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GERAIS
Valor da Produção Agropecuária de 2023 é estimado em R$ 1,148 trilhão
A estimativa do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2023, com base nas informações de safras de junho, é de R$ 1,148 trilhão, valor 2,6% superior ao do ano passado. As lavouras lideraram o crescimento, com aumento do VBP de 4,9%, impulsionado pelo recorde da safra de grãos e pelos ganhos de produtividade. A pecuária teve retração de 2,4% no VBP, devido à retração da carne bovina e de frango.
O valor da produção obtido pelas lavouras foi de R$ 812,1 bilhões, e o da pecuária de R$ 336,6 bilhões.
Os produtos com melhor desempenho este ano são o amendoim, com aumento real de 8,9% no VBP, arroz 7,8%, banana 14,3%, cana de açúcar 11,9%, feijão 19,0 %, laranja 27,8%, mandioca 33,6%, milho 3,9%, soja 3,5%, tomate 14,3% e uva 3,8%.
Na pecuária, as maiores contribuições positivas vêm sendo dadas por suínos, leite e ovos. A balança comercial da pecuária mostra, de janeiro a junho, retração das carnes de -5,1 % em dólares. Porém esse mercado mostra-se bastante favorável às transações de carne de frango e carne suína.
Devido aos preços mais baixos ou menores quantidades produzidas, uma relação pequena de produtos vem tendo desempenho pouco favorável. São estes o algodão, batata inglesa, café e trigo. O café vem sendo especialmente afetado por forte redução dos preços internacionais.
O ranking dos produtos de acordo com o seu desempenho é formado por soja, milho, cana-de -açúcar, café e algodão. Esses produtos respondem por 82% do VBPdas lavouras de 2023.
Os estados com maior influência no VBP são os que apresentam a liderança na produção de grãos, pecuária bovina e café, como em Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
Confira o ranking do VBP das lavouras, pecuária e dos estados. (valores em Reais)
Fonte: Mapa
Efeitos do clima impactam nos preços de frutas e hortaliças
O clima frio trouxe impactos nos preços de importantes frutas e hortaliças comercializadas nos principais mercados atacadistas do país. Segundo o 7º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta quinta-feira (20) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o inverno influenciou tanto na demanda como na oferta dos produtos. Diante deste cenário, as cotações praticadas para alface, cenoura e tomate apresentaram quedas no último mês. Mesma situação verificada para laranja, mamão e melancia.
No caso da alface, a baixa ocorreu mesmo com uma diminuição também na quantidade de produto encontrado nos mercados analisados. Isso porque a demanda registrou redução mais intensa, comportamento normal para esta época do ano com temperaturas mais baixas, o que não permitiu a reação dos preços da folhosa. O maior percentual de queda foi registrado na Central de Abastecimento (Ceasa) de Goiânia, com -26,7%. Já a cenoura e o tomate tiveram a oferta controlada, o que não impediu o menor valor de comercialização das hortaliças. Com a permanência do frio, o desenvolvimento dos dois produtos tende a ser mais demorado, o que pode exercer pressão de alta nos preços em julho.
As baixas temperaturas também refletiram em uma menor demanda de frutas como laranja, melancia e mamão, influenciando nos preços mais baixos na média. A Ceasa da capital de Goiás também tem a maior queda para o mamão, com redução de 33,99%. Além de inibir a procura por estes produtos por parte do consumidor, o frio também repercute na oferta, seja no controle da quantidade de produto no mercado ou na qualidade.
Por outro lado, os preços médios para batata e maçã registraram alta. No caso do tubérculo, a alta é explicada pela menor entrada do produto nos mercados atacadistas. Já para a fruta, a Conab também verificou aumento mesmo em meio à diminuição da demanda nos principais centros consumidores em virtude do frio, do início das férias escolares e também das festividades juninas no mês de junho, que acabaram por impactar as vendas no atacado. Entretanto, mesmo com o mercado lento, os preços subiram por causa do grande controle de oferta que possuem as companhias classificadoras mediante o uso das câmaras frias, estruturas que aumentam o período de conservação da fruta. Banana e cebola registraram pequenas variações, mantendo-se dentro de uma estabilidade de preços na média ponderada.
