Curadoria Semanal
Principais informações sobre o mundo AGRO: ações públicas, produção, inovações, técnicas, pesquisa e muito mais.
TUDO AQUI!
Atualize-se e compartilhe!
Produção de grãos atingirá 379 milhões de toneladas nos próximos dez anos, com crescimento de 27%
Nos próximos dez anos, a produção do agronegócio brasileiro deve crescer expressivamente em culturas como soja, milho, trigo, arroz e feijão, além das perenes, como café e cacau. O estudo “Projeções do Agronegócio, Brasil 2023/2024 a 2033/2034”, da Secretaria de Política Agrícola em parceria com a Embrapa, indica que a área plantada aumentará em 15,5%, alcançando 92,2 milhões de hectares. Esse crescimento será apoiado pelo Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, que oferece crédito para a regeneração de áreas atualmente pouco produtivas.
Entre as culturas de destaque, a soja deve registrar um aumento de 25,1% na área plantada, enquanto o milho de inverno e o trigo também terão expansões significativas. O consumo interno de milho e derivados de soja é essencial para o crescimento da produção de proteína animal, cuja demanda também sustenta o mercado de exportações. O arroz deverá atingir uma produção de 13,7 milhões de toneladas, com exportações garantindo o escoamento do excedente.
A produção de milho deverá atingir 153,1 milhões de toneladas, impulsionada pela crescente prática do cultivo em sucessão à soja e pela demanda na produção de etanol. A soja continua a liderar a produção de grãos, projetando alcançar 199,4 milhões de toneladas. O café também terá aumento expressivo, com expectativa de alcançar 72 milhões de sacas, atendendo tanto o consumo interno quanto as exportações.
No setor de proteína animal, as exportações de aves, suínos e bovinos devem crescer, apoiadas em acordos comerciais que consolidam mercados já existentes e ampliam o acesso a novos países. Anualmente, o estudo orienta políticas públicas e o setor privado sobre projeções de produção, consumo e exportação de 28 produtos agrícolas e pecuários, servindo como um balizador estratégico para o agronegócio brasileiro.
Fonte: MAPA 30/10/2024
Resposta Oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil
Em relação às recentes declarações e ações da Danone e de outras empresas do setor agroalimentar europeu
Em resposta à decisão de empresas agroalimentares europeias, como a Danone, de suspender a compra de soja brasileira, o Ministério da Agricultura do Brasil destacou o compromisso do país com o controle ambiental. O Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo, apoiada por um sistema de monitoramento e fiscalização que combate o desmatamento ilegal em áreas sensíveis, como o Cerrado e a Amazônia. Além disso, o país reafirma seus compromissos internacionais com metas de descarbonização e políticas sustentáveis, consolidando-se como um dos líderes globais em sustentabilidade agrícola.
O governo brasileiro enfatizou que empresas do setor de exportação de soja cumprem processos de due diligence rigorosos, que asseguram o atendimento das exigências de seus clientes internacionais e demonstram os investimentos do setor em sustentabilidade. Com modelos robustos de rastreabilidade, essas empresas garantem a conformidade de suas práticas com padrões globais, o que é reconhecido pelos mercados europeus e amplia a confiança no sistema de produção brasileiro.
O Brasil criticou o Regulamento de Desmatamento da União Europeia (EUDR), considerado pelo país como uma medida punitiva e unilateral que aumenta os custos e prejudica pequenos produtores. As novas exigências do EUDR dificultam o acesso de produtos brasileiros ao mercado europeu, e o governo brasileiro defende que incentivos positivos seriam mais eficazes para promover uma transição sustentável. Nesse sentido, o Brasil propôs à União Europeia a utilização de modelos eletrônicos de rastreabilidade, evidenciando seu compromisso com a transparência e o controle ambiental.
Por fim, o governo brasileiro está engajado em diálogos bilaterais para alinhar práticas regulatórias que beneficiem todos os envolvidos. O recente adiamento da aplicação do EUDR para 2025 reforça a importância dessas negociações. O Brasil reafirma seu compromisso com o comércio justo e sustentável, buscando ser tratado com justiça e equilíbrio nas relações comerciais internacionais, e se opõe a medidas que desconsiderem os avanços ambientais e sociais do país.
