Curadoria Semanal: Principais Informações do Mundo Agro! 17 a 23 de agosto de 2024

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Brasil e Malásia realizam reunião para ampliar as relações técnicas e comerciais

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, recebeu o ministro da Agricultura e Segurança Alimentar da Malásia, Datuk Sabu, e sua comitiva para dialogar sobre a ampliação das relações comerciais voltadas para o agronegócio. O encontro ocorreu nesta terça-feira (20), na sede do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em Brasília (DF).

O ministro Fávaro destacou o empenho do Governo Federal no fortalecimento econômico entre o Brasil e os países do Sul Global, assim como o trabalho da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no desenvolvimento de tecnologias para a agropecuária. “Estamos abertos a formalizar um termo de cooperação entre o Brasil e a Malásia, para que a Embrapa ajude o país no desenvolvimento de tecnologias e sistemas produtivos mais eficientes”, afirmou.

O ministro da Agricultura da Malásia propôs a formalização de um acordo de cooperação na produção de milho em grão entre a Embrapa e o Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Agrícola da Malásia (Mardi) para aumentar a competitividade na política de preços. Também foi discutido o interesse da Malásia em cooperar em temas como a pesquisa em culturas industriais e na indústria do coco. Já o Brasil demonstrou interesse em ampliar a exportação de frutas para o país asiático.

O ministro da Agricultura da Malásia também demonstrou interesse em aumentar a importação de proteínas Halal brasileiras. Todos os produtos bovinos, aves e laticínios exigem certificação Halal para entrar na Malásia. Atualmente, o Brasil possui sete plantas frigoríficas autorizadas a exportar carne de frango para o mercado malaio.

Relações Comerciais

Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Mapa, as exportações brasileiras de produtos agropecuários para a Malásia foram de US$ 1,2 bilhão em 2023. Três produtos tiveram destaque na pauta: açúcar bruto (56%), milho (20%) e algodão (7%), somando 83% do total. O Brasil importou da Malásia US$ 100 milhões em 2023, sendo que demais óleos vegetais (61%), óleo de palma (20%) e pasta de cacau (7%) somaram 88% do total importado.

Fonte: Mapa 21/08/2024


China é o principal destino de exportações brasileiras

Entre agosto de 2023 e julho de 2024, o Brasil exportou mais de US$ 58 bilhões para o país asiático, um aumento de 10% em comparação ao período anterior

Em 15 de agosto de 1974, Brasil e China davam início as relações diplomáticas que anos depois faria do país asiático o principal parceiro comercial do Brasil. Nesta quinta-feira (15), comemora-se 50 anos de diplomacia entre os dois países. Segundo o Ministério de Relações Exteriores (MRE), a relação bilateral está estruturada na Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN), criada em 2004, foi alçada ao nível de parceria estratégica global em 2012 e neste ano comemora-se 20 anos da criação.

Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa (SCRI), entre agosto de 2023 e julho de 2024, a China foi o principal destino das exportações brasileiras do agronegócio, totalizando US$ 58,60 bilhões. Houve um aumento de 10% em comparação ao período anterior. Houve recorde em 2023 com as exportações de mais de US$ 60 bilhões, um aumento de mais de US$ 9 bilhões em relação a 2022.

O Brasil exportou US$ 28,44 bilhões em produtos agrícolas para a China no primeiro semestre de 2024. Os principais produtos exportados para a China são soja, milho, açúcar, carne bovina, carne de frango, celulose, algodão e carne suína in natura. Sendo uma relação bilateral, assim como exportou, o Brasil também importou produtos do país asiático, como produtos florestais e têxteis. As importações somam aproximadamente US$ 1,18 bilhão.

Um importante fator para o crescimento das exportações foi que apenas em março de 2024 a China habilitou 38 novas plantas frigoríficas brasileiras, sendo 34 frigoríficos e 4 entrepostos comerciais, sendo o maior número de habilitações concedidas. O número de empresas brasileiras aumentou de 106 para 144.

O ministro Carlos Fávaro já realizou duas missões ministeriais a China. A última foi realizada em junho deste ano em comitiva com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Durante a missão, o Governo Federal fechou um acordo para promover o café brasileiro na maior rede de cafeterias chinesa, prevendo a compra de aproximadamente 120 mil toneladas de Café.

Para manter o diálogo e as boas relações comerciais, atualmente a China é o único país que conta com dois postos de adidos agrícolas brasileiras em Pequim. Perosa ainda afirma que a restauração de um diálogo frutífero com o país asiático permite avanços significativos, como expansão de exportações de produtos-chave, fortalecendo ainda mais o papel do Brasil no cenário global.

Fonte: Mapa 21/08/2024


Inteligência artificial analisa temperatura das folhas para identificar necessidade de água

Otto Souza - A tecnologia utiliza como base o balanço de energia das folhas e pode contribuir para a tomada de decisões mais precisas no manejo da irrigação

Um dispositivo autônomo de baixo custo para o sensoriamento do estresse hídrico das plantas foi desenvolvido pela Embrapa Agroindústria Tropical (CE). A tecnologia utiliza como base o balanço de energia das folhas e pode contribuir para a tomada de decisões mais precisas e assertivas no manejo de irrigação. Parceria entre a Embrapa, a Universidade Federal do Ceará (UFC), o Laboratório de Inovação Tecnológica e Experimentação Científica Instituto Atlântico (Litec) e a empresa cearense 3V3 Tecnologia irá desenvolver uma versão comercial nos próximos anos.

O pesquisador da Embrapa Cláudio Carvalho conta que a tecnologia usa ferramentas de inteligência artificial (IA) no controle das informações coletadas no sensoriamento. Embora os efeitos da deficiência de água sobre o balanço energético dos tecidos das folhas sejam conhecidos, Carvalho declara que o uso de IA para a identificação de padrões e para o controle de irrigação é inédito. O dispositivo fornece a possibilidade de criar equipamentos que tenham custos mais acessíveis aos médios e pequenos produtores agrícolas no manejo de irrigação das culturas.

Água é recurso fundamental

