Curadoria Semanal
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Mapa e Serpro lançam Plataforma Agro Brasil + Sustentável
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) lançaram, nesta quinta-feira (19), o primeiro ambiente voltado para qualificação do setor agropecuário brasileiro: a Plataforma Agro Brasil + Sustentável. A plataforma, de acesso gratuito por meio do login Gov.br, integra dados oficiais do governo e informações fornecidas pelo mercado, como certificações emitidas por instituições de avaliação de conformidade. Essa solução auxilia produtores a atenderem às exigências socioambientais do mercado interno e externo.
A tecnologia estreia com serviços de verificação socioambiental da propriedade e a habilitação para o Plano Safra.
Segundo o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI), Pedro Neto, a plataforma é acima de tudo um instrumento de soberania nacional, e que ela será continuamente aprimorada para acompanhar as mudanças nas demandas dos mercados nacionais e internacionais. “Com esse instrumento de soberania em mãos, teremos condições mais robustas de acessar mercados exigentes e ter um instrumento de discussão frente à mecanismos de negociação internacional,” afirmou.
Alexandre Amorim ressaltou a segurança e confiabilidade do sistema, afirmando que a tecnologia oferece aos produtores acesso simplificado e eficiente aos serviços governamentais. Na ocasião, foi assinada a Portaria que oficializa o Programa e a plataforma. Além disso, o secretário Pedro Neto e o presidente do Serpro, Alexandre Amorim, firmaram um Acordo de Cooperação Técnica para o desenvolvimento de protótipos, sistemas e plataformas de dados.
Acesse a Portaria Mapa nº 745 na íntegra
CERTIFICAÇÕES
Na plataforma, está disponível o serviço para acelerar a análise de crédito, voltado para as instituições financeiras validadas pelo Banco Central para participar do Plano Safra 2024/25. Um dos destaques é o serviço que acelera a análise de crédito para instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central, permitindo um cruzamento rápido de informações e a liberação ágil de financiamentos, conforme a resolução n° 5152 do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Produtores que aderirem a boas práticas sustentáveis poderão obter descontos de até 0,5% em financiamentos, com base na mesma resolução. Até o momento, a plataforma conta com a participação de 30 certificadoras, e sua interoperabilidade com sistemas privados permitirá a expansão de suas funcionalidades.
Fonte: MAPA 02/01/2025
Investigação anunciada pelo Ministério do Comércio da China sobre as importações de carne bovina
O governo brasileiro toma nota da comunicação, pelo Ministério do Comércio da China, do início de investigação para fins de aplicação de medidas de salvaguarda sobre as importações de carne bovina por aquele país.
A investigação, aberta na data de hoje (27/12), abrange todos os países exportadores de carne bovina para a China e deverá analisar o período que compreende o ano de 2019 até o primeiro semestre de 2024. A investigação deverá ter a duração de oito meses. Não há, em princípio, a adoção de qualquer medida preliminar, permanecendo vigente a tarifa de 12% “ad valorem” que a China aplica sobre as importações de carne bovina.
A China é o principal destino das exportações brasileiras de carne bovina, consolidando-se nos últimos anos como o maior parceiro comercial do Brasil em proteínas animais. Em 2024, as exportações brasileiras de carne bovina para o país somaram mais de 1 milhão de toneladas, representando aumento de 12,7% em relação ao mesmo período de 2023.
Durante os próximos meses, e seguindo o curso e os prazos legais da investigação, o governo brasileiro, em conjunto com o setor exportador, buscará demonstrar que a carne bovina brasileira exportada à China não causa qualquer tipo de prejuízo à indústria chinesa, sendo, pelo contrário, importante fator de complementariedade da produção local chinesa.
O governo brasileiro reafirma seu compromisso em defender os interesses do agronegócio brasileiro, respeitando as decisões soberanas do nosso principal parceiro comercial, sempre buscando o diálogo construtivo em busca de soluções mutuamente benéficas.
Fonte: Mapa 02/01/2025
Programa Embrapa & Escola vai incluir na agenda de 2025 pagamento por cuidar da natureza
Foto: Maria Lúcia Zuccari
Em 2024 a Embrapa Meio Ambiente atendeu mais de 580 alunos do ensino fundamental de escolas municipais, estaduais e particulares, em sua sede em Jaguariúna, SP, sobre diversos temas que o Programa Embrapa & Escola oferece. Desde a criação do Embrapa & Escola, a Embrapa Meio Ambiente já recebeu mais de 40 mil alunos, em visitas programadas.
O programa é uma ação institucional implantada desde o ano de 1997 para aumentar a conscientização das crianças e jovens sobre a importância da ciência e da tecnologia para a melhoria da qualidade de vida da população. O Embrapa & Escola também prioriza criar um ambiente que aproxima os alunos das Unidades de Pesquisa da Embrapa pelo País, por meio de visitas.
A jornalista Cristina Tordin, que coordena o programa na Embrapa Meio Ambiente, destaca uma novidade para 2025: a inclusão do tema Pagamento por cuidar da natureza. Conforme a pesquisadora Maria Lucia Zuccari, será apresentado o projeto Embrapa Meio Ambiente chamado PSA-Jaguariúna. Esse projeto é como um super-herói para as áreas verdes: ele ajuda a cuidar da natureza, principalmente onde as árvores estão sendo replantadas e protegidas. Isso tudo faz parte de um plano maior da cidade, o Programa Bacias Jaguariúna, que conta com a ajuda de várias organizações.
“Vamos falar sobre como esse projeto é importante para deixar o campo mais verde e bonito, usando uma maquete bem legal para explicar. Também vamos mostrar como conseguir dinheiro para plantar mais árvores, como proteger essas áreas com cercas, plantar novas mudinhas e ficar de olho nelas para ver como crescem. Além disso, vamos explicar sobre um esquema que paga as pessoas para cuidarem do meio ambiente (isso mesmo, ganhar dinheiro ajudando a natureza!) e como todo mundo trabalha junto para fazer a natureza ficar mais feliz e saudável”, destaca Zuccari.
Ela continua: “o nosso objetivo é mostrar para os estudantes como essas ações estão fazendo uma grande diferença na área onde a água é coletada para a cidade (esse é o nosso Projeto Piloto) e o que mais vamos fazer para melhorar a situação do rio Camanducaia, também em Jaguariúna. Esperamos que, ao conhecerem melhor essas atividades, os alunos fiquem animados para ajudar a cuidar do nosso planeta”, enfatiza.
Cristina Tordin acredita que a inclusão do novo tema deverá contribuir para reforçar o interesse das escolas e propiciar novas adesões que deverão ocorrer, influenciando a demanda de agendamentos. O agendamento para as visitas para esse tema e outros oferecidos podem ser realizados presencialmente (na Embrapa ou nas escolas), ou via on-line, aqui.
Essa ação está vinculada aos ODS 4 e 12.
ODS 4. Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. Meta 4.7: até 2030, garantir que todos os alunos adquiram conhecimentos e habilidades necessárias para promover o desenvolvimento sustentável, inclusive, entre outros, por meio da educação para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida sustentáveis, direitos humanos, igualdade de gênero, promoção de uma cultura de paz e não violência, cidadania global e valorização da diversidade cultural e da contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável.
ODS 12. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. Meta 12.8: até 2030, garantir que as pessoas, em todos os lugares, tenham informação relevante e conscientização para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida em harmonia com a natureza.
Fonte: Embrapa 02/01/2025
Mais de 100 estrangeiros de 25 países conheceram pesquisas sustentáveis na Embrapa Pecuária Sudeste em 2024
Foto: Gisele Rosso
Os sistemas integrados de produção continuam atraindo a atenção internacional. O foco é conhecer a experiência brasileira para a descarbonização da pecuária e as tecnologias que contribuem para a mitigação dos Gases de Efeito Estufa (GEE).
Em 2024, a Embrapa Pecuária Sudeste, localizada em São Carlos (SP), recebeu 17 missões estrangeiras de 25 países dos cinco continentes: África (4%), Ásia (24%), América (44%), Europa (24%) e Oceania (4%). A maioria dessas delegações visitou as áreas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) da Fazenda Canchim, tanto com gado de leite, como gado de corte.
No total, foram 114 visitantes internacionais, de diversos países: Argentina, Alemanha, Austrália, Canadá, Chile, China, Colômbia, Egito, Equador, EUA, Guatemala, Holanda, Índia, Irã, Irlanda, Japão, México, Paquistão, Paraguai, Peru, Portugal, Reino Unido (Inglaterra, Irlanda do Norte) e República Dominicana.
Segundo o articulador internacional, o pesquisador Alberto Bernardi, o centro de pesquisa apresentou a essas comitivas os resultados brasileiros nos sistemas sustentáveis de produção e as tecnologias de Pecuária de Precisão utilizadas para monitoramento da pastagem e dos animais e os dados obtidos. Algumas visitas tiveram foco na conversão de pastagens degradadas, bioeconomia, melhoramento genético de gramas, sanidade animal, biotecnologia (marcadores genômicos) e vitrine de forrageiras.
Para Bernardi, essas missões sempre trazem com elas a oportunidade de articulação de parcerias para o estabelecimento de cooperação técnica entre a Embrapa e instituições governamentais, privadas e institucionais. Atualmente, de acordo com José Alberto Portugal, gestor de transferência de tecnologias, na Embrapa Pecuária Sudeste, há memorando de entendimento (MOUs) com Universitá di Bologna (Itália), University of Florida (EUA), Texas A&M (EUA) e University of Iowa (EUA). Há um acordo de transferência de material (ATM) com a Universidade de Queensland (Austrália), e Projetos de Cooperação Científica (PCC) com a Universidade de Lisboa (Portugal) e a instituição DryGrow (Liechtenstein).
Fonte: Mapa 02/01/2025
Redes de agricultores familiares fortalecem sistemas orgânicos no Brasil e na Espanha
A participação dos agricultores familiares em redes de sistemas orgânicos tem se consolidado como uma importante inovação social, promovendo inclusão e melhorias nas condições de vida. Nos territórios brasileiro e espanhol, essas redes têm apresentado crescimento significativo ao longo das últimas décadas, com soluções que impactam positivamente a produção e o consumo de alimentos orgânicos.
A pesquisa conduzida pela pesquisadora Lucimar Abreu da Embrapa Meio Ambiente, analisou a dinâmica de funcionamento desses sistemas coletivos à luz das políticas públicas que incentivam o setor. “A pesquisa foi conduzida por meio de estudos de casos no Brasil e na Espanha, utilizando técnicas qualitativas construtivistas”, explica ela.
Na Espanha a promoção de sistemas alimentares orgânicos tornou-se prioridade com a adoção de políticas alimentares urbanas pela União Europeia, especialmente após a aprovação do Pacto de Milão em 2015. Muitas cidades espanholas, como Segóvia, em Castilla y León, desenvolveram estratégias baseadas no consumo de alimentos locais e orgânicos. Em Segóvia, o programa “Alimenta ConCiencia” se destaca ao integrar produtores, pesquisadores, comerciantes e restaurantes em uma rede focada na sustentabilidade e na produção ecológica, com metas estabelecidas até 2030.
