(Curadoria Agro Insight)
Hoje, a curadria Agro Insight, compartilhamos um texto de Marcos Fava Neves, Engenheiro-agrônomo, professor titular em tempo parcial das faculdades de Administração da USP e da FGV. O artigo é na verdade um capítulo do livro “O Futuro da Agricultura Brasileira – 10 Visões” . O livro busca compilar em dez capítulos a opinião de grandes analistas e formadores de opinião do setor.
O Brasil como fornecedor mundial sustentável de alimentos, bioenergia e outros agroprodutos
Embora os aumentos nos índices de produção apontem para uma maior demanda por recursos e insumos, o comprometimento dos agentes produtivos do agronegócio tem possibilitado a preservação e proteção das áreas de florestas, as quais totalizam 66,3% do território nacional (Embrapa Territorial, 2020). Isso decorre de alguns fatores, dentre os quais se destacam:
- o desenvolvimento de sistemas de produção sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o plantio direto na palha;
- a ampliação na adoção de fontes renováveis na matriz energética nacional, com a predominância da biomassa de cana-de-açúcar (e também fontes alternativas de biocombustíveis);
- aumentos expressivos na produtividade das lavouras, com menor necessidade na expansão de áreas cultivadas, o que demonstra a sustentabilidade dos sistemas produtivos adotados pelo País.
Diante desse cenário e dos resultados conquistados, o agronegócio deve se fortalecer ainda mais, proporcionando desenvolvimento sustentável, trazendo benefícios às esferas econômica, ambiental e social, além de garantir o abastecimento e a segurança alimentar em nível global. No entanto, ainda existem desafios no que tange ao seu posicionamento, tanto em âmbito nacional como internacional, de modo a evidenciar todos os diferenciais competitivos do Brasil e a sustentabilidade incorporada às cadeias produtivas.
Vale ressaltar ainda que se trata de uma produção sustentável, pois o Brasil provavelmente precisará de algo entre 250 a 300 milhões de hectares para produção, dos 850 milhões existentes1. Ou seja, de 550 a 600 milhões de hectares não serão usados pela agricultura. Fora isso, a presença de um código florestal amplamente discutido pela sociedade e em fase de implementação, além dos elevados índices de energia renovável e biocombustíveis na matriz e as novas tecnologias de sistemas regenerativos na produção. Outro ponto que confere sustentabilidade e empoderamento, além de margens, e tende a crescer cada vez mais é o uso de energias renováveis nos sistemas de produção, tal como a fotovoltaica e o biogás/biometano, que são produzidos local- mente e entram substituindo insumos fósseis, possibilitando inclusive ao elo agrícola e industrial se beneficiarem do mercado de carbono.
Nas próximas seções, o texto identificará pontos de atenção e avanços necessários ao posicionamento do Brasil como fornecedor mundial sustentável de alimentos, biocombustíveis e outros agroprodutos, trazendo insights e diretrizes para que instituições públicas e privadas possam embasar a construção de suas estratégias de posicionamento visando 2050.
Contexto global turbulento
A população global já chega próxima a 8 bilhões de habitantes e algumas regiões continuam com crescimento populacional acelerado. Projeções da Organização das Nações Unidas – ONU (United Nations, 2019) estimam para 2050 quase 10 bilhões de habitantes, com destaque para regiões como a África Subsaariana e Ásia. A China, que hoje ocupa o posto de país mais populoso do planeta, deve perder sua posição para a Índia já em 2027, quando este último país deve superar 1,5 bilhão de habitantes e chegar a 1,7 bilhão no ano de 2050.
O aumento populacional e da renda per capita, a urbanização e o envelhecimento da população têm como consequência um expressivo crescimento na demanda global por alimentos, fibras e energia. Um estudo divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico-Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (OCDE-FAO) (OECD-FAO…, 2020) mostra que o consumo das principais commodities agrícolas deve crescer de forma significativa nos próximos 10 anos, com destaque para o arroz (+20%), o milho (+18%) e o trigo (+5%) – culturas majoritariamente destinadas à alimentação humana e/ou à fabricação de rações animais para a produção de carnes.
A produção agrícola tem enfrentado um ambiente com incrível volatilidade, tempos de “variação violenta das variáveis”. Nos últimos 5 anos destacam-se diversos fato- res que colocam a produção do agro sob um grau de risco e incerteza muito maiores, entre os quais:
- Eventos climáticos extremos (secas, geadas, chuvas, etc.).
- Pandemia animal (peste suína africana) e humana (covid-19).
- Políticas de estímulo ao consumo por causa da covid-19, gerando inflação e desajustes entre a demanda e a oferta.
- Acirramento de guerras comerciais (como a vista entre China e Estados Unidos), inserção de tarifas de exportações e outros fatores que tiram a previsibilidade do comércio.
