Curadoria Semanal
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Ações do Governo Federal para alavancar o agro brasileiro
No dia 27/08, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou da abertura do 11º Congresso Brasileiro de Fertilizantes em São Paulo, promovido pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). Durante o evento, Fávaro destacou as ações do Governo Federal para impulsionar a agropecuária brasileira, incluindo o novo Plano Safra, que conta com recursos recordes de R$ 400,59 bilhões, um aumento de 10% em relação ao ano anterior, além de políticas para a modernização do setor.
O ministro ressaltou a importância da retomada das relações diplomáticas, que resultou na abertura de 181 novos mercados internacionais para o agro brasileiro em 58 destinos desde 2023. Além disso, Fávaro sublinhou o compromisso do governo em reduzir a dependência do Brasil de fertilizantes importados, através do Plano Nacional de Fertilizantes, que visa aumentar a produção nacional desse insumo estratégico até 2050, promovendo a sustentabilidade e a independência do setor.
Durante o evento, Fávaro também apresentou o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas, destacando a relevância dos fertilizantes para o sucesso desse programa, e reiterou o compromisso com o desenvolvimento e uso de biofertilizantes. O presidente do Conselho de Administração da Anda, Eduardo Monteiro, elogiou a inovação e o uso responsável dos fertilizantes pelos produtores brasileiros, destacando a eficiência no uso da terra.
O Congresso, que ocorre desde 2011, tem como objetivo debater temas centrais do agronegócio e da sustentabilidade, como análise de mercado, inovação e melhores práticas de ESG. Além do ministro, participaram da abertura outras autoridades, incluindo o secretário de Agricultura de São Paulo, Guilherme Piai, e o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.
Fonte: Mapa 28/08/2024
Possíveis impactos da regulamentação da cannabis no sistema produtivo brasileiro
No dia 22/08, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e a chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Ana Paula Porfírio, se reuniram com o coordenador da Comissão Especial sobre Drogas Ilícitas do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador Marcos Machado, para falar sobre os aspectos da regulamentação do plantio de cannabis no Brasil.
De acordo com estimativa da Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis (Abicann) o país deixa de movimentar cerca de U$ 30 bilhões por ano pela falta de regulamentação do setor. Somente na agroindústria, a capacidade é para a produção de aproximadamente 50 mil itens a partir da planta, além do já conhecido uso medicinal que, atualmente, no Brasil, é viabilizado por meio de importação dos produtos, conforme a associação.
Exemplo disso são as fibras do cânhamo industrial, que podem ser utilizadas na produção de tecidos, na construção civil, biocombustíveis, entre outros. Em um hectare é possível cultivar cerca de 560 mil plantas e produzir até 10 toneladas de fibras internas, 4 toneladas de fibras longas, 1,6 tonelada de sementes e 800 quilos de flores medicinais.
“Precisamos de um Mapa contemporâneo, atento às necessidades dos produtores e às oportunidades de mercado, mas sobretudo que permita o desenvolvimento do país, oportunizando renda e acesso a produtos para os brasileiros e brasileiras”, explicou o ministro. Durante a reunião, foram debatidos os impactos no sistema produtivo brasileiro a partir das experiências bem sucedidas de outros países.
Fonte: Mapa 28/08/2024
Política Nacional de Transição Energética
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou da 1ª Reunião Extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e da cerimônia de lançamento da Política Nacional de Transição Energética no Ministério de Minas e Energia (MME) nesta segunda-feira (26), quando o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou as resoluções aprovadas e o projeto de lei que amplia o acesso ao Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha.
Membro efetivo do CNPE, Fávaro destaca o papel do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na transição energética, citando como, exemplo, a produção de biocombustíveis. “Somos o grande líder mundial dos biocombustíveis. O etanol e o biodiesel cumprem um grande papel na transição energética mundial, que geram renda e oportunidades no campo”, comentou.
Atualmente, o setor da Agropecuária responde pelo uso de 5% da energia no Brasil, conforme o Balanço Energético Nacional 2024, realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O Brasil é o país que tem a maior participação de energia limpa entre os integrantes do G20 com a utilização de recursos renováveis, biomassas e resíduos. A biomassa da cana é a principal, correspondendo a 16,9% das energias renováveis.