No Brasil a pesquisa concentrou-se no Vale do Ribeira, em São Paulo, com foco nos impactos das políticas de compra institucional, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O estudo buscou compreender como essas políticas influenciam a organização social dos agricultores, o funcionamento das redes de produção orgânica e os desafios locais. Segundo Abreu, ajustes são necessários, principalmente no que diz respeito à oferta de assistência técnica adequada e à revisão dos mecanismos que garantam o cumprimento da lei do PNAE, que exige que pelo menos 30% da alimentação escolar seja adquirida da agricultura familiar.
A pesquisadora destaca também a necessidade de aprofundar o conhecimento sobre a transição agroecológica. A falta de suporte técnico impacta diretamente a rede de produção, a organização social e a operacionalização dos programas públicos. Nesse sentido, a assistência técnica especializada em agricultura ecológica é essencial para o sucesso das redes.
Na Espanha atores-chave entrevistados destacaram que a produção orgânica exige a redefinição dos circuitos de comercialização, transporte e consumo. Há um consenso entre os participantes sobre a necessidade de valorizar circuitos locais de produção e comercialização, com sistemas de certificação participativa. Ademais, os entrevistados enfatizam a importância de reconhecer a diversidade dos estilos de produção ecológica e o pluralismo conceitual entre agricultura orgânica e agroecologia.
Representantes do Ministério da Agricultura da Espanha reforçaram que a agricultura orgânica e a agroecologia têm como objetivos valorizar a produção econômica, promover hábitos alimentares saudáveis e garantir sustentabilidade. Campanhas em defesa de alimentação saudável são mais efetivas na Província de Segóvia do que no Vale do Ribeira, onde essas iniciativas ainda são incipientes.
A participação dos agricultores familiares em redes orgânicas, seja no Brasil ou na Espanha, aponta para soluções sustentáveis, inclusivas e de fácil implementação. Além disso, promove uma reflexão sobre os desafios do modelo convencional de agricultura e a necessidade de apoiar o desenvolvimento de circuitos locais e sustentáveis de produção e consumo de alimentos.
O estudo completo pode ser acessado no Cadernos de Agroecologia.
Fonte: Embrapa 02/01/2025
Monitoramento semanal das condições das lavouras
Atualizado em 30 de dezembro
ARROZ – 92,8% semeado. No RS, a semeadura está praticamente concluída, ainda faltando áreas na região Central. Na Fronteira Oeste, as lavouras iniciam a fase de floração. Nas demais áreas, predomina o desenvolvimento vegetativo e o início da fase reprodutiva. Em SC, as lavouras no Sul seguem em desenvolvimento vegetativo e as áreas no Norte já se encontram nas fases reprodutivas. No TO, o plantio está quase finalizado e parte das lavouras encontram-se em fase de emissão e desenvolvimento de panícula. No MA, a colheita do irrigado avança no norte e centro do estado. Em GO, algumas áreas irrigadas por pivô central já concluíram a colheita e a semeadura nas áreas de tabuleiros segue em andamento, com parcelas plantadas mais cedo em estágio reprodutivo, e as áreas mais tardias estão em fase vegetativa com boa sanidade. Em MT, a semeadura avançou em mais de 80% da área prevista, com lavouras em bom desenvolvimento, advindos do manejo adequado e chuvas regulares. No PR, as lavouras estão em diversos estágios.
FEIJÃO (1ª safra) – 66,1% semeado. No PR, apesar dos episódios de chuvas, a colheita avançou e já se encontra em ¼ da área total. Na BA, a região Oeste é a que apresenta as melhores condições gerais e as chuvas permitiram a finalização da semeadura. As lavouras vêm apresentando bom desenvolvimento. No Centro Sul, o plantio tem ocorrido apenas em áreas do Vale do Iuiu, onde o clima está mais adequado. No Centro Norte, a estiagem permanece e prejudica a cultura. Em MG, a maioria das lavouras estão em floração e enchimento de grãos, apresentando boas condições. Em GO, as temperaturas amenas e os bons índices pluviométricos seguem favorecendo as lavouras, que estão, majoritariamente, entre floração e enchimento de grãos. Em SC, ainda restam algumas áreas a serem semeadas. A cultura vem apresentando boas condições, com as lavouras mais precoces já avançando na colheita. No RS, segue a semeadura no Planalto Superior e a colheita nas demais regiões. A umidade do solo tem sido benéfica para a realização da semeadura, enquanto que os dias com várias horas de incidência solar favorecem a secagem dos grãos e da palha para a realização da colheita.
MILHO (1ª safra) – 80,8% semeado. Em MG, as lavouras apresentam bom desenvolvimento e os produtores intensificam o controle de pragas. No RS, a colheita evolui lentamente no Alto Uruguai com produtividades inferiores às obtidas na última safra devido à redução das chuvas em novembro. Na BA, as lavouras do Oeste apresentam bom desenvolvimento, enquanto as das regiões Centro Norte e Sul têm o seu potencial produtivo afetado devido às baixas precipitações ocorridas. No PI, a semeadura avança no Sudoeste, apesar da irregularidade das precipitações. No PR, a ocorrência de chuvas em quase todo o estado favoreceu o desenvolvimento da cultura. Em SC, as condições climáticas favorecem as lavouras em todos os estádios fenológicos. Em SP, o clima tem favorecido a cultura. No MA, a semeadura aproxima-se da finalização no Sul, enquanto nas demais regiões é priorizado o plantio da soja. Em GO, o plantio foi finalizado e as primeiras áreas semeadas já entraram nos estádios reprodutivos. As lavouras apresentam bom desenvolvimento. No PA, o plantio está atrasado devido à irregularidade das precipitações..
