Em setembro de 2024, as importações de fertilizantes no Brasil alcançaram 4,6 milhões de toneladas, um aumento de 17,9% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse crescimento foi impulsionado pelos preços elevados da soja e do algodão, além da desvalorização do dólar, atingindo um acumulado de 31,81 milhões de toneladas entre janeiro e setembro, o maior registro para o mês na série histórica. O cenário de conflito no Oriente Médio tem gerado preocupações sobre o abastecimento de fertilizantes, levando especialistas a recomendar a antecipação das compras para evitar problemas futuros.
O Boletim Logístico da Conab também apontou um aumento nas exportações de milho em setembro, atingindo 6,42 milhões de toneladas, 5,9% a mais que no mês anterior, devido aos altos estoques e à necessidade de espaço para a nova safra. Em contraste, as exportações de soja caíram para 6,11 milhões de toneladas, uma redução de 24% em relação a agosto, influenciada pela oferta mundial e pelas variações cambiais.
Em relação aos fretes, o comportamento foi misto em setembro, especialmente na Bahia. Houve alta em Irecê, queda em Barreiras e estabilidade seguida de queda em Paripiranga. No Distrito Federal, praças como Guarujá, Imbituba e Paranaguá tiveram leves aumentos, enquanto rotas como a de Uberaba em Minas Gerais apresentaram queda de 2%. Em Mato Grosso, os fretes permaneceram estáveis, com fluxo moderado devido ao ritmo lento de comercialização de soja e milho, embora os preços estejam subindo lentamente.
Em Minas Gerais, o transporte de grãos e sementes em setembro superou as expectativas, com destaque para o envio de soja e milho para os portos de Paranaguá e Vitória, que também receberam fertilizantes no retorno. As exportações do agronegócio no estado bateram recorde, registrando o melhor desempenho desde 1997, com aumento de 15% na receita e 14% no volume exportado em comparação ao ano anterior, atingindo US$ 11,1 bilhões e 12,4 milhões de toneladas embarcadas.
Fonte: CONAB 27/10/2024
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