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GERAIS
Apreendidos cerca de 150 toneladas agrotóxicos irregulares
De 30 de julho a 21 de agosto, em São Paulo, foi realizada a Operação Ceres pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para a identificação e apreensão de agrotóxicos importados, produzidos e comercializados de forma irregular e sem os devidos registros nos órgãos competentes.
A operação foi feita em 15 municípios do interior paulista, maior já ocorrida com a participação dos três órgãos. Durante a ação, foram fiscalizadas 29 empresas, sendo 4 interditadas por terem sido constatadas situações precárias de fabricação dos insumos agrícolas, que possuíam riscos de contaminação das linhas de produção e a eficácia do produto.
Ao todo, 150 produtos foram fiscalizados e 152 toneladas de agrotóxicos biológicos e químicos foram apreendidos por estarem em situação irregular. O Ibama e o Mapa juntos lavraram 42 Autos de Infrações, os quais correspondem a somatória de R$ 10.394.674,00 em multas, além de cinco notificações e a suspensão das atividades associadas.
A operação teve como objetivo a fiscalização dos bioinsumos, após o Mapa realizar a análise de amostras no começo do ano e constatar a presença de microrganismos de controle biológico em fertilizantes, adjuvantes e outros produtos ofertados no mercado agrícola, como é o caso dos “aceleradores de compostagem”, sendo os dois últimos desonerados de registro junto ao órgão federal, mas que demonstraram a necessidade de estar sob os olhos da fiscalização.
Fonte: Mapa
Programa Agro 4.0 seleciona novos projetos
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), lançou o terceiro edital do programa Agro 4.0. Serão selecionados projetos-pilotos para a implantação de uma plataforma de dados de produção agropecuária. Entre os principais aspectos considerados estão a adoção e difusão de tecnologias de manufatura inteligente no agronegócio, realizadas junto a associações e cooperativas de produtores rurais e agroindústria.
A plataforma que será implantada deverá permitir a coleta e o armazenamento de dados de produção agropecuária de produtores rurais filiados, além da preparação destes dados, a integração com outras bases; modelagem, análise e visualização de informações estratégicas, de forma a gerar conhecimentos e recomendações de agregação de valor.
Para desenvolver os projetos os participantes deverão formar um grupo de trabalho com o arranjo constituído por, pelo menos, três entidades: empresa âncora, produtor rural ou provedora de solução tecnológica. O edital possui três categorias relacionadas à Gestão Estratégica de Dados de Produção: agricultura, pecuária e agroindústria. Os recursos disponibilizados pela ABDI são de R$ 1.125.000,00, para seleção de até três projetos (totalizando o investimento de R$ 375 mil para cada um).
As inscrições estão abertas até o dia 17 de setembro e a participação obedecerá a cinco etapas: inscrição, seleção de projetos, execução das ações de adoção e difusão de tecnologias, avaliação dos projetos e monitoramento dos resultados. Após o resultado dos selecionados, que deverá ser divulgado em até três meses após o fim da inscrição, os três vencedores terão um ano para desenvolver seus projetos-pilotos. Para se inscrever, os interessados devem acessar o site do edital.
O diretor de Apoio à Inovação para Agropecuária da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI/Mapa), Alessandro Cruvinel, destaca a importância da parceria institucional, firmada desde 2020, que auxilia na pavimentação da transformação digital do setor. “A iniciativa estimula a elaboração de projetos-pilotos, fortalecendo a adoção de plataformas de gestão de bancos de dados, atendendo de forma participativa aos atores da produção agropecuária brasileira”.
De acordo com a analista de Produtividade e Inovação da ABDI, Isabela Gaya, coordenadora do programa Agro 4.0, a gestão estratégica pode colaborar na implantação de melhorias de processos, identificação de novos produtos e modelos de negócios, além de aumentar a competitividade do setor. “A gestão dos dados pode ajudar produtores, cooperativas e agroindústria na melhoria das tomadas de decisão estratégica, promovendo aumento de produtividade, eficiência e sustentabilidade do setor produtivo”, finalizou.
O programa
O Agro 4.0 é uma iniciativa do Mapa, da ABDI e de instituições parceiras para fomentar o uso de tecnologias que automatizam e conectam os processos industriais – as chamadas tecnologias 4.0 – que incluem inteligência artificial, computação em nuvem, robótica, internet das coisas, entre outras. O programa atua, por meio da propositura de editais, disseminação de informações e realização de eventos com foco na usabilidade de soluções que promovam aumento de eficiência, produtividade e redução de custos.