SOJA – 98,2% semeado. Em MT, o elevado volume de chuvas limita um maior avanço da colheita, mas favorece o desenvolvimento da cultura, apesar do aumento da pressão de doenças. No RS, o baixo volume de chuvas em algumas regiões compromete o desenvolvimento da cultura. Em algumas áreas semeadas em dezembro, haverá replantio. No PR, as chuvas ocorridas ajudaram a recompor a umidade no solo e favoreceram o desenvolvimento da cultura. Em GO, muitas áreas estão em enchimento de grãos e as chuvas favorecem o desenvolvimento da cultura. Em MS, os produtores intensificaram a aplicação de fungicidas devido às condições favoráveis ao desenvolvimento de doenças. Em MG, algumas localidades registram atraso na aplicação de defensivos devido ao excesso de chuvas. Na BA, as lavouras apresentam bom desenvolvimento e sem relatos de doenças ou pragas. Em SP, as lavouras se encontram nos estádios reprodutivos e apresentam boas condições. No TO, a maioria das áreas entrou nos estádios reprodutivos. No MA, o plantio no Oeste e Centro acompanha a ocorrência das chuvas, que continuam irregulares. No PI, devido à irregularidade das chuvas, as lavouras se encontram em diversos estádios fenológicos, apresentando-se em boas condições. Em SC, o plantio da primeira safra aproxima-se do final e o da safrinha deverá ocorrer até o fim de janeiro. No PA, o plantio continua lento nos polos de Santarém e Paragominas, com registro de alguns replantios devido à irregularidade das precipitações.
.FONTE: Monitoramento da lavoura – CONAB – atualizado em 30 de dezembro
MERCADO
INDICADORES CEPEA
AÇUCAR – PERSPEC 2025-AÇÚCAR/CEPEA: A posição de liderança do Brasil no comércio internacional de açúcar será consolidada em 2025, ano em que se espera preços sustentados em um bom patamar tanto no mercado interno como externo. No mercado interno, pesquisadores do Cepea indicam que os valores devem seguir em patamares favoráveis, particularmente pela possível arbitragem entre os mercados doméstico e externo. Estima-se que uma porção expressiva das exportações já foi fixada em patamares de preços elevados ao longo dos últimos meses. Além disso, a economia deve continuar crescendo, ainda que a passos curtos, devido à instabilidade macroeconômica, o que deve ser suficiente para absorver a oferta direcionada para o mercado interno. No mercado global, a demanda de mercados emergentes, como Paquistão e Indonésia, reforçada pela baixa reposição dos estoques mundiais nos últimos dois anos, podem sustentar os preços em patamares acima de 18 centavos de dólar por libra-peso na ICE Futures (Bolsa de Nova York). Historicamente, a queda na relação estoque/consumo tem sido um dos principais fatores de preços em alta, o que deve beneficiar as exportações brasileiras, somando-se a isso a expectativa de que o patamar do câmbio também pode continuar elevado. As tensões comerciais entre potências globais, como Estados Unidos e China, podem abrir novas oportunidades para o Brasil, tanto no mercado de açúcar quanto para o etanol. Em resumo, as perspectivas para o mercado de açúcar na região Centro-Sul do Brasil para 2025 são desafiadoras, mas promissoras. Com uma demanda global robusta e a necessidade contínua de adaptação às condições climáticas e de mercado, o Brasil segue consolidado como um líder incontestável na produção e exportação de açúcar. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
ALGODÃO – RETRO 2024-ALGODÃO/CEPEA: Brasil se torna o maior exportador mundial em 2024. A produção brasileira de algodão em pluma cresceu em 2023 pelo terceiro ano consecutivo, ao passo que a norte-americana caiu. Esse cenário levou o Brasil a se tornar o maior exportador mundial da pluma em 2024, ultrapassando os Estados Unidos, que ocupavam a primeira posição desde a safra 1993/94. A cotonicultura nacional tem aumentado a área a cada ano, com produtores estimulados pela rentabilidade, pela evolução tecnológica e pelo produto de alta qualidade. Porém, a demanda interna apresenta avanço modesto e os excedentes domésticos crescem a cada ano. Com isso, a sustentação aos valores da pluma vem do mercado internacional. E ao longo de 2024, apesar de certas oscilações dos preços externos e do câmbio, o valor doméstico da pluma oscilou em um intervalo relativamente estreito – a mínima do Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, foi de R$ 3,8063/lp e máxima, de R$ 4,3645/lp. Em praticamente o ano todo, os preços médios, em termos reais, operaram abaixo dos registrados em 2023. No primeiro trimestre do ano, a cotação interna se sustentou, influenciada pelas fortes valorizações externas. Porém, no segundo trimestre, desvalorizações externas e o interesse vendedor em liquidar o saldo remanescente da safra 2022/23 pressionaram os valores. Apesar da entrada da nova safra, no início do terceiro trimestre, os preços se sustentaram, tendo em vista que vendedores optaram priorizaram o cumprimento dos contratos a termo, limitando a oferta no spot. Nos meses seguintes, as cotações “andaram de lado”, encontrando certa sustentação em dezembro, diante da elevação da paridade de exportação, por conta da disparada do dólar. No campo, a área semeada na safra 2023/24 foi 16,9% superior à anterior, somando 1,944 milhão de hectares, e a maior desde 1991/92. A produção foi projetada em 3,7 milhões de toneladas, crescimento de 16,64% frente à anterior e um recorde. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
