A mosca-branca, Bemisia argentifolii, foi introduzida no Brasil provavelmente através da planta ornamental poinsétia em São Paulo no final dos anos 1990 e se espalhou rapidamente pelo país. Este inseto tem uma vasta gama de plantas hospedeiras economicamente importantes, como hortaliças, feijão, algodão, soja e plantas ornamentais. A sobrevivência da mosca-branca em plantas daninhas durante a entressafra aumenta sua pressão sobre novas culturas.
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A mosca-branca é uma das principais pragas do tomateiro, tanto para processamento industrial quanto para consumo fresco. Para controlar eficientemente essa praga, recomenda-se o Manejo Integrado de Pragas (MIP), que visa reduzir a infestação e a infecção viral.
Características biológicas incluem a reprodução sexual e partenogenética, com a fêmea depositando de 100 a 300 ovos durante sua vida, dependendo da temperatura e da planta hospedeira. A longevidade das fêmeas varia de 38 a 74 dias, enquanto os machos vivem de 9 a 17 dias.
A mosca-branca causa danos diretos ao sugar a seiva das plantas, prejudicando seu desenvolvimento e produtividade, além de atuar como vetor de vírus como o geminivírus, que afeta gravemente a produção de tomate e outras culturas. A excreção de substâncias açucaradas pelo inseto facilita o crescimento de fungos, como a fumagina, prejudicando a fotossíntese e a qualidade dos frutos.
O controle da mosca-branca inclui métodos culturais, químicos e biológicos. Entre as práticas culturais, destacam-se o uso de mudas sadias, a eliminação de restos culturais e o uso de barreiras vivas. Armadilhas amarelas também são úteis para monitoramento.
O controle químico envolve a aplicação de inseticidas registrados, respeitando a rotação de grupos químicos para evitar resistência, e seguindo recomendações de dosagem e aplicação para maximizar a eficácia e minimizar impactos ambientais. Produtos como óleos e detergentes neutros são utilizados para interferir no metabolismo e respiração do inseto, enquanto técnicas de pulverização são otimizadas para garantir a cobertura eficaz das colônias na parte inferior das folhas. O manejo integrado é essencial para controlar a mosca-branca, combinando diferentes estratégias para reduzir a infestação e minimizar os danos causados às culturas.
Referência: Embrapa 14/05/2024
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