Fonte: Mapa 30/10/2024
Abertura de mercado no Gabão para sementes de milho, sorgo, braquiária e soja
O governo brasileiro recebeu, com satisfação, a aprovação, pelas autoridades do Gabão, da proposta fitossanitária para a exportação de sementes de milho, sorgo, braquiária e soja do Brasil. De janeiro a setembro deste ano, o Gabão importou mais de US$ 49 milhões em produtos do agronegócio brasileiro, superando o valor total exportado no ano passado, de aproximadamente US$ 46 milhões. Com esse anúncio, o agronegócio brasileiro alcança sua 191ª abertura de mercado em 2024, totalizando 269 aberturas em mais de 61 países desde o início de 2023. Esses resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Fonte: Mapa 30/10/2024
Com abelhas no café, receita do arábica pode crescer R$ 22 bi por ano no Brasil
Um estudo da Embrapa Meio Ambiente e da Syngenta revelou que a inserção de colônias de abelhas manejadas em fazendas de café arábica pode aumentar a produtividade, qualidade e valor de mercado. A polinização assistida contribuiu para um incremento de 16,5% na produção, elevando a média de 32,5 para 37,9 sacas por hectare. Além disso, a nota sensorial do café aumentou em 2,4 pontos, permitindo que os grãos passassem de regulares para especiais, agregando valor ao produto e elevando o preço por saca em 13,15%.
O estudo, realizado em fazendas de São Paulo e Minas Gerais entre 2021 e 2023, investigou os impactos da polinização assistida com abelhas africanizadas, comparando áreas com polinização natural e assistida. Os pesquisadores também monitoraram a saúde das colônias expostas ao inseticida tiametoxam, utilizado no controle de pragas. Os resultados demonstraram que, seguindo as recomendações técnicas, o uso de defensivos não afetou a saúde das colmeias, o que sugere uma convivência possível entre práticas de controle de pragas e o uso de polinizadores manejados.
Para Cristiano Menezes, pesquisador da Embrapa, os resultados mostram que o manejo de abelhas pode aumentar significativamente a rentabilidade da cafeicultura, além de promover uma agricultura mais sustentável. Segundo o estudo, se a polinização assistida fosse adotada em larga escala, a produção nacional de café poderia crescer em 6,5 milhões de sacas, chegando a 46,1 milhões. Esse aumento elevaria o valor de mercado do setor, gerando um impacto econômico estimado de R$ 22 bilhões, com a saca de café chegando a R$ 2.014,90.
A integração entre manejo de abelhas e controle de pragas é fundamental para maximizar a produtividade sem prejudicar os polinizadores. A pesquisa busca equilibrar práticas agrícolas com a preservação de abelhas, um elemento essencial para o equilíbrio ambiental e a segurança alimentar. Além disso, a tecnologia de polinização assistida representa uma vantagem estratégica para a cafeicultura, ao mesmo tempo em que possibilita ganhos de produtividade e qualidade de forma sustentável.
O setor apícola também se beneficiaria dessa prática, com potencial para expandir, exigindo cerca de 6 milhões de colmeias de abelhas africanizadas para cobrir as áreas de café no Brasil. Guilherme Sousa, da AgroBee, enfatiza que a polinização assistida oferece um grande potencial produtivo e sustentável, promovendo a conservação da biodiversidade. Denise Alves, pesquisadora da Esalq, destaca que o manejo de polinizadores e controle eficiente de pragas contribui para reduzir a dependência de insumos externos.
A experiência de Gustavo Facanali, produtor rural, confirmou os benefícios da polinização assistida, com aumento de 17% na produtividade e melhoria da qualidade do café. Ele considera a prática uma solução sustentável frente às mudanças climáticas e um “caminho sem volta” para a cafeicultura e outras culturas agrícolas. Facanali observa que a colaboração entre agricultura e natureza gera resultados expressivos, beneficiando a produção e promovendo a sustentabilidade.
Fonte: Mapa 30/10/2024
Pela primeira vez, ferramenta genômica vai reunir três raças de bovinos leiteiros
Foto: José Renato Chiari
Um projeto inédito liderado por associações de criadores de bovinos e pela Embrapa Gado de Leite visa desenvolver uma ferramenta genômica multirracial que inclui as raças Holandesa, Gir e a raça sintética Girolando. Essa parceria lançará um edital para atrair empresas privadas especializadas em genética, com o objetivo de avaliar características importantes para a produção de leite e melhorar a idade ao primeiro parto. A conexão entre grandes bases de dados de melhoramento genético dessas raças permitirá o uso de informações valiosas para a criação de rebanhos mais produtivos.
A nova ferramenta busca identificar os melhores touros para cruzamento entre Gir Leiteiro e Holandesa, criando um Girolando com alto potencial de produção leiteira e econômico. Essa avaliação genômica multirracial tem a previsão de ficar pronta em dois anos, com lançamento previsto para 2026. Segundo os pesquisadores, essa inovação permitirá que os produtores tenham informações mais precisas e possam maximizar o desempenho dos rebanhos com características de interesse econômico e zootécnico.
Ao longo das últimas décadas, os programas de melhoramento genético dessas raças já trouxeram aumentos significativos na produção de leite, como os 28% observados no Girolando e os 31% no Gir Leiteiro. Denis Teixeira da Rocha, chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, destaca que o Brasil se tornou um dos maiores produtores mundiais de leite devido às parcerias entre instituições públicas e privadas. Esses programas são fundamentais para o desenvolvimento da cadeia produtiva de leite e para manter o crescimento contínuo no setor.
A avaliação genômica multirracial não interfere nos programas específicos de melhoramento de cada raça, mas oferece uma análise única que amplia a base genética dos rebanhos, minimizando os riscos de endogamia e melhorando a precisão dos valores genéticos estimados. O pesquisador Marcos Vinícius da Silva explica que essas avaliações podem ser benéficas para características com baixa herdabilidade, proporcionando vantagens estratégicas para a produção leiteira.
Essa abordagem visa atender às demandas do produtor, facilitando a escolha de reprodutores que se adaptem às necessidades específicas de cada propriedade. A Embrapa e as associações acreditam que essa ferramenta proporcionará maior lucratividade ao setor, otimizando recursos e aumentando o valor de mercado dos animais de cruzamento, especialmente na produção de Girolando. Com informações mais robustas, os criadores poderão selecionar touros com maior potencial reprodutivo, impactando positivamente o mercado de sêmen.
A iniciativa também favorece o mercado global, visto que o sêmen de touros Holandeses é amplamente exportado para outros países tropicais para produção de Girolando. A ferramenta permitirá ao Brasil avançar na exportação de tecnologia genética e facilitará colaborações internacionais, contribuindo para o progresso genético global. Para Armando Rabbers, presidente da ABCBRH, essas parcerias internacionais são essenciais para melhorar a cadeia produtiva, beneficiando a indústria e os consumidores.
Fonte: Mapa 30/10/2024
Alta nos preços de commodities e tensão no Oriente Médio impulsionam importação de fertilizantes
As importações de fertilizantes no Brasil cresceram 17,9% em setembro de 2024, totalizando 4,6 milhões de toneladas, impulsionadas pelo aumento nos preços de commodities como soja e algodão e pela desvalorização do dólar. No acumulado do ano até setembro, as importações alcançaram 31,81 milhões de toneladas, o maior volume registrado para o mês. Com o conflito no Oriente Médio, especialistas recomendam que os agricultores antecipem suas compras para evitar problemas de oferta e flutuações nos preços, segundo o Boletim Logístico da Conab.
As exportações de milho cresceram 5,9% em setembro, totalizando 6,42 milhões de toneladas, influenciadas por estoques elevados e pela necessidade de abrir espaço para a nova safra. No entanto, as exportações de soja caíram 24% em comparação ao mês anterior, totalizando 6,11 milhões de toneladas. Essa redução é resultado de oscilações no mercado global, causadas pelo aumento da oferta mundial e variações cambiais.
O mercado de fretes para grãos e fertilizantes apresentou comportamento misto em diferentes regiões brasileiras. Na Bahia, houve variações regionais, com alta em Irecê, queda em Barreiras e estabilidade seguida de queda em Paripiranga. No Distrito Federal, houve aumentos de frete em São Paulo, Santa Catarina e Paraná, mas uma redução significativa foi registrada em Minas Gerais, especialmente em Uberaba. Em Mato Grosso, os fretes se mantiveram estáveis, influenciados pelo lento ritmo de escoamento de soja e milho, embora os preços tenham mostrado um leve aumento.
Em Minas Gerais, o transporte de grãos e fertilizantes superou as expectativas para setembro, com aumento de demanda para os portos de Paranaguá e Vitória. Esse estado registrou um marco histórico no agronegócio, com exportações recordes nos primeiros oito meses de 2024, atingindo US$ 11,1 bilhões e 12,4 milhões de toneladas, um crescimento de 15% em receita e 14% em volume em comparação ao ano anterior, destacando o impacto positivo do setor para a economia estadual.
Fonte: Conab 30/10/2024
Foto: freepik
No âmbito do G20, especialistas internacionais reúnem-se no Brasil para discutir a perda e o desperdício de alimentos
O Workshop “Prevenção de Perdas e Desperdício de Alimentos”, realizado em outubro de 2024 na sede da Embrapa em Brasília, reuniu especialistas de 15 países da América Latina e Caribe para compartilhar soluções inovadoras na redução do desperdício de alimentos. Organizado no âmbito do G20 e apoiado pela FAO, PNUMA, Instituto Thünen e outros parceiros, o evento trouxe à discussão planos nacionais, campanhas, aplicativos e tecnologias como embalagens anatômicas e ressonância magnética para conservação e análise de alimentos. A liderança do Brasil no tema foi destacada, com a Embrapa desenvolvendo tecnologias que prolongam a vida útil dos produtos agrícolas.
A perda global de alimentos ultrapassa um bilhão de toneladas por ano, com 60% desse desperdício vindo dos domicílios, o que impacta na segurança alimentar e contribui com 10% das emissões de gases de efeito estufa. Jorge Meza, da FAO Brasil, enfatizou a importância de transformar o desperdício em um custo real, citando a Coreia do Sul como exemplo. Ele apontou a necessidade de sistemas agroalimentares globais mais resilientes e de políticas rigorosas para enfrentar a crise alimentar e ambiental.
O evento também destacou as lacunas de dados confiáveis sobre o desperdício na região, conforme apontado por Beatriz Martins Carneiro, do PNUMA, que ressaltou a necessidade de estudos nacionais mais abrangentes. No Brasil, a eliminação do desperdício está alinhada às políticas de combate à fome e desenvolvimento sustentável, segundo Osmar de Almeida Jr., do Ministério do Desenvolvimento Social, enquanto Eduardo dos Santos, do Ministério do Meio Ambiente, mencionou a economia circular como uma abordagem que conecta a redução de resíduos com a produção de fertilizantes a partir de resíduos alimentares.
O workshop, organizado por instituições como a Embrapa e o Instituto Thünen, espera gerar recomendações concretas para políticas públicas, fortalecer redes de colaboração e promover novas práticas sustentáveis. Elizabeth Kleiman, da FAO Argentina, destacou o aumento da colaboração regional desde o primeiro encontro em 2018, com uma troca de experiências que facilita a implementação de estratégias comuns entre os países da América Latina e Caribe.
Foto: freepik
Monitoramento semanal das condições das lavouras
Atualizado em 28 de outubro
ARROZ – 43,7% semeado. No Rio Grande do Sul, a semeadura evolui com restrições devido às chuvas e alta nebulosidade. Em Santa Catarina, as lavouras estão com boa qualidade e os tratos culturais estão sendo realizados. No Tocantins, a regularidade das chuvas promoveu o início do plantio, principalmente nas regiões da Lagoa da Confusão, Pium, Dueré e Formoso do Araguaia. Em Goiás, o plantio avança de forma escalonada nas regiões de tabuleiros e nas regiões de pivôs. As lavouras estão na fase vegetativa e em boas condições. No Maranhão, as lavouras irrigadas estão principalmente em enchimento de grãos e maturação. No Pará, as lavouras estão em boas condições de desenvolvimento, favorecidas pela alta luminosidade, e avançando para a maturação.
FEIJÃO (1ª safra) – 30,6% da semeadura foi concluída. No Paraná, o plantio se aproxima da finalização, com mais de 90% da área semeada, e as lavouras apresentam boas condições de desenvolvimento. Em Minas Gerais, o plantio acelerou, especialmente na região Noroeste, com o fim do vazio sanitário. Na Bahia, as primeiras lavouras foram implantadas em áreas de agricultura familiar, beneficiadas pelas chuvas recentes. Em Santa Catarina, o plantio avançou em todas as regiões, favorecido pelas condições climáticas que contribuíram para a semeadura e o desenvolvimento das lavouras. No Rio Grande do Sul, a umidade do solo e o clima favorável permitiram diversas operações agrícolas eficientes, e no Planalto Médio a semeadura foi praticamente concluída. Na Depressão Central e na região Sul, o plantio também evoluiu bem. Em Goiás, o plantio progrediu na região Sudoeste, com boas condições para a emergência das lavouras.
MILHO (1ª safra) – 36,8% da área foi semeada. No Rio Grande do Sul, o tempo estável permitiu avanço significativo na semeadura, com os principais progressos nas regiões do Planalto Superior e Sul, mantendo a condição geral das lavouras em boas condições. Em Minas Gerais, o plantio evoluiu favorecido pela umidade acumulada no solo em várias regiões, proporcionando um desenvolvimento adequado das lavouras. No Paraná, o plantio está sendo finalizado, com a maioria das lavouras apresentando boas condições de desenvolvimento graças ao clima favorável. Em Santa Catarina, o plantio progrediu sob condições climáticas ideais, e nas primeiras áreas semeadas já ocorrem adubações de cobertura e aplicação de defensivos. A combinação de alta radiação solar e temperaturas amenas à noite está beneficiando o desenvolvimento das plantas. Em São Paulo, o plantio ocorre lentamente, pois a prioridade tem sido o plantio da soja. Em Goiás, o plantio avança em áreas pontuais, ajustando-se às necessidades locais.
SOJA – 37,0% da soja foi semeada. Em Mato Grosso, houve um incremento na semeadura devido à regularização das chuvas, com operações intensas para reduzir o atraso em relação às safras passadas e mitigar possíveis impactos no calendário. No Rio Grande do Sul, o aumento da umidade do solo e das temperaturas favoreceu o início da semeadura, embora a área semeada ainda não represente 1%. No Paraná, o plantio avança em todas as regiões, e as lavouras apresentam bom desenvolvimento. Em Goiás, há avanço na semeadura, especialmente no Sul, com as lavouras em boas condições de emergência e desenvolvimento. No Mato Grosso do Sul, as chuvas regulares beneficiaram as lavouras, enquanto em Minas Gerais o plantio avançou, mas de forma limitada devido às chuvas esparsas. Na Bahia, o plantio de sequeiro foi iniciado, e as áreas irrigadas apresentam desenvolvimento vegetativo. No Tocantins, as precipitações regulares permitiram o início do plantio em diversas regiões, e no Maranhão a semeadura avança na região de Balsas. No Piauí, o plantio foi iniciado pontualmente, impulsionado por boas precipitações. No Pará, o plantio progrediu mesmo com as chuvas irregulares, e as lavouras estão em boas condições.