ARROZ – RETRO 2024-ARROZ/CEPEA: O mercado de arroz passou por expressivas oscilações e turbulências ao longo de 2024. Segundo levantamentos do Cepea, no primeiro trimestre, os preços caíram fortemente, refletindo a expectativa de crescimento da oferta. A catástrofe climática no Rio Grande do Sul, no final de abril, porém, trouxe incertezas quanto ao impacto sobre as áreas que ainda precisavam ser colhidas, assim como sobre perdas de produto estocado, impulsionando as cotações rapidamente. Notícias sobre leilões públicos para importação de arroz beneficiado acentuaram o cenário turbulento no setor. Os valores seguiram firmes até meados de novembro, voltando a se enfraquecer no encerramento do ano, ainda conforme pesquisas do Cepea. Na safra 2023/24, o Brasil cultivou 1,61 milhão de hectares com arroz, 8,6% a mais que na temporada anterior. A produtividade foi estimada em 6,59 t/ha, 2,8% menor que a de 2023. Com isso, a produção somou 10,59 milhões de toneladas, aumento de 5,52% sobre a safra anterior, segundo dados da Conab. Somada aos estoques iniciais de 2,02 milhão de toneladas em fev/24 e às importações de 1,7 milhão de toneladas, a disponibilidade interna ficaria em 14,3 milhões de toneladas. Desse total, a previsão é que 11 milhões de toneladas sejam consumidas internamente e 1,3 milhão de toneladas, exportadas. Assim, o estoque final está estimado em 2 milhões toneladas em fev/25, gerando uma relação estoque/consumo de 18,2%, a menor desde a temporada 2018/19. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
BOI – RETRO 2024-BOI/CEPEA: Ano é marcado por recordes e por fortes oscilações nos preços. Para a pecuária nacional, 2024 fica marcado por recordes de abate, de produção, de disponibilidade interna e de exportação. O ano também fica marcado pelas fortes oscilações nos preços. Durante todo o primeiro semestre, os valores do boi gordo apresentaram movimento de baixa; e, no começo de junho, o Indicador CEPEA/B3 (estado de São Paulo) fechou a R$ 215,30, a mínima do ano. Naquele período, as pastagens estavam ruins, e muitos pecuaristas aumentaram suas vendas, inclusive de fêmeas, para diminuir custos e limitar a perda de peso. O IBGE mostra que o número de animais abatidos no primeiro semestre aumentou 21,2% sobre igual período de 2023. Enquanto isso, as exportações iam bem, em torno de 250 mil toneladas por mês. Era um momento muito bom para os frigoríficos e muito difícil para os pecuaristas. Em agosto, a situação dos produtores começa a mudar. Frigoríficos passaram a demandar de forma intensa novos lotes de animais para abate, ofertando preços maiores a cada dia. Esse contexto resultou em uma disparada no valor da arroba, o que puxou também os valores da reposição. No caso da carne, a demanda interna se aqueceu, e a exportação seguia intensa – o dólar valorizado estimulava as vendas externas. Até novembro, os embarques brasileiros de carne bovina somavam 2,65 milhões de toneladas (in natura e processada), superando em 28,7% o volume de igual período de 2023 e renovando o recorde. Na última semana de novembro, no entanto, frigoríficos recuaram das compras de boi e os valores passaram a cair com força no mercado nacional. Na primeira quinzena de dezembro, a desvalorização do boi gordo já era de 11%. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
CAFÉ – RETRO 2024-CAFÉ/CEPEA: Com oferta apertada, preços mais que dobram e atingem recordes em 2024. O ano de 2024 foi marcado pelos elevados preços dos cafés robusta e arábica – os valores internos de ambas variedades mais que dobraram no ano. As condições climáticas desfavoráveis (estiagem e calor) ao longo de boa parte do ano, a colheita abaixo do esperado no Brasil – que encurtou os estoques – e a menor produção do Vietnã foram alguns dos fatores que alavancaram os valores do grão. Para o robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ atingiu constantes recordes reais da série histórica do Cepea, iniciada em novembro de 2001 – a média mensal deste Indicador saiu da casa dos R$ 740/saca de 60 kg em dezembro/23, para dos R$ 1.800/sc em dezembro/24. Quanto ao arábica, o Indicador CEPEA/ESALQ chegou ao maior patamar real desde 1997 – em um ano, a média deste Indicador saltou da casa dos R$ 970/sc para R$ 2.000/sc. No geral, os destaques foram as valorizações do robusta – os preços da variedade subiram tanto que operaram acima dos do arábica entre o encerramento de agosto e início de setembro. Os preços do café robusta já iniciaram 2024 em significativa alta. A boa demanda externa pelo robusta brasileiro, que vinha sendo observada desde o encerramento de 2023, se manteve firme no primeiro trimestre e também em praticamente todo o ano de 2024. Ataques a navios comerciais no Mar Vermelho prejudicaram a entrada de café do Vietnã na Europa, e esse contexto deslocou demandantes externos ao Brasil. Ainda nos primeiros meses do ano, enquanto a demanda seguia aquecida, no Brasil, o clima mais chuvoso favorecia as lavouras e gerava boas expectativas para a colheita da safra 2024/25. Contudo, após abril, praticamente não choveu nas regiões produtoras, o que atrapalhou o desenvolvimento final da temporada. Assim, o rendimento dos grãos ficou aquém do esperado em boa parte das praças. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
