A atenção aos cultivos é vital para prevenir o ataque de pragas que resultam em perdas econômicas.
Doenças representam uma preocupação constante para os agricultores, dado o impacto direto na produtividade dos cultivos. Portanto, a vigilância constante das plantações se torna fundamental para evitar prejuízos ao longo do ciclo de cultivo.
Segundo um estudo realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da ESALQ/USP, as perdas de produtividade em plantações de soja, milho e algodão no Brasil variam entre 9,5% e 40% em função da presença de diferentes doenças, caso não haja controle adequado.
A utilização de tecnologia na agricultura em larga escala, como biotecnologia, implementos e maquinários agrícolas, agricultura de precisão e digital, oferece agilidade e facilita o manejo das plantações. Nesse sentido, a tecnologia se torna uma aliada importante para os produtores, auxiliando nas tomadas de decisão no campo.
Principais Patologias em Soja e Milho
Antes de discutir sobre o monitoramento, é fundamental mencionar as categorias de doenças que podem afetar as plantas.
Cerca de 70% das doenças presentes na soja e no milho são causadas por fungos. Estes se disseminam através de esporos e conseguem persistir no solo entre diferentes ciclos de plantio. Alguns dos principais fungos causadores de doenças nos grãos incluem:
Antracnose; Cancro da haste; Crestamento foliar de Cercospora; Ferrugem; Mancha alvo; Mancha púrpura; Podridão radicular de Corynespora; Mancha foliar de Ascochyta; Mancha de Mirotécio; Mancha Olho-de-rã; Mancha parda e Requeima.
Existem também o míldio, tombamento e morte por Rhizoctonia, tombamento e murcha por Sclerotium, oídio, mofo branco, podridão de carvão da raiz, podridão parda da haste, podridão radicular, seca da haste e da vagem, e podridão vermelha da raiz.
Vírus: Microrganismos que infectam as plantas através de insetos, possuindo baixo valor nutricional. Eles dependem das plantas para sobreviver.
Na soja, as doenças virais incluem:
Mosaico cálico; Mosaico de feijão; Mosaico comum da soja; Necrose da haste; Queima do broto.
Bactérias: Desenvolvem-se e subsistem apenas em condições e temperaturas favoráveis, podendo danificar diferentes partes da planta, não apenas as folhas.
Na soja, algumas das doenças bacterianas incluem:
Crestamento bacteriano; Fogo selvagem; Pústula bacteriana; Mancha bacteriana marrom.
Deficiência Nutricional: Além dos microrganismos mencionados, a própria estrutura das plantas pode dar origem a doenças. Plantas com equilíbrio nutricional tendem a resistir melhor a condições adversas.
O que é monitoramento de doenças?
O monitoramento de doenças é um conjunto de habilidades práticas e técnicas de análise que o produtor deve realizar constantemente. O objetivo é detectar e controlar doenças e evitar prejuízos na qualidade do produto e na lucratividade da safra.
Diante de tantos problemas, os fatores mais importantes em um monitoramento de doenças vão desde a observação das condições climáticas, auxilio ao produtor nas tomadas de decisões do manejo no que se refere ao progresso do tipo de patógeno e tipo de hospedeiro, em função do tempo. Portanto, estamos falando de um conjunto de habilidades práticas e técnicas de análise que o produtor deve realizar constantemente. O objetivo é detectar e controlar doenças e evitar prejuízos na qualidade do produto e na lucratividade da safra.
Os fatores mais importantes em um monitoramento vão desde observação das condições climáticas, o ambiente, tipo de patógeno e tipo de hospedeiro.
Principais métodos de monitoramento de doenças
O acompanhamento da lavoura deve ser constante, começando antes mesmo do plantio e indo até a colheita. As raízes, as folhas, as hastes, as flores e os frutos devem ser analisados para a detecção de invasores.
O monitoramento de doenças implica, além de abordagens práticas, no conhecimento técnico de sintomas. Por isso, o olhar cuidadoso do produtor e as contribuições de profissionais de agronomia podem ser grandes aliados.
O principal método é acompanhar a lavoura em todas as etapas do cultivo. Com isso, você será capaz de tomar decisões em tempo hábil. Portanto, considere as seguintes ações:
- Ter conhecimento do histórico da região, clima e qualidade do solo;
- Identificação dos sintomas de cada tipo de doença que pode acometer a lavoura;
- Vistoria periódica de brotações vegetativas e eliminação de mudas com malformação;
- Acompanhamento da evolução de sintomas e das previsões meteorológicas, com atenção redobrada no período de floração, frutificação e colheita;
- Vistoria periódica e intensa nos meses de maior precipitação e calor;
- Avaliação do aparecimento de manchas e desidratação de folhas, sobretudo em períodos de estresse hídrico.
Contudo, é importante para assegurar a sustentabilidade da lavoura, ainda mais quando se trata de uma ameaça que está cada vez mais presente na agricultura do país. Oferecer um ambiente equilibrado evita proliferação de organismos nocivos às culturas, e reduz perdas e aumenta a produtividade da lavoura. Tudo fica ainda mais efetivo quando o produtor usa tecnologia digital como aliada.
Referência: Equipo FieldView em 26/06/2021. Disponível em: climatefieldview 05/01/1024
Quer saber mais sobre o assunto? Assista: