Curadoria Semanal: Principais Informações do Mundo Agro! 20 a 26 de julho de 2024

Seja bem-vindo(a) a Newsletter da Agro Insight, um espaço de artigos autorais e curadoria sobre tecnologias, sustentabilidade e gestão para o agro.

Se você ainda não é assinante, junte-se a mais de 8 mil profissionais do Agro, consultores e produtores rurais que recebem gratuitamente conteúdos de qualidade selecionados toda semana, adicionando o seu e-mail abaixo:

Curadoria Semanal: Principais informações sobre o mundo do agronegócio. Atualize-se e compartilhe!

GERAIS

Abertura de mercado no Canadá para exportação de produtos para animais de companhia

As três novas aberturas de mercado deverão contribuir para o aumento do fluxo comercial entre Brasil e Canadá, como reflexo da confiança internacional no sistema de controle sanitário nacional

O governo brasileiro recebeu com satisfação o anúncio, pelo governo do Canadá, da autorização para que o Brasil exporte produtos mastigáveis para animais de companhia, de origem aviária, caprina e ovina.

As três novas aberturas de mercado deverão contribuir para o aumento do fluxo comercial entre Brasil e Canadá, como reflexo da confiança internacional no sistema de controle sanitário nacional. Somam-se à abertura do mercado canadense, em março, para as exportações brasileiras de gelatina e colágeno de origem suína.

Em 2023, as exportações do agronegócio brasileiro ao Canadá ultrapassaram US$ 1,05 bilhão. No primeiro semestre de 2024, foram exportados US$ 518 milhões em produtos agropecuários do Brasil para aquele país.

Com este anúncio, o Brasil alcança sua 85ª abertura de mercado neste ano, totalizando 163 novos mercados em 54 países desde o início de 2023.

Esses resultados são fruto do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Fonte: Mapa 23/07/2024

Mapa publica zoneamento agrícola da soja, safra 24/25, adaptado ao calendário de semeadura e vazio sanitário da Defesa Agropecuária

Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou, na sexta (19), a Portaria nº 303, que compatibiliza as datas de plantio do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura da soja, ano-safra 2024/2025, nos estados do Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Piauí, Acre, Pará, Rondônia, Tocantins, Minas Gerias, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no Distrito Federal.

Essa adaptação teve como objetivo compatibilizar os períodos indicados no Zarc com os períodos de vazio sanitário e de calendário de semeadura da soja em nível nacional, estabelecidos pela Portaria SDA/Mapa nº 1.111, de 13 de maio de 2024. O calendário de semeadura considera parâmetros fitossanitários e faz parte da estratégia para o manejo da Ferrugem Asiática da Soja. Já o Zarc indica a melhor época de plantio, com o objetivo de minimizar as chances de perdas com adversidades climáticas.

Os produtores rurais beneficiários do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) ou do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) devem respeitar tanto as datas de semeadura estabelecidos pela SDA, por estado, quanto o Zarc, por município, sempre cumprindo com a norma para serem contemplados nos programas de gestão de riscos.

ACESSO AOS INDICATIVOS DE ZARC

As consultas podem ser feitas por meio da plataforma painel de indicação de riscos ou por meio do aplicativo móvel Zarc Plantio Certo, disponível nas lojas de aplicativos: iOS e Android.

Fonte: Mapa 27/03/2024

Presidente sanciona lei que reforça educação sobre mudança do clima e biodiversidade

Duas jovens lendo juntos

O governo Federal sancionou no dia 17/7 a  lei que garante atenção à mudança do clima, à proteção da biodiversidade e às vulnerabilidades a desastres socioambientais na Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA). A medida foi sancionada em ato no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), com participação de ministros e parlamentares. “Temos que ter muito cuidado com o livro didático, porque quem vai salvar o planeta é a juventude que vai ter que aprender na escola a importância da questão ambiental”, disse o presidente.

O PL nº 6.230/2023 fortalece a PNEA ao enfatizar a importância de a população compreender as causas e consequências da emergência climática e da perda de biodiversidade, além da necessidade de ação para combatê-las. Aprovada em 1999 e implementada desde 2003, a política de educação ambiental tem órgão gestor formado pelos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima e da Educação. “Educar para o meio ambiente é uma tarefa deste século. Sem isso, vamos continuar achando que é possível viver em oposição à ecologia”, afirmou a ministra Marina Silva. “O Brasil pode ser uma potência agrícola e uma potência florestal, ser uma potência industrial e hídrica. Podemos ser um país que é industrializado e que fornece as commodities para a segurança alimentar do planeta, mas que protege os povos indígenas.”

As mudanças buscam promover uma política educacional baseada na conscientização ambiental, com incentivos à participação ativa nas ações ambientais de grupos e indivíduos, entre eles escolas em todos os níveis de ensino. A lei também alinha os objetivos da educação ambiental a políticas nacionais relacionadas ao meio ambiente, mudança do clima, biodiversidade e defesa civil. “Sobretudo na questão ambiental, nós temos que ter muito cuidado com o livro didático, porque quem vai salvar o planeta não somos nós, é a juventude que vai ter que aprender na escola a importância da questão ambiental”, disse o presidente Lula.

Entre as principais diretrizes da lei está o desenvolvimento de instrumentos e metodologias para garantir a eficácia das ações educativas relacionadas às questões ambientais, à mudança do clima, aos desastres socioambientais e à perda de biodiversidade. Também demanda a inserção obrigatória de tais temas nos projetos institucionais e pedagógicos das instituições de ensino da educação básica e superior. “O único caminho que temos para conscientizar os jovens, as crianças, é por meio da educação”, declarou o deputado federal Átila Lira, relator do PL na Câmara dos Deputados.

Autor do PL, o deputado federal Luciano Ducci afirmou que o objetivo de incluir temas relacionados à mudança do clima na PNEA é mobilizar a sociedade: “É um projeto que mais atual agora do que quando foi apresentado. Tem a grande motivação de buscar uma transformação da sociedade através da educação”, disse ele. Para fortalecer a conscientização ambiental, o MMA organiza a 5ª Conferência Nacional de Meio Ambiente (CNMA), que terá o tema “Emergência climática: caminhos para a transformação ecológica”.