A ampliação da oferta de gás natural é importante para o incremento da produção de fertilizantes em território nacional e, de outro norte, o país vem se destacando na produção agropecuária e agroindustrial de biocombustíveis, inclusive para exportação. Durante a cerimônia, o presidente Lula destacou a importância dessas ações. “Eu já conversei com mais gente vendendo as coisas boas do nosso país, vendendo a autoestima do nosso país, mostrando que nós temos uma Embrapa que é de muita qualidade, nós temos uma Petrobras, aprenderem a mostrar até a igualdade de condições porque tem gente que trata o Brasil”, disse, destacando o trabalho do ministro Carlos Fávaro na abertura de mercados para os produtos da agropeguária brasileira, que atingiu a marca de 180 desde o início de 2023.
A Política Nacional de Transição Energética foi desenvolvida para apoiar sua articulação com demais política públicas, aumentar a capacidade do país de atrair investimento, gerando emprego e renda, influenciar o desenvolvimento do setor energético global, promovendo oportunidades de inserção econômica e geopolítica do Brasil.
Fonte: Embrapa 28/08/2024
Indústria lança primeiro arroz rastreado
Foto: Paulo Lanzetta
O Sistema Brasileiro de Agrorrastreabilidade (Sibraar), desenvolvido pela Embrapa utilizando tecnologia blockchain, começou a ser aplicado à cadeia do arroz, com a Arrozeira Pelotas lançando o primeiro lote rastreado do cereal. A partir de um QR Code nas embalagens, os consumidores podem acessar informações detalhadas sobre a origem e o processo de produção do arroz. Inicialmente, cerca de 300 toneladas de arroz branco tipo 1 da marca Brilhante foram rastreadas, com planos de expansão para outros produtos.
O lançamento oficial da tecnologia ocorrerá durante a 47ª Expointer em Esteio, RS, com lotes já distribuídos no Distrito Federal e Rio Grande do Sul, e previsão de expansão para outros estados. A iniciativa atende à Lei do Autocontrole, que requer o monitoramento e registro auditável de informações no processo produtivo agropecuário, buscando garantir a qualidade, segurança e conformidade legal dos produtos. Nathalia Xavier, supervisora de qualidade da Arrozeira Pelotas, destacou o apoio da empresa ao projeto, visando oferecer transparência aos consumidores.
O Sibraar, criado pela Embrapa Agricultura Digital em 2022, assegura a integridade dos dados registrados, que são protegidos por tecnologia blockchain. A ferramenta, inicialmente desenvolvida para o setor sucroenergético, foi adaptada para outras cadeias agrícolas, incluindo a produção de arroz, e tem parcerias com diversas associações, como a Associação Brasileira de Proteína Animal, para expandir a rastreabilidade em outras indústrias. A rastreabilidade envolve informações sobre a cadeia produtiva, como a origem, industrialização e comercialização, acessíveis ao consumidor via QR Code.
A Embrapa tem estabelecido parcerias com associações de produtores, como a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), para expandir o uso do Sibraar. Essas parcerias permitem a criação de protocolos de rastreabilidade que integram sistemas de gestão e monitoramento das empresas associadas. Andressa Silva, diretora-executiva da Abiarroz, afirmou que a rastreabilidade melhora a gestão da cadeia de suprimentos, aumenta a confiança do consumidor e agrega valor ao produto, ao alinhar-se com práticas de sustentabilidade e autocontrole.
Fonte: Embrapa 28/08/2024
Nova calculadora da pegada de carbono ajuda a mitigar a emissão de GEE na pecuária de corte
Foto: Leonardo Hostin
A Embrapa Pecuária Sul (RS) apresentou na 47ª Expointer a CarbonGado, uma inovadora calculadora que estima e auxilia na mitigação da emissão de gases de efeito estufa (GEE) em rebanhos bovinos de corte. Desenvolvida em parceria com a Universidade Federal do Pampa (Unipampa), a ferramenta utiliza um algoritmo que conecta os indicadores zootécnicos das propriedades às emissões de gases, permitindo que os produtores identifiquem áreas de maior potencial para redução de emissões, promovendo uma pecuária mais sustentável e eficiente.