CITROS – RETRO 2024-CITROS/CEPEA: Produção baixa e demanda aquecida garantem preços recordes em 2024. Os preços da laranja atingiram recordes em 2024 – no mercado de mesa, a caixa de 40,8 kg da fruta chegou a ser negociada acima dos R$ 100. A valorização é justificada pela aquecida demanda por fruta por parte das fábricas – que detêm baixos estoques de suco – e pela oferta reduzida de laranja, diante da produção limitada. O clima no cinturão citrícola foi predominantemente seco e com altas temperaturas durante o desenvolvimento da temporada. Apesar de, no geral, os preços permitirem boas margens ao citricultor, a baixa produtividade elevou os custos. Assim, com a oferta reduzida de laranja e alta demanda da indústria, os preços se mantiveram em patamares recordes reais. Em outubro, a média paga pela indústria superou os R$ 90 por caixa de 40,8 kg. É importante destacar que as negociações da safra 2023/24 começaram cedo, já em janeiro, com preços em torno de R$ 38 por caixa. Com os estoques industriais cada vez mais ajustados, a demanda no mercado spot cresceu, levando até mesmo as frutas de qualidade inferior, antes não prioritárias para moagem, a serem processadas. No mercado de mesa, os preços também atingiram recordes reais, ultrapassando os R$ 100 por caixa em novembro. Na safra 2024/25, produtores do estado de São Paulo e do Triângulo Mineiro devem colher 223,14 milhões de caixas de 40,8 kg de laranja, conforme aponta relatório de dezembro do Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura), 27,4% menor que a anterior (2023/24). O panorama atual é de estoques muito justos ou quase nulos de suco de laranja no Brasil. Assim, para garantir o abastecimento global de suco de laranja, a próxima produção – 2025/26 – precisaria crescer, tanto no Brasil como também na Flórida (EUA). Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
ETANOL – PERSPEC 2025-ETANOL/CEPEA: Produtividade da cana da safra 2025/26 deve ser menor. Para a próxima safra sucroenergética 2025/26, que se inicia oficialmente em abril de 2025, os principais focos de atenção de agentes do setor brasileiro estão relacionados à qualidade e à produtividade da cana-de-açúcar. Vale lembrar que as lavouras foram prejudicadas pelo clima adverso (quente e seco) ao longo de 2024 e pelos incêndios em agosto/24 na região Centro-Sul, especialmente no estado de São Paulo. Consultorias e entidades são unânimes em apontar consequências do clima e da queimada para a temporada. As preocupações recaem sobre o desenvolvimento da lavoura, especialmente as que serão colhidas entre abril e julho. Ressalta-se que, na safra 2025/26, a moagem de cana-de-açúcar da região Centro-Sul já está menor e deve encerrar abaixo das previsões iniciais. O processamento é estimado em um intervalo de 581 milhões de toneladas a 620 milhões de toneladas, ambas com queda frente ao processado no ciclo anterior. Em termos de investimentos, a expectativa para 2025 é otimista. Novos “greenfield” devem entrar em ação, especialmente em unidades localizadas no Centro-Oeste, dada a importância do Brasil como protagonismo na discussão da transição energética e na diversificação dos tipos de produtos. Em 2025 também deve entrar em vigor a Lei que estabelece que o percentual de mistura de etanol à gasolina passará a ser dos atuais 27,5% até os 35%, constatada a viabilidade técnica. Por fim, é fato que o clima seco e quente e os incêndios trarão seus efeitos sobre a produtividade, mas por outro lado, espera-se que a safra 2024/25 sirva de modelo e oportunidades para a introdução de mudanças e avanços, sobretudo, na área agrícola. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
FRANGO – RETRO 2024-FRANGO/CEPEA: Apesar de desafios, avicultura de corte tem um ano positivo. O ano de 2024 foi desafiador, mas, no balanço, foi positivo para o setor de avicultura de corte nacional. Esse cenário foi favorecido sobretudo pelos maiores preços de comercialização da carne e do animal vivo, que, por sua vez, tiveram suporte vindo da oferta mais controlada e das aquecidas demandas interna e externa. Além disso, as quedas nos preços de importantes insumos utilizados na atividade avícola nacional reforçam o contexto positivo ao setor neste ano. Dentre os desafios estiveram, em termos globais, os aumentos nos casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em muitos países. No Brasil, obstáculos foram registrados sobretudo no Rio Grande do Sul, como as enchentes entre o encerramento de abril e início de maio e a confirmação, em meados de julho, de um foco da doença de Newcastle em uma granja comercial de frangos localizada no município de Anta Gorda (RS), na região do Vale do Taquari – vale lembrar que, após 90 dias, no final de outubro, a Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa) reconheceu o fim da doença. Do lado da oferta, dados do IBGE mostram que, de janeiro a setembro, 10,2 milhões de toneladas de carne de frango foram produzidas no Brasil, com pequena alta de 1,5% frente ao mesmo período de 2023. Do lado da demanda, no mercado doméstico, depois de perder a competitividade frente à carne bovina em 2023, o frango voltou a ganhar espaço em 2024, sobretudo na segunda metade do ano. FRONT EXTERNO – Quando considerados os dados da Secex até a parcial de dezembro, os embarques brasileiros de carne de frango de 2024 já superaram as 5,15 milhões de toneladas registradas em 2023, renovando, portanto, mais um recorde. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