Fonte: Mapa
Mapa e BB buscam investimentos em recursos “verdes”
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com representantes do Banco do Brasil na noite dessa terça-feira (22) para alinhar uma parceria junto ao Banco Mundial que visa investimentos em recursos “verdes”. A captação para o maior programa de produção sustentável de alimentos do planeta, desenvolvido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), prevê a intensificação da produção livre de desmatamento, por meio da conversão de pastagens de baixa produtividade, com sequestro de carbono já nos primeiros anos de atividade.
Por meio da parceria entre Banco do Brasil e Banco Mundial, os recursos poderão ser utilizados por cooperativas e produtores brasileiros para a conversão de pastagens em áreas agricultáveis, seguindo os parâmetros do programa do Mapa, para recuperação do solo e sequestro de carbono.
O Brasil poderá dobrar a sua área de produção, por meio da conversão de até 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade e com aptidão para a agricultura, sem avançar no território preservado do país, livre de desmatamento, e com práticas que prezam a diminuição da emissão de carbono na atmosfera, contribuindo para a segurança alimentar e climática do planeta.
Fonte: Mapa
PRODUÇÃO
Indicadores de manejo do solo avaliam risco climático na soja
A Embrapa está propondo indicadores que possam expressar os diferentes níveis de manejo do solo e suas respectivas contribuições no suprimento de água às plantas de soja e, consequentemente, na redução dos riscos climáticos. O detalhamento da proposta está disponível no Documento 447 – Níveis de manejo do solo para avaliação de riscos climáticos na cultura da soja e foi apresentado durante a Reunião de Pesquisa de Soja, eealizada de 23 a 24 de agosto, em Londrina (PR).
Culturas de verão e de sequeiro, como a soja, têm suas necessidades hídricas atendidas pelas chuvas e pela água disponibilizada pelo solo. Práticas de manejo podem contribuir, significativamente, para o incremento dessa água disponibilizada pelo solo.
Fonte: Embrapa
Biocarvão de café melhora a qualidade do solo contaminado com metais pesados
Dois tipos de biocarvão obtidos a partir de resíduos da cadeia do café, borra (resíduo gerado na produção de café solúvel) e pergaminho (gerado na despolpa úmida do café), incorporados ao solo se mostraram eficientes na redução de contaminação por metais pesados e na melhoria da sua qualidade. O biocarvão pode ser obtido a partir de qualquer biomassa, como os resíduos da cadeia do café, em alinhamento com conceitos de responsabilidade socioambiental, economia circular e sustentabilidade.
De acordo com os pesquisadores, os resultados referentes aos níveis de cálcio, cobre, carbono orgânico e atividade das enzimas desidrogenase e protease foram utilizados como base para calcular um Índice de Qualidade do Solo (IQS), permitindo avaliar os impactos dos biocarvões. A amostra de solo com biocarvão de pergaminho de café apresentou o IQS mais elevado, porém ambos conseguiram reduzir a concentração de metais no solo, contribuindo para a melhoria de sua qualidade.
Fonte: Embrapa
Embrapa lança nova cultivar de morango
De 26 de agosto a 3 de setembro de 2023, a Embrapa Clima Temperado (RS) participa da 46ª edição da Expointer, em Esteio (RS), com exposição de tecnologias e lançamento da nova cultivar de morangueiro BRS DC25 (Fênix). O lançamento será no dia 31 de agosto, às 16h, no estande da Embrapa, no Pavilhão Internacional.
A nova cultivar se destaca pelo ciclo precoce, que permite maior janela de produção – de até sete meses – e por frutos com sabor mais doce e mais firmes, com maior durabilidade pós-colheita. Recomendada para as regiões Sul e Sudeste do Brasil, também irá ajudar na ampliação da nacionalização da produção de mudas, dando mais autonomia aos produtores.
Fonte: Embrapa
Exportações mundiais de cafés atingiram 93,51 milhões de sacas
As exportações de todas as formas de cafés das quatro regiões produtoras do planeta, México & América Central, América do Sul, África e Ásia & Oceania, no período acumulado de nove meses, especificamente de outubro de 2022 a junho de 2023, atingiram um volume físico total equivalente a 93,51 milhões de sacas de 60kg. Esse desempenho corresponde a uma média mensal de 10,39 milhões de sacas, em nível mundial, e inclui três tipos de cafés: cafés verdes, solúvel e torrado.