A CarbonGado considera diversos fatores, como taxa de desmame, idade de abate, mortalidade e qualidade das pastagens, para calcular a produtividade da propriedade e a emissão de CO2 equivalente por quilo de peso bovino produzido. Dessa forma, a ferramenta oferece ao produtor uma referência para melhorar pontos específicos da produção, contribuindo para a mitigação dos GEE e a sustentabilidade da atividade pecuária.
A ferramenta está atualmente em fase beta, com o objetivo de prospectar parcerias e investidores para seu aperfeiçoamento e futura disponibilização ao público. Durante essa fase, a CarbonGado busca testar sua eficácia em diferentes contextos de produção pecuária e incorporar novas variáveis que possam aumentar seu potencial de mitigação de gases de efeito estufa.
O lançamento da CarbonGado na Expointer visa atrair parceiros de pesquisa e investidores que possam contribuir para a finalização do projeto e a expansão de suas funcionalidades. A colaboração com esses parceiros é essencial para aprimorar a ferramenta e ampliar seu impacto positivo na sustentabilidade da pecuária brasileira.
Fonte: Embrapa 28/08/2024
Nova cultivar de amoreira-preta, sem espinhos, aumenta em 30% a eficiência na colheita
A Embrapa lançou a BRS Karajá, sua terceira cultivar de amoreira-preta sem espinhos, que oferece uma colheita e poda mais eficientes, com uma redução mínima de 30% no tempo necessário para os tratos culturais em comparação às variedades com espinhos. Além disso, a nova cultivar se destaca pelo menor amargor e acidez, tornando-a atraente para o mercado tanto para consumo fresco quanto para fins industriais. A BRS Karajá foi registrada oficialmente em março de 2023 e será lançada durante a 47ª Expointer, com mudas disponíveis em viveiros licenciados.
A ausência de espinhos na BRS Karajá melhora a qualidade da fruta colhida, reduzindo danos e facilitando a colheita em horários adequados, o que também diminui o risco de lesões aos trabalhadores. Isso resulta em uma colheita mais ágil e eficiente, aumentando a produtividade e a disponibilidade de mão de obra para outras tarefas no pomar. A produção de amora no Brasil cresceu significativamente nos últimos anos, com a área plantada dobrando e a produção variando entre 15 e 20 toneladas por hectare ao ano, especialmente nas regiões Sul e Sudeste do país.
A BRS Karajá foi desenvolvida através de um processo de polinização e seleção que começou em 2003, utilizando cultivares norte-americanas como Brazos e Arapaho. A cultivar resultante oferece frutos menores, mas com melhor sabor, quando comparada à BRS Xavante. Desde 2006, a Embrapa Clima Temperado tem conduzido pesquisas de campo para aprimorar as características dessa variedade, visando atender às necessidades do mercado brasileiro.
As plantas da BRS Karajá têm crescimento ereto e brotação que começa em agosto, com flores brancas e rosáceas que surgem entre setembro e outubro. A colheita geralmente começa em novembro e se estende até dezembro, antecedendo outras cultivares como BRS Tupy e BRS Xavante. Em condições ideais, com irrigação e suporte, a produção média nos primeiros três anos pode chegar a 2,73 kg por planta, com uma produção acumulada de cerca de 54,67 t/ha.
A BRS Karajá representa um avanço significativo no melhoramento genético da amoreira-preta no Brasil, oferecendo uma opção mais eficiente e menos trabalhosa para os produtores. Com sua produção crescente e adaptada às condições brasileiras, essa nova cultivar promete atender às demandas do mercado e fortalecer a posição do Brasil como um importante produtor de amora-preta.
