Manejo de pragas da citricultura, fruticultura e do milho e do café.

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Mapa registra produtos para o auxílio no manejo integrado de pragas da citricultura, fruticultura e da cultura do milho e do café no Brasil

O Ato n° 58 do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicado no Diário Oficial da União, trouxe o registro de 23 produtos formulados, ou seja, defensivos agrícolas que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores. Desses, oito são de baixo impacto.
Desses registros, quatro produtos são a base de ativos novos, sendo dois de origem química, classificados pela Anvisa como categoria 5, ou seja, produto improvável de causar dano agudo ou não classificado que são as menores classes de risco toxicológico. Já as outras duas possuem recomendação para a cultura dos citros, que nos últimos anos tem enfrentado grandes problemas fitossanitários que podem comprometer a produtividade do setor.
Entre os produtos de baixo impacto, temos o formulado à base de dimpropiridaz para o controle da praga mosca-branca (Bemisia tabaci), cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) e para o vetor do Greening, o psilídeo (Diaphorina citri). Este produto possui mecanismo de ação que paralisa a alimentação dos insetos, reduzindo significativamente a transmissão de vírus e bactérias através de distribuição sistêmica com efeito translaminar. Além disso, não possui resistência cruzada a outros ingredientes ativos, sendo, portanto, uma excelente ferramenta para o manejo de resistência de pragas de maior risco fitossanitário.
O outro produto registrado é a base de peptídeo que ativa o sistema imunológico das plantas de citros o “arrasto energético” de outros indutores de SAR (resistência sistêmica adquirida). Considerado de baixo risco, o produto induz a resistência da planta a duas bactérias a Xanthomonas citri subsp. Citri causadora do cancro cítrico e a Liberibacter asiaticus causadora do Greening. Essas duas doenças tem sido os principais problemas da citricultura Brasileira.
“Foram analisadas mais de 40 combinações exclusivas de peptídeos e antimicrobianos em testes de campo para encontrar aquela que incitasse a melhor resposta imunológica contra o Citrus Greening. O objetivo é trazer para o agricultor brasileiro soluções inovadoras que possam contribuir de maneira significativa no manejo integrado de doenças de plantas de forma sustentável, especialmente doenças bacterianas e fúngicas”, explica a chefe de Divisão de Registro de Produtos Formulados, Tatiane Nascimento.
Também foi registrado um produto fitoquímico a base de óleo de café e de eucalipto, para controle de Bemisia tabaci biótipo B na soja e Dalbulus maidis no milho. Outro produto novo foi um a base de Ácido Nonanóico para controle de Hypothenemus hampei, popularmente conhecido como Broca do café. Essa é uma praga encontrada em todas as regiões produtoras de café do mundo. Essa praga é considerada importante porque ataca os frutos em qualquer estágio de maturação, inclusive grão já seco.
Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira. Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.

Gráfico do quantitativo de registro de produtos de baixo impacto

Fonte: MAPA 20/12/2024

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Tags: antimicrobianos, Anvisa, Ato n° 58, bactérias, Broca do café, cancro cítrico, Cigarrinha do milho, Citricultura, dimpropiridaz, efeito translaminar, Fruticultura, greening, mosca-branca, peptídeos, problemas fitossanitários, produto fitoquímico, risco toxicológico, SAR (resistência sistêmica adquirida), vírus

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