Neste mesmo contexto, vale explicitar que tais exportações mundiais dos três tipos de cafés citados, primeiramente dos cafés verdes, somaram 84 milhões de sacas de 60kg, que equivaleram a 89,9% do total exportado no planeta. Da mesma forma, o volume físico das exportações do café solúvel atingiu 8,88 milhões de sacas de 60kg, que equivaleram a 9,5% do total exportado.
E, por fim, concluindo este enfoque do desempenho das exportações globais de café das quatro regiões produtoras mencionadas, no período citado, constata-se que o café torrado teve participação de apenas 0,6% nas exportações, e, assim, somou ao total geral apenas um volume menor que o equivalente a 600 mil sacas de 60kg no acumulado de nove meses.
Fonte: Embrapa
Reunião de Pesquisa de Soja reúne 500 representantes da cadeia produtiva da soja
Aproximadamente 500 profissionais envolvidos com a cadeia produtiva da soja – técnicos, pesquisadores, professores, produtores e acadêmicos – participam da abertura da 38ª Reunião de Pesquisa de Soja (RPS), promovida pela Embrapa Soja, no dia 23 de agosto, no buffet Planalto, em Londrina (PR). Na abertura, Fernando Henning, presidente do evento, afirmou que a Reunião de Pesquisa de Soja é o principal fórum da sojicultora nacional e que os debates serão conduzidos por palestrantes em temas estratégicos, envolvendo os desafios da sojicultora, aspectos da pós-colheita, as principais inovações científicas e de mercado.
Fonte: Embrapa
Cafés do Brasil tem valor bruto da produção total estimado em R$ 48,8 bilhões
O faturamento bruto total dos Cafés do Brasil previsto para o ano-cafeeiro 2023 foi estimado em um valor equivalente a R$ 48,79 bilhões, montante que reflete um decréscimo de aproximadamente 9,22%, na comparação com o valor apurado no ano-cafeeiro anterior, o qual atingiu a cifra de R$ 52,90 bilhões. Com relação ao café da espécie Coffea arabica (café arábica), tal faturamento previsto para 2023 foi calculado em R$ 37,92 bilhões, cifra que representa 77,72% do faturamento total. E, adicionalmente, para o café da espécie Coffea canephora (café robusta+conilon) essa estimativa alcançou o valor de R$ 10,87 bilhões 22,28%.
Fonte: Embrapa
Monitoramento das lavouras
Milho (2ª safra) – 78,8% colhido
Em MT, a colheita está sendo finalizada e tem sido obtidas produtividades recordes. Restam, apenas algumas áreas semeadas em março. No PR, a alta umidade dos grãos, aliado ao tombamento de plantas, devido aos fortes ventos, tem prejudicado o progresso da colheita, pois as plataformas das colheitadeiras têm dificuldade para recolher o cereal. Em MS, a colheita teve forte avanço em todas as regiões, com indicativos de produtividades crescentes. Em GO, o tempo seco tem favorecido a evolução da colheita. Em algumas regiões, a colheita progride conforme a disponibilidade de armazenagem. Em SP, a colheita avança em todas as regiões e as lavouras estão em maturação e colheita. Em MG, a colheita está atrasada em relação à safra passada. É aguardada a redução de umidade dos grãos em campo. Contudo, observa-se o avanço da colheita em função da proximidade do início da semeadura da próxima safra e o risco de incêndio. No TO, a colheita está finalizada.
No MA, nas regiões Sul e Central a colheita está em fase final. No PI, a colheita está finalizando e tem apresentado produtividades um pouco abaixo das estimativas iniciais. No PA, a colheita está finalizada no Extremo-Sul. As operações estão em plena execução nas regiões Sudeste e Oeste. A falta de espaço para a armazenagem dos grãos tem impedido um avanço maior das operações.
Algodão – 68,2% colhido
Em MT, o clima favoreceu a colheita e o controle de pragas como pulgão, mosca branca e bicudo, além da destruição das soqueiras. No Extremo-Oeste da BA, as lavouras estão em fase de maturação e colheita, e estima-se boas produtividades, além de ótima qualidade de fibra. Na região Centro-Sul, as lavouras estão sendo colhidas e observam-se baixas produtividades devido às restrições hídricas. Em MS, as chuvas não prejudicaram a qualidade das fibras das lavouras que ainda estão por colher. O retorno de umidade no solo favorece a rebrota das soqueiras de algodão, exigindo a aplicação de herbicida. Em GO, a colheita tem avançando e as lavouras irrigadas estão em fase de maturação. As produtividades obtidas estão próximas do esperado e as lavouras remanescentes estão em boas condições fitossanitárias. Em MG, a colheita está progredindo e verifica-se boa produtividade e qualidade da fibra. No MA, a colheita das lavouras de primeira e de segunda safras está em progresso. As lavouras estão em fase de colheita e maturação. Em SP, a colheita está sendo finalizada e atingiu 98% da área total. No PI, a colheita evolui e confirma as boas produtividades.
Feião (2ª safra)
Na BA, a colheita iniciou de forma incipiente. Essas primeiras áreas colhidas mostram um rendimento abaixo do potencial produtivo, especialmente pelas condições de escassez hídrica registradas em algumas das regiões produtoras em parte do ciclo. Em MG, a colheita avançou bastante e ultrapassou a metade da área total semeada. O clima mais seco tem favorecido a maturação e a secagem dos grãos em pré-colheita, além disso, reduzido a incidência de pragas e doenças de final de ciclo. Desse modo, a qualidade e o rendimento dos grãos obtidos têm sido bem satisfatórios. Em GO, cerca de ¾ da área foi colhida e as lavouras remanescentes estão em enchimento de grãos e, majoritariamente, em maturação, apresentando boa condição fitossanitária e com ótima perspectiva de rendimento e qualidade dos grãos. Em SP, cerca de 60% da área total foi colhida. As lavouras remanescentes estão em fase de maturação, apresentando boas condições gerais. No PA, a semeadura ocorre tardiamente, comparado aos demais estados. As lavouras estão em fases de desenvolvimento vegetativo e floração. De maneira geral, as chuvas atenderam as demandas hídricas.
Trigo – 4,7% colhido
No RS, as lavouras apresentam bom aspecto visual e estande com desenvolvimento satisfatório. As condições de tempo foram favoráveis para a realização das operações de manejo, assim como para as lavouras que foram impactadas pela falta de luminosidade e o excesso de umidade. No PR, iniciou a colheita e a maior parte das lavouras estão em enchimento de grãos. Alguns cultivos apresentaram falhas de germinação e tem sido impactadas pelas altas temperaturas. Em SP, a colheita iniciou e as lavouras estão, principalmente, em enchimento de grãos e maturação. Em SC, a cultura está, majoritariamente, em fase de desenvolvimento vegetativo. No geral, o desenvolvimento das lavouras é considerado muito bom. O clima favorece a ocorrência de doenças foliares, principalmente o oídio. Em GO, as lavouras irrigadas estão em maturação. Em MG, a colheita avança nas áreas de cultivo de sequeiro e nas irrigadas. A qualidade do grão colhido é boa, com PH elevado, assim como as expectativas de produtividade. Em MS, as chuvas favoreceram as lavouras em enchimento de grãos, sem interferir significativamente na qualidade dos grãos das lavouras em maturação e colheita. Na BA, as lavouras estão em fase de enchimento de grãos e maturação, com ótima qualidade.
Fonte: Conab
MERCADO
Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada
Soja
Os preços da soja subiram no Brasil ao longo da semana passada. De acordo com pesquisadores do Cepea, o movimento de alta esteve atrelado à valorização do dólar frente ao Real, às expectativas de maior demanda externa pela soja do Brasil e à retração de grande parte dos sojicultores nacionais. No mercado de farelo de soja, levantamento do Cepea mostra que os preços tiveram movimentos distintos dentre as regiões, uma vez que parte dos consumidores se mostra abastecida para médio prazo, ao passo que outra parcela intensificou as compras no curto prazo. Já os valores do óleo de soja recuaram Brasil, pressionados pela retração de compradores – grande parte dos demandantes adquiriu volumes elevados no começo de agosto e, agora, estão mais cautelosos nas aquisições.
Milho
Ainda que a colheita de milho venha apresentando bom ritmo nas principais regiões produtoras de segunda safra, o movimento de queda das cotações do cereal perdeu força na semana passada. Pesquisadores do Cepea indicam que esse cenário se deve à retração de parte dos vendedores, que estão atentos à recente intensificação das exportações brasileiras de milho e à valorização do dólar. Muitos consumidores, por sua vez, evitam negociar grandes lotes, à espera de novas quedas nos preços. Segundo pesquisadores do Cepea, esses demandantes estão fundamentados nas estimativas indicando safra recorde, nas dificuldades de armazenagem – que crescem à medida que as atividades de campo avançam – e, sobretudo, na proximidade de vencimento de dívidas relacionadas aos custeios.
Algodão
As recentes quedas nos preços externos do algodão têm mantido lento o ritmo de negócios envolvendo a pluma no Brasil. Segundo pesquisadores do Cepea, cotonicultores estão focados na colheita, no beneficiamento e na entrega de contratos a termo. Os vendedores ativos estão firmes em suas ofertas, especialmente nos casos envolvendo lote de qualidade superior. Agentes de indústrias, por sua vez, realizam novas negociações apenas para necessidades imediatas e/ou reposição de estoques. Diante disso, os preços do algodão vêm registrando apenas pequenas variações diárias.
Arroz
As cotações do arroz em casca estão em expressiva alta no mercado do Rio Grande do Sul, segundo dados do Cepea. O Indicador CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros e pagamento à vista) está na casa dos R$ 94,00/saca de 50 kg, patamar nominal que foi observado pela última vez em dezembro de 2020. De acordo com pesquisadores do Cepea, a elevação é explicada pela restrição vendedora e pela boa demanda, em um ambiente de estoques limitados de arroz. Com custos menores, as margens do produtor vêm registrando recuperação, voltando aos melhores patamares em dois anos.
Trigo
Os preços do trigo continuam em queda no mercado brasileiro. No Paraná, o trigo vem sendo negociado na casa dos R$ 1.200/tonelada, o menor patamar nominal desde outubro de 2020. Segundo levantamento do Cepea, além da desvalorização externa do cereal, a pressão sobre os preços domésticos vem da maior disponibilidade de trigo no País, diante do avanço da colheita e da demanda pontual. No mercado internacional, os valores do trigo foram influenciados por indicações de maior volume exportado pela Rússia.
Açúcar
Os preços médios do açúcar cristal branco praticados no mercado spot do estado de São Paulo estão estáveis neste início de segunda quinzena de mês, registrando apenas pequenas oscilações. O Indicador CEPEA/ESALQ vem operando entre R$ 132 e R$ 133/saca de 50 kg. Do lado da oferta, o andamento da colheita da cana-de-açúcar da atual safra 2023/24 segue sem interrupções, devido ao tempo seco; consequentemente, a produção nas usinas continua dentro da normalidade. A demanda interna, por sua vez, tem-se mostrado mais aquecida. Compradores continuaram adquirindo novos lotes do cristal na pronta-entrega, aumentando a liquidez neste mês de agosto.
Etanol
Entre 14 e 18 de agosto, o Indicador do etanol hidratado fechou em R$ 2,1556/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), alta de 3,66% frente à semana anterior. De acordo com pesquisadores do Cepea, no início da semana passada, ou seja, antes do anúncio de reajuste do preço da gasolina nas refinarias por parte da Petrobras, ainda era possível observar negócios envolvendo lotes de etanol a preços mais baixos. Isso ocorreu devido à necessidade de liquidez por parte de algumas unidades e também de abrir espaço nos tanques de armazenamento. No entanto, pesquisadores do Cepea indicam que, logo após o anúncio da Petrobras, no dia 16, o mercado se aqueceu para o etanol hidratado, com maior presença do comprador. Assim, o volume comercializado cresceu, resultando em aumento no preço médio semanal.
Boi
O valor médio da carcaça casada bovina (junção do traseiro, dianteiro e ponta de agulha) negociada no atacado da Grande São Paulo está em R$ 16,50/kg nesta parcial de agosto, sendo 7,9% inferior ao de janeiro/23 e expressivos 11% abaixo do de agosto/22, em termos reais, de acordo com levantamento do Cepea. Trata-se, também, da menor média mensal desde setembro/19, quando a carcaça casada foi negociada a R$ 15,93/kg. Segundo pesquisadores do Cepea, o traseiro – que concentra os cortes de maior valor agregado – é o que vem pressionando as cotações da carcaça casaca ao longo de 2023. Desde o início deste ano, o valor médio do traseiro já recuou 12,4%, em termos reais. Já o dianteiro bovino, que representa os cortes de menor valor agregado, também se desvalorizou, mas de forma menos intensa, apenas 1%. Segundo pesquisadores do Cepea, o consumo brasileiro de carne bovina, muito atrelado à renda, está fragilizado desde o início de 2022, devido principalmente à alta da inflação. Em 2023, a demanda enfraquecida pela proteína se somou ao crescimento na oferta de animais disponíveis para o abate.