Fonte: Conab
Reino Unido reduz controles às exportações de carnes brasileiras
Governo britânico põe fim aos controles reforçados às exportações brasileiras de produtos cárneos para o Reino Unido e da retomada plena do sistema de habilitação de estabelecimentos por indicação das autoridades sanitárias brasileiras, o chamado “pre-listing”.
A decisão fundamentou-se no relatório da auditoria técnica realizada por equipes britânicas em outubro de 2022, cujo foco foi o sistema brasileiro de inspeção de produtos de origem animal, notadamente carne bovina e carne de aves. Foi a primeira missão de auditoria britânica ao exterior depois do Brexit.
A missão de auditoria reconheceu que o Brasil resolveu as questões relacionadas ao seu sistema regulatório sanitário e fitossanitário que haviam levado à instituição dos controles reforçados. A decisão das autoridades britânicas confirma a excelência dos controles sanitários oficiais brasileiros, que garantem a qualidade e a inocuidade dos produtos consumidos no Brasil e em países importadores.
O governo britânico anunciou, ainda, a regionalização do território brasileiro em nível estadual em relação à gripe aviária. Dessa forma, eventuais focos da doença que venham a ocorrer no Brasil não mais levarão ao fechamento do mercado britânico para todas as exportações de carne de aves, mas apenas as provenientes do estado onde se tenha identificado a doença. A decisão reflete a sólida parceria entre o Brasil e o Reino Unido, adotando abordagem preventiva a fim de preservar o comércio entre os dois países.
O Reino Unido é um importante destino das carnes exportadas pelo Brasil. Em 2022, o Brasil exportou US$ 282,2 milhões em carne de aves e cerca de US$ 134,5 milhões de carne bovina para aquele país. Desde o Brexit, as exportações agropecuárias brasileiras para o Reino Unido aumentaram 67%, atingindo US$ 1,8 bilhão em 2022.
Fonte: Mapa
Exportações do agronegócio batem recorde
No primeiro semestre deste ano, as exportações brasileiras de produtos do agronegócio alcançaram o valor recorde de US$ 82,80 bilhões, crescimento de 4,5% na comparação com o primeiro semestre de 2022 (US$ 79,24 bilhões). O aumento no índice de quantum (+8%) foi responsável pelo maior valor da série histórica, uma vez que o índice de preços caiu 3,2% no período.
As exportações do agronegócio alcançaram US$ 15,54 bilhões em junho deste ano, recuo de 0,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior (US$ 15,62 bilhões), apesar de diversos recordes observados em soja em grãos (valor e quantidade), açúcar de cana em bruto (valor), carnes bovina e de frango in natura (recordes em quantidade) e celulose (recorde em quantidade).
Segundo análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), este cenário é explicado pela forte queda do índice de preços das nossas exportações no mês (-12,9%), que reduziu levemente o valor mensal relativo a junho de 2022, mesmo com alta expressiva do índice de quantum (+14,2%).
A participação das exportações do agronegócio no total da balança comercial de junho foi de quase 52%, já que a redução das exportações dos demais produtos foi superior (-15,7%).
Soja em Grãos – O volume exportado foi recorde para o mês com 13,77 milhões de toneladas (+37,9% relativos a junho de 2022). O valor exportado de soja em grãos alcançou US$ 6,89 milhões (+9,3%), também recorde para os meses de junho. Tal montante não foi mais expressivo devido à queda do preço médio de exportação (-20,7%), que refletiu as condições de produção global da oleaginosa, com safra recorde no Brasil e boa produção nos Estados Unidos.
