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GERAIS
Exportações do Agro são recorde
As exportações brasileiras de produtos do agronegócio alcançaram, em julho deste ano, o valor recorde de US$ 14,43 bilhões, crescimento de 1,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Segundo análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), o aumento do volume exportado foi responsável pelo incremento do desempenho da balança comercial, puxados, principalmente, pelo complexo soja, carnes de frango e suína, celulose e algodão. No geral, os preços médios de exportação dos produtos recuaram.
A participação das exportações do agronegócio no total da balança comercial de julho foi de quase 50%.
China, Argentina, Argélia e México são alguns dos países em que as exportações do agro tiveram aumento absoluto das exportações acima de US$ 100 milhões.
Soja em Grãos
O complexo soja é o principal setor exportador do agronegócio brasileiro, representando 42,2% do valor total exportado pelo Brasil em produtos do agronegócio (US$ 6,09 bilhões).
O valor embarcado de soja em grãos foi recorde para os meses de julho, com US$ 4,77 bilhões. O volume embarcado expandiu 29,2%, chegando próximo a 9,7 milhões de toneladas.
A safra brasileira de soja em grãos está estimada, de acordo com o levantamento da Conab, em 154,6 milhões de toneladas na temporada 2022/2023 e explica o expressivo valor embarcado.
Já as vendas externas de farelo de soja subiram 12,4%, suplantando a cifra de um bilhão de dólares (US$ 1,08 bilhão), valor recorde para os meses de julho. O volume embarcado também foi recorde no período, atingindo 2,2 milhões de toneladas (+12,6%).
As estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontam que o Brasil deve se tornar o maior fornecedor mundial de farelo de soja em 2023, ultrapassando a Argentina.
Três mercados foram responsáveis pela aquisição de 73,4% do farelo de soja: União Europeia (US$ 458,83 milhões; +53,4%), Indonésia (US$ 178,88 milhões; +41,6%) e Tailândia (US$ 151,47 milhões; +3,6%).
Carne suína
As exportações de carnes foram de US$ 1,99 bilhão (-15,7%), com expansão de 3,8% no volume embarcado e queda de 18,8% no preço médio de exportação das carnes.
Entretanto, a carne suína foi a única com expansão de volume (+7,5%) e preço (+3,7%), com US$ 245,55 milhões em vendas externas (+11,5%). O maior importador de carne suína brasileira é a China, com participação de 37,8%. As Filipinas, com registro de ocorrência de Peste Suína Africana (PSA) nas regiões produtoras, foi o segundo maior importador de carne suína in natura, com US$ 27,02 milhões adquiridos (+39,0%). Três mercados importaram mais de US$ 15 milhões: Vietnã (US$ 16,41 milhões; +71,9%); Chile (US$ 15,66 milhões; +107,5%); e Hong Kong (US$ 15,48 milhões; +15,3%).
Carne de frango
As vendas externas de carne de frango foram de US$ 845,59 milhões (-3,1%). Houve incremento do volume exportado em 7,8%. A China é a principal importadora da carne de frango in natura brasileira, com aquisições de US$ 124,44 milhões (+16,9%).
Outros importadores foram: Emirados Árabes Unidos (US$ 98,58 milhões; +10,2%); Japão (US$ 87,83 milhões; +4,6%); Arábia Saudita (US$ 78,19 milhões; -22,9%); União Europeia (US$ 37,07 milhões; -8,8%); e Coreia do Sul (US$ 33,08 milhões; -23,1%).
Celulose
A celulose foi o principal produto exportado pelo setor, com exportações recordes de US$ 816,54 milhões para o mês (+20,2%). O volume exportado também foi recorde, com 1,79 milhão de toneladas (+6,0%). As exportações de produtos florestais foram de US$ 1,34 bilhão (-4,3%), em julho deste ano.
A China é o principal país importador de celulose brasileira, com US$ 499,91 milhões (+82,8%). Esta cifra representou 61,2% do valor total exportado pelo Brasil do produto.
Outros mercados importadores de celulose: União Europeia (US$ 98,40 milhões; -49,6% e participação de 12,1%) e Estados Unidos (US$ 88,65 milhões; +22,2% e participação de 10,9%).
