CURADORIA AGRO INSIGHT
Geotecnologia
A Tecnologia Geoespacial é crucial tanto para questões cotidianas quanto para o setor produtivo e políticas públicas, aproveitando a localização geográfica para responder perguntas como a priorização de ações contra a dengue, a propagação de pandemias, a origem de incêndios florestais e o manejo agrícola. Essa área técnico-científica depende de dados espaciais de satélites, aeronaves, drones e outras fontes, seja coletados no campo ou de fontes oficiais, para compreender diversos fenômenos geográficos.
Na agricultura de precisão, a coleta e análise em tempo real da variabilidade espacial, com máquinas e equipamentos, otimizam recursos e lucratividade. Na pecuária, a geoinformação rastreia rebanhos. Em escalas maiores, a Tecnologia Geoespacial avalia safras, estudos climáticos e áreas para cultivos. No âmbito ambiental, as imagens de satélite identificam incêndios, monitoram mudanças no uso da terra e analisam as mudanças climáticas.
A Embrapa, desde os anos 1970, utiliza a Tecnologia Geoespacial para desenvolver produtos e soluções. Com profissionais especializados, abrange desde a agricultura de precisão até o mapeamento de vastas áreas. A empresa contribui para políticas públicas, cadeias produtivas, logística agropecuária e zoneamentos climáticos e socioeconômicos, apoiando o desenvolvimento territorial sustentável.
Fonte: Embrapa
Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Para compreender o papel desempenhado pelo mundo rural na preservação da vegetação nativa no Brasil, métodos foram criados e refinados ao longo do tempo. A evolução dessas abordagens, juntamente com a adaptação contínua do Cadastro Ambiental Rural (CAR), implicou em atualizações. A partir da versão de 2021, o CAR incorporou estimativas baseadas no Censo Agropecuário de 2017 do IBGE. A constante revisão e aprimoramento do mapeamento, quantificação e qualidade das áreas destinadas à preservação da vegetação nativa por parte do setor rural oferecem dados cruciais para a gestão e conservação desse recurso em várias escalas. As análises e inovações desenvolvidas pela Embrapa Territorial entre 2016 e 2021 desempenham um papel importante no suporte aos processos de planejamento, ordenamento e implementação de políticas públicas e privadas voltadas para o desenvolvimento territorial sustentável.
Fonte: Embrapa
Conservação da vegetação nativa em propriedades rurais
A atual situação da vegetação nativa nas áreas rurais do Brasil é de constante transformação, com cerca de 30% das áreas desmatadas na Amazônia. Para recuperação dessas áreas é importante a compreensão da dinâmica espacial e temporal da ocupação e uso da terra a fim de avaliar o papel das áreas rurais na conservação da vegetação nativa. A flora nativa abrange uma ampla variedade de formações vegetais, incluindo florestas e não florestas, como campos nativos, áreas agrícolas e cerrados. A diversidade dessas paisagens exige um constante mapeamento e monitoramento.
O desafio de mapear e entender a flora nativa no ambiente rural brasileiro está no centro da missão da Embrapa Territorial. A implementação do Código Florestal Brasileiro, o registro no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Censo Agropecuário do IBGE abriram novas oportunidades para ampliar o conhecimento sobre a contribuição das áreas rurais para a preservação da flora nativa.
A Embrapa Territorial desenvolveu métodos baseados em geoprocessamento para lidar com os dados do CAR, destacando o papel significativo das áreas rurais na preservação ambiental. No entanto, ainda é importante abordar unidades agrícolas não registradas no CAR.
Tanto propriedades registradas quanto não registradas no CAR têm a responsabilidade de cumprir a legislação ambiental, preservar a vegetação nativa e evitar atividades prejudiciais ao meio ambiente. A atualização contínua do mapeamento e quantificação das áreas de preservação nas áreas rurais pode fornecer informações essenciais para a gestão e conservação desse patrimônio natural.
Fonte:Embrapa
Para saber mais assista ao podcast da semana: