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Vazio sanitário para o controle do bicudo-do-algodoeiro

Produção e mercado do algodão

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O algodoeiro é uma cultura altamente atacada, por uma ampla variedade de insetos-praga que ocasionam perdas à produção, além de gerarem gastos adicionais para seu controle. Dentre as pragas que infestam a cultura, existem aquelas denominadas pragas indiretas (que atacam outras partes da planta que não aquela que será comercializada) e as pragas diretas (que atacam diretamente a estrutura que será comercializada – o fruto). Dependendo da severidade do ataque destas pragas diretas, perdas consideráveis à produção podem ser verificadas.

Uma das pragas diretas que possui um grande potencial causador de injúria à cultura é o bicudo do algodoeiro, Anthonomus grandis Boh. (Coleoptera: Curculionidae). Em regiões altamente infestadas por esta praga e onde o controle adequado não é realizado, o inseto pode inviabilizar o cultivo do algodoeiro a longo prazo.

Grandes esforços têm sido empreendidos pelo setor produtivo do algodão no sentido de reduzir o impacto ocasionado pelo bicudo nas lavouras brasileiras. O alto poder destrutivo do bicudo implica na necessidade de tomada de medidas enérgicas e ordenadas, bem planejadas e adequadamente executadas. Ajustes e correções de estratégias devem ser efetuados no momento certo. A organização do setor algodoeiro, deve refletir nas ações de controle do bicudo no Brasil.

Estratégias de convivência com o bicudo

Semeadura do algodoeiro em período definido e concentrado – A época de semeadura das áreas de algodão é
regulamentada por portarias dos órgãos estaduais de defesa sanitária vegetal. Cada região produtora tem calendários de semeadura e colheita específicos, estabelecidos de acordo com as características regionais relacionadas ao clima,
sistemas de produção, entre outros.

Controle químico do bicudo – O controle químico do bicudo em associação com o controle cultural é uma importante estratégia de controle do inseto, mas não pode ser utilizada isoladamente. Tão impactante quanto a eficiência biológica do inseticida utilizado para o controle do bicudo, a tecnologia de aplicação desse inseticida pode comprometer o sucesso do controle quando não utilizada a contento.

O controle químico só deve ser adotado quando o nível de controle para a praga for atingido. No Cerrado é adotado o número de 5% de estruturas florais com presença do inseto adulto ou com danos do inseto.

É de fundamental importância a adoção de esquema de rotação dos produtos por modo de ação, estratégia usada para retardar ou evitar o surgimento da resistência da praga.

Colheita rápida do algodoeiro – O planejamento inadequado da capacidade operacional das máquinas da fazenda comumente leva a atrasos não somente no manejo direto do inseto, mas também na colheita, fatos que
favorecem a manutenção do inseto na cultura e sua multiplicação no ambiente agrícola.

Destruição dos restos culturais e plantas voluntárias de algodoeiro na entressafra – A medida mais importante para a convivência com o bicudo é manter a área sem plantas de algodoeiro no período da entressafra a fim de causar alta mortalidade nos bicudos remanescentes da safra.

Foto: Maria Amália da Silva Marques

Vazio sanitário

A eliminação total dos restos culturais e plantas voluntárias de algodão (plantas tigueras) presentes nas áreas com cultivo posterior ao algodoeiro (geralmente soja), ao longo de rodovias ou em áreas de confinamento bovino, evita a sobrevivência e a reprodução do bicudo. Justamente para evitar a manutenção de pragas e doenças na entressafra, após a colheita e eliminação dos restos culturais, é necessário uum período sem a presença de plantas de algodão no campo, por no mínimo 60 dias. O “vazio sanitário” da cultura do algodão está compreendido entre o prazo final legal para a destruição de restos culturais e o início do calendário de semeadura da nova safra.

No Estado de São Paulo, o vazio sanitário iniciou no dia 10 de ulho de 2023 e vai até 10 de outubro de 2023. Cada Estado estabelece o período anualmente, em função das peculiaridades regionais.

Fonte: Canal do Boi

BIBLIOGRAFIA E LINKS RELACIONADOS

MIRANDA, J. E.; RODRIGUES, S. M. M. Manejo do bicudo-do-algodoeiro em áreas de agricultura intensiva. Campina Grande: Embrapa Algodão, 2016. 18p.

Embrapa/Notícias – Vazio sanitário: prevenção e controle do bicudo-do-algodoeiro. Manejo Integrado de Pragas.

 

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Tags: algodão, bicudo, bicudo-do-algodoeiro

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