Recorde no acumulado do ano (janeiro a julho)
De acordo com os analistas da SCRI, de janeiro a julho deste ano, as exportações do agronegócio alcançaram US$ 97,12 bilhões, alta de 3,9%. O crescimento nas vendas de soja em grão para o mercado chinês (+US$ 2,91 bilhões) e argentino (+US$ 1,62 bilhão) foi o que mais influenciou no resultado.
O agronegócio representou metade das exportações totais do Brasil nos sete primeiros meses do ano (50%).
Fonte: Mapa
Letra de Crédito do Agronegócio continua com desempenho favorável
Os estoques da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) mais uma vez tiveram desempenho favorável, em R$ 420,80 bilhões em junho deste ano, alta de 58% em relação ao mesmo mês do ano passado. A atualização do valor foi registrada no Boletim de Finanças Privadas do Agro, produzido pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com dados referentes ao mês de junho. O boletim é atualizado mensalmente com o desempenho dos principais instrumentos de captação privada de recursos para o financiamento das cadeias produtivas do agronegócio.
Os números ainda revelam um crescimento significativo dos estoques de Cédula de Produto Rural (CPR), 65%, ou quase R$ 260 bilhões, e dos Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agronegócio (Fiagro), 212% ou R$ 15,60 bilhões.
Os registros acumulados de CPR na safra atual 2022/2023, de julho a junho, somam R$ 272,73 bilhões, valor 56% superior ao verificado no mesmo intervalo da safra passada.
Também o saldo das contratações do Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), 42%, e do Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), 30%, seguem positivos, em conformidade com a tendência verificada nos últimos anos.
Como novidade, o boletim passa a apresentar dados sobre a distribuição do número de contratos do Crédito Rural com fonte LCA por segmento de Instituição Financeira. De acordo com o Banco Central do Brasil, os bancos públicos totalizam a maior parcela, de 72%. Os bancos privados e cooperativas de crédito acumulam cerca de 27% de participação nas contratações do crédito rural com a fonte LCA.
Fonte: Mapa
Novos mercados
Com um processo rigoroso que incluiu a revisão de certificados e auditorias in loco, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) conquistou mais dois mercados para a comercialização da proteína animal brasileira. Carnes bovinas e carnes suínas já podem ser exportadas para a República Dominicana.
Segunda maior economia da América Central e Caribe, o país se apresenta como um destino promissor para as carnes brasileiras. O mercado é de cerca de 120 mil toneladas de importação anual.
Com a abertura dos mercados de carne suína e carne bovina para o país, pelo menos sete estabelecimentos brasileiros já estão habilitados a realizar as exportações dos produtos e outros ainda estão sob análise.
Fonte: Mapa
Indonésia abre mercados para o agro brasileiro
Dois importantes protocolos relativos à inspeção e aprovação do país e estabelecimentos para exportação de produtos da agropecuária brasileira foram firmados entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e as autoridades sanitárias da Indonésia. A medida permite a abertura de dois mercados para o Brasil e representa um avanço nas relações comerciais com o país.
De acordo com os protocolos firmados, poderão ser exportados gado, que contribuirá para o melhoramento genético do rebanho da Indonésia, e subprodutos de animais para alimentação animal. Somente entre os meses de janeiro a julho deste ano, as exportações de produtos brasileiros para a Indonésia somaram mais de U$ 1,98 bilhão. Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais representam 51% dos produtos exportados para o país no período.
Fonte: Mapa
Debate sobre biocombustíveis
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou, na última quinta-feira (10) da IV Biodiesel Week, evento que reuniu parlamentares, pesquisadores, autoridades do governo e representantes da indústria de biodiesel. Fávaro falou no seminário que tratará de diversos temas importantes para o setor, tais como as oportunidades para inovação em biocombustíveis, a contribuição do biocombustível para a produção de alimentos e a adoção de novas tecnologias.
Organizado pela União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), com apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio), da Embrapa Agroenergia e do Fórum ProBrasil, o evento foi realizado no auditório Olacyr de Moraes do Mapa.