Carne Bovina – A principal carne exportada em junho foi a bovina in natura: U$$ 974,13 milhões (-6,4%), com alta de 26,4% nos volumes exportados e redução de 26,0% nos preços médios. A China foi o principal destino, responsável por 70,2% das exportações em volumes: US$ 698,52 milhões (-7,1%), e 135,37 mil toneladas (+32,0%).
Recorde no acumulado do ano (janeiro a junho)
De acordo com os analistas da SCRI, o crescimento nas exportações de soja em grãos foi o que mais contribuiu para a expansão nas vendas do agro de janeiro a junho de 2023, com US$ 2,88 bilhões acima do que foi registrado no ano anterior.
Outros dois produtos cujas vendas cresceram mais de US$ 1 bilhão foram milho (+US$ 1,58 bilhão) e açúcar de cana em bruto (+US$ 1,20 bilhão). Por outro lado, cabe ressaltar a queda nas exportações de carne bovina in natura (-US$ 1,26 bilhão) e café verde (-US$ 1,04 bilhão).
Apesar da China ter se mantido como principal destino da carne bovina in natura (59,8% de participação em valor), a queda expressiva ainda reflete a suspensão ocorrida no início de 2023, além da queda nos preços médios de vendas (-25,3%).
Fonte: Mapa
PRODUÇÃO
Mais 30 defensivos agrícolas são registrados pelo Mapa
O Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicou no Diário Oficial da União, o registro de mais 30 produtos formulados, ou seja, defensivos agrícolas que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores. Desses, seis são de baixo impacto, sendo quatro destinados para uso na agricultura orgânica.
Entre os produtos biológicos, destaca-se a vespinha Diachasmimorpha longicaudata por se tratar do primeiro produto desse tipo registrado no Brasil para o controle de diversas espécies de moscas-das-frutas. O registro foi concedido automaticamente como “produto fitossanitário com uso aprovado para a agricultura orgânica” com base na especificação de referência (ER) nº 36, elaborada em conjunto pelos órgãos competentes (Mapa, Anvisa e Ibama) e com a participação da pesquisadora Beatriz Paranhos, da Embrapa Semiárido. O produto também pode ser utilizado na fruticultura convencional.
“Além de ser um produto registrado com ativo novo, o produto se destaca por ser recomendado para o controle da mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae). Apesar do nome, essa espécie de mosca-das-frutas ataca uma diversidade muito grande de frutos e é uma das pragas de maior importância econômica para o Brasil. Com esse registro trazemos a possibilidade de agregar a primeira técnica de controle biológico ao subprograma oficial de supressão com vistas à erradicação de Bactrocera carambolae, executado pelo Mapa”, relata a chefe da Divisão de Registro de Produtos Formulados, Tatiane Nascimento.
Já em relação aos produtos químicos registrados, o destaque é para o registro de um fungicida novo, o mefentrifluconazole. Esse ativo tem ação de controle de um amplo espectro de patógenos nos mais variados cultivos, além de possuir ação protetora e curativa, agindo em diferentes fases de desenvolvimento do fungo. Esse ativo já possui registro em outros países como Estados Unidos e União Europeia.
No decorrer deste ano, já foram registrados 151 produtos, sendo 34 classificados como de baixo impacto, o que evidencia a crescente preocupação com práticas agrícolas sustentáveis.
Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.
Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.
Fonte: Mapa
Equipamento que mede a água infiltrada no solo chegará ao mercado
Tecnologia que mede a capacidade de a água fluir no solo está próxima de ser disponibilizada ao setor produtivo. Desenvolvido em parceria entre a Embrapa Solos (RJ) e o Centro Brasileiro de Pesquisa Físicas (CBPF), o permeâmetro digital despertou o interesse da empresa Falker que deverá embarcá-lo em mais de um produto para diagnóstico de solos. A empresa espera ter um protótipo dentro dos próximos oito meses e, logo em seguida, pretende disponibilizar versões comerciais.
O permeâmetro é o tipo de equipamento mais usado no mundo para avaliar a condução da água nos solos. A tecnologia desenvolvida pela CBPF e pela Embrapa faz a coleta de dados digitalmente usando um computador de baixo custo.
Economia de tempo e maior precisão
A avaliação da condutividade hidráulica do solo é um trabalho demorado, que depende de um técnico treinado para fazer a coleta. O novo permeâmetro automatiza essa coleta dos dados de fluxo de água pelo solo e registra o seu tempo. Com esses dados, a geometria do aparelho e do poço escavado, é possível estimar com precisão a condutividade hidráulica do solo.
O equipamento registra os dados em um cartão de memória. A tecnologia permite acompanhar as avaliações e registrar os dados em um telefone celular por conexão bluetooth. Não é necessário o uso de um laptop no campo. Estudos de validação e comparação com equipamentos manuais já foram feitos e serão validados em outros solos e regiões do Brasil.
Com esse aparelho, o técnico, que nos métodos convencionais fica por horas anotando os valores de fluxos, é liberado para fazer outras avaliações e coletas, aumentando o rendimento e a eficiência do trabalho no meio rural. Além disso, o equipamento tem uma precisão de leitura de milímetros e um registro de tempo de décimos de segundo, o que aumenta a precisão dos dados coletados. O progresso do novo dispositivo vem do fato de as medidas serem obtidas digitalmente.
Fonte: Embrapa
Abrapa renova acordo para impulsionar exportações de algodão
No último sábado (15), um importante convênio foi renovado entre a Abrapa, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, e a ApexBrasil, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos.
O principal objetivo desse convênio é promover o algodão brasileiro no mercado internacional.
Para isso, a ApexBrasil e a Abrapa contribuirão com um montante significativo: R$10 milhões e R$13 milhões, respectivamente, totalizando R$23 milhões, que serão empregados na participação em feiras, atração de compradores e apoio aos produtores que já desempenham sua parte.
Além disso, visam expandir o alcance do algodão brasileiro, trabalhando com grandes indústrias asiáticas e renomadas marcas varejistas em um futuro próximo. Essa iniciativa tem sido fundamental para agregar valor, conhecimento e proporcionar uma melhor compreensão sobre o algodão brasileiro, seus processos e benefícios, reforçando seu destaque no cenário global.
Fonte: Abrapa
Sou de Algodão promove Cotton Trip com jornalistas e influenciadores
O movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), acaba de realizar mais uma edição da Cotton Trip, uma experiência imersiva no mundo do algodão com 15 jornalistas de diversos segmentos e 16 influenciadores digitais. Com o objetivo de compartilhar o conhecimento sobre a fibra, desde o plantio até chegar ao consumidor, e de promover a produção responsável do algodão, diversos representantes e parceiros do movimento passaram três dias na Fazenda Pamplona, da SLC Agrícola, em Goiás.
Quem esteve presente no evento, pôde conhecer mais sobre os programas de sustentabilidade, na produção da fibra, como o ABR (Algodão Brasileiro Responsável), ABR-UBA (Unidade de Beneficiamento de Algodão) e BCI (Better Cotton Initiative). Alguns dados foram apresentados aos convidados, como por exemplo, que o algodão necessita ser plantado em novembro para ser colhido no meio do ano, que o Mato Grosso é o maior produtor de algodão no Brasil – seguido da Bahia -, que a umidade máxima para colher o algodão é de 12%, e que em caso de chuva na época da colheita, o que é raro, o algodão perde a qualidade e o brilho.
Além disso, os jornalistas e outros profissionais presentes puderam conhecer a lavoura, a biofábrica – onde aprenderam mais sobre o plantio, manejo e colheita do algodão – e também a algodoeira, para saberem como funciona o processo de beneficiamento do algodão.
Fonte: Abrapa
SUSTENTABILIDADE
Conecemos pouco a as áreas de terra firme na Amazônia brasileira
Mais da metade das áreas de terra firme na Amazônia brasileira ainda é pouco estudada pela ciência. Os vazios de conhecimento sobre a biodiversidade nessas áreas correspondem a 54% e é menor em relação às zonas úmidas e aos ecossistemas aquáticos da região. Essa lacuna de conhecimento sobre a biodiversidade amazônica é um dos principais resultados de um mapeamento da pesquisa ecológica em toda a Amazônia brasileira realizada por cientistas de instituições do Brasil e de outros países que integram e sintetizam informações sobre estudos da biodiversidade amazônica.