FEIJÃO – RETRO 2024-FEIJÃO/CEPEA: 2024 é marcado pelo início da divulgação de preço pelo Cepea/CNA! O ano de 2024 vai ficar marcado como aquele em que o setor de feijão brasileiro efetivamente aceitou colaborar com as pesquisas do Cepea e da CNA, visando a divulgação de preços médios regionais. Desde abril, pesquisadores saíram a campo para dialogar com agentes de mercado e identificar uma forma padrão de cálculos de preços médios regionais, e as divulgações dos resultados à sociedade se iniciaram em outubro. Segundo pesquisadores do Cepea/CNA, de forma geral, as negociações de feijões ocorrem, em sua maioria, no mercado spot, logo após a colheita e conforme a necessidade dos compradores. Com isso, a cada semana, pode haver dados para regiões diferentes. Em 2024, para o feijão cores, carioca, foram registradas quedas de preços médios de setembro para outubro, sustentação em novembro e nova pressão na parcial de dezembro. Em setembro e outubro, a entrada da safra do Cerrado brasileiro foi fator de pressão, enquanto as chuvas prejudicaram a colheita e a qualidade do produto em novembro, voltando a sustentar os preços naquele mês. A opção de parte dos vendedores em estocar o produto em câmara fria também foi fator de sustentação. Porém, em dezembro, houve maior interesse por liquidar os estoques e também entrada de produto do Paraná e São Paulo no mercado, contexto que pressionou os valores. No campo, a Conab apontou que a produção da temporada 2023/24 somou 3,24 milhões toneladas, crescimento de 6,8% em relação à anterior. No front externo, as importações brasileiras de feijão totalizaram 21,95 mil toneladas nos 11 meses primeiros meses de 2024, ao passo que as exportações somaram 304,95 mil toneladas de janeiro a novembro, volume recorde. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
LEITE – RETRO 2024-LEITE/CEPEA: Lento avanço da oferta sustenta preço do leite na maior parte de 2024. O Cepea estima que a média de preços de 2024 do leite pago ao produtor (“Média Brasil”) fique próxima do patamar de R$ 2,60/litro, ou seja, entre 1% e 1,5% acima da verificada em 2023, em termos reais. Apesar de a média anual de 2024 não se distanciar da de 2023, o comportamento dos preços ao longo destes anos foi bem distinto. Em 2024, o que mais marcou foi a sustentação do movimento de valorização do leite cru até o final do terceiro trimestre. Esse prolongamento da tendência altista ocorreu devido ao crescimento lento da oferta à campo. Mesmo diante da certa estabilidade nos custos de produção e do aumento da margem do produtor em 2024, o estímulo à atividade foi menor do que o previsto no primeiro semestre, e o clima extremo foi um fator crucial que influenciou negativamente a atividade, sobretudo entre o segundo e o terceiro trimestres. Ao mesmo tempo, o consumo se manteve firme na maior parte do ano e, no final da entressafra, houve diminuição considerável dos estoques de lácteos, o que ajudou a prolongar o movimento altista. A inversão da tendência ocorreu apenas a partir de outubro, com as chuvas da primavera elevando a quantidade e qualidade das pastagens e favorecendo o incremento da produção. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
MANDIOCA – RETRO 2024-MANDIOCA/CEPEA: Esmagamento é recorde em 2024. O ano de 2024 foi marcado pelo esmagamento recorde de mandioca para produção de fécula e farinha no Centro-Sul brasileiro. Diante da demanda aquecida por derivados, empresas elevaram o interesse pela matéria-prima. Porém, conforme explicam pesquisadores do Cepea, o clima quente e seco durante boa parte do ano afetou negativamente a produtividade e o teor de amido das raízes. Para atender aos pedidos, produtores efetuaram a colheita em áreas maiores, inclusive de mandioca de 1º ciclo. Quanto aos preços, após atingirem as máximas históricas em 2023, os valores da raiz caíram na primeira metade do ano, voltando a subir no segundo semestre. O maior esmagamento de mandioca elevou a produção nacional de fécula também para nível recorde em 2024, segundo estimativas do Cepea. Ao mesmo tempo, tanto o consumo interno quanto as exportações cresceram expressivamente, implicando em redução dos estoques. Agentes apontaram melhora nas vendas no comércio varejista – puxadas pelo setor de super e hipermercados –, além do aumento na produção industrial em que a fécula é matéria-prima. Já o mercado de farinha de mandioca da região Centro-Sul (Paraná, São Paulo e Santa Catarina) teve baixa liquidez em praticamente em todo o ano de 2024. Segundo pesquisadores do Cepea, esse movimento foi atribuído à retomada da produção em estados do Nordeste, que chegou a abastecer as regiões Centro-Oeste e Norte. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
MILHO – RETRO 2024-MILHO/CEPEA: Oferta brasileira cai em 2024, mas a mundial cresce. A oferta brasileira de milho caiu em 2024, devido ao clima, que prejudicou a produtividade. Por outro lado, a oferta mundial da temporada 2023/24 aumentou. No Brasil, as cotações do milho foram pressionadas no primeiro semestre, reflexo da colheita da safra verão, do bom desenvolvimento da segunda safra e de estimativas apontando produção mundial recorde. Com as sucessivas quedas ao longo do primeiro semestre, os preços chegaram aos menores patamares do ano em julho. As negociações para exportação seguiam lentas no primeiro semestre, uma vez que compradores postergaram as aquisições, à espera de desvalorizações mais intensas com o avanço da colheita de segunda safra. Já entre agosto e novembro, as cotações reagiram, devido à menor disponibilidade interna. Além disso, o clima quente e seco deixou agricultores apreensivos quanto ao cultivo da safra de verão e também da segunda safra, a ser cultivada em 2025. No entanto, o retorno das chuvas em maior intensidade a partir da segunda quinzena de outubro favoreceu a semeadura da safra verão e minimizou – ou até mesmo descartou – tais preocupações. No agregado, a produção brasileira de 2023/24 totalizou 115,7 milhões de toneladas, 12,3% menor que a de 2022/23. O excedente foi de 40,42 milhões de toneladas, 19% menor que o da temporada anterior e o mais baixo desde 2021/22, segundo a Conab. Com excedente menor, as exportações brasileiras também recuaram. Destaca-se que 2024 foi o terceiro ano consecutivo de quedas dos preços nominais. Assim, com as menores oferta e preço, pode-se dizer que 2024 não foi um ano favorável aos vendedores de milho no Brasil. Talvez o ambiente tenha favorecido consumidores. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
