Banana
Nome científico: Musa spp.
Família: Musaceae
Nomes populares: Banana
Nome em inglês: Banana
Origem: provavelmente Ásia
A banana é a fruta fresca mais consumida no mundo. Além de maior consumidor mundial, o Brasil é o quarto maior produtor, com 6,6 milhões de toneladas produzidas em 455 mil hectares, metade originária da agricultura familiar. O setor fatura cerca de R$ 13,8 bilhões por ano e gera 500 mil empregos diretos. Devido ao seu preço acessível, a banana tem importante papel social.
A importância socioeconômica da bananicultura torna fundamental a manutenção de sua sustentabilidade produtiva. No entanto, problemas relacionados a doenças, como as sigatokas amarela e negra e a murcha de Fusarium, vêm comprometendo essa sustentabilidade pelo fato de reduzirem a produção e, simultaneamente, elevarem os custos de produção com o controle dessas doenças. Junta-se a essa situação o risco eminente da entrada da raça 4, uma variante do fungo Fusarium, para a qual não existem variedades resistentes ou formas de controle efetivas. Essa doença não existe ainda no Brasil, mas já foram detectados focos na Colômbia e no Peru.
Tecnologias mais limpas e que propiciem condições de produção diferenciada, sem agressão ao meio ambiente, condicionando qualidade e produtividade a material genético superior, sempre foram preocupação constante da Embrapa Mandioca e Fruticultura.
São objetivos permanentes desta Unidade de pesquisa a redução de perdas na pós-colheita, a minimização dos efeitos danosos nos diferentes agroecossistemas, o estabelecimento efetivo da agricultura familiar e a elaboração de novos sistemas de produção direcionados para o desenvolvimento sustentável do homem, no campo, por meio da transferência do conhecimento e das tecnologias disponíveis. Atualmente, grandes esforços têm sido dedicados à produção integrada e orgânica de banana.
A banana é a fruta in natura mais consumida no Brasil por todas as classes sociais e faixas etárias e é cultivada por grandes, médios e pequenos agricultores nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. Atualmente, São Paulo, Bahia e Minas Gerais são os principais estados produtores. O Brasil é o quarto produtor mundial de banana, depois da Índia, China e Indonésia, e a produção tem se estabilizado acima das 6,6 milhões de toneladas.
As exportações correspondem a menos de 2% da produção total. Sua origem se deu no Sudeste Asiático e no Oeste do Pacífico. Possivelmente é plantada há mais de 4 mil anos na Índia, Malásia e Filipinas. Os indígenas já cultivavam a banana quando os portugueses chegaram ao Brasil, em 1500, mas a bananicultura como atividade agrícola iniciou-se em 1820.
A Prata-Anã foi um divisor de águas para a bananicultura brasileira, que, antes da sua recomendação, estava centrada no uso da cultivar Prata-Comum, de altura elevada e baixa qualidade dos frutos. A Prata-Anã permitiu uma revolução na produção brasileira da fruta, fazendo com que grandes áreas de cultivo aumentassem no território brasileiro, a exemplo de Bom Jesus da Lapa (Bahia), Janaúba e Jaíba (Minas Gerais), entre outras. Hoje, frutos de Prata-Anã, ou banana-prata, como é apresentada nas feiras e mercados, são presença obrigatória nos lares brasileiros, graças ao trabalho e ao empenho da Embrapa e de instituições de pesquisa públicas e privadas, bem como dos produtores.
A bananeira também é utilizada como planta ornamental e produtora de fibras. A fruta é rica em carboidratos, que fornecem energia, e em potássio, mineral importante para o funcionamento dos músculos. Também contém triptofano, essencial para formação e manutenção dos músculos e para produção de serotonina e melatonina, que atuam no sistema nervoso, regulando humor, sono, memória e apetite.
Pode ser utilizada verde ou madura, crua, cozida, frita e em produtos processados, como purês, farinhas, flocos, chips, doces em calda, balas, geleias, banana-passa e néctar. As fibras obtidas de pseudocaules e folhas podem ser utilizadas no artesanato e na produção de tecidos e materiais de construção. Os plátanos ou bananas-da-terra têm menor quantidade de água e são mais ricos em amido (carboidrato). São fonte de subsistência em países africanos, assim como alimento básico para populações do Norte e Nordeste brasileiro.
Fonte: Embrapa 04/01/2025