A partir da compilação de várias bases de dados e do conhecimento disponível sobre a biodiversidade na região, os cientistas revelam onde as pesquisas ecológicas estão localizadas e evidenciam as áreas da região com baixa probabilidade de serem estudadas.
A análise considerou diferentes ecossistemas, incluindo florestas de terra firme, florestas alagáveis e em ambientes aquáticos, como igarapés, rios e lagos. Os resultados mostram que os vazios de conhecimento cobrem 54,1% das áreas de terra firme; 27,3% dos habitats aquáticos; e 17,3% das áreas alagáveis (várzeas e igapós).
Isso significa que a biodiversidade nas áreas de terra firme da Amazônia brasileira é menos estudada pela ciência em relação às zonas úmidas e aos ecossistemas aquáticos.
Em nove grupos de organismos da biodiversidade terrestre e aquática – invertebrados bentônicos, heterópteros, odonatas, peixes, macrófitas, aves, vegetação lenhosa, formigas e besouros rola-bosta – a pesquisa ecológica foi distribuída de forma desigual nos três tipos de habitat investigados em 7.694 pontos de coletas de dados.
Apesar de o trabalho evidenciar que há menos investigação sobre a biodiversidade das florestas de terra firme, os cientistas estimam que entre 15% e 18% das áreas sem estudo sofrerão mudanças severas no clima ou estarão sujeitas a desmatamentos e degradação até 2050. “Esse cenário preocupa, pois o uso sustentável da biodiversidade e o desenvolvimento pleno da sociobioeconomia demandam que compreendamos bem a distribuição da riqueza da região” acrescenta a cientista.
Arte: Sabrina Morais / Ian Santos
Fonte: Embrapa
Monitoramento das lavouras
Milho (2ª safra) – 39,3% colhido
Em MT, a colheita alcançou 68% da área e está ocorrendo em bom ritmo. As produtividades continuam superando as estimativas iniciais. No PR, as precipitações interromperam a colheita, que está no início. Em MS, as baixas precipitações favoreceram o enchimento de grãos das lavouras tardias e a colheita segue lentamente. Em GO, mesmo com a queda de umidade dos grãos, a colheita pouco avançou devido a dificuldades na comercialização.
Em SP, a colheita iniciou nas principais regiões produtoras. Em MG, o clima seco permitiu a redução da umidade dos grãos e o maior progresso da colheita. A falta de espaço para a armazenagem impede um avanço mais significativo dos trabalhos.
No TO, a colheita alcançou 60% e está progredindo conforme o esperado. No PI, a colheita foi iniciada e a maioria das lavouras se encontra em maturação. No MA, a colheita avança nas regiões produtoras. No PA, a área colhida já alcança 70%, estando o restante das áreas em maturação. A falta de espaço nos armazéns provoca um atraso nos trabalhos de campo.
Algodão – 18,9% colhido
Em MT, a colheita avança sobre as áreas de segunda safra e as condições climáticas são favoráveis à manutenção da qualidade das lavouras. No Extremo-Oeste da BA, as lavouras de sequeiro estão sendo colhidas e apresentam boa produtividade e qualidade de fibra. As lavouras irrigadas estão em fase de formação de maçãs e maturação, em bom desenvolvimento.
Na região Centro-Sul, a condição climática favorece a operação de colheita. Em MS, estão sendo realizadas as operações de pulverização de desfolhantes e de colheita. Foi iniciada a eliminação de soqueiras nos talhões colhidos para a redução de focos do bicudo. No Sul do MA, as lavouras de primeira e segunda safras estão em maturação e colheita. Em GO, a colheita avança no Extremo-Sul e na região Leste. As primeiras áreas têm apresentado boas produtividades. Em MG, as lavouras estão finalizando a maturação e verifica-se o progresso na colheita. Em SP, a colheita atingiu 90% da área produtiva. No PI, a colheita prossegue em condições climáticas favoráveis.
