(Curadoria Agro Insight)
Olá pessoal do Agro!
Na curadoria Agro Insight de hoje, trouxemos uma série de palestras organizadas pela Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA), com o objetivo de discutir a ameaça que as moscas-das-frutas representam à fruticultura brasileira.
Os palestrantes são os especialistas Marcelo Lopes, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF), Antonio Nascimento (BA) e Cristiane Ramos de Jesus – Embrapa Amapá (AP). O evento foi transmitido no ia 21/07/2021, pelos canais da Embrapa no Fecebook e YouTube.
São discutidos no evento, os seguintes temas:
- As duas espécies de moscas-das-frutas ausentes no Brasil, a Bactrocera dorsalis e a Anastrepha curvicauda, e a importância da vigilância sanitária. A Bactrocera dorsalis, por exemplo, tem alta capacidade reprodutiva. Ataca mais de 300 espécies de plantas, como goiaba, laranja, maçã, manga e pêssego. Está amplamente distribuída na Ásia (onde se originou), em locais como Índia, China, todo o Sudeste Asiático, Nova Guiné, ilhas do Pacífico Sul e Havaí, Filipinas e Palau. É a principal e mais destrutiva praga de frutas nos países em que se encontra e está entre as cinco principais pragas agrícolas no Sudeste Asiático. Sua introdução em novas áreas geralmente ocorre via transporte de frutos infestados, especialmente por passageiros aéreos e encomendas.
- As espécies de moscas-das-frutas presentes no território nacional — Ceratitis capitata e Anastrepha — e como se tornou possível o acesso de frutos de manga a mercados internacionais. A Ceratitis capitata é uma das maiores ameaças à fruticultura mundial por atingir diversos tipos e variedades de frutas. Durante muito tempo, o Brasil só usava o controle químico para combater a praga, prática que fechou as portas de vários mercados internacionais que adotam barreiras fitossanitárias exigentes. Em 1990, uma rede de pesquisa liderada pela Embrapa desenvolveu o tratamento hidrotérmico de frutos de manga para exportação. Além disso, a rede indicou o monitoramento das populações da mosca no campo, a fim de subsidiar o combate feito com métodos isentos de químicos, como a instalação de iscas no pomar e outras técnicas de manejo integrado de pragas (MIP).
- Informações sobre a espécie de mosca-das-frutas sob controle oficial, a Bactrocera carambolae, também conhecida como mosca-da-carambola, que atinge 21 espécies vegetais hospedeiras nos estados do Amapá, Pará e Roraima. O Mapa e as agências de defesa sanitária vegetal mantêm um esforço preventivo para evitar a entrada da mosca-da-carambola em áreas produtoras e exportadoras de frutas.
PALESTRAS
PUBLICAÇÕES
Para quem quiser se aprofundar ainda mais, deixamos a seguir, o link de diversas publicações da Embrapa sobre o manejo das moscas-das-frutas.
– PARANHOS, B. A. J.; NASCIMENTO, A.; WALDER, J. M. M. Controle biológico de moscas-das-frutas. In: CURSO INTERNACIONAL DE CAPACITAÇÃO EM MOSCAS-DAS-FRUTAS, 5., 2009, Juazeiro. Biologia, monitoramento e controle de moscas-das-frutas. Juazeiro: Moscamed Brasil, 2009. p. 29-31.
– PEREIRA, J. D. B.; SILVA, R. A. da; RONCHI-TELES, B.; GARCIA, M. V. B.; LEMOS, W. de P. Conhecimento sobre moscas-das-frutas no Estado de Rondônia. In: SILVA, R. A. da; LEMOS, W. de P.; ZUCCHI, R. A. (Ed.). Moscas-das-frutas na Amazônia brasileira: diversidade, hospedeiros e inimigos naturais. Macapá: Embrapa Amapá, 2011. p. 273-278.
– PARANHOS, B. A. J.; GOMÉZ PACHECO, M. A mosca-das-frutas e a comercialização de uvas. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE VITIVINICULTURA, 1.; FEIRA NACIONAL DA AGRICULTURA IRRIGADA – FENAGRI, 2008, Petrolina. Minicursos. Petrolina: Prefeitura Municipal: ValeXport: Embrapa Semi-Árido, 2008.
– MENEZES-NETTO, A. C.; ARIOLI, C. J.; NAVA, D. E.; SANTOS, J. P. dos; ROSA, J. M. da; BOTTON, M. Combate às moscas-das-frutas em pomares domésticos. Florianópolis: Epagri, 2016. 20 p.
– HAJI, F. N. P.; PARANHOS, B. A. J.; MIRANDA, I. da G.; MOREIRA, F. R. B.; SOUZA, A. M. Monitoramento de moscas-das-frutas no Submédio São Francisco. In: MENEZES, E. A.; BARBOSA, F. R. (Ed.). Pragas da mangueira: monitoramento, nível de ação e controle. Petrolina, PE: Embrapa Semi-Árido, 2005. cap. 4, p. 85-96.