As etapas municipais e intermunicipais da CNMA começaram em 11 de junho e vão até 15 de dezembro, simultaneamente às conferências livres. As conferências estaduais e no Distrito Federal serão realizadas de 15 de janeiro a 15 de março de 2025. Já a conferência nacional será em Brasília (DF) em maio de 2025. Com MCTI e MEC, o ministério organiza também a 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, que será realizada em 2025 e terá justiça climática como tema. O objetivo é incentivar a participação infantojuvenil em processos de tomada de decisão. Também participaram do ato no Palácio do Planalto as ministras Esther Dweck (MGI) e Luciana Santos (MCTI) e os ministros Alexandre Padilha (SRI), Silvio Almeida (MDH) e Camilo Santana (MEC), além de deputados e representantes de órgãos federais.

Fonte: MMA 23/07/2024

Missão Compradores 2024

Importadores de algodão de oito países visitam fazendas e estruturas de beneficiamento e análise de pluma no Brasil

Foto grátis foto de foco seletivo de flores brancas secas em um galho com fundo desfocado

O Brasil recebe, de 26 de julho a 3 de agosto, a oitava edição da Missão Compradores, intercâmbio comercial organizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) junto a importadores da pluma nacional. O objetivo da iniciativa é mostrar, in loco, as principais etapas do ciclo produtivo do algodão brasileiro – do plantio à rastreabilidade do produto. Na edição deste ano, a delegação reúne 23 representantes da indústria têxtil de Bangladesh, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Honduras, Índia, Paquistão e Turquia.

Em 2023, o Brasil colheu 3,24 milhões de toneladas de pluma, mantendo-se como terceiro maior produtor mundial. De agosto de 2023 a julho de 2024, a exportação brasileira está estimada em 2,72 milhões de toneladas, conforme dados da Abrapa, que preside a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Com isso, o País se posiciona, atualmente, como principal exportador global.

Neste momento, as fazendas brasileiras de algodão estão em diferentes estágios da colheita e do beneficiamento. Ao mesmo tempo, ocorre a análise e a classificação da qualidade da pluma colhida e a ser comercializada. Para transmitir aos convidados um retrato preciso da diversidade da cotonicultura brasileira, a Abrapa os levará a oito municípios brasileiros. A programação prevê visita a cinco fazendas produtoras de algodão localizadas em Lucas do Rio Verde e Campo Verde (MT), São Desidério (BA) e Cristalina (GO). Nessas propriedades rurais, a comitiva visitará também unidades de beneficiamento.

A agenda inclui ainda visitas à Cooperativa dos Cotonicultores de Campo Verde (Cooperfibra), ao Centro de Análise de Fibras da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e ao Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), estrutura gerida pela Abrapa. A Missão Compradores integra as ações do Cotton Brazil, programa de promoção internacional que representa todo o setor produtivo do algodão em escala global. Coordenado pela Abrapa, tem parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e apoio da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea).

 

Fonte: ABRAPA 23/07/2024

INPE participa de evento sobre uso de plataformas de emissões e risco climático

 

SIRENE_AdpataBrasil

As plataformas SIRENE Organizacionais e AdaptaBrasil, esta sob coordenação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), foram apresentadas, nesta quinta-feira (18), para o setor empresarial em evento promovido pelo Movimento Ambição Net Zero do Pacto Global da ONU – Rede Brasil. O objetivo é que as empresas possam conhecer melhor as informações e recursos disponíveis e possam se engajar em iniciativas que contribuam com a ação climática.

SIRENE Organizacionais é um módulo do Sistema de Registro Nacional de Emissões (SIRENE), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), para receber inventários de emissões das organizações. A plataforma foi construída considerando as experiências nacionais na área e em colaboração com instituições-chave no assunto. O SIRENE contribui para padronizar procedimentos em âmbito nacional e fortalecer o sistema de Mensuração, Relato e Verificação, estimulando as empresas a começarem a elaborar os relatórios e gerir as emissões.

O primeiro ciclo anual de recebimento de inventários do SIRENE Organizacionais está previsto para iniciar neste semestre.

A coordenadora técnica do projeto da Quinta Comunicação Nacional e Relatórios Bienais do Brasil à Convenção do Clima, Renata Grisoli, destacou a importância da conexão dos inventários de emissões de gases de efeito estufa (GEE) com a ambição climática e como as empresas podem utilizar as informações para implementar ações climáticas. “Quando se sabe onde estão as maiores emissões, é possível direcionar os esforços para implementar ações de mitigação, contribuindo com a ambição do país”, afirmou.

O evento também abordou funcionalidades e informações disponíveis na AdaptaBrasil que podem contribuir com o planejamento e a elaboração de planos de adaptação de empresas à crise climática. A plataforma disponibiliza indicadores e índices sobre risco climático, que envolve compreender as ameaças climáticas futuras, as vulnerabilidades e a exposição. Estão contemplados dados sobre setores estratégicos, como segurança energética, saúde, recursos hídricos, segurança alimentar, infraestrutura. O recorte é até o nível municipal, ou seja, dados para todos os 5.570 municípios brasileiros.

De acordo com Cássia Lemos, pesquisadora do INPE que integra a equipe técnica da AdaptaBrasil, o setor privado pode utilizar os dados analisando impactos diretos e indiretos de acordo com as atividades econômicas que desenvolve. “Essas informações apoiam a estruturação ações para adaptar o negócio às mudanças climas”, explicou Lemos.

A analista sênior de clima, Maria Fernanda Pistori, destacou que o Pacto Global, que no Brasil tem mais de 2 mil empresas engajadas, atua para o engajamento das empresas em ações coletivas, que envolvam iniciativas para adaptação à mudança do clima e mitigação, e que possam entregar resultados com efetivo impacto, dado a urgência do tema. “Temos ações coordenadas e propositivas para o setor empresarial”, explicou.

Entre as iniciativas está o programa Ambição 2030, que prevê a elaboração de inventários de emissões anuais e do estabelecimento de metas de redução de emissões de curto e longo prazos. “Recomendamos fortemente que as empresas façam adesão de participação a essa plataforma [SIRENE Organizacionais] e às empresas que já estão engajadas, que participem”, afirmou Pistori. O webinário está disponível neste link.

Fonte: Mapa 23/07/2024

CRÉDITO RURAL

Atual Plano Safra é apresentado no Conselho Superior do Agronegócio

Encontro o Cosag ocorreu na Fiesp, em São Paulo. Na ocasião, o ministro destacou que, com mais recursos disponíveis e com menor valor de produção, o Plano 24/25 se tornou mais eficiente

Governo Federal lança Plano Safra 24/25 com R$ 400,59 bilhões para agricultura empresarial — Ministério da Agricultura e Pecuária

Na segunda-feira (22), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou da reunião do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag), na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na ocasião, apresentou o Plano Safra 24/25, que oferece linhas de crédito, incentivos e políticas agrícolas para médios e grandes produtores. Neste ano safra, são R$ 400,59 bilhões destinados para financiamentos.