Fonte: Embrapa 28/08/2024
Foto: Rodrigo Franzo
Brasil avança na padronização de análises de carbono do solo
O 11º International Carbon Dioxide Conference, realizado em Manaus de 29 de julho a 2 de agosto, reuniu cientistas renomados, incluindo Luciana Gatti e Carlos Nobre, para discutir pesquisas e desafios relacionados ao ciclo global do carbono no Sistema Terrestre. Organizado por instituições como Inpe, Impa, Nasa, Selper, Noaa e LBA, o evento destacou a importância das pesquisas climáticas em escala global.
Um dos estudos apresentados foi o “Proficiency test in total soil carbon: collaborative network and adequacy of results,” liderado por Ruan Carnier e desenvolvido pela Embrapa Meio Ambiente em parceria com a Bayer Crop Science. Este ensaio pioneiro no Brasil visa padronizar as análises de carbono total do solo entre laboratórios, em resposta à crescente demanda por projetos de carbono. No primeiro ano do Ensaio de Proficiência em Carbono do Solo (EPCS), 82% dos laboratórios participantes foram considerados proficientes. O segundo ano do EPCS começou em julho de 2024, com a participação de 28 laboratórios de todas as regiões do Brasil.
Fonte: Embrapa 28/08/2024
Foto: Freepik, 2024
Monitoramento semanal das condições das lavouras
Atualizado em 26 de agosto
Algodão – 76,1% colhido. Em MT, o clima quente e seco favoreceu o avanço da colheita. O manejo de pragas e o pós-colheita ocorrem normalmente. Na BA, a colheita avança e a produtividade obtida superou as expectativas iniciais. Em MS, a colheita foi finalizada. No MA, as chuvas de final de ciclo reduziram a produtividade, e a colheita de primeira e de segunda está finalizando. Em GO, nas áreas irrigadas, com pivô central, a colheita ocorre em ritmo mais lento. Em MG, a colheita está sendo concluída e confirma-se a boa produção. No PI, a operação de colheita está em progresso.
Feijão 2ª safra – Na Bahia, cerca de 80% da área total de cultivo já foi colhida. As plantações de feijão de cores estão em fase de maturação e colheita, com as operações avançando rapidamente. A produtividade tem sido considerada boa, graças à alta luminosidade e à baixa presença de nuvens, fatores que favoreceram o desenvolvimento das culturas..
Feijão 3ª safra – Em Minas Gerais, a colheita atingiu cerca de 60% da área total, mas está atrasada em relação ao ano passado devido ao plantio tardio para evitar a infestação de mosca-branca. Em Goiás, a colheita avança lentamente, com a região Leste alcançando aproximadamente 50% da área, enquanto as demais regiões estão finalizando as operações. A qualidade do produto é considerada boa, embora haja uma redução no potencial produtivo no Sudoeste do estado devido à restrição hídrica, que resultou na limitação das horas de funcionamento dos pivôs para economizar água. Na Bahia, a estiagem na região Nordeste, que concentra o feijão de terceira safra, tem acelerado o ciclo das plantas, e mais da metade da área total já foi colhida. No entanto, a falta de chuvas está reduzindo o potencial produtivo, impactando negativamente os resultados finais.
Milho 2ª Safra – A colheita de grãos no Brasil está em fase final, com 97,9% da área total já colhida. No Paraná, restam apenas algumas áreas semeadas tardiamente para serem colhidas. Em Mato Grosso do Sul, a colheita está quase finalizada em todos os municípios, exceto na região Oeste, onde o plantio mais tardio causou um leve atraso. Em Goiás, a colheita também está praticamente concluída, faltando apenas algumas lavouras na região Leste. Em Minas Gerais, a colheita está sendo concluída, mas enfrentou desafios como a falta de chuvas e o ataque de cigarrinha, resultando em grãos menores e mais leves. Em São Paulo, a colheita está próxima do fim, porém, os resultados ficaram aquém das expectativas iniciais. No Maranhão, a colheita já foi finalizada, mas os rendimentos foram inferiores às estimativas. No Pará, a colheita nas regiões Noroeste e Nordeste também está sendo concluída, com rendimentos abaixo do esperado devido à redução das chuvas durante o ciclo.
CATEGORIA: Curso
Mais informações e inscrições: Agroagenda 29/08/2024