TRIGO – 56,0% da colheita foi concluída. No Rio Grande do Sul, os dias secos e as altas temperaturas favoreceram o avanço da colheita, que atingiu 18% da área, embora a produtividade esteja abaixo do esperado, com PH variando entre 72 e 78. No Paraná, aproximadamente 15% das lavouras ainda estão em campo em fase de maturação, mas as chuvas interrompem a colheita em algumas regiões. Em Santa Catarina, o clima seco permitiu a colheita nos municípios da encosta do Rio Uruguai e deu início à colheita nas áreas de altitude próximas ao Paraná, com as lavouras apresentando boa qualidade e sanidade. Em São Paulo, a colheita foi finalizada.
FONTE: Monitoramento da lavoura – CONAB – atualizado em 28 de outubro
MERCADO
INDICADORES CEPEA
ALGODÃO – Aumenta diferença entre preços interno e externo. Levantamentos do Cepea mostram que os preços médios do algodão em pluma praticados no mercado brasileiro têm se distanciado dos valores externos – com vantagem para as cotações internacionais. Pesquisadores do Cepea explicam que esse cenário, típico para esse período do ano, se deve ao crescimento na disponibilidade doméstica, diante do avanço do beneficiamento da pluma da safra 2023/24. Em outubro (até o dia 28), a média do Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, estava em US$ 0,7074/lp, baixa de 1% frente à do mês passado, o que se deve à valorização de 1,2% na taxa de câmbio no período (com a média passando para R$ 5,6047 em outubro/24). Enquanto isso, o Índice Cotlook A avançou 1,8%, para US$ 0,8392/lp, e o primeiro vencimento da ICE Futures (Bolsa de Nova York) subiu 1,5%, para US$ 0,7191/lp. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
ARROZ – Exportações têm leve impulso; spot segue lento. As exportações de arroz ganharam um leve impulso ao longo da última semana, segundo apontam levantamentos do Cepea. Conforme o Centro de Pesquisas, a demanda externa se expandiu para outras microrregiões do Rio Grande do Sul, principalmente na Fronteira Oeste e na Campanha, diante da retração vendedora nas proximidades do porto de Rio Grande. Já o mercado spot de arroz em casca no RS segue com as negociações em ritmo lento. Pesquisadores do Cepea explicam que agentes mostram preferência por comercializar o produto já depositado e, com isso, se mantêm afastados de compras externas. Parte dos produtores, por sua vez, está concentrada nas atividades de campo envolvendo a nova safra, diminuindo as vendas ao mercado interno; outros estão no aguardo de uma maior definição nas cotações, ainda de acordo com levantamentos do Cepea. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
AÇUCAR – Cresce vantagem do preço doméstico sobre exportação. Os preços médios do açúcar cristal branco seguem avançando no mercado spot do estado de São Paulo. Diante disso, cálculos do Cepea mostram que a vantagem do valor do cristal comercializado no mercado paulista cresceu frente ao equivalente das exportações. De 21 a 25 de outubro, enquanto a média semanal do Indicador de Açúcar Cristal CEPEA/ESALQ foi de R$ 157,24/sc, a das cotações do contrato nº 11 da ICE Futures (vencimento Março/25) foi de R$ 150,89/sc. Assim, o spot paulista remunerou 4,21% a mais que as vendas externas. Para esse cálculo, foram considerados US$ 60,32/tonelada de fobização, US$ 66,94/t de prêmio de qualidade e R$ 5,6958 de dólar. Pesquisadores do Cepea indicam que o impulso aos valores domésticos veio da baixa disponibilidade do cristal para vendas na pronta-entrega. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