Fonte: Mapa
Transição energética bioeconomia são debatidos
O secretário Rodrigo Rollemberg, do Ministério do Desenvolvimento de Indústria, Comércio e Exterior (MDIC), que está à frente da área de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, participou da reunião dos gestores das unidades da Embrapa na Amazônia Legal, no dia 3, em Belém. Ele vislumbra dois grandes temas com potencial de interação da pasta com a Embrapa: transição energética e bioeconomia.
Na área de transição energética, segundo Rollemberg, o governo federal pretende avançar no estabelecimento de um mercado regulado de carbono e a Embrapa pode contribuir. “O Brasil precisa desenvolver capacidades de certificação das emissões de carbono reconhecidas internacionalmente e a Embrapa pode liderar esse processo juntamente com demais parceiros”, disse.
Na área de bioeconomia, o secretário enfatizou que o Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), localizado em Manaus, tem grande possibilidade de alinhar agendas e parcerias com a Embrapa. Segundo ele, a instituição foi reformulada por um novo decreto presidencial e contará com autonomia para captação de recursos tanto da iniciativa privada quanto do setor público.
Fonte: Mapa
Ministério do Desenvolvimento Agrário vai incentivar a restauração florestal produtiva
No domingo (6), o Ministério do Desenvolvimento Agrário apresentou à Embrapa a proposta para incentivar a restauração florestal produtiva. De acordo com o ministro Paulo Teixeira, a ideia é que o projeto tenha início no Pará.
Segundo proposta, em territórios compostos por 50 famílias, deve funcionar uma estrutura composta por um espaço de socialização do conhecimento, um viveiro comunitário de mudas e uma unidade de referência tecnológica com arranjos de Sistemas Agroflorestais (SAFs). Articulada pelo trabalho da assistência técnica, essa estrutura fomentaria a implantação de SAFs, agricultura e restauração de florestas para as famílias do território.
Nesse trabalho, caberia à Embrapa contribuir na transferência de tecnologias sustentáveis de produção e na formação de técnicos e agentes multiplicadores.
Fonte: Embrapa
PRODUÇÃO
Produção de grãos deve crescer 17,4%
A estimativa para a produção de grãos na safra 2022/23 é de 320,1 milhões de toneladas, um incremento de 17,4%, o que representa um volume de 47,4 milhões de toneladas a mais que o volume colhido no ciclo passado. Os dados estão no 11º Levantamento da Safra de Grãos divulgado na última quinta-feira (10) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Esse resultado é reflexo da combinação dos ganhos de área e de produtividade das lavouras. Enquanto a área apresenta uma alta de 5% em relação à safra 2021/22, chegando a 78,3 milhões de hectares, a produtividade média registra uma elevação de 11,8%, saindo de 3.656 quilos por hectare para 4.086 kg/ha.
A colheita do milho segunda safra segue avançando e ultrapassa 64,3% da área plantada, como indica o Progresso de Safra publicado pela estatal nesta semana. Se confirmado, o volume estimado para a segunda safra de milho ultrapassa as 100 milhões de toneladas, a maior produção já registrada na série histórica. Para a terceira safra, embora existam registros de pontos de estiagem em Alagoas e no nordeste da Bahia, as chuvas regulares de modo geral favorecem o bom desenvolvimento das lavouras. Com o bom desempenho, a colheita total do cereal está projetada em aproximadamente 130 milhões de toneladas, 16,8 milhões de toneladas a mais do que na temporada passada.
Para o algodão, a Conab prevê uma produção de 7,4 milhões para o produto em caroço, o equivalente a 3 milhões de toneladas de pluma. A colheita, iniciada em junho, fechou em julho com cerca de 30%, um atraso em relação à safra anterior, quando no mesmo período atingia 49,3%. As condições climáticas vêm favorecendo as lavouras, que apresentam um bom desenvolvimento.
Já o feijão deve ter uma colheita 2,6% superior ao resultado obtido no ciclo 2021/22, estimada em 3,07 milhões de toneladas. Na terceira safra, as condições climáticas vêm favorecendo o desenvolvimento das lavouras, onde prevalecem os estádios de floração, enchimento de grãos e maturação.