O ministro Fávaro destacou que no primeiro ano do terceiro mandato do presidente Lula o custo de produção no agro nacional reduziu e, aliado a isso, o Governo Federal aumentou os recursos disponíveis. “Nesta gestão tivemos um incremento de 40% de recursos no contexto da agricultura empresarial. Também, nestes quase dois anos, o custo de produção diminuiu consideravelmente. Com isso, calculamos e tivemos como resultado um Plano Safra 63% mais eficiente”, ressaltou. Também foi explicado por Fávaro que, do o valor para médios e grandes produtores, R$ 107,3 bilhões são para investimentos, um aumento de 16,5% no comparativo com o ano anterior. Já para custeio e comercialização, são R$ 293.29, aumento de 8%.

Em relação aos recursos por beneficiário, R$ 189,09 bilhões são com taxas controladas, direcionados para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e demais produtores e cooperativas, e os outros R$ 211,5 bilhões destinados a taxas livres. O ministro também evidenciou a importância do encontro, que é um espaço para apresentar o trabalho que vem sendo feito e para colher as demandas do setor. Vinculado à Fiesp, o Cosag é um órgão técnico e estratégico voltado ao debate e estudos para propor políticas públicas para o agronegócio. “É importante para nortear a gestão e ser útil para a sociedade, para as unidades representativas de classe. É a oportunidade de receber demandas, críticas e sugestões. É oportunidade para melhorar”.

Participaram da reunião o presidente do Cosag, Jacyr Costa, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa, e o secretário de Política Agrícola do Mapa, Guilherme Campos.

 

PRODUÇÃO

 

Cientistas usam fruto amazônico para enriquecer farinha de mandioca

Ronaldo Rosa - A adição do camu-camu, fruto típico da Amazônia, enriquece nutricionalmente a farinha de mandioca e agrega valor ao produto

Pesquisadores brasileiros constataram que a adição de camu-camu à farinha de mandioca amarela é capaz de enriquecê-la nutricionalmente, torná-la mais atraente ao paladar e agregar valor ao produto. Desidratados sob diferentes métodos tecnológicos, como a liofilização e naturalmente à luz do sol, os resíduos agroindustriais de frutos de camu-camu, adicionados à farinha de mandioca, incrementaram significativamente os produtos finais, com destaque para a coloração e concentração de antioxidantes.

O estudo sobre o “Desenvolvimento de produtos à base de frutos e resíduos beneficiados do processamento de camu-camu” foi conduzido por Pedro Vitor Pereira Guimarães durante o seu doutorado no Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Rede Bionorte (Belém, PA), em parceria com a Universidade Federal de Roraima (UFRR), Embrapa Roraima (RR) e Embrapa Instrumentação (SP), além da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas, em Manaus (AM). De acordo com Guimarães, a pesquisa teve o objetivo de formular e caracterizar as farinhas sob diferentes métodos de secagem, oriundas de frutos ou de resíduos agroindustriais de camu-camu.

Com base nos experimentos realizados, os pesquisadores acreditam que a farinha de camu-camu tem potencial para enriquecer outras farinhas e alimentos, com boa aceitação regional e potencial internacional. O produto desenvolvido e suas possibilidades de uso podem fortalecer a economia local, gerar emprego e renda, principalmente para a agricultura familiar e programas destinados às mulheres rurais da região. Além disso, é capaz de contribuir de forma significativa com a segurança alimentar e nutricional ao proporcionar dietas com alto valor nutricional, enriquecidas à base de produtos nativos e populares.

Guimarães ressalta que testes futuros ainda devem ser realizados para aprimorar a elaboração das farinhas oriundas de camu-camu e a sua adição a novos alimentos, bem como a verificação da aceitabilidade desses novos produtos, avaliados pioneiramente na pesquisa.

Formulações testadas

O camu-camu, fruto vermelho-arroxeado, típico da região amazônica, é fonte natural de minerais e antioxidantes, com destaque para os altos teores de vitamina C. Conhecido também como caçari ou araçá d’água, a árvore de pequeno/médio porte, cresce em áreas de várzea, lagos e rios, com galhos e raízes submersas, com alto potencial para a economia local e relativamente pouco explorado.

Para Guimarães, os maiores desafios da pesquisa foram evidenciar as possibilidades de aproveitamento de resíduos e materiais orgânicos, alinhar o estudo à política nacional de resíduos sólidos, possibilitando destinos ambientalmente adequados, principalmente, para esse tipo de material de interesse biotecnológico, com alto potencial nutricional e para ser adicionado a outros processos produtivos.

O pesquisador constatou que, com base na validação estatística, a farinha de mandioca enriquecida com diferentes doses de farinha de camu-camu foi afetada de forma positiva e significativa, com destaque para incremento na coloração dos produtos finais, assim como nos teores de sólidos solúveis e totais, e nos conteúdos de antioxidantes, entre eles, os ácidos ascórbicos e cítricos.

Os resultados do estudo apontaram que as doses testadas podem ser modelos com qualidades organolépticas desejáveis. As formulações foram produzidas com farinha de mandioca adicionadas de cinco doses percentuais de farinhas de camu-camu: 0% (testemunha/controle), 5%, 25%, 50% e 100%. “As farinhas obtidas do processamento de camu-camu apresentaram concentração satisfatória de macro e microelementos, superando resultados comumente referenciados na literatura quanto a resíduos agroindustriais de polpas de frutas congeladas, de frutas in natura, de produtos em pó bioprocessados e de outros frutos”, afirma Guimarães.

Com isso, os pesquisadores esperam a obtenção de um alimento enriquecido e estável que possa ser consumido de diferentes formas, considerando as propriedades organolépticas, funcionais e agroindustriais desejáveis que o camu-camu possui.

Fonte: Mapa 23/07/2024

Curso apresenta tecnologias sobre armazenamento de sementes e grãos de soja

Paulo Kurtz - Estrutura para armazenagem, transporte e recebimento de grãos
Foto:  Paulo Kurtz

A Embrapa Soja irá promover o primeiro curso sobre Tecnologia de Armazenamento de Sementes e Grãos de Soja, de 5 a 9 de agosto de 2024, em Londrina (PR), dirigido a profissionais que atuam em unidades armazenadoras de sementes e de grãos. O objetivo é capacitar os participantes sobre diferentes técnicas de armazenamento para colaborar com a manutenção da qualidade de sementes e grãos de soja no Brasil. As inscrições para o curso presencial estão abertas e podem ser feitas aqui.