CITROS – Preços seguem em alta; volume exportado diminui, mas receita sobe. A oferta de laranja de qualidade segue baixa no mercado in natura, o que mantém firmes os preços da fruta. Segundo pesquisadores do Cepea, chuvas foram verificadas nas últimas semanas nas regiões produtoras, mas o volume e o intervalo dessas precipitações ainda são insuficientes para mitigar os processos negativos, como a murchidão dos frutos. Nesta semana (de segunda a quinta-feira), a média da laranja pera na árvore foi de R$ 135,69/caixa de 40,8 kg, aumento de 7,5% em comparação com a do período anterior. No front externo, na parcial da atual safra 2024/25 (de julho/24 a setembro/24), a receita obtida com as exportações brasileiras de suco de laranja (em equivalente concentrado) soma US$ 905,3 milhões, forte avanço de 42,3% frente ao mesmo período da temporada anterior (US$ 636,1 milhões), segundo dados do Comex Stat. Já o volume exportado segue em queda, assim como vem sendo observado desde a safra 2023/24. De julho a setembro, foram embarcadas 207,5 mil toneladas de suco, retração de 27% em relação a igual intervalo de 2023. Pesquisadores do Cepea destacam que a redução na quantidade escoada está diretamente ligada à baixa oferta – vale lembrar que problemas climáticos vêm prejudicando a produção há cinco safras consecutivas, o que acarretou estoques muito baixos de suco. onte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
FRANGO – Competitividade cresce frente à bovina, mas cai para suína. Levantamento do Cepea mostra que os preços médios da carne de frango estão avançando neste mês frente ao anterior, enquanto os valores da bovina seguem em forte valorização e os da suína, firmes. Com isso, pesquisadores do Cepea indicam que a competitividade da carne de frango tem crescido frente à de boi, mas diminuído em relação à proteína suinícola. Nesta parcial de outubro (até o dia 23), a carcaça casada bovina está 13,13 Reais/kg mais cara que o frango inteiro resfriado, aumento de 20,3% frente à diferença registrada em setembro. Vale lembrar que a ampliação na diferença entre os preços desses produtos favorece a competitividade da carne avícola. Ainda segundo dados do Cepea, o quilo do frango inteiro resfriado é negociado a 5,80 Reais/kg abaixo do valor da carcaça especial suína, reduzindo em 3,6% a diferença que era verificada em setembro – neste caso, a competitividade da carne avícola diminui frente à suína à medida que o preço da proteína de frango se aproxima do da suinícola. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
MANDIOCA – Desde maio, valorização da raiz chega a 60%. O valor médio da raiz de mandioca posta fecularia fechou a R$ 648,74/tonelada na semana passada, com alta 3% frente ao do período anterior. Pesquisadores do Cepea destacam que esse foi o 20º avanço semanal consecutivo. Desde meados de maio, quando a média registrou a mínima do ano, a elevação acumulada é de 59,8%. Em 12 meses, a alta é de 8,2%, em termos reais. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso aos preços da raiz vinha da demanda fortalecida, mas, recentemente a menor oferta é que tem sido determinante para os aumentos. Neste caso, muitos produtores vêm postergando a colheita da mandioca, sobretudo por conta da rentabilidade, que está limitada, em decorrência das menores produtividade e teor de amido. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
MILHO – Preços se mantêm nas máximas de 2024. As cotações do milho estão em alta em todas as regiões acompanhadas pelos Cepea, impulsionadas sobretudo pela cautela de vendedores. Esses produtores aproveitam o retorno das chuvas para acelerar a semeadura da safra verão, e, com isso, negociam o cereal no spot nacional apenas quando há necessidade. Por outro lado, pesquisadores do Cepea indicam que consumidores estão ativos no mercado, tentando recompor os estoques, contexto que reforça as valorizações do milho. No campo, a semeadura da safra verão vem avançando na maior parte das regiões, favorecida pelo retorno das chuvas. Levantamento da Conab mostra que, até o dia 20, pouco mais de 32% da área destinada ao cereal para a temporada 2024/25 havia sido semeada no Brasil. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