Produtos da safra de verão, soja e arroz têm produção estimada em 154,6 milhões de toneladas e 10,03 milhões de toneladas, respectivamente. No caso da oleaginosa, destaques para o Mato Grosso, maior produtor do grão no país, com 45,6 milhões de toneladas, e para a Bahia, estado com a com a maior produtividade com 4.020 kg/ha, resultado do bom pacote tecnológico e condições climáticas extremamente favoráveis. Para o arroz, mesmo com o clima mais favorável, a redução observada na produção se deve ao plantio de uma área 8,5% inferior.
Dentre os produtos de inverno, a semeadura das culturas foi praticamente finalizada em julho. Principal cultura cultivada, o trigo registra um crescimento na área plantada de 11,2%, chegando a 3,4 milhões de hectares. Com isso, a produção está estimada em 10,4 milhões de toneladas, volume semelhante ao obtido na safra anterior.
A Conab mantém a projeção de exportações recordes não só para soja em grãos, mas também para farelo e óleo. Para o produto em grão é esperado que sejam embarcadas aproximadamente 95,64 milhões de toneladas, 17 milhões a mais que em 2022. As estimativas também apontam que 21,83 milhões de farelo e 2,60 de óleo tenham como destino o mercado internacional. Diante deste cenário, os estoques finais da oleaginosa devem ficar em torno de 7,17 milhões de toneladas.
Estimativa recorde também para as exportações de milho. Com a demanda externa pelo cereal brasileiro aquecida, a projeção é que 50 milhões de toneladas sairão do país. Confirmado o resultado, o volume exportado pelos agricultores brasileiros na safra 2022/23 será maior que as exportações realizadas pelos Estados Unidos. Ainda assim, a produção recorde do grão permite que haja uma recuperação de 30% nos estoques ao fim do atual ano safra, sendo estimados em 10,5 milhões de toneladas.
Com mais de 70% da safra de algodão comercializada, é esperada que as vendas da pluma ao mercado externo cheguem a 1,7 milhão de toneladas. Em julho deste ano, as exportações do produto atingiram 72,6 mil toneladas, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Esse volume só é inferior a 2020, quando foram exportadas 77,3 mil toneladas. Para o estoque final da atual safra, a expectativa da Conab é ficar em torno de 1,95 milhão de toneladas, crescimento de 49,4% em relação à temporada anterior.
Fonte: Conab
Novas cultivares de trigo tropical
No ultimo dia 4 de agosto, a Embrapa participou do III Encontro Técnico do Trigo, evento realizado pela Fundação Bahia no campo experimental da entidade, em Luís Eduardo Magalhães (BA), apresentando a mais de 500 produtores, consultores, gerentes de fazendas, técnicos e estudantes as cultivares de trigo adaptadas ao Cerrado. O evento reuniu interessados na cultura, que vem se expandindo no Oeste da Bahia como ferramenta de equilíbrio e sustentabilidade dos sistemas de produção da região. Segundo estimativas de consultores locais, cerca de 20 mil ha de trigo foram plantados na atual safra.
Zirlene Pinheiro, vice-presidente da Fundação Bahia, destacou que o trigo é uma alternativa para a entressafra no Oeste baiano, e que o rápido aumento da área plantada com a cultura na região tem gerado novas questões técnicas.
“O trigo aqui na região não será o carro-chefe da fazenda, mas uma ferramenta do sistema de produção para obter benefícios no controle de plantas daninhas, pragas e doenças e para melhorar esse sistema para produzir mais feijão, soja, algodão, hortaliças”, ressaltou o pesquisador Jorge Chagas, da Embrapa Trigo (RS), ao falar sobre as principais características das cultivares de trigo tropical da Embrapa apresentadas no evento.
O pesquisador lembrou que as cultivares BRS 264, BRS 394 e BRS 404 foram desenvolvidas para a região do Cerrado e validadas pela indústria moageira.