OVOS – RETRO 2024-OVOS/CEPEA: Recorde na produção pressiona cotações em 2024. Em 2024, a produção de ovos atingiu volume recorde no Brasil, contexto que elevou a oferta no mercado doméstico e pressionou as cotações. Levantamento do Cepea mostra que recuos mais significativos nos valores foram registrados a partir de abril, com o movimento de baixa se persistindo por seis meses consecutivos na maioria das praças acompanhadas pelo Centro de Pesquisas. Como tradicionalmente ocorre, o mercado de ovos iniciou o ano com preços abaixo dos observados em dezembro/23, reflexo da demanda mais enfraquecida no começo do ano. No entanto, em fevereiro, as cotações reagiram e acumularam altas acima de 20%, sendo o maior aumento registrado no município de Bastos (SP), principal polo produtor do estado paulista. O movimento de alta continuou em março, impulsionado pelo aquecimento da demanda devido à Quaresma e ao retorno das aulas escolares. A situação foi revertida em abril, quando o aumento na disponibilidade de ovos no mercado interno pressionou os valores pagos aos produtores, contexto que foi observado até setembro/24. Já no último trimestre, as cotações reagiram, refletindo o equilíbrio entre oferta e demanda pela proteína. A produção brasileira de ovos para consumo teve crescimento contínuo ao longo de 2024, alcançando volume recorde na parcial do ano. Segundo o IBGE, foram produzidas 2,8 bilhões de dúzias de ovos entre janeiro e setembro, aumento de 10,5% em relação ao mesmo período de 2023. Em julho, especificamente, a produção atingiu recorde, somando 332,78 milhões de dúzias. Embora os custos com os principais insumos consumidos na avicultura de postura, milho e farelo de soja, tenham diminuído, o valor dos ovos também caiu na comparação anual, resultando em queda no poder de compra frente ao milho. Por outro lado, o poder de compra em relação ao farelo de soja aumentou, devido à baixa mais acentuada no preço deste insumo em comparação ao do ovo. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
SOJA – RETRO 2024-SOJA/CEPEA: Oferta e preço do grão caem em 2024; demanda eleva cotação do óleo. Vendedores de soja brasileiros encerram 2024 registrando renda menor. A área cultivada cresceu no ano, mas a produtividade caiu em importantes regiões, o que resultou em queda na produção nacional. Mesmo nesse ambiente, os preços recuaram, já que a produção mundial aumentou mais que a demanda, elevando a relação estoque/consumo. A situação só não foi pior porque houve aumento na demanda por óleo de soja, visando a produção de biodiesel. Em termos gerais, os preços da soja no Brasil cederam em janeiro, em fevereiro e em agosto e registraram recuperações nos demais meses. Com isso, o valor médio de dezembro/24 da soja ficou em linha com o nominal de dezembro/23, mas o de 2024 ficou bem abaixo do de 2023. Para o óleo de soja, os preços avançaram em praticamente todo o ano de 2024 (a exceção foi dezembro), sendo influenciados pelos prêmios de exportação e pela firme demanda doméstica, sobretudo pelas indústrias de biodiesel – vale lembrar que a mistura obrigatória do biodiesel ao óleo de diesel passou do B12 (12%) para B14 (14%) em março de 2024. Quanto ao farelo, 2024 foi desafiador, mas, apesar da recuperação da produção na Argentina, o Brasil exportou 21,16 milhões de toneladas de farelo em 2024 (até novembro), um recorde para o período, de acordo com a Secex. Boa parte dos consumidores domésticos esteve cautelosa em 2024, devido às expectativas de maior excedente de farelo, uma vez que a firme demanda por óleo de soja elevou o esmagamento de grãos. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
SUÍNO – RETRO 2024-SUÍNOS/CEPEA: Demanda externa segue firme em 2024; preços atingem máximas nominais. Como já era esperado pelo setor suinocultor nacional, a demanda externa por carne suína manteve-se firme ao longo de 2024, com as exportações brasileiras da proteína atingindo novos recordes. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o setor exportador brasileiro ultrapassou em 2024 a marca histórica de 1,21 milhão de toneladas alcançada em 2023. De janeiro a novembro de 2024, os embarques brasileiros de carne suína somam 1,23 milhão de toneladas, 11,2% acima do volume escoado de janeiro a novembro/23. No mercado interno, o desempenho também foi positivo para os agentes do setor. Os valores de comercialização do suíno vivo e da carne atingiram as máximas nominais das respectivas séries históricas do Cepea. Pesquisadores do Cepea indicam que o impulso aos valores veio das demandas interna e externa aquecidas, da oferta restrita de animais para abate e de ganhos de competitividade da proteína suinícola em relação à carne bovina no mercado doméstico. E os maiores preços do setor, atrelados à desvalorização dos principais insumos da suinocultura, como o milho e o farelo de soja, permitiram que suinocultores ampliassem suas margens. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
Fone: (47) 99220-9342
DATA DE INÍCIO:28 de janeiro de 2025 19:00
DATA DE TÉRMINO: 29 de janeiro de 2025 21:30
Mais informações e inscrições: Agroagenda 18/12/2024
Telefone: (89) 98102-0125
E-mail: [email protected]
Fone: (47) 99220-9342 – Evento on-line e grátis
Data final: 22 de março de 2025 18:00
Telefone: (71) 99613-7744
E-mail: [email protected]
Mais informações e inscrições: Agro Agenda 02/01/2025
DATA DE TÉRMINO: 16 de janeiro de 2025 18:00
Endereço: CTECNO Parecis – Rodovia MT 488, anexo a Fazenda Vô Arnoldo – Agroluz, . Campo Novo do Parecis. / MT