CLIMA
Previsão de chuva
Previsão para a 1ª semana (21/08/2023 a 28/08/2023)
Entre os dias 21 e 28 de agosto de 2023, os maiores acumulados são previstos no noroeste do País, além de áreas do leste da Região Sudeste (tons de verde e amarelo no mapa da figura 1). Já na maior parte do País, principalmente, em áreas centrais e interior da Região Nordeste, há previsão de predomínio de altas temperaturas, tempo seco e baixa umidade em praticamente toda a semana (tons em branco no mapa da figura 1).
Região Norte
São previstos volumes de chuva maiores que 30 milímetros (mm) no noroeste do Amazonas, devido ao calor e alta umidade. Nas demais áreas, como no Pará, Amapá e Tocantins haverá predomínio de tempo seco e sem chuvas.
Região Nordeste
Há previsão de tempo seco e sem chuvas, além de baixos valores de umidade relativa, principalmente, em áreas do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e interior da região. No entanto, no início da semana, podem ocorrer baixos acumulados de chuva no litoral sul da Bahia.
Centro-Oeste
A persistência de uma massa de ar quente e seco deixará o tempo estável e sem chuvas em praticamente toda a região. Além disso, poderão ser registrados baixos valores de umidade relativa do ar, chegando a valores inferiores a 20%, principalmente, entre os estados de Mato Grosso, Goiás e no Distrito Federal.
Sudeste
O tempo também ficará seco e sem chuvas, principalmente, em áreas do oeste de São Paulo, Triângulo Mineiro e norte de Minas Gerais. Ainda no norte de Minas, podem ser registrados baixos valores de umidade relativa do ar, inferiores a 30%. Já em áreas do Rio de Janeiro, Espírito Santo e leste de Minas Gerais, no início da semana, podem ocorrer volumes de chuva maiores que 30 mm, devido a um sistema de baixa pressão.
Região Sul
A atuação de uma frente fria sobre o oceano, no início da semana, intensificará áreas de instabilidade que causarão acumulados de chuva que podem ultrapassar 10 mm no Rio Grande do Sul e leste de Santa Catarina. Já no oeste da região, principalmente no Paraná, há previsão de tempo seco e sem chuvas em grande parte da semana.
Figura 1. Previsão de chuva para 1ª semana (21/08/2023 a 28/08/2023). Fonte: INMET.
Previsão para a 2ª semana (29/08/2023 a 05/09/2023)
Entre os dias 29 de agosto e 5 de setembro de 2023. De acordo com o modelo de previsão numérica, a semana poderá apresentar grandes acumulados de chuva maiores que 80 milímetros (mm) em grande parte da Região Sul. Em áreas do noroeste do País e costa leste da Região Nordeste, os volumes de chuva serão inferiores a 50 mm.
Já em áreas centrais das Regiões Sudeste e Centro-Oeste, há previsão de tempo seco e sem chuva ao longo da semana. Nas demais regiões do Brasil, podem ocorrer chuvas pontuais e baixos volumes que não devem ultrapassar 20 mm.
Região Norte
São previstos acumulados de chuva que podem ultrapassar 30 mm no noroeste do Amazonas, oeste do Acre e extremo norte de Roraima. Nas demais áreas da região, podem ocorrer baixos volumes de chuva, inferiores a 20 mm.
Região Nordeste
São previstos baixos acumulados de chuva, menores que 20 mm em grande parte da região, incluindo áreas do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Já na costa leste, há previsão de acumulados que podem ser maiores que 20 mm.
Regiões Centro-Oeste e Sudeste
Há previsão de tempo seco em praticamente toda a semana, principalmente, em áreas centrais. Nas demais áreas, podem ocorrer chuvas pontuais e baixos volumes, inferiores a 20 mm.
Região Sul
Há previsão de acumulados de chuva significativos e maiores que 50 mm em grande parte da região. Em áreas centrais, esses valores podem ultrapassar 90 mm. Já em áreas do extremo sul do Rio Grande do Sul, os volumes podem ser inferiores a 20 mm.
Figura 2. Previsão de chuva para 2ª semana (29/08/2023 a 05/09/2023). Fonte: GFS.
Fonte: INMET
CURSOS E EVENTOS
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