(Transcrição Podcast)
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Vamos ao nosso pode de hoje falando sobre a economia do agronegócio, uma das principais importantes culturas também que nós temos é o algodão. E segundo o Boletim Agro Conab, que é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o algodão deve sustentar preços agora em 2021. Então apesar do início da colheita, o cenário brasileiro e mundial do mercado de algodão deve ser de sustentação dos preços durante 2021, e em relação ao mercado internacional, é previsto na recuperação do consumo e aumento da produção para safra 2021/22. Mas deverá haver queda de 4% nos estoques finais.
Vale destacar que os preços do petróleo em elevados patamares e a instabilidade climática em importantes regiões produtoras dos Estados Unidos, também deverão contribuir para esse cenário. Já em relação ao mercado interno, o panorama também é de redução dos estoques de passagem para o final do corrente ano. Este forte ritmo das exportações, o dólar valorizado, a recuperação da economia brasileira e as elevadas taxas de comercialização antecipadas da pluma, irão restringir a oferta interna e garantir preços em patamares elevados no decorrer do ano. Diante da grande produção da safra 2019/20, de 3 milhões de toneladas de pluma, o Brasil então se tornou exportador regular com volumes vendidos ao exterior elevados, mesmo no movimento final da entressafra.
Em relação ao consumo interno, em virtude do aumento da vacinação e da frequência, também do menor isolamento e da retomada verificada da nossa economia, projeta-se a demanda doméstica de 715.000 toneladas e já é um volume considerados 5% superior ao projetado. Já em relação aos estoques finais, a perspectiva é de que 2021 termine com cerca de 1.4 milhão de toneladas, ou seja, uma queda de 21.4 % em relação ao final de 2020. Esse cenário de menor oferta interna deverá manter os preços no mercado doméstico elevados e proporcionar boa rentabilidade ao produtor de algodão. Em síntese, o algodão ganha destaque neste ano com o cenário favorável para os produtores e também para as exportações, portanto, por outro lado, desfavoráveis para o mercado interno em relação aos consumidores.
Muito obrigado a todos!
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Professor Omar Sabbag da Unesp de Ilha Solteira
