(Curadoria Agro Insight)
A conjuntura mensal é realizada para as hortaliças e as frutas com maior representatividade na comercialização efetuada nas Centrais de Abastecimento-Ceasas do país e que possuem maior peso no cálculo do índice de inflação oficial, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA. Assim, os produtos analisados são: alface, batata, cebola, cenoura, tomate, banana, laranja, maçã, mamão e melancia.
HORTALIÇAS
Em abril, o movimento preponderante de preços para batata, cenoura e tomate foi de aumento. O destaque foram as consideráveis altas nos preços do tomate. A cebola teve queda na maioria dos mercados.
Alface
Em abril, os preços da alface foram predominantemente de alta, com exceção de quatro Ceasas. Dentre os mercados que apresentam alta de preços pode-se destacar a Ceasa/PE – Recife (40,84%), a Ceasa/DF – Brasília (34,86%), a Ceasa/GO – Goiânia (24,85%) e a Ceasa/ES – Vitória (24,44%). A quantidade movimentada teve declínio em quase todas as Ceasas. A oferta dos estados produtores também teve queda. Inclusive na Ceagesp – São Paulo, onde se teve queda de preço, a comercialização também apresentou diminuição.
Batata
Depois de quedas no início do ano, os preços em abril voltaram a subir. A média ponderada aumentou 16,92% em relação à média de março. A menor oferta provocou esta reversão dos preços, típica para a época do ano, quando ocorre a transição das safras das águas, saindo do mercado, e entrando a da seca. A oferta do Paraná, um dos principais abastecedores das Ceasas nesta época, caiu 40% em relação a março, o que provocou pressão sobre os preços a nível nacional.
Cebola
Nova queda de preços em abril, mas de menor magnitude. A média ponderada em comparação com março caiu 4,81%. A oferta em níveis elevados é o principal motivo para esta continuidade da queda. Em abril, a oferta se manteve em patamares suficientes para atender a demanda, não pressionando os preços para mudança deste comportamento.
Cenoura
Continuou o movimento ascendente dos preços nas Ceasas, iniciado no início deste ano. Em abril, a alta foi de menor intensidade. A média ponderada subiu 3,59% em relação à média de março. Os níveis de oferta atuais, mais uma vez, não foram suficientes para sustentar os preços, apesar de que neste ano eles estão acima dos observados em 2022. Na comparação com março, a oferta nas Ceasas caiu 12%, pressionando os preços para cima.
Tomate
Depois de registrar quedas durante todo este ano, os preços voltaram a subir de forma unânime e significativa. Em abril, o volume comercializado dentro das Ceasa caiu significativamente, quase 15%, pressionando os preços para cima. O nível de oferta em abril foi o menor registrado neste ano até o momento. Denota-se a diminuição de oferta de alguns importantes estados produtores, como São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina.
FRUTAS
Em abril, as frutas analisadas registraram comportamento de queda nos preços da média ponderada em comparação ao mês anterior. O que significa que as reduções de preços superaram as altas, quando se leva em conta o volume comercializado entre as Ceasas.
Banana
Ocorreu queda da comercialização na maioria dos entrepostos atacadistas e os preços não tiveram variação uniforme; isso aconteceu por conta de a oferta de banana nanica ter diminuído quando a oferta de banana prata já estava reduzida devido à entressafra. As exportações diminuíram em decorrência da menor disponibilidade interna de banana nanica e por causa de restrições de mercados no Mercosul.
Laranja
Foi registrada queda da comercialização e das cotações, com crescimento da colheita de laranjas precoces e queda da variedade pera. A moagem das laranjas precoces será intensificada em fins de maio. O Fundecitrus calculou a safra 2023/24 no mesmo patamar que a anterior, em função de boas chuvas. As exportações da fruta e do suco, que já subiram esse mês, tendem a ser positivas na próxima temporada.
Maçã
Houve queda dos preços e na quantidade comercializada, notadamente com o maior controle de oferta pelas classificadoras com o armazenamento quase completo da maçã gala e a colheita apenas regular da maçã fuji, que já começou a ser também acondicionada nas câmaras frias. As importações diminuíram com o avanço da colheita e armazenamento e as exportações foram satisfatórias, com boas perspectivas futuras.
Mamão
A comercialização do mamão caiu em boa parte das Ceasas, assim como os preços. Em um contexto de oferta controlada, fatores como rejeição do consumidor pelas altas cotações anteriores, elevação da oferta do mamão formosa, concorrência com frutas da época e chuvas que impactaram na menor qualidade explicam a queda nas cotações. As exportações aumentaram em relação ao mês anterior devido à boa demanda externa.