Feião (2ª safra)
No PR, a variação significativa no clima, com incidência de fortes chuvas e diminuição das temperaturas, influenciou no progresso da colheita, que atingiu 96% da área total. As lavouras remanescentes estão em maturação e serão colhidas nos próximos dias. Na BA, a maioria das lavouras de feijão-caupi está em plena colheita. A baixa umidade tem favorecido a secagem dos grãos maduros e reduzido a incidência de doenças de final de ciclo, associadas ao excesso de umidade. As lavouras de feijão cores estão em fase de desenvolvimento vegetativo, floração e enchimento de grãos, apresentando ótima condição, principalmente pelo uso de irrigação complementar. Em SC, a colheita foi finalizada. O ciclo sofreu atraso devido ao excesso de chuvas e de baixa incidência luminosa em período de formação dos grãos. Tais variações climáticas reduziram parte do potencial produtivo da cultura, em particular do feijão-comum preto, que dispunha de maior área plantada.
Trigo – 93,6% semeado
No RS, há pouca evolução na semeadura, devido a ocorrência de chuvas, observa-se a emergência satisfatória e o estande adequado. As lavouras estão majoritariamente em desenvolvimento vegetativo,
predominando o afilhamento. No PR, a semeadura está quase finalizada e a maioria das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo.
As condições climáticas foram propícias para o bom desenvolvimento. Em SP, as baixas temperaturas favoreceram o desenvolvimento da cultura. A maioria das lavouras encontram-se em enchimento de grãos. Em SC, as precipitações provocaram uma pausa na semeadura e prejudicaram as lavouras recém semeadas. Os cultivos apresentam boa germinação e bom perfilhamento. Na BA, as lavouras estão em fase desenvolvimento vegetativo, floração, enchimento de grãos e com boa qualidade.
Em MS, a boa umidade do solo e baixas temperaturas favorecem o desenvolvimento das lavouras. Em GO, a colheita do trigo de sequeiro ultrapassa 70% e o irrigado inicia a fase de maturação. Em MG, a colheita iniciou nas lavouras semeadas precocemente, porém a maioria ainda está em enchimento de grãos e maturação. De modo geral, as lavouras estão em boas condições.
Fonte: Conab
MERCADO
Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada
Soja
O Brasil deve elevar os embarques de farelo de soja na temporada 2022/23, tornando-se o maior fornecedor mundial desse subproduto. De acordo com o relatório do USDA divulgado em 12 de julho, o País deve exportar o recorde de 21,5 milhões de toneladas de farelo de soja na temporada 2022/23 (de outubro/22 a setembro/23). O aumento dos embarques brasileiros de farelo está atrelado à redução do processamento de soja na Argentina – que é estimado em apenas 30 milhões de toneladas (o menor das últimas 18 temporadas) – e à maior demanda para consumo doméstico no país vizinho, que deve ser recorde, previsto em 3,35 milhões de toneladas.
Milho
As negociações de milho seguem em ritmo lento no Brasil, com os preços em queda, conforme dados do Cepea. O avanço da colheita da segunda safra brasileira de milho, que deve ser recorde, e a melhora do clima nos Estados Unidos – o que tem aumentado as estimativas mundiais de produção, apesar das recentes preocupações com o tempo seco no país – têm mantido compradores afastados do mercado spot nacional. ESTIMATIVAS – No Brasil, a Conab aponta que a produção brasileira 2022/23 deve superar em 13% a da temporada 2021/22. Para a segunda safra, o aumento deve ser de 14%, agora estimada em 98,04 milhões de toneladas. Em termos mundiais, o relatório do USDA indica que, apesar da cautela quanto ao clima nos Estados Unidos, a produção mundial em 2023/24 deve ser de 1,22 bilhão de toneladas, 6% maior que a anterior.
