O mercado de carne bovina cresceu muito nas últimas décadas, sendo que o hoje o Brasil possui o maior rebanho bovino do mundo com 213,8 milhões de animais segundo dados do IBGE de 2019, ultrapassando os 185,7 milhões da Índia e os 94,5 milhões dos Estados Unidos.
E a boa notícia é que os estudos mostram que o desempenho da produção de carne por hectare mais que dobrou, sinalizando que a atividade está evoluindo para se tornar cada vez mais sustentável e produtiva.
Segundo pesquisa realizada por Guilherme Cunha Malafaia, Paulo Henrique Nogueira Biscola e Fernando Rodrigues Teixeira Dias, pesquisadores do Centro de Inteligência da Carne Bovina (CiCarne) da Embrapa Gado de Corte, (MS), em 1997, a produtividade no Brasil girava em torno de 20,57 quilos de carcaça bovina por hectare e atualmente, se produz 44,17 quilos no mesmo hectare de terra, ou seja, um aumento de 114,73%.
E a perspectiva futura é que a demanda por carne continue aumentando, tanto internamente quanto mundialmente, portanto para equilibrar a balança entre oferta e demanda e ainda manter a atividade de uma forma rentável e ambientalmente sustentável, é necessário que essa mudança continue acontecendo.
Felizmente temos muitos sinais da continuidade dessa evolução, um deles é a valorização, cada vez mais, da qualidade e características nutricionais da carne produzida, a adoção e o avanço exponencial da tecnologia a campo, a adoção de sistemas de integração lavoura-pecuária e lavoura-pecuária-floresta e programas de incentivo à redução do impacto ambiental, como por exemplo o Plano ABC do Governo Federal, lançado como resposta ao compromisso voluntário reafirmado durante a Conferência das Nações Unidas RIO+20 ocorrido em 2012, que era a redução entre 36,1% e 38,9% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) projetadas para 2020, estimando o volume de redução em torno de um bilhão de toneladas de CO2 equivalente (t CO2 eq).
Dentre as medidas tomadas estavam: adotar intensivamente na agricultura a recuperação de pastagens atualmente degradadas; promover ativamente a integração lavoura-pecuária (iLP) e ampliar o uso do Sistema Plantio Direto (SPD), entre outras.
Segundo relatório do Governo Federal lançado agora em 2020, foi atingida 70% da meta de recuperação de pastagens degradadas em um total de 10,45 milhões de ha, sendo que as demais metas citadas aqui, como promover a integração lavoura pecuária e ampliar o uso do SPD foram atingidas mais de 100% da meta, num total de mais de 15 milhões de hectares cultivados.
Outros exemplos de programas de incentivo, segundo informações da Embrapa são: O Pacto Sinal Verde para a Carne de Qualidade, o Programa de Novilho Precoce e o selo Carne Carbono Neutro.
Em outro artigo podemos falar mais sobre esses programas! Ficou interessado? Então comenta aqui embaixo se você quer saber mais sobre esse assunto!
Como vimos, o setor Agro está revertendo esse cenário nos últimos anos e iniciativas como a nossa aqui também tem o objetivo de ajudar para que isso aconteça o mais breve possível.
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