- Aumento de governos nacionalistas, liberalismo em cheque (sendo o Brexit um dos exemplos disso) e conflitos entre democracias e autocracias.
- Invasões, guerras e estabelecimento de embargos (Ucrânia, Taiwan, entre outros).
- Inéditos boicotes privados a países, com o caso da Rússia com empresas abandonando o País (cartões de crédito, restaurantes, etc.).
- Pressão vinda das aglutinações de consumidores (mídias sociais, influencers, opiniões), conectividade, digitalização e comércio (marketplaces).
- Informação amplamente disponível, novas tecnologias de mensuração e ativismo.
- Estresse em sistemas de fretes, de transporte (greves, interrupções, acidentes/ Canal de Suez, etc.).
- Grandes oscilações em preços: desajustes oferta e demanda, escassez.
- Crise e instabilidade nos preços de energia, na inflação, nos juros e no câmbio.
- Fortalecimento de pragas e doenças, além de incrível aumento de custos de produção e de arrendamento.
- Escassez de talentos e encarecimento da mão de obra.
Avanços e oportunidades para a agricultura brasileira
Mesmo com esse quadro, o Brasil tem emergido como um dos principais fornecedores globais de alimentos, em razão de seus resultados expressivos na produção agropecuária. As participações do Brasil na produção e exportação de produtos alimentares é impressionante, sendo o principal participante na comercialização de suco de laranja, soja, café, açúcar, carne bovina e de frango e celulose. Além de ser o segundo maior nas vendas externas de produtos como o algodão; terceiro em óleo de soja e milho; e quarto na carne suína. Até o final desta década, o Brasil deve liderar o comércio mundial de pelo menos nove commodities, além das já citadas também o milho e o algodão.
O País vendia ao mundo, em 2000, cerca de US$ 20 bilhões e, em 2022, algo próximo a US$ 160 bilhões (Brasil, 2023). Nas últimas quatro safras, o País adicionou 12 milhões de hectares de grãos, em média 3 milhões por ano – uma velocidade provavelmente nunca vista no planeta. A produção de grãos no Brasil era de cerca de 50 milhões de toneladas em 1980. Passou a 100 milhões de toneladas em 2011 (31 anos após), chegou a 200 milhões de toneladas em 2015 (35 anos depois) e chega a 310 milhões de toneladas em 2023 (43 anos depois). Em 30 anos, os ganhos de produtividade foram impressionantes, elevando a produção em 370% e a área em apenas 95%.
Houve também uma mudança incrível do mercado para os produtos do Brasil. Em 2000, Europa e EUA representavam 60% das vendas do Brasil; em 2021, passam para 22%. A China vai de pouco mais de 2% para 34% do total. Outros países populosos da Ásia, como Vietnam, Indonésia, Bangladesh, Coreia do Sul, Tailândia, também passam a comprar grandes volumes do Brasil, e no futuro a Índia também representará oportunidades de crescimento (Brasil, 2021). Vale dizer que 80% dos estômagos do planeta em 2050 estarão na Ásia e na África. O mercado de alimentos na Ásia hoje é de US$ 4 trilhões e será de US$ 8 trilhões em 2030 (Challenge, 2021).
Na visão de futuro, o estudo Perspectivas Agrícolas 2020-2029, da OCDE-FAO (OECD-FAO…, 2020), aponta fortes crescimentos da produção brasileira. Além destas, é importante destacar as seguintes oportunidades, num tripé de crescimento:
- Mercado de grãos: a demanda mundial cresce ao redor de 35 a 40 milhões de toneladas por ano, e uma parte importante desse crescimento pode ser conquistada pelo Brasil por causa dos fatores de produção existentes.
- Mercado de carnes: da mesma forma, as projeções de aumento das impor- tações são animadoras, puxadas principalmente pelo crescimento asiático e africano, em processos de urbanização e alteração de hábitos alimentares.
Esse crescimento abre mais oportunidades ao Brasil dentro de um processo de agregação de valor ao grão.
- Mercado de bioenergia: um dos mais interessantes mercados, com os aumen- tos de misturas sendo propostos em diversos países, que abrem espaço para um consumo maior de produtos locais ou importados, abrindo espaço no mer- cado internacional para expansão brasileira. A título de exemplo, as recentes políticas da Índia de adicionar 20% de etanol na gasolina, e da Indonésia, de agregar 40% de biodiesel no diesel. Existem tecnologias em desenvolvimento e teste para transformar soja em diesel (HVO) e transformar o etanol em ele- tricidade nos automóveis (célula de combustível), ou seja, enorme caminho na área de energias renováveis.