Melancia
Ocorreu queda de preços, da demanda (tempo mais ameno) e da comercialização na maioria das Ceasas, com a diminuição da oferta na Bahia (proximidade do fim da safra), aumento em São Paulo e um pequeno aumento em Goiás. As exportações, oriundas do Nordeste, tiveram a temporada finalizada com números positivos, assim como o faturamento dos exportadores.
Exportação Total de Frutas
No primeiro quadrimestre de 2023, o volume total enviado ao exterior foi de 330 mil toneladas, inferior em -3,92% em relação ao primeiro quadrimestre de 2022, e o faturamento foi de US$ 338,5 milhões, superior 8,18% em relação ao mesmo período do ano anterior. As perspectivas são boas para esse ano e principalmente, o próximo, pelo fato de que, entre outros fatores, o crédito rural via Plano Safra aumentou 10% em relação ao mesmo período do ano anterior, há a possibilidade de fechamento de acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia ainda esse ano, além do fortalecimento das relações sino-brasileiras via criação de instituição bancária que dispense transações em dólar. As principais frutas exportadas foram melões, limões e limas, mangas, melancias e bananas (Gráfico 1). Abacates, melancias e uvas cresceram em volume exportado.
No mês de abril, o segmento apresentou uma queda de -10,9% em relação ao mês anterior e aumento de 3,1% quando comparado ao mesmo mês de 2022.
Comportamento dos preços no 1º decêndio de maio/23 |
ALFACE |
As folhosas, em especial a alface, com a diminuição da temperatura, tende a ter o seu consumo reduzido, bem como possibilita maior controle por parte do produtor na colheita. O tempo que o produto fica em ponto de colheita aumenta. O que se espera com a menor pressão de demanda sobre os preços é que estes tenham comportamento declinante. Porém, neste início de maio os preços estão novamente em alta. Na Ceagesp – São Paulo o preço subiu 6,3%, na Ceasa/RJ – Rio de Janeiro a alta foi de 3,2% e na Ceasa/SP – Campinas o aumento foi de 2,6%. No Nordeste também o movimento de alta prevalece, citando-se a Ceasa/CE – Fortaleza com aumento de preço de 3,7% neste início de maio. |
BATATA |
Ainda não se tem um comportamento único nas Ceasas dos preços em maio. Mas se observa nos principais mercados atacadistas uma tendência de queda. O incremento das entradas da nova safra e com um abastecimento mais contínuo, não sendo a colheita prejudicada pelas constantes chuvas, que muitas vezes provoca sua interrupção, vem provocando este quadro. Na Ceasa/RJ – Rio de Janeiro a queda de preço está em 6%, na Ceagesp – São Paulo é de 3% e na CeasaMinas – Belo Horizonte a diminuição é maior, de 17% |
CEBOLA |
Neste início de maio, os preços continuam a apresentar queda na maioria das Ceasas do País. Mesmo com a esperada diminuição da oferta da região sul, a região nordeste vem sustentando os níveis, juntamente com o início da colheita do Goiás e Minas Gerais. Na CeasaMinas – Belo Horizonte e na Ceagesp – São Paulo, o preço teve queda de cerca de 4% e, na Ceasa/RJ – Rio de Janeiro, a queda foi de quase 15%. Na região nordeste, os preços estão em queda na maioria das Ceasas, demonstrando a intensificação da colheita na região. Destaca-se a diminuição de preços próximos aos 15% na Ceasa/CE – Fortaleza. |
CENOURA |
O tempo mais firme, sem muitas chuvas, está facilitando a colheita, aumentando os volumes da raiz nos mercados. Este quadro está ocorrendo neste início de maio, quando os preços se apresentam em queda. Na Ceagesp – São Paulo, a queda de preço chega próxima dos 10%. Na CeasaMinas – Belo Horizonte, na Ceasa/RJ – Rio de Janeiro e na Ceasa/PR – Curitiba, o declínio foi de cerca de 20%. |
TOMATE |
Até o momento, não se pode visualizar tendência definida para os preços. Neste início de maio, o movimento não é uniforme. Na Ceagesp – São Paulo, na CeasaMinas – Belo Horizonte e na Ceasa/PE – Recife, os preços vem caindo -4%, -6% e -22%, respectivamente. De modo inverso, na Ceasa/ES – Vitória e na Ceasa/RJ – Rio de Janeiro, os preços tem alta de 27% e 16%, nessa ordem. |
BANANA |
No período considerado, o preço da banana nanica foi estável na maioria das Ceasas; destaque para a movimentação de alta na CeasaMinas – Belo Horizonte e Ceasa/RJ – Rio de Janeiro, além de queda na Ceasa/AL – Maceió e Ceasa/CE – Fortaleza. No que diz respeito à banana prata, ocorreu alta ou estabilidade de preços na maioria das Ceasas; destaque para elevação na Ceasa/RJ – Rio de Janeiro, Ceasa/DF – Brasília e Ceagesp – Ribeirão Preto e queda na Ceasa/PR – Curitiba.