ETANOL– Hidratado encerra outubro em alta. O preço do etanol hidratado subiu no mercado spot do estado de São Paulo ao longo da última semana, tendo como suporte a demanda aquecida em boa parte do período e a postura firme dos vendedores. Pesquisadores do Cepea indicam que, do lado comprador, aquisições foram feitas para atender à demanda do início de novembro. Do lado vendedor, boa parte dos agentes de usinas aposta em preços mais atrativos nas próximas semanas, fundamentados na proximidade do fim da moagem da safra 2024/25 e no último trimestre do ano, quando geralmente observa-se aquecimento das vendas no segmento varejista. Assim, de 21 a 25 de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou em R$ 2,5598/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), aumento de 0,31% frente à semana anterior. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
CAFÉ- Chuvas garantem abertura de floradas; atenções se voltam ao pegamento. As chuvas ocorridas em importantes regiões produtoras de café em outubro promoveram uma boa florada nas lavouras, melhorando as expectativas de produtores para a safra 2025/26. Segundo pesquisadores do Cepea, o momento agora é de intensificar os tratamentos visando transformar a maior quantidade possível dessas flores em carga para o ano que vem. Para que o pegamento ocorra de forma satisfatória, é fundamental a continuidade das chuvas. Caso contrário, pesquisadores do Cepea explicam que pode haver o abortamento das flores e dos chumbinhos, acarretando em mais perdas significativas na próxima temporada. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
MAMÃO – Oferta diminui, e preço reage. As cotações do mamão voltaram a subir nas principais regiões produtoras do País. Segundo pesquisadores da Hortifrúti/Cepea, a reação nos valores, que é verificada após algumas semanas em queda, se deve à menor oferta. Essa redução no volume disponível no mercado, por sua vez, está atrelada a descartes realizados por alguns produtores, como tentativa de garantir aumento nas cotações. No Sul da Bahia, o mamão formosa foi comercializado à média de R$ 1,29/kg de 21 a 25 de outubro, expressivo avanço de 149% frente à da semana anterior. No Norte do Espírito Santo, a alta foi de 138%, com a fruta negociada a R$ 1,24/kg. Fonte: Hortifrúti/Cepea (hfbrasil.org.br)
OVOS – Valores se enfraquecem nesta segunda quinzena. Os preços dos ovos registraram leves recuos nesta segunda quinzena de outubro – esse cenário foi observado na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. A típica retração da demanda por essa proteína nesse período do mês, decorrente do enfraquecimento do poder de compra da população, influenciou a pressão sobre as cotações. Pesquisadores do Cepea indicam que, de modo geral, o mercado de ovos está mais calmo, e agentes têm concedido descontos em negociações de cargas maiores, a fim de evitar o acúmulo de estoques. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
SOJA – Indicadores são os maiores deste ano. Levantamento do Cepea mostra que a firme demanda por soja em grão, sobretudo por parte de indústrias esmagadoras, elevou os preços internos da oleaginosa ao longo da semana passada. A alta também esteve atrelada à retração dos sojicultores, que evitam negociar grandes volumes no spot nacional. Pesquisadores do Cepea indicam que esses produtores estão com as atenções voltadas às atividades de campo envolvendo a safra 2024/25, que, vale ressaltar, estão em ritmo mais lento que o observado nas últimas temporadas. Assim, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá e CEPEA/ESALQ – Paraná já operam nos maiores patamares do ano, em termos nominais. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
Endereço: Embrapa Gado de Corte – Campo Grande, MS
1º lote: 500,00 (até 10/10) / 2º lote: 550,00 (até 31/10) / 3º lote: 600,00 (até 12/11) / Meia para estudantes (mediante apresentação de documento comprobatório): limitado à 20 vagas no total
Endereço: Faculdade de Engenharia Ilha Solteira – Avenida Brasil Sul – Centro, Ilha Solteira – SP, Brasil – Ilha Solteira – São Paulo
DATA DE TÉRMINO: 8 de dezembro de 2024 18:00
Endereço: Parque de Exposições de Santa Rosa. Av. Benvenuto de Conti, 370 – Glória, Santa Rosa – RS, 98900-000
Evento presencial
DATA DE TÉRMINO: 5 de novembro de 2024 14:00
Endereço: Av. Antônio Pincinato, 4355 – Jundiaí – São Paulo