De acordo com Francisco Krzyzanoswki, pesquisador da Embrapa Soja e coordenador do curso, a gestão do armazenamento do grão de soja visa evitar as perdas quantitativas e qualitativas, por meio da adoção de tecnologias de secagem, aeração e manejo das pragas, que normalmente estão presentes nos grãos e ou sementes, quando armazenados inadequadamente. “A programação curso foi organizada para detalhar as tecnologias de manejo integrado de pragas em unidades armazenadoras, trazer orientação sobre amostragem visando o controle de qualidade dos produtos, pré-limpeza, limpeza, secagem, compartilhar diferentes abordagens sobre os fatores determinantes da deterioração das sementes e dos grãos durante o armazenamento, além de apresentar outros conteúdos”, destaca Krzyzanoswki.

Curso – Tecnologia de Armazenamento de Sementes e Grãos de Soja
Data: 5 a 9 de agosto
Local: Embrapa Soja, Londrina (Paraná)
Inscrição on-line: www.embrapa.br/soja/curso-armazenamento-de-sementes

 

Abrapa aborda liderança mundial do algodão brasileiro em dia de campo na Bahia

 

Foto grátis ramo de flor de algodão em fundo azul

As estratégias para ampliar a participação do algodão brasileiro no mercado global foram debatidas pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) durante o terceiro Dia de Campo da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa). Este evento, considerado o principal da cadeia produtiva do algodão no Nordeste e na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), ocorreu em 20 de julho na Fazenda Orquídeas, pertencente ao Grupo Schmidt, localizada na região agrícola das Placas, em Barreiras, no oeste da Bahia. O encontro atraiu um público recorde de mais de 1,4 mil pessoas, incluindo produtores, especialistas e fornecedores.

“É fundamental ressaltar a importância deste evento como um espaço destinado a discussões técnicas e estratégicas que impulsionam o desenvolvimento sustentável e a expansão contínua do mercado de algodão brasileiro no cenário global. A Bahia, sendo o segundo maior produtor nacional de algodão, desempenha um papel fundamental nesse contexto”, afirmou o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.

Na ocasião, ele destacou ainda a presença de todos os elos da cadeia para compartilhar conhecimentos, explorar inovações e reafirmar o compromisso do setor com práticas agrícolas responsáveis. “Nosso foco é manter e fortalecer a posição do Brasil como líder de exportação de algodão, assegurando que cada avanço seja sustentável e benéfico para todos os envolvidos. Juntos, estamos moldando o futuro de um setor que não só impulsiona nossa economia, mas também preserva nosso meio ambiente para as gerações futuras”, ressaltou.

Durante o encontro, os participantes tiveram a oportunidade de visitar três estações técnicas distintas, cada uma focada em temas específicos, como fitossanidade e sustentabilidade. A primeira estação foi conduzida por Luís Carlos Bergamaschi, presidente da Abapa, juntamente com o professor Aziz Galvão Junior, da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Eles apresentaram as ações da entidade baiana, discutiram sobre o mercado atual e exploraram as perspectivas futuras para o algodão, além do papel que o setor agrícola desempenha na economia local e nacional.

“Foi um dia de celebração do algodão, destacando toda a cadeia produtiva dedicada à produção dessa fibra têxtil natural, que é tão importante. Todas as palestras abordaram temas atuais, proporcionando uma dinâmica envolvente. Os participantes tiveram a oportunidade de visitar uma plantação de algodão, aprender sobre seu processo de produção e entender como as iniciativas da Abapa têm contribuído para o desenvolvimento da região. Além disso, discutiram-se aspectos de mercado, como o futuro do algodão, os mercados exportadores e a importância do Brasil como um dos líderes mundiais na produção e exportação dessa commodity”, disse Bergamaschi.

Com a palestra “Futuro do Agro: Perspectivas para o Algodão”, Marcos Fava Neves conduziu os visitantes na segunda estação temática. Marcelo Duarte, diretor de relações internacionais da Abrapa, liderou a apresentação sobre “O Algodão Brasileiro no Cenário Global: Estratégias para Ampliar a Participação no Mercado” na terceira estação.

Duarte reforçou que uma das estratégias para consolidar a liderança do Brasil no mercado global é o investimento na divulgação da imagem da fibra, destacando sua qualidade e sustentabilidade reconhecidas mundialmente. Ele enfatizou que a meta é desafiadora, mas alcançável, especialmente considerando o recente marco onde o Brasil ultrapassou os Estados Unidos como o maior exportador de algodão do mundo na safra 23/24.

A plenária principal foi conduzida por Maurício Schneider, CEO da StartSe Agro, que discutiu “Organizações Infinitas: Liderança e Inovação no Agro”. Na safra 2023/2024, a Bahia deve colher 662,8 mil toneladas de algodão, com a produtividade esperada de 1.919 kg de pluma/ha. A região oeste cultivou um total de 339.721 hectares da fibra, sendo 242.489 hectares de sequeiro e 97.231 hectares irrigado. No sudoeste, a área cultivada foi de 5.710 hectares, predominantemente em áreas de sequeiro.

Fonte: Embrapa 23/07/2024

Rota do Bode reuniu povos tradicionais e movimentos sociais do semiárido baiano para fortalecer a caprinocultura

Enquanto no Cerrado é mais comum a criação de bovinos, na Caatinga é mais presente a de caprinos e ovinos. — Foto: Sertão Agroecológico/Univasf/Estudo FPP

Fonte da imagem: G1 24/07/2024

Entre os dias 15 e 19 de julho, aconteceu em Jaguarari, Semiárido Baiano, o 1º Encontro do Comitê da Rota do Bode, uma articulação entre o Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Matrizes Africanas (FONSANPOTMA) e Comunidades Tradicionais Fundo de Pasto, para dialogarem sobre a construção de canais de comercialização de caprinos, de forma a garantir a soberania e segurança alimentar e nutricional para os Povos de Matriz Africana.

Esses povos tem em sua cultura alimentar a sacralização dos caprinos e sua carne como a principal fonte de proteína animal consumida. O encontro também teve etapas em Petrolina (PE), e nos municípios de Casa Nova e Juazeiro (BA) e envolveu diferentes instituições governamentais das esferas federal, estadual e municipal, cooperativas, associações e sindicatos rurais.