De acordo com o Boletim Agroclimatológico do INMET, para o trimestre maio/junho/julho, haverá precipitações dentro ou minimamente abaixo da média climatológica nas principais regiões, e a temperatura média do ar estará dentro (norte mineiro) ou acima da média. Com isso, a produção e a colheita deverão seguir sem oscilações abruptas. Para o segundo semestre, a produção pode ser afetada em algumas regiões por conta da estiagem causada pelo fenômeno El Niño, relativo ao aquecimento das águas do Oceano Pacífico. Exportação As vendas externas no primeiro quadrimestre de 2023 tiveram um volume de 30 mil toneladas, número inferior 17,9% em relação ao mesmo período de 2022, e o faturamento foi de US$ 13,11 milhões, 12,9% menor na comparação com o primeiro quadrimestre de 2022. O volume de abril caiu 33% em relação a março desse ano e 31% no que se refere a abril de 2022. Isso ocorreu na esteira da menor produção de banana nanica, das cotações mais atrativas no mercado interno, da redução do volume embarcado para o Mercosul, como nos meses anteriores, por conta de restrições na Argentina, e da queda das exportações de banana no âmbito mundial. Os principais estados exportadores foram Santa Catarina (48%), Ceará (22%), Rio Grande do Sul (12%) e Rio Grande do Norte (9%), e os principais compradores Uruguai (38%), Argentina (39%), Países Baixos (8%) e Polônia (5%). |
LARANJA |
No período considerado, para o preço da laranja pera, houve tendência à estabilidade na maioria das Ceasas. Destaque de variação nas cotações é a elevação das cotações na Ceagesp – Ribeirão Preto e Ceasa/AL – Maceió e queda na Ceasa/PB – João Pessoa e Ceasa/RJ – Rio de Janeiro.
Para o trimestre maio/junho/julho, consoante o Boletim Agroclimatológico do INMET, a temperatura média do ar deverá ficar acima da média climatológica e as precipitações minimamente abaixo da média no cinturão citrícola e no norte baiano e Sergipe, em um contexto de bom armazenamento hídrico do solo. Com isso, a colheita poderá ser muito positiva, assim como a poda no meio do ano e a florada no segundo semestre após período de estresse hídrico. Exportação As vendas externas de laranja no primeiro quadrimestre de 2023 tiveram um volume de 2,13 mil toneladas, número superior em quase 1.900% em relação ao mesmo período de 2022, e o faturamento foi de US$ 900,4 mil, 815% maior na comparação com o primeiro quadrimestre de 2022. Esse aumento é explicado pela menor produção na safra 21/22 em decorrência dos efeitos da La Niña, o que abaixou a disponibilidade de laranja in natura para exportação. O volume comercializado em abril caiu 36% na comparação com março desse ano e subiu 3.161% no que diz respeito a abril de 2022. Já as importações comercializadas nos entrepostos atacadistas perfizeram um total de 1,25 mil toneladas. As exportações brasileiras de suco de laranja também estiveram em alta no período considerado, com um volume de 875 mil toneladas, 21% superior em relação ao primeiro quadrimestre de 2022, além da alta de 21% no que tange a abril de 2022 e queda de 16% em relação ao mês passado. Os principais destinos das vendas continuaram sendo a Europa e os EUA. Espera-se que as indústrias produtoras de suco acelerem a moagem no próximo mês, para que a temporada termine de forma positiva para as vendas externas do produto. |
MAÇÃ |
Para o período considerado, os preços permaneceram estáveis na maioria dos entrepostos atacadistas; em evidência, as elevações na Ceasa/PR – Cascavel e Ceasa/RJ – Rio de Janeiro, além de queda na Ceasa/DF – Brasília e Ceagesp – Bauru. Esse comportamento mostra os efeitos do controle da oferta pelas classificadoras da maçã gala e a ainda lenta entrada da variedade fuji nos mercados.