A cultivar de trigo sequeiro BRS 404, classificada com trigo pão, também pode atender ao sistema irrigado, sobretudo em propriedades onde possa ocorrer falta água para os pivôs centrais de irrigação durante o período seco do ano, dada a tolerância ao estresse hídrico e ao calor. “Ela vai produzir bem com um pouco menos de água. E mesmo se houver algum problema com o pivô de irrigação, o material vai responder”, afirmou, acrescentando que mesmo em condições adversas, o PH será alto (acima de 80 Kg/hL) se a lavoura for bem conduzida. “Mesmo em situação de sequeiro, produzindo 15 sc/ha, o PH chega a 80, 81 Kg/hL. Nesse quesito, o moinho nunca pagará menos por esse material. É importante o produtor ter isso em mente quando se decidir pela cultura”, completou.
Já a cultivar de trigo irrigado BRS 394 tem como diferencial a resistência moderada ao acamamento, facilitando o manejo com o redutor de crescimento, e o fornecimento de palhada de qualidade. Apresenta elevado rendimento de grãos – cerca de 130 sc/ha na região do Planalto Central. É classificada como trigo melhorador, sendo usado pelos moinhos na mistura com outras farinhas, tendo elevada força de glúten, alcançando cerca de 400 W.
Campeã mundial de produtividade média diária, tendo alcançado 160,5 sc/ha com 119 dias de ciclo em uma área do produtor Paulo Bonato, em Cristalina (GO) em 2021, a cultivar de trigo irrigado BRS 264 apresenta ciclo superprecoce, o que significa menos dias de irrigação, além de plantas moderadamente resistentes ao acamamento. A cultivar é classificada como trigo pão.
Mais informações sobre as cultivares estão disponíveis nesta publicação.
Fonte: Embrapa
Monitoramento das lavouras
Milho (2ª safra) – 64,3% colhido
Em MT, a colheita está sendo finalizada, principalmente no Sul, Sudeste e Nordeste. As produtividades continuam superando as estimativas iniciais. No PR, o tempo seco permitiu um pequeno avanço na colheita, contudo esta permanece significativamente atrasada em relação à safra passada. Em MS, o progresso da colheita foi reduzido devido à espera da diminuição de umidade dos grãos. Em GO, a baixa umidade do ar tem favorecido a secagem natural dos grãos e o avanço da colheita. Em SP, as condições climáticas foram satisfatórias para o processo de maturação. Em MG, os produtores aguardam a secagem natural dos grãos para avançar a colheita. No TO, a colheita está sendo finalizada e as últimas áreas colhidas têm apresentado redução na produtividade. No MA, o período sem chuvas e a baixa umidade têm promovido a colheita, contudo as lavouras estão sob o risco de queimadas. No PI, as lavouras se estabeleceram em boas condições, em sua maioria, porém constatou-se redução de produtividade por deficit hídrico em algumas áreas. A colheita está em progresso e a produtividade obtida está dentro do esperado. No PA, devido à falta de espaço para armazenagem, observa-se redução no progresso da colheita.
Algodão – 39,7% colhido
Em MT, o clima favorece a abertura dos capulhos e a colheita. O produto colhido apresenta boa qualidade de fibra. O manejo do bicudo ocorre normalmente. No Extremo-Oeste da BA, as lavouras estão na fase de maturação e colheita. Tem-se obtido ótima produtividade e qualidade de fibra. No Centro-Sul, as lavouras estão em colheita e observa-se o impacto da restrição hídrica. Em MS, as condições climáticas contribuem para a colheita, a qualidade da fibra e o manejo pós-colheita. Em GO, o clima seco favorece a colheita, que avança consideravelmente no Sul do estado. As áreas irrigadas estão em formação de maçãs e as demais foram dessecadas. A pluma apresenta boa qualidade e as áreas remanescentes apresentam bom aspecto fitossanitário. No MA, a colheita das lavouras de primeira e de segunda safras está progredindo e o rendimento está menor na atual safra devido a má distribuição das chuvas e a semeadura fora do período ideal. Em MG, a colheita avança com boa produtividade e qualidade de fibra. No PI, as lavouras estão em fase de colheita e apresenta boa produtividade. Em SP, a colheita avançou e alcançou 97% da área total.
Feião (2ª safra)
No PR, a colheita foi finalizada. Embora tenham ocorrido oscilações climáticas durante o ciclo, que acarretaram em perda de potencial produtivo, a maior parte das lavouras apresentaram bom rendimento. Em MG, a colheita encerrou. O rendimento e a qualidade estão acima do estimado inicialmente. Na BA, a colheita do feijão-caupi foi encerrada. O feijão cores irrigado, semeado mais tarde, está em enchimento de grãos.