A Embrapa Alimentos e Territórios foi representada pelo Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento Ricardo Elesbão e pelo analista Fabrício Bianchini. Também estiveram presentes os pesquisadores Jorge Farias e Lucas Fonseca (Embrapa Caprinos) e Evandro Holanda, representando a Diretoria de Pesquisa e Inovação da Embrapa (DEPI).

A “Rota do Bode” é uma articulação realizada pelo FONSANPOTMA, entidade que representa os Povos de Matriz Africana nos diferentes conselhos nacionais, como o CONSEA e o CONDRAF, e busca garantir a segurança alimentar e nutricional dos POTMAs e, prioritariamente, o acesso aos caprinos, atualmente comercializados em péssimas condições sanitárias devido ao transporte inadequado e ilícito, além do alto valor cobrado pelos atravessadores.

A pauta principal do encontro foi a construção de um canal de comercialização justa e solidária, que integre as associações das Comunidades Tradicionais Fundo de Pasto da região Semiárida baiana, com as Unidades Territoriais Tradicionais dos Povos de Matriz Africana e Comunidades de Terreiro, presentes em todo o país.

A viabilidade da caprinovinocultura na região foi uma das pautas levadas pelo Coletivo Enxame, coletivo político de Juazeiro (BA) que reúne pessoas de diferentes segmentos em pautas como defesa do meio ambiente, educação, cultura, juventude, mulheres e convivência com o semiárido.

Fonte: Portal Embrapa 23/07/2024

Monitoramento semanal das condições das lavouras

Atualizado em 22 de julho

Foto grátis planta de algodão macio no prado dourado do pôr do sol gerado por ia

Algodão  – 20,5% colhido. Em MT, a colheita avançou sendo favorecida pelo clima seco que auxiliou na maturação e dessecação. Na BA, a colheita nas áreas irrigadas e de sequeiro totalizou cerca de 30% da área estadual. As condições qualitativas estão abaixo do esperado, inicialmente, com diâmetro e resistência menores da pluma. Em MS, a colheita se aproxima da metade da área total. Nas regiões Norte e Nordeste, observa-se perdas de qualidade e rendimento, devido ao excesso de chuvas em parte do ciclo reprodutivo. No MA, cerca 38% da área foi colhida e as demais lavouras estão em maturação, com boas condições fitossanitárias. Em GO, a colheita avançou e as lavouras de sequeiro estão praticamente colhidas, enquanto as áreas de segunda safra iniciaram a fase de maturação e pré-colheita. No PI, a colheita progride e apresenta bom rendimento e boa qualidade de pluma. Em SP, a sega está quase finalizada, restando pequenos talhões a serem colhidos na região de Riolândia.

Foto grátis foto de foco seletivo de uma planta verde no campo

 

Feijão 2ª safra – Na BA, houve conclusão da colheita do feijão-caupi. As restrições hídricas impactaram o potencial produtivo da cultura. As lavouras de feijão-cores irrigado estão em enchimento de grãos e demonstram boas condições.

 

 

Feijão em foto de close up para tema de agricultura e comida

 

Feijão 3ª safra – Em MG, as lavouras estão em fases fenológicas variadas e, no geral, apresentam bom desenvolvimento, mesmo com a escassez pluviométrica, devido à irrigação suplementar. Em GO, a colheita avança lentamente e de forma escalonada. As frentes de trabalho estão em áreas do Sul, Leste e Vale do Araguaia. Destaca-se que a qualidade do produto obtido tem se apresentado em padrão extra. Na BA, apesar da redução das chuvas, as lavouras ainda apresentam bom desenvolvimento.

 

Foto grátis vista de perto do milho ainda em sua casca

Milho 2ª Safra79,6% colhido. Em MT, a colheita está quase finalizada e as produtividades se mantêm elevadas. No PR, as precipitações interromperam a colheita em diversas regiões e a maioria das lavouras estão em boas condições. Em MS, a colheita avança em todo o estado. Em GO, mais de 50% da área foi colhida e está mais adiantada que a safra passada. Em SP, a colheita ultrapassa a metade da área semeada e as baixas produtividades refletem as condições climáticas desfavoráveis ocorridas. Em MG, a colheita progride e notam-se rendimentos abaixo do esperado. No TO, a colheita está sendo encerrada e verificam-se, em diversos municípios, produtividades inferiores às estimadas inicialmente. No MA, a colheita progride e as produtividades obtidas apresentam redução, especialmente, nas áreas semeadas fora da janela ideal de plantio. No PI, a colheita avança em ritmo normal, superando metade da área semeada, com boa qualidade de grãos, mas produtividades abaixo do esperado. No PA, a colheita está sendo finalizada na região de Redenção e da BR-163. Nos polos de Santarém e de Paragominas, ela foi iniciada, favorecida pela redução das precipitações.

Campo de trigo dourado

Trigo – 96,8% semeado. No RS, a redução das chuvas propiciou melhores condições para a implantação das últimas lavouras e o desenvolvimento daquelas já semeadas. As temperaturas baixas e os dias nublados reduziram o ritmo de evolução fenológica, mas as condições gerais são boas. No PR, as chuvas significativas em muitas regiões produtoras limitaram o avanço da semeadura, que se encaminha para a conclusão. Em SP, as chuvas recentes e a diminuição na temperatura amenizaram as perdas pelo estresse hídrico. Contudo, há redução no potencial produtivo e na qualidade do grão. Em SC, as temperaturas aumentaram, mas as chuvas persistiram e dificultaram a semeadura, que se encontra atrasada em comparação à safra anterior. Essa alta umidade também favoreceu o aumento na incidência de manchas foliares associadas a doenças fúngicas, contudo, a maioria das lavouras ainda apresenta boa condição fitossanitária. As baixas temperaturas contribuíram para o bom perfilhamento e desenvolvimento das plantas. Em MG, a colheita se aproxima de ¼ da área total e se concentra nas lavouras de sequeiro. As chuvas abaixo da média comprometeram o rendimento e a qualidade dos primeiros grãos obtidos. As lavouras irrigadas apresentam boas condições. Em GO, a colheita das áreas de sequeiro está encerrada, confirmando a redução no potencial produtivo. As áreas irrigadas estão em fase de enchimento de grãos e maturação, em boas condições. Em MS, as chuvas no sul do estado amenizaram as condições de estresse hídrico em algumas áreas. As fases da cultura variam entre desenvolvimento vegetativo e maturação.