Em relação ao trimestre maio/junho/julho, a tendência é de presença de chuvas abaixo da média e de temperaturas acima da média climatológica na Região Sul, o que deve contribuir para o período da poda, mas pode afetar o período de dormência, em que as plantas precisam de bom número de horas-frio para o início do próximo ciclo de produção. Exportação As vendas externas de maçã no primeiro quadrimestre de 2023 tiveram um volume de 23,65 mil toneladas, número 1% inferior em relação ao mesmo período de 2022 e menor 60% em relação aos quatro primeiros meses de 2021. O faturamento foi de US$ 20,1 milhões, 22% maior na comparação com o primeiro quadrimestre de 2022. O volume subiu 26% na comparação com abril/22 e caiu mais 4% em relação a março/23. Os estados exportadores no mês foram Rio Grande do Sul (84%) e Santa Catarina (15%), e os principais compradores Índia (51%), Bangladesh (24%), Emirados Árabes (8%) e Irlanda (5%). Como começou um mês mais tarde por causa do atraso no início da colheita, devido a problemas climáticos que afetaram o ciclo da cultura, a temporada de exportações de maçã deve se estender um pouco mais, tendencialmente com resultados melhores em relação a 2022, pois a safra está melhor em relação ao ano anterior (menores efeitos da estiagem em Santa Catarina). As importações comercializadas pelas Ceasas somaram 1,36 mil toneladas, queda de 27,6% em relação a março, devido ao avanço da colheita nos pomares sulistas e seu armazenamento nas câmaras frias. |
MAMÃO |
No período considerado, para o mamão formosa, as cotações caíram na maioria das Ceasas; destaque para o descenso na CeasaMinas – Belo Horizonte, Ceasa/ES – Vitória, Ceasa/PR – Maringá e Ceasa/SC – São José. Já para o atacado para o mamão papaya os preços também caíram na maior parte das centrais de abastecimento. Destaque para a queda na Ceasa/RJ – Rio de Janeiro, Ceasa/PR – Curitiba e Ceasa/CE – Fortaleza.
A previsão de chuvas estará dentro da média histórica no sul baiano, norte capixaba, norte mineiro e meio-oeste baiano e minimamente abaixo dela no Ceará e Rio Grande do Norte, e as temperaturas estarão minimamente acima da média, consoante o Boletim Agroclimatológico do INMET, de maio a julho. Isso poderá favorecer o desenvolvimento e amadurecimento das frutas em alguns locais, se não ocorrer alguns dias de frio intenso, que costumam retardar a colheita. Exportação As exportações de mamão no primeiro quadrimestre de 2023 tiveram um volume de 12,37 mil toneladas, número inferior 14% em relação ao mesmo período de 2022, e o faturamento foi de US$ 17,9 milhões, 3,3% maior na comparação com o primeiro quadrimestre de 2022. O volume subiu 11,4% em relação a março desse ano (boa demanda externa) e caiu 3,9% na comparação com abril do ano anterior. Como explicado no Boletim anterior, a oferta da fruta e, por consequência, sua disponibilidade para a exportação deve ser menor esse ano, com boas perspectivas a médio prazo com a abertura de novos mercados (Europa, Mercosul), de acordo com a ABRAFRUTAS. Os principais estados exportadores foram o Rio Grande do Norte (36%), Espírito Santo (33%), Paraíba (12%) e Bahia (11%), e o destino principal foi a Europa (principalmente Portugal, Espanha, Reino Unido, Alemanha e Países Baixos). |
MELANCIA |
Para esse período não houve tendência marcante para a variação dos preços na maioria dos entrepostos atacadistas. Destaque para as elevações na Ceasa/PR – Maringá, Ceasa/PE – Recife e Ceagesp – Sorocaba, além das quedas na Ceasa/SC – São José e Ceagesp – Araçatuba.
Consoante o Boletim Agroclimatológico do INMET, a temperatura média do ar e o volume de precipitações estarão acima da média climatológica para o trimestre maio/junho/julho no que se refere às principais regiões produtoras, assim como o bom armazenamento hídrico do solo. Isso significará boa finalização de safra na Bahia e São Paulo, assim como boa e produtiva colheita em Goiás. ExportaçãoO quantitativo para as exportações de melancia no primeiro quadrimestre de 2023 registrou um volume de 37 mil toneladas, número superior 5,72% em relação ao mesmo período de 2022, e o faturamento foi de US$ 25,45 milhões, 43,3% maior em relação ao período considerado. O volume caiu 54,5% na comparação com o mês anterior e subiu 13,7% na comparação com abril de 2022. Essa queda ocorreu pelo fato de que a temporada de vendas externas está chegando ao fim, com números positivos e boas perspectivas para o segundo semestre. Se formos computar a temporada de exportações, que tradicionalmente começa em agosto e termina em março, ocorreu aumento da receita (15%) e queda do volume embarcado (13%), decorrente da diminuição da produção no Nordeste, de restrições logísticas, dos problemas com o fechamento de contratos e das dificuldades para o envio de frutas para a Rússia e países do leste europeu. Deve-se salientar também que, apesar de o faturamento ter aumentado, a rentabilidade não acompanhou essa variação por causa do aumento dos custos de produção. No mês, os países que mais compraram a fruta brasileira foram os Países Baixos (50%) e Reino Unido (44%), segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX). O volume exportado se originou primordialmente do Rio Grande do Norte (64%), Ceará (28%) e Pernambuco (7%). |
BIBLIOGRAFIA E LINS RELACIONADOS
CONAB – COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO. Boletim Hortigranjeiro, Brasília, DF, v. 9, n. 5, maio. 2023.