Trigo – 99,9% semeado
No RS, as lavouras têm apresentado bom desenvolvimento e estão, principalmente, em desenvolvimento vegetativo. O tempo firme favoreceu o desenvolvimento das lavouras e a realização de tratos culturais, todavia, verifica-se a falta de horas de frio para a indução do perfilhamento. As lavouras semeadas mais precocemente iniciaram o florescimento. No PR, as condições do clima foram propícias para o bom desenvolvimento. As lavouras estão, predominantemente, nas fases reprodutivas. Em SP, as lavouras estão em fase de floração e enchimento de grãos. As lavouras mais precoces foram impactadas pelo deficit hídrico. Em SC, a semeadura está em progresso e as condições
climáticas foram favoráveis ao desenvolvimento das lavouras e aos tratos culturais. Há registros
pontuais de pulgões e de doenças foliares, favorecidas pelo clima mais quente. Em MS, as chuvas foram suficientes para manter as boas condições das lavouras. Em GO, a colheita do trigo sequeiro está finalizada. As lavouras irrigadas estão, principalmente, em floração e em boas condições fitossanitárias. Na BA, as lavouras estão em fase de floração e enchimento de grãos com ótima qualidade. Em MG, a colheita tem avançado, sobretudo nas áreas de trigo sequeiro. A qualidade do trigo colhido é boa e as expectativas de produtividade também.
Fonte: Conab
MERCADO
Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada
Soja
Os valores do complexo soja estão em queda no Brasil e nos Estados Unidos neste começo de agosto. De acordo com pesquisadores do Cepea, o movimento de baixa nas cotações se deve aos estoques elevados no Brasil – mesmo que as vendas sejam recordes nesta temporada, a oferta está se sobressaindo à demanda, devido à safra 2022/23 volumosa no País. Nos Estados Unidos, as recentes chuvas em áreas de cultivo de soja trouxeram alívio aos agentes da cadeia. Além disso, a valorização do dólar reforçou a queda nos Estados Unidos, já que esse cenário eleva a atratividade do produto brasileiro em detrimento do norte-americano.
Milho
Os preços do milho seguem em queda no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do Cepea, a maior disponibilidade do produto e a forte queda nos preços externos na semana passada pressionam as cotações domésticas. Com o pico de colheita de uma segunda safra recorde, consumidores aguardam preços menores para efetuar compras de grandes volumes. Vendedores, por sua vez, estão resistentes em negociar nos atuais patamares. Esse cenário resultou em maior disparidade entre as ofertas de compra e venda e em baixa liquidez. Nesse cenário, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) operava na semana passada nos menores patamares nominais desde agosto de 2020.
Algodão
Os valores do algodão em pluma vêm operando perto da estabilidade neste início de agosto, com o Indicador CEPEA/ESALQ, pagamento em 8 dias, variando de R$ 3,95/lp a R$ 3,98/lp. Além disso, de acordo com levantamento do Cepea, a liquidez está limitada. Compradores estão ativos apenas para volumes pequenos, e produtores mostram preferência em realizar novos contratos com as tradings, diante da maior atratividade, seja para o mercado interno e/ou para exportação. Parte dos cotonicultores, por sua vez, segue fora de mercado, aguardando melhores oportunidades de venda e/ou focada nos cumprimentos de contratos a termo.
Arroz
Os preços do arroz em casca vêm registrando pequenos avanços diários neste começo de agosto – o Indicador CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros e pagamento à vista) está próximo dos R$ 89,00/saca de 50 kg. Segundo pesquisadores do Cepea, as elevações estão atreladas à firme demanda e à retração de vendedores. *EXPORTAÇÕES – Os embarques de arroz seguem em ritmo intenso. De acordo com dados da Secex, o total exportado em julho deste ano foi equivalente a 199,035 mil toneladas de arroz em casca, 59,1% acima do verificado em junho e o maior volume registrado até o momento em 2023. No acumulado deste ano (de janeiro a julho), os envios do cereal somam 1,06 milhão de toneladas base arroz em casca, 13,8% acima do embarcado no mesmo período de 2022.