Fonte: CONAB – Monitoramento Semanal das Condições das Lavouras. Atualizado em 22 de julho de 2024

 

MERCADO

INDICADORES CEPEA (22 a 24 de julho)

Foto grátis molho de soja e soja no assoalho de madeira molho de soja conceito de nutrição alimentar.

SOJA: MAIOR DEMANDA ELEVA PREÇOS DO ÓLEO DE SOJA. Os preços e os prêmios de exportação do óleo de soja subiram no Brasil na última semana. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso vem da demanda firme, sobretudo de indústrias domésticas de biodiesel. O maior interesse comprador tende a absorver parcela da produção nacional de óleo de soja, reduzindo o excedente exportável. Levantamento do Cepea mostra que o preço do derivado posto na região de São Paulo, com 12% de ICMS, fechou a última quinta-feira, 18, no maior valor nominal desde 21 de março de 2023, a R$ 6.063,57/t. De acordo com o USDA, a produção brasileira de óleo de soja deve ser recorde, tanto na safra 2023/24 (de outubro/23 a setembro/24) quanto na temporada 2024/25 (de outubro/24 a setembro/25), ambas projetadas em 10,8 milhões de toneladas. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis poluição por óleo na água criada com a tecnologia generative ai

ETANOL: DEMANDA RETRAÍDA INTERROMPE ALTAS. Depois de subir por cinco semanas consecutivas, os preços dos etanóis se enfraqueceram no mercado spot do estado de São Paulo. Entre 15 e 19 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado foi de R$ 2,6564/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), estável em relação ao intervalo anterior. Para o anidro, o Indicador fechou a R$ 3,0508/litro (líquido de PIS/Cofins), queda de 0,97% na mesma comparação. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem da demanda retraída. Compradores consultados pelo Cepea indicam que o período de férias escolares tem reduzido a necessidade de novas aquisições, visto que diminui o fluxo dos automóveis. Do lado produtor, pesquisadores do Cepea explicam que algumas usinas optaram por ficar fora do mercado, enquanto outros vendedores ofertaram valores menores, buscando aumentar a liquidez e evitar a elevação dos estoques, uma vez que a safra segue favorecida por boas condições climáticas. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis bela foto de um campo branco com céu nubladoTRIGO: DEMANDA SEGUE FIRME; CLIMA PREOCUPA. Pesquisas do Cepea mostram que o mercado brasileiro de trigo continua registrando demanda crescente pelo produto de qualidade superior, mas os estoques estão limitados, e há preocupações com as condições climáticas para a temporada em andamento. Ainda segundo pesquisadores do Cepea, agentes também seguem atentos às compras externas, assim como aos baixos índices pluviométricos nas últimas semanas. No campo, as atividades estão praticamente finalizadas no Paraná, com 99% do total já semeado. No Rio Grande do Sul, a semeadura alcançou 85% do previsto para este ano. Os trabalhos de campo estão atrasados em relação ao observado na temporada passada. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Bacia De Acucar Imagens – Download Grátis no Freepik

AÇÚCAR: PREÇOS SOBEM MESMO COM BAIXA LIQUIDEZ. A liquidez seguiu baixa no mercado spot paulista de açúcar cristal branco na última semana, com somente algumas poucas negociações envolvendo quantidades maiores. Apesar da lentidão, levantamento do Cepea aponta que as cotações tiveram ligeira alta nos últimos dias. Segundo pesquisadores do Cepea, os negócios envolvendo o cristal Icumsa 150, produto que vem apresentando oferta mais restrita ao longo desta temporada 2024/25, foram responsáveis por sustentar os preços médios. Entre 15 e 19 de julho, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 133,48/saca de 50 kg, alta de 0,55% em relação à do período anterior. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Flores de algodão

ALGODÃO: EXPORTAÇÕES SEGUEM ATRATIVAS AO LONGO DA SAFRA 2022/23. Os preços do algodão em pluma para exportação estiveram acima dos praticados no mercado doméstico ao longo de praticamente toda a safra 2022/23, que se encerra neste mês de julho, favorecendo os embarques brasileiros do produto. Na parcial de julho (até o dia 22), o valor médio da pluma exportada está em R$ 4,6326/lp (US$ 0,8413/lp), 13% superior ao do Indicador CEPEA/ESALQ à vista, de R$ 4,1061/lp (US$ 0,7441/lp). Dados da Secex mostram que, na safra 2022/23 (de agosto/23 até a parcial de julho/24), o Brasil exportou 2,64 milhões de toneladas, sendo expressivos 82,3% a mais que a quantidade embarcada no total da temporada 2021/22. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis visão da xícara de caféCAFÉ: EM RETA FINAL DE COLHEITA, GRÃOS MIÚDOS PREOCUPAM. Com a colheita de café arábica na reta final, pesquisas do Cepea apontam que a maior dificuldade dos produtores tem sido padronizar os lotes, devido ao principal gargalo na temporada 2024/25 da variedade: a peneira reduzida. Agentes consultados pelo Cepea apontam que este fator deve impactar no volume final colhido pelo Brasil na safra 2024/25. Para o robusta, também há relatos de menor percentual de grãos com peneiras maiores, o que deve comprometer o fechamento final da temporada em termos de volume, além de atrapalhar a formação dos lotes já contratados, ainda conforme pesquisadores do Cepea. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis detalhes de papel de parede de arroz em casca e arroz brancoARROZ : DEMANDA INTERNACIONAL SUSTENTA PREÇOS NO BR. Visando atender sobretudo à demanda externa aquecida, compradores se mostram mais ativos no spot de arroz em casca do Rio Grande do Sul, o que vem sustentando os preços na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores deste Centro, agentes sinalizam bom interesse de importadores pelo arroz brasileiro e, assim, priorizam adquirir o produto beneficiado. Entretanto, ainda conforme pesquisadores do Cepea, como há um longo período até a chegada da nova safra, vendedores seguem retraídos, o que reforça o suporte sobre as cotações domésticas. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Composição nutritiva de raízes de mandioca fatiadas

MANDIOCA: BAIXA OFERTA MANTÉM PREÇOS EM ALTA. Apesar da retomada dos trabalhos de campo após as recentes chuvas, a oferta de mandioca seguiu abaixo do esperado para o período, na última semana, em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores do Cepea, a maioria dos produtores priorizou as atividades relacionadas ao plantio, ao mesmo tempo em que a disponibilidade de lavouras de 2º ciclo (acima de 12 meses) vem diminuindo rapidamente. Nesse cenário, os preços da raiz subiram pela sexta semana consecutiva, ainda conforme levantamento do Cepea. Com oferta de matéria-prima e rendimento industrial menores, a produção de fécula de mandioca sinaliza diminuição. A demanda pelo derivado, por sua vez, segue aquecida, impedindo uma recuperação dos estoques nas fecularias e modificadoras. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Ovos fritos com vegetais na panela