Estratégia de posicionamento do Brasil como fornecedor sustentável de alimentos: custos, diferenciação e ações coletivas
As estratégias propostas para o crescimento sustentável da produção agrícola brasileira se encontram em três categorias: custos, diferenciação e ações coletivas. Estas compõe uma ferramenta interessante na análise e identificação das principais frentes de trabalho para o desenvolvimento do posicionamento do agronegócio brasi- leiro para 2050.
Outrora, conforme fundamentado no item anterior, o agro tem se destacado pela sustentabilidade incorporada às cadeias produtivas, bem como seu compromisso com questões ambientais e climáticas, além das econômicas e sociais. Assim, entendemos que o Brasil deve se posicionar não apenas como “fornecedor mundial de alimentos”, mas que transmita todo seu diferencial competitivo como “fornecedor mundial susten- tável de alimentos”.
No pilar de custos, de forma sintética, os seguintes projetos estratégicos devem ser impulsionados:
- Abandono do conceito de hectare e prática da gestão agrícola por metro quadrado com grande excelência operacional (redução de custos).
- Celeridade no lançamento de novos produtos que possam trazer melhores controles e menor toxicidade (defensivos agrícolas).
- Direcionamento de projetos em prol de melhorias na educação e capacitação de pessoas.
- Incentivo à pesquisa, desenvolvimento e inova- ção (PD&I), e criação de novas tecnologias.
- Fortalecimento dos desenvolvimentos na genética e aumento da eficiência na produção.
- Digitalização, uso de aplicativos e conectividade no campo, possibilitando a adoção de novas tecnologias e a redução de assimetrias informacionais, elaboração de contratos digitais e outras formas de controle da atividade via aplicativos e outras ferramentas.
- Busca por iniciativas de créditos de carbono e comercialização de títulos verdes, trazendo o recurso financeiro do benefício ambiental para dentro da agricultura e do agronegócio.
- Aumento na produção, uso de bioinsumos e incentivo às práticas de controle biológico e a outras que constituem os sistemas regenerativos.
- Incentivos à economia circular, com integração de atividades em que insumos de uma são resíduos ou subprodutos de outra.
- Incentivo à economia do compartilhamento, propiciando melhor uso de ativos na agricultura.
- Fortalecimento das possibilidades de créditos e financiamentos, melhoria nas ferramentas e opções de gestão de riscos e outros instrumentos.
- Eficiência e competitividade em sistemas de seguros da produção agrícola.
- Transparência e disponibilidade de informações em plataformas digitais de fácil acesso por produtores (clima, preços, dados técnicos, etc.).
- Melhorias no ambiente regulatório da atividade, resultando em maior facilidade para se fazer negócios, investimentos, etc., com agilidade de aprovações e um sistema “poupa tempo” do produtor.
- Revisão e simplificação de tributos e maior eficiência por parte do Estado.
- Maiores investimentos em infraestrutura de transporte e logística.
- Criação de sistemas de comercialização digitais (pix dos alimentos) que deem alternativas e competitividade a produtores em conexão direta com varejistas, restaurantes e consumidores.
- Estímulo à produção local de insumos (fertilizantes, químicos, etc.) para reduzir a dependência internacional da agricultura brasileira.
- Aumento da capacidade de armazenagem de produtos.
- Melhorias na segurança das propriedades e das atividades dos processos pro- dutivos.
- Eficiência das instituições ( judiciário) e redução de desperdícios.
- Estímulo à irrigação eficiente.
- Uso de fontes renováveis de energia como empoderamento e redução de custos: fotovoltaica, biogás/biometano, biomassa, bioetanol, biodiesel, entre outras.
- Políticas públicas que estimulem o setor pela sustentabilidade ambiental e social: Renovabio e outros programas.
- Maior incentivo e valorização de negócios e produtos locais com menor neces- sidade de transporte.
No pilar de diferenciação, de forma sintética, os seguintes projetos estratégicos devem ser impulsionados:
- Trabalho para excelência dos produtos nacionais (qualidade, sabor e segurança).
- Qualidade dos serviços proporcionados pela oferta brasileira aos compradores internacionais.
- Construção de valor e margens nos processos e produtos, buscando sempre mais possibilidades de processamento e produtos prontos.
- Uso da liderança na produção e exportação global de alimentos e outros agro- produtos em aspectos de comunicação, diferenciação e posicionamento.
- Exploração do papel fundamental do Brasil na redução da fome no mundo e garantia da segurança alimentar com o crescimento da produção de alimentos.
- Destaque de marcas, empresas e pessoas, gerando identidade e reconheci- mento com compradores.
- Valorização de negócios e produtos locais, com histórias ligadas à produção.
- Exploração do protagonismo de cientistas brasileiros no desenvolvimento da agricultura tropical.
- Melhorias em design, comunicação e histórias (storytelling) para as cadeias, produtos e serviços do agronegócio.