Trigo
Os valores do trigo estão em queda nos mercados interno e externo. De acordo com levantamento do Cepea, no cenário internacional – apesar da reação registrada na sexta-feira, 4, após o avanço dos conflitos entre Rússia e Ucrânia –, o movimento baixista deve-se ao progresso da colheita nos Estados Unidos, às chuvas em regiões produtoras norte-americanas e ao alto volume exportado pela Rússia. No mercado brasileiro, além dos fatores externos, os preços também foram influenciados pela elevada disponibilidade de trigo no País, pela compra pontual por parte de moinhos e pela expectativa de boa safra neste ano. Além disso, a semeadura está na fase final. De acordo com informações da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), 99,7% das lavouras de trigo do Brasil haviam sido semeadas até o dia 29 de julho, e a atividade só falta ser finalizada em Santa Catarina (93%).
Açúcar
Os preços médios do açúcar cristal branco praticados no mercado spot de São Paulo variaram pouco na primeira semana de agosto, entre R$ 133,00 e R$ 134,00 por saca de 50 kg. Foi somente na sexta-feira, 4, que o Indicador CEPEA/ESALQ do cristal branco apresentou uma alta mais expressiva, de 1,04%, fechando a R$ 135,52/saca de 50 kg. Segundo colaboradores do Cepea, maiores volumes do açúcar cristal branco foram negociados para pronta-entrega nos últimos dias, inclusive do tipo Icumsa 150, elevando a liquidez e favorecendo os preços.
Etanol
No fechamento da primeira semana de agosto, o volume de etanol hidratado comercializado por usinas foi bastante inferior ao registrado no encerramento de julho. No balanço da atual temporada 2023/24, o Cepea verifica que o preço do biocombustível ainda sofre os efeitos da baixa demanda em comparação à gasolina na ponta varejista e tem mostrado pouca força de reação no segmento produtor. Ainda assim, entre 31 de julho e 4 de agosto, o Indicador do etanol hidratado CEPEA/ESALQ fechou em R$ 2,1297/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), pequena reação de 1,07% frente à semana anterior, o que se deve à postura um pouco mais firme por parte de algumas usinas. Ressalta-se que esta foi a terceira menor média da temporada atual.
Boi
Os preços do bezerro estão em movimento de queda desde meados de 2021. Entre agosto/22 e agosto/23, especificamente, o Indicador do bezerro ESALQ/BM&FBovespa (animal nelore, de 8 a 12 meses, Mato Grosso do Sul) recuou 8%. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão sobre os valores do animal vem sobretudo da maior oferta, resultado de avanços no uso de tecnologias para produção (como genética e inseminação, especialmente de 2020 a 2022) e, consequente, do aumento da produtividade. Neste caso, produtores, estimulados pelos elevados patamares de negociação da arroba bovina e pela aquecida demanda internacional pela carne brasileira, elevaram os investimentos no setor. Além disso, foi verificada uma maior retenção de matrizes entre 2020 e 2021 (vacas adultas e novilhas), justamente no intuito de se recuperar a produção.
Mercado de Hortifruti
ALFACE – Baixa demanda segura cotações em SP.
BANANA – Clima adverso reduz oferta, e preços avançam.
BATATA – Com várias praças colhendo, preços recuam em julho.
CEBOLA – Qualidade aumenta no Cerrado; preços têm leve alta.
CENOURA – Frio atrasa colheita e limita oferta.
CITROS – Tahiti se valoriza pelo 2º mês consecutivo.
MAÇÃ – Preço da gala fica estável, mas está maior do que em 2022.
MAMÃO – Clima frio e seco limita oferta.
MANGA – Oferta recua, e preços sobem por mais um mês.
MELANCIA – Rentabilidade se mantém positiva em julho.
MELÃO – Em julho, mês de frio e férias, preços do amarelo despencam.
TOMATE – Preços sobem no início de julho, mas despencam na 2ª quinzena.
UVA – Preço da BRS vitória atinge altos patamares em julho.
