Interdependência dos sistemas agroalimentares

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(Curadoria Agro Insight)

Na curadoria de hoje, trouxemos um texto da plataforma Visão de Futuro do Agro Brasileiro, sobre as Megatendências do Agro, que aborda o Incremento da Governança e dos Riscos na aricultura.

Maior interdependência entre os elos dos sistemas agroalimentares

A complexidade e a variedade de desafios serão tamanhas, que a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), ao traçar cenários para a alimentação e a agricultura em 2050, chegou a questionar se os sistemas alimentares e agrícolas globais serão capazes de alimentar a humanidade de forma sustentável e satisfatória no futuro, ao mesmo tempo em que terão que acomodar demandas adicionais, não alimentares e agrícolas (FAO, 2018).

Por sua vez, a biodiversidade local e o dinamismo econômico do agronegócio brasileiro serão importantes pilares para o desenvolvimento da bioeconomia nacional (Silva et al., 2018). O setor primário tem apresentado saldos comerciais de magnitude elevada. Proporcionou ao País, entre 2000 e 2009, um superavit anual médio de 36 bilhões de dólares e, entre 2010 e 2016, de 63 bilhões de dólares. Em 2016, o setor alcançou exportações de 84 bilhões de dólares e um superavit comercial de 71 bilhões de dólares (Brasil, 2017).

Ações para um desenvolvimento sustentável estão inseridas de forma definitiva na agenda da sociedade global, com destaque para governança ambiental, social e corporativa (ESGs – environmental, social and governance). O conceito de governança sustentável conversa diretamente com as cobranças feitas pela sociedade civil sobre o agronegócio. Alguns países já estudam, inclusive, exigir duo diligencie nas áreas que produzem as commodities importadas e algumas empresas de investimentos têm sinalizado a necessidade de colocar em prática os investimentos sustentáveis.

Nesse contexto, o Brasil é um dos países que mais se destacam mundialmente no contexto da agricultura e da bioeconomia em razão das suas caraterísticas em termos de biodiversidade, extensão territorial, o que favorece a produção agrícola e de energia renovável, e conta ainda com o domínio tecnológico para a produção vegetal e animal.

O potencial do Brasil em se tornar um protagonista da bioeconomia mundial é inquestionável, uma vez que reúne todas as características necessárias para isso. Entretanto, ainda existem desafios científicos, logísticos, ambientais e de políticas a vencer.

Essas podem ser algumas das alternativas para manter a floresta em pé, enfrentar a crise hídrica, a perda de solo e de biodiversidade de modo lucrativo para a população que dela depende e para a nação explorar de modo sustentável suas riquezas. Esse trinômio entre ‘Sistemas agroalimentares – Integração com outros setores – Conexão com o mercado financeiro’ tem que ser considerado e equacionado de modo a garantir que o País consiga preservar e valorizar seus recursos naturais, e com isso alavancar sua economia para a nova fase pós-Covid-19.

 

As mudanças climáticas são transformações a longo prazo nos padrões de temperatura e clima, principalmente causadas por atividades humanas, especialmente a queima de combustíveis fósseis

O desmatamento e a degradação florestal nos países em desenvolvimento respondem por quase 20% das emissões de gases de efeito estufa em todo o mundo, e é por isso que estimar e reduzir essas emissões tornou-se uma meta fundamental para a comunidade internacional à medida que a conferência Rio+20 sobre desenvolvimento sustentável em junho se aproxima. Um país que está tentando fazer exatamente isso é a Tanzânia, atualmente no processo de elaboração de um inventário abrangente de suas florestas para ajudar o país da África Oriental a gerenciar melhor seus recursos naturais. Mais de um terço da Tanzânia é coberto por florestas, mas quase 1% dessa floresta está sendo perdida anualmente. O inventário medirá quanto carbono é armazenado nas florestas da Tanzânia e ajudará o país a entender o papel que pode desempenhar na mitigação das mudanças climáticas.

Fonte: Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)

BIBLIOGRAFIA E LINKS RELACIONADOS

VISÃO de futuro do agro brasileiro: Maior interdependência entre os elos dos sistemas agroalimentares. Brasília, DF: Embrapa, 2022.

GBS2020_IACGB-Communique[1].pdf SIRA. Bio based industries Consortium. The Strategic Innovation and Research Agenda (SIRA 2030) for a Circular Bio-based Europe:  Realising a future-fit circular bio-society in Europe. Disponível em: <https://biconsortium.eu/file/2089/download?token=bUDC-6×6> Acesso em 13 abr. 2022.

International Advidory Council on Global Bioeconomy. Global Bioeconomy Summit 2020. Nov. 2020. Expanding the Sustainable Bioeconomy – Vision and Way Forward. Communiqué of the Global Bioeconomy Summit 2020. Disponível em: <https://gbs2020.net/wp-content/uploads/2020/11/GBS2020_IACGB-Communique.pdf> Acesso em: 14 abr. 2020.

OECD. Recommendation of the Council on Assessing the Sustainability of Bio-Based Products, OECD/LEGAL/0395. 2022. Disponível em: <https://legalinstruments.oecd.org/public/doc/283/283.en.pdf>  Acesso em: 22 abr. 2022.

Lange L., Connor, K. O., Arason, S., Bundgård-Jørgensen, U., Canalis, A., Carrez, D., Gallagher, J., Gøtke, N., Huyghe, C., Jarry, B., Llorente, P., Marinova, M., Martins, L. O., Mengal, P, Paiano, P., Panoutsou, C., , Rodrigues, L., Stengel, D. B., van der Meer, Y. e Vieira, H. Developing a Sustainable and Circular Bio-Based Economy in EU: By Partnering Across Sectors, Upscaling and Using New Knowledge Faster, and For the Benefit of Climate, Environment & Biodiversity, and People & Business. Frontiers in Bioengineering and Biotechnology, Vol. 08, 2021. Disponível em: <www.https://www.frontiersin.org/article/10.3389/fbioe.2020.619066> Acesso em: 22 abr. 2022. DOI: 10.3389/fbioe.2020.619066.

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Tags: Abordagem de sistemas na agricultura, agricultura de base biológica, Megatendências

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