- Aumento na rastreabilidade dos produtos, trazendo maior confiança aos seus compradores e usando as novas tecnologias de identidade (Blockchain e ou- tras).
- Fortalecimento dos selos de origem e certificações de organismos reconheci- dos no mercado.
- Ações de comunicação sobre a rigidez do código florestal e presença majoritá- ria das áreas de conservação em território nacional.
- No tocante à Amazônia, combate aos crimes ambientais e transição da ima- gem negativa para uma imagem positiva do agronegócio brasileiro em relação bioma amazônico, explorando toda a potencialidade de produtos sustentáveis.
- Valorização e expansão das práticas sustentáveis (ILPF, plantio direto, econo- mia circular, agricultura regenerativa, controle biológico, etc.).
- Fortalecimento da comunicação do uso de fontes renováveis na produção e uso de bioetanol (RenovaBio), biodiesel e outros bioprodutos.
- Uso da sustentabilidade (ESG) da agricultura brasileira ativamente na comuni- cação.
- Promoção de maior integração do agro com o urbano.
No pilar de ações coletivas, de forma sintética, os seguintes projetos estratégicos devem ser impulsionados:
- Fortalecimento do cooperativismo e aglutinação desses modelos de iniciativas.
- Criação de organizações cooperativas unificadas para atuação no mercado internacional, dominando a logística e chegando ao lado dos compradores internacionais nos mercados de destino.
- Fortalecimento do associativismo e modernização das formas de atuação de associações, com foco em engajamento e construção de alinhamento.
- Abertura de espaço para atuação de outras organizações, como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa (Sebrae), o Serviço Social da Indústria (Sesi), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e outras instituições.
- Atuação coletiva pela abertura de mercados internacionais com acordos e atuação da diplomacia.
- Busca e fortalecimento de alianças estratégicas ao setor e ao País.
- Ações de comunicação e desenvolvimento conjunto dos produtos da “marca Brasil”, com certificações atreladas a ela.
- Apoio às iniciativas ao longo da cadeia (produtores, processadores, varejistas e transportadores) para melhor atender às demandas do consumidor final.
- Fomento a reuniões setoriais e grupos de trabalho que envolvam representantes tanto da iniciativa privada quanto de órgãos públicos.
- Incentivo conjunto aos mercados locais e ao fortalecimento da pequena agricultura.
- Aproximação do mercado com universidades e institutos de pesquisa para desenvolvimento de tecnologias, capacitação de mão de obra e fortalecimento da pesquisa coletiva.
A discussão dos temas e estratégias de posicionamento descritas anteriormente motivou a criação de um modelo, que resume cada um dos pontos apresenta- dos anteriormente em detalhe, com o intuito de otimizar a sua utilização por empresas e agentes relacionados ao agronegócio, de forma simples e dinâmica, seguindo as tendências que se aplicam aos processos pós-pandemia, ao mesmo tempo que facilitam as discussões e definição das estratégias a serem adotadas.
Considerações finais
A expectativa com a criação e apresentação do modelo supracitado é que as or- ganizações públicas e privadas possam utilizar seu conteúdo, desenvolvido ao longo de anos e com base em distintos materiais e análise de mercados, para direcionarem estratégias próprias e coletivas em busca de posicionar o Brasil como verdadeiro “for- necedor sustentável de alimentos, bioenergia e outros agroprodutos”.
Entende-se a importância de um trabalho integrado entre todos os agentes que compõem o setor, nesse sentido. Os esforços coletivos, mesmo com a atuação específi- ca de cada ente envolvido, devem contribuir significativamente para a imagem do País, seu desenvolvimento sustentável e os consequentes benefícios nas esferas econômica, ambiental e social, ao mesmo tempo que seguimos atuando em nível internacional como parte essencial na garantia da segurança alimentar global.
Sabe-se que ainda existem muitos desafios a serem superados, ações a serem realizadas e melhorias em diferentes esferas. Por isso, deixa-se aqui mais uma contribuição em prol desse objetivo de criar oportunidades à inserção econômica de pessoas no Brasil pela expansão do agronegócio, o melhor negócio do Brasil.
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BIBLIOGRAFIA E LINKS RELACIONADOS
ALVES, E.; VIEIRA FILHO, J.E.R. O que esperar da produção agropecuária no Brasil. In: O FUTURO DA AGRICULTURA BRASILEIRA 10 VISÕES. PENA JUNIOR, M. A. G.; FRANCOZO, M. A. S. (ed.). Brasília, DF: Embrapa, 2023, 114p.
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BRASIL. Ministério da Economia. Estatísticas de Comércio Exterior. 2023. Disponível em: http://www. mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/. Acesso em: 23 mar. 2023.
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