Fonte: Cepea
CLIMA
Previsão de chuva
Previsão para a 1ª semana (07/08/2023 a 14/08/2023)
Na semana entre os dias 7 e 14 de agosto de 2023, os maiores acumulados são previstos no noroeste do País, além de áreas da Região Sul (tons de verde a vermelho no mapa da figura 1).
Já na maior parte do País, principalmente, em áreas centrais e interior da Região Nordeste, há previsão de predomínio de altas temperaturas, tempo seco e baixa umidade em praticamente toda a semana (tons em branco no mapa da figura 1).
Região Norte
São previstos volumes de chuva maiores que 30 milímetros (mm) no leste da região e que podem ultrapassar 50 mm em áreas do noroeste do Amazonas e no Acre, devido ao calor e alta umidade. Nas demais áreas, como em Rondônia, Pará e Tocantins haverá predomínio de tempo seco e sem chuva.
Região Nordeste
Podem ocorrer baixos acumulados de chuva, que não devem ultrapassar 30 mm na costa leste da região, especialmente no litoral sul da Bahia, por conta do transporte de umidade vindo do oceano. Nas demais áreas, como no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e interior e norte da região, o tempo continuará quente e seco em toda a semana.
Regiões Centro-Oeste e Sudeste
A persistência de uma massa de ar quente seco deixará o tempo estável e sem chuvas em praticamente toda a região. Além disso, poderão ser registrados baixos valores de umidade relativa do ar, chegando a valores inferiores a 20%, principalmente, entre os estados de Mato Grosso, Goiás e no Distrito Federal. No entanto, no litoral da Região Sudeste, haverá aumento da nebulosidade e possibilidade de baixos acumulados de chuva devido a atuação de um sistema frontal (frente fria) no oceano.
Região Sul
A atuação de uma frente fria no início da semana, seguida pela persistência de áreas de instabilidade após a passagem do sistema frontal, causarão acumulados de chuva que podem ultrapassar os 30 mm no Rio Grande do Sul e sul de Santa Catarina. Esses volumes de chuva poderão ser ainda maiores, ultrapassando os 80 mm, em áreas do norte do Rio Grande do Sul. Já no sul do Paraná podem ocorrer baixos volumes de chuva, também por conta das áreas de instabilidade. No extremo norte do estado, há previsão de tempo seco e sem chuvas em grande parte da semana.
Figura 1. Previsão de chuva para 1ª semana (07/08/2023 a 14/08/2023). Fonte: INMET.
Previsão para a 2ª semana (15/08/2023 a 22/08/2023)
Na segunda semana, entre os dias 15 a 22 de agosto de 2023, a semana poderá apresentar grandes acumulados de chuva maiores que 40 milímetros (mm) em áreas do leste da Região Sul, além de áreas do noroeste do País e entre os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Em grande parte do Brasil Central e interior do Nordeste há previsão de tempo seco e sem chuvas ao longo da semana. Veja figura 2.
Região Norte
São previstos acumulados de chuva que podem ultrapassar 50 mm no noroeste do Amazonas e oeste de Roraima. Nas demais áreas do leste da região, podem ocorrer baixos volumes de chuva, inferiores a 50 mm. Nas demais áreas, não há previsão de chuva.
Região Nordeste
Por sua vez, são previstos baixos acumulados de chuva, menores que 20 mm em áreas do litoral da costa leste. No Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), norte e no interior da região não há previsão de chuvas, havendo predomínio de tempo seco.
Regiões Centro-Oeste e Sudeste
Há previsão de tempo seco em praticamente toda a semana, com exceção de áreas do Rio de Janeiro e Espírito Santo, onde podem ocorrer volumes de chuva maiores que 20 mm. No entanto, em áreas do noroeste de Mato Grosso podem ocorrer baixos volumes de chuva, inferiores a 20 mm.
Região Sul
Há previsão de acumulados de chuva maiores que 30 mm em grande parte da região e que podem ultrapassar 70 mm em áreas do leste do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Entretanto, em áreas do sudoeste do Rio Grande do Sul e extremo norte do Paraná, os volumes podem ser inferiores a 20 mm.
Figura 2. Previsão de chuva para 2ª semana (15/08/2023 a 22/08/2023). Fonte: GFS.
Fonte: INMET
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