OVOS: COTAÇÕES SÃO AS MENORES DESDE JANEIRO DESTE ANO. Os preços dos ovos têm caído com força em todas as praças acompanhadas pelo Cepea, registrando nesta parcial de julho as menores médias desde janeiro/24. De acordo com colaboradores do Cepea, a baixa liquidez vem aumentando os estoques da proteína, o que tem pressionado as cotações de forma significativa. Na parcial de julho (até o dia 18), a caixa de 30 dúzias do ovo tipo extra branco a retirar (FOB) na região produtora de Bastos (SP) se desvalorizou 5,1% na comparação com junho e expressivos 23,7% em relação a julho/23 (em termos nominais), com média de R$ 137,83 neste mês, a menor desde janeiro. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Refeição

MILHO: APESAR DE COLHEITA ADIANTADA, COMERCIALIZAÇÃO É LENTA. Enquanto a colheita de milho da segunda safra segue adiantada em relação à temporada anterior, a comercialização do cereal no mercado spot está lenta. Segundo pesquisadores do Cepea, consumidores, de modo geral, priorizam o recebimento de milho negociado antecipadamente e/ou adquirem apenas lotes pontuais para o curto prazo – as compras estão reduzidas desde o início de julho. A colheita em Mato Grosso e no Paraná, dois principais estados produtores de segunda safra, já ultrapassa a metade das respectivas áreas. Pesquisadores do Cepea ressaltam que, com a produção elevada, o baixo ritmo de negócios e também a demanda internacional enfraquecida, além do déficit nacional de armazenagem, produtores vêm demonstrando maior necessidade de venda, reforçada conforme a colheita avança. Nesse cenário, os preços seguem em queda, ainda segundo levantamento do Cepea. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Tomates

TOMATE: TEMPERATURAS ACIMA DA MÉDIA MANTÊM PRESSÃO SOBRE COTAÇÕES. Levantamento da equipe Hortifrúti/Cepea mostra que, na última semana, o preço médio da caixa do tomate salada 3A no atacado de São Paulo (SP) foi de R$ 59, queda de 8,3% em relação ao do período anterior. Em Belo Horizonte (MG), a baixa foi de 20,7%, a R$ 43/cx, no atacado do Rio de Janeiro (RJ), de 0,96%, para R$ 68/cx e, em Campinas (SP), de 9,1%, a R$ 77/cx. Segundo pesquisadores do Hortifrúti/Cepea, a sequência de alta dos valores que se formava no final da semana retrasada seguiu até o início da última, diante do clima um pouco mais frio. No entanto, como os termômetros voltaram a subir, a maturação do tomate ganhou ritmo a partir de meados da semana passada e, com isso, houve nova queda dos preços. As temperaturas estão acima da média histórica para o inverno, o que vêm adiantando o ciclo e maturação e ocasionando um aumento na oferta, ainda conforme explicam pesquisadores do Cepea. Fonte: Hortifrúti/Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

 

CLIMA

PREVISÃO PLUVIOMÉTRICA

Regiões Norte e Nordeste do Brasil – 22 a 26/07

A chuva continuará concentrada na faixa norte e nordeste do Brasil nesta semana, assim como na semana anterior. No norte, o forte calor e a umidade característicos da região seguirão intensificando a chuva, resultando em acumulados significativos que podem causar alagamentos e transtornos. Na faixa nordeste, a circulação do mar para o continente, conhecida como infiltração marítima, continuará favorecendo a intensificação da chuva na faixa litorânea. Esse fenômeno é típico da região e ocorre quando o ar úmido do oceano se desloca para o interior, trazendo umidade e provocando precipitações.

Norte do Amazonas e Roraima

O mês de julho tem sido particularmente chuvoso no norte do Amazonas e Roraima. Passada a metade do mês, a chuva em amplas áreas dessas regiões já supera o esperado para o mês inteiro. Em Barcelos, a média Climatológica de chuva para julho é de 198,5 mm. Contudo, só nos últimos 15 dias, a região já registrou mais de 257,8 mm de chuva, superando significativamente a média mensal.

Em Boa Vista, capital de Roraima, a situação não é diferente. A cidade tem uma média climatológica de julho na faixa dos 308 mm de chuva. Nos últimos 15 dias, o acumulado de chuva já ultrapassa os 195 mm, e é esperado que a média para o mês seja superada em breve.

Previsão de mais chuva para os próximos dias

A previsão para os próximos dias indica que a chuva continuará nas áreas mencionadas. O mapa de acumulados para semana mostra que as áreas da faixa norte do Amazonas e centro-norte de Roraima têm previsão de receber entre 40 mm e 100 mm de chuva ao longo da semana. As cores no mapa variam entre azul mais forte e laranja mais claro, indicando a intensidade da precipitação esperada. No litoral do nordeste, a chuva será menos intensa em comparação com o norte, mas ainda significativa. A previsão é de que a precipitação varie entre 18 mm e 40 mm ao longo da semana. Salvador, capital da Bahia, será um ponto de atenção, com a previsão de acumulados de chuva passando dos 40 mm.

Figura 1 - Acumulado de chuva para faixa norte e nordeste entre o dia 22/07 e 26/07

Figura 1 – Acumulado de chuva para faixa norte e nordeste entre o dia 22/07 e 26/07

Fonte: Climatempo 23/07/2024

Boletim Agroclimatológico

Prognóstico Agroclimático para o período de julho, agosto e setembro de 2024

O mês de julho é tradicionalmente de pouca ou nenhuma chuva na maioria das áreas do Brasil. É comum que a maioria das áreas do Centro-Oeste, do Sudeste, estados como, Acre, Rondônia, Tocantins, e também o sul do Pará e muitas áreas do interior do Nordeste passem o mês sem nenhuma gota de chuva.

Julho começou com uma grande frente fria, que trouxe chuva e temperaturas baixas, com a passagem de uma forte massa de ar frio pelo centro-sul do país. Mas a Climatologia mostra que julho é um mês de secura no país, de pouca ou nenhuma chuva.  O El Niño que se formou o ano passado terminou junto com o fim do outono. O que se espera agora é o desenvolvimento de um La Niña, mas no decorrer de agosto. Julho segue com um padrão neutro de temperatura no oceano Pacífico Equatorial central e leste.

