam que o modelo produtivo adotado na cotonicultura do oeste da Bahia é um “modelo produtivista”, enfatizando a busca por altos rendimentos por hectare, uso intensivo de insumos e monoculturas em grande escala. São apontadas as vantagens e desvantagens desse modelo. As estatísticas do mercado mundial mostram os principais produtores e consumidores de algodão. No Brasil, após um período de queda, a produção algodoeira voltou a crescer, especialmente na região oeste da Bahia, que se destaca na produção do estado.
A produção de algodão no oeste da Bahia tornou-se um motor econômico na região, gerando um impacto significativo no setor agrícola do estado. Com uma produtividade por hectare entre as mais altas do país, essa região se destaca não apenas pela quantidade produzida, mas também pela eficiência no cultivo do algodão. O sistema de rotação de culturas entre algodão, soja e milho tem sido uma prática comum, mostrando a busca pela diversificação e otimização dos recursos disponíveis, fortalecendo assim a sustentabilidade do setor agrícola local.
A cadeia produtiva do algodão, embora essencialmente voltada para a indústria têxtil, tem seus desdobramentos em diversos segmentos. Além da pluma, utilizada na indústria têxtil, o caroço do algodão é aproveitado na produção de óleos, farelos e até mesmo biodiesel, expandindo as possibilidades de uso dessa cultura para além do setor têxtil. Essa diversificação de aplicações representa uma oportunidade de agregação de valor à produção, ampliando as opções econômicas na região e proporcionando alternativas para os agricultores.
Outros produtos do algodão como tortas e óleos produzidos do caroço do algodão têm inúmeras aplicações e servem de insumos na fabricação de uma gama de itens, pode-se vislumbrar uma série de aproveitamentos da cotonicultura, não necessariamente na cadeia têxtil. No oeste, estão se implantando diversas esmagadoras de grãos, para a produção de óleo de algodão a ser utilizado em diferentes produtos da indústria de alimentos e até como fonte de energia na fabricação de biodiesel.
Referência: SPÍNOLA, Vera; XAVIER, Marcelo. Desafios ao Fortalecimento da Cadeia do Algodão: o Caso da Região Oeste. Disponível em: Desenbahia. Acesso em 04/12/2023