Algodão
As negociações de algodão em pluma aumentaram nos últimos dias, e os preços internos da commodity subiram. Conforme levantamento do Cepea, esse movimento foi impulsionado pela posição firme dos vendedores, que se fundamentaram no avanço dos contratos na ICE Futures (Bolsa de Nova York), na melhora da demanda e no bom desempenho das exportações. Algumas tradings também entraram no mercado, especialmente para a compra de novos lotes, contribuindo para elevar as vendas. Produtores, por sua vez, estão retraídos e/ou focados nas atividades de campo.
Arroz
As cotações do arroz em casca continuam firmes, registrando apenas ligeiras oscilações diárias. Conforme dados do Cepea, a elevação dos preços externos e a restrição vendedora no mercado doméstico vêm sustentando os valores do cereal – o Indicador vem se mantendo na casa dos R$ 82,00/sc desde o dia 4 de julho. Com relação à safra 2022/23, estimativas da Conab apontam que a produção nacional deve somar 10,03 milhões de toneladas, 0,13% superior à projetada anteriormente, mas com baixa de 7,05% frente à temporada 2021/22.
Trigo
Os preços do trigo recuaram no mercado de lotes e apresentaram apenas leves reajustes no mercado de balcão, segundo dados do Cepea. As negociações, por sua vez, seguiram pontuais nos últimos dias. SAFRA 2023/24 – As informações divulgadas pela Conab neste mês apontam que a produção da nova safra de trigo no Brasil está estimada em 10,42 milhões de toneladas, alta de 6,7% em comparação ao relatório de junho, mas ainda com queda de 1,2% frente ao recorde da temporada passada.
Açúcar
O ritmo de negócios envolvendo o açúcar cristal branco seguiu calmo no spot paulista nos últimos dias. De acordo com levantamento do Cepea, a demanda continua baixa, comportamento normal em julho, quando o consumo dos produtos que levam açúcar na composição diminui devido ao período das férias escolares. Neste período de pico de safra, a oferta do cristal para pronta entrega aumenta, reforçando a retração dos compradores. Assim, as cotações do cristal recuaram nos últimos dias.
Etanol
Os valores dos etanóis recuaram por mais uma semana em São Paulo, devido à procura enfraquecida, segundo informações do Cepea. Em julho, mês de férias escolares, a demanda por combustíveis tende a recuar. O Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou a última semana (de 10 a 14 de julho) em R$ 2,1882/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), baixa de 2,3% frente ao do período anterior. Para o etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 2,6875/litro, valor líquido de impostos (PIS/Cofins), recuo de 6,14% no mesmo comparativo.
Boi
No balanço do primeiro semestre de 2023, o Brasil exportou a todos os destinos mais de 1 milhão de toneladas de carne bovina (in natura e industrializada), volume que fica abaixo apenas do escoado no mesmo período de 2022, que foi recorde, segundo dados da Secex compilados pelo Cepea. E os principais destinos da carne brasileira nesse período foram China, Estados Unidos e Hong Kong. No caso da China, o volume exportado pelo Brasil de janeiro a junho deste ano soma 512,36 mil toneladas de carne, ou seja, representando pouco mais de 50% de toda a quantidade embarcada pelo País. Pesquisadores do Cepea ressaltam que as exportações seguem como importante canal de escoamento da carne bovina brasileira, sobretudo ao longo dos últimos meses, em que se verifica certo enfraquecimento na demanda doméstica pela proteína e aumento na oferta de animais para abate.
CLIMA
Previsão de chuva
Previsão para a 1ª semana (17/07/2023 a 24/07/2023)
Entre os dias 17 e 24 de julho, os maiores acumulados estão previstos para o extremo norte do País, além da costa leste da Bahia e áreas do sul e leste do Paraná. Veja figura 1 (tons em verde e amarelo no mapa).