Região Norte:

Chuvas: Predomínio de chuvas próximas ou abaixo da média em grande parte da região. Chuvas acima da média apenas no extremo norte de Roraima, Amapá e noroeste do Amazonas.
Temperaturas: Acima da média em toda a região, com possibilidade de temperaturas elevadas no sul da Amazônia, aumentando o risco de queimadas.
Umidade no solo: Baixos níveis de umidade na maior parte da região, exceto no norte, que deve ter níveis elevados, mas tendem a reduzir até setembro.

Região Nordeste:

Chuvas: Próximas à média no interior e ligeiramente abaixo da média no restante da região. Eventos de chuva intensa podem ocorrer no litoral devido ao aquecimento do Atlântico Tropical.
Temperaturas: Acima da média em todo o território, especialmente no interior.
Umidade no solo: Elevados níveis no noroeste do Maranhão e costa leste, baixos níveis no interior, favorecendo a maturação do algodão e milho segunda safra.

Região Centro-Oeste:

Chuvas: Tendência de chuvas abaixo da média devido ao início do período seco.
Temperaturas: Acima da média, com dias de calor intenso, aumentando o risco de queimadas.
Umidade no solo: Redução significativa, prejudicando lavouras de milho segunda safra semeadas tardiamente. Níveis satisfatórios no sul de Mato Grosso do Sul.

Região Sudeste:

Chuvas: Predomínio de chuvas abaixo da média, com possibilidade de chuvas ligeiramente acima da média em áreas pontuais do litoral.
Temperaturas: Acima da média na maior parte da região, com possíveis quedas em dias de incursão de ar frio, podendo haver geadas em áreas de maior altitude.
Umidade no solo: Redução geral, prejudicando lavouras de milho segunda safra e trigo. Níveis satisfatórios no leste de São Paulo e Rio de Janeiro.

Região Sul:

Chuvas: Acima da média na parte central e leste do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sudeste do Paraná. Chuvas próximas ou abaixo da média no norte do Paraná.
Temperaturas: Acima da média na maior parte, com temperaturas próximas da média no centro-sul do Rio Grande do Sul. Possíveis geadas devido à incursão de ar polar.
Umidade no solo: Níveis elevados em grande parte devido às chuvas recentes, mas o excesso pode prejudicar a semeadura e desenvolvimento do trigo no Rio Grande do Sul. Baixa umidade no noroeste do Paraná, afetando trigo e milho segunda safra.

 

EVENTOS E CURSOS AGRO

Confira aqui e aproveite a oportunidade!

DATA DE INÍCIO: 23 de agosto de 2024 08:00
DATA DE TÉRMINO: 23 de agosto de 2024 18:00
CATEGORIA: Encontros, palestras

ENDEREÇO: Rua Sergipe, 985 Loteamento Mimoso Doeste I Luís Eduardo Magalhães, BA

Mais informações e inscrições: Agroagenda 25/07/2024

INSCRIÇÕES: em até 12X R$ 20,17. Inscrições até 23/08/2024 – R$195

Arte/Alexandre Esteves -

DATA: 7 de agosto, das 9h às 12h
CATEGORIA: Encontro
Mais informações e inscrições: Agroagenda 23/07/2024
Evento presencial / on-line e gratuito
 -
DATA DE INÍCIO: 10 de Setembro de 2024
DATA DE TÉRMINO: 13 de setembro de 2024
CATEGORIA: Congresso
Mais informações e inscrições: Embrapa 03/07/2024
espiga de trigo close-up no campo
Cursos de Capacitação e Qualificação de Classificadores em Classificação – Habilitação/Atualização em Milho e Trigo
 DATA DE INÍCIO: 19 de agosto de 2024 
DATA FINAL: 23 de agosto de 2024

Inscrições: Contato: Ivonete Teixeira Rasera.  / E-mail: [email protected] / Fone: (41) 99925-9214 / ENDEREÇO: Curitiba/PR

Categoria: Cursos
TELEFONE: 38 99893-4837
Evento presencial e on-line
DATA DE INÍCIO: 28 de julho de 2024 – 07:30
DATA FINAL: 1 de agosto de 2024 18:30
CATEGORIA: Curso
ENDEREÇO: UFT – Campus Palmas – 109 Norte Av. NS-15, ALCNO-14. Plano Diretor Norte.
CEP: 77001-090. Palmas/TO, Av. Juscelino Kubitscheck, Palmas – TO
Mais informações e inscrições: Agroagenda 04/07/2024
Evento presencial
INSCRIÇÕES – PROFISSIONAL SÓCIO DA SOBER e SÓCIO DE ENTIDADE PARCEIRA DA SOBER – R$320,00
INSCRIÇÃO – PROFISSIONAL NÃO SÓCIO DA SOBER – R$765,00
INSCRIÇÕES – ESTUDANTE DE PÓS GRADUAÇÃO DA SOBER – R$80,00
INSCRIÇÕES – ESTUDANTE DE PÓS GRADUAÇÃO NÃO SÓCIO – R$275,00
INSCRIÇÕES – ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO SÓCIO DA SOBER – R$40,00
INSCRIÇÕES – ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO NÃO SÓCIO DA SOBER – R$160,00
DATA DE INÍCIO: 28 de junho de 2024 08:00
DATA FINAL: 27 de julho de 2024 18:00
CATEGORIA: Curso
Mais informações e inscrições: Agroagenda 23/07/2024
Evento on-line e gratuito 
                         
DATA DE INÍCIO:  2 de julho de 2024 08:00
DATA DE TÉRMINO: 26 de julho de 2024 18:00
CATEGORIA: Feira Agro
Mais informações e inscrições: Agroagenda 23/07/2024
Evento on-line e gratuito

Se inscreva na nossa Newsletter gratuita

Espaço para parceiros do Agro aqui

Tags: Açúcar, algodão, Amazônia, Arroz, boletim metereológico, Café, clima, Cursos e eventos agro, Exportação, feijão, milho, monitoramento de lavouras, pecuária bovina, Plano safra, Previsão de chuva, soluções sustentáveis

Posts Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preencha esse campo
Preencha esse campo
Digite um endereço de e-mail válido.
Você precisa concordar com os termos para prosseguir

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

setembro 2024
D S T Q Q S S
1234567
891011121314
15161718192021
22232425262728
2930  
LinkedIn
YouTube
Instagram