Em julho, observou-se uma “queda generalizada nos preços” de frutas e hortaliças, acompanhada por um aumento de 6,4% na comercialização em relação ao mês de junho e de 0,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Essas informações foram divulgadas no 8º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta sexta-feira (16/8). De acordo com a Conab, a média ponderada dos preços gerais registrou uma queda significativa, chegando a 47,69% para a cenoura e 43,96% para o tomate em relação a junho. Esse declínio é atribuído à maior oferta desses produtos no atacado brasileiro.
O preço médio ponderado da cenoura foi de R$ 2,53/kg. Até maio, os preços estavam elevados, mas apresentaram queda em junho e julho. Por outro lado, o preço da alface seguiu uma tendência oposta, com um custo de R$ 4,94 por cabeça entre junho e julho, registrando um leve aumento de 1,08% considerando todas as regiões. A Ceasa de Fortaleza, que teve o segundo maior volume de comercialização, influenciou esse movimento. “É comum que a oferta de alface seja menor nessa época do ano, pois os produtores sabem que a demanda diminui no frio”, explicou Torres.
A oferta de tomate aumentou 13% de junho para julho, sendo o maior volume registrado entre os meses de 2024, igualando-se aos meses de novembro e dezembro de 2023, quando se observou a maior oferta do ano. O preço médio ponderado do tomate foi de R$ 2,79. “É provável que nas próximas semanas os preços revertam, com a oferta reduzida de produto em ponto de maturação, então a tendência para os próximos meses é de alta”, afirmou Torres.
Com o início da safra de inverno, o preço da batata começou a cair, com a maior baixa registrada na Ceasa de Rio Branco (queda de 35,57%), seguida pela Ceasa de Fortaleza (queda de 17,22%). “No entanto, como em abril, maio e junho houve uma tendência de alta, os preços permaneceram elevados. Por exemplo, em julho de 2023, o preço médio da batata na Ceagesp (SP) era R$3,46/kg, enquanto em julho deste ano foi de R$5,82/kg, um aumento de 68%”, exemplificou o boletim da Conab.
Para a cebola, o mês passado registrou uma “queda unânime nos preços”, com a média ponderada caindo 11,14% e chegando a uma redução de 28,69% na Ceasa no Acre. O aumento da oferta do bulbo nos mercados em julho contribuiu para o arrefecimento dos preços. Para a cebola, o mês passado registrou uma “queda unânime nos preços”, com a média ponderada caindo 11,14% e chegando a uma redução de 28,69% na Ceasa no Acre. O aumento da oferta do bulbo nos mercados em julho contribuiu para o arrefecimento dos preços.
Frutas
Entre as frutas, as maiores quedas de preço em julho foram observadas no mamão (-19,57%), melancia (-3,27%), maçã (-2,66%) e banana (-2,31%), resultado da maior oferta no mercado atacadista somada à retração da demanda devido às férias escolares e à estação mais fria. “No caso do mamão, a queda mais acentuada dos preços se deve à colheita em novas plantações e ao clima favorável para o desenvolvimento das frutas, especialmente no norte do Espírito Santo e sul da Bahia. O volume ofertado levou os produtores a controlarem o envio da fruta, a fim de evitar uma depreciação maior dos preços”, explicou a Conab. Muitos produtores, ao longo do mês, optaram por não colher frutas pequenas, manchadas ou muito maduras, buscando segurar a queda dos preços, acrescentou Torres.
Em sentido contrário ao das outras frutas, a laranja registrou uma alta nos preços, com um aumento médio ponderado de 6,91%. A forte demanda para a moagem da fruta, em um contexto de baixos estoques de suco, impulsionou as cotações tanto no atacado quanto no varejo.
Fonte: globorural 18/08/2024
Imagens: Freepik, 2024