Já no centro do Brasil, interior da Região Nordeste e sul do Norte, a previsão é de tempo seco. Veja figura 1 (tons em branco e azul no mapa).
Confira, a seguir, a previsão do tempo detalhada para cada região do Brasil nas próximas duas semanas.
Região Norte
Previsão de volume de chuva maior que 20 milímetros (mm) no extremo norte da região, podendo ultrapassar 50 mm em áreas do noroeste do Amazonas e centro-norte de Roraima devido ao calor e a alta umidade. Em Rondônia, Acre, Tocantins e sul da região, o tempo ficará seco e sem chuva.
Região Nordeste
Previsão de nebulosidade e chuva passageira em toda a faixa litorânea, principalmente no litoral baiano, a partir do dia 22/07, com possíveis acumulados maiores que 50 mm. Devido ao transporte de umidade vinda do oceano, a região do Sealba (área que abrange os estados de Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia) terá acumulados menores. Já no Matopiba (área que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e no interior e norte da região, a previsão é de tempo quente e seco.
Regiões Centro-Oeste e Sudeste
Uma massa de ar seco deixará o tempo estável e sem chuva, exceto em áreas do Espírito Santo, Rio de Janeiro, leste de São Paulo e Minas Gerais, onde a chuva deve ser inferior a 30 mm. A Região Centro-Oeste e o oeste de Minas Gerais também podem registrar baixa umidade.
Região Sul
A previsão indica chuva em áreas de Santa Catarina e Paraná, com acumulados menores que 40 mm. Já no Rio Grande do Sul e em áreas do norte do Paraná, o tempo ficará seco e sem chuva.
Figura 1. Previsão de chuva para a 1ª semana (17/07/2023 a 24/07/2023). Fonte: INMET.
Previsão para a 2ª semana (25/07/2023 a 02/08/2023)
Na semana entre os dias 25 de julho e 2 de agosto, a previsão indica grandes acumulados de chuva, maiores que 50 mm, em áreas da Região Sul e no noroeste do País. Veja figura 2.
Na costa leste, a chuva deverá persistir. Já em grande parte do Brasil Central e no interior do Nordeste, o tempo seco e sem chuva vai predominar.
Região Norte
Previsão de volume maior que 30 mm em praticamente todo o extremo norte da região, podendo superar 50 mm em áreas do noroeste do Amazonas e em Roraima. Em áreas do sul da região, a chuva não deve ser significativa.
Região Nordeste
Os acumulados de chuva podem ultrapassar 20 mm em áreas do litoral da costa leste e litoral norte do Maranhão. Em áreas do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e no norte e interior da região, não há previsão de chuva e o tempo seguirá estável e seco.
Regiões Centro-Oeste e Sudeste
Previsão de tempo seco, exceto no Espírito Santo e sul de São Paulo, onde há possibilidade de chuva.
Região Sul
Previsão de acumulados de chuva maiores que 50 mm entre o centro e o leste do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná. Nas demais áreas, o volume deve ser inferior a 30 mm.
Figura 2. Previsão de chuva para a 2ª semana (25/07/2023 a 02/08/2023). Fonte: GFS.
Fonte: INMET
CURSOS E EVENTOS
Selecionamos uma série de eventos importantes no mundo Agro e que podem interessar você. Todos online!
Batata-doce: da produção de mudas à pós-colheita
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
Inscrição: Clique aqui
Produção Integrada de Folhosas
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
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Biogás: da produção à viabilidade econômica
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
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Cultivo do algodoeiro em sistemas orgânicos no semiárido
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
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Medidas de Prevenção, Monitoramento e Controle da Vespa-da-Madeira
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
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RENIVA – Introdução às estratégias de produção de materiais de plantio de mandioca
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
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Apicultura para Iniciantes
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
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Produção e Tecnologia de Sementes e Mudas
Instituição promotora: Embrapa
Data: 17/02/22 a 31/12/22
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Produção de mudas de cajueiro – enxertia
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
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Viticultura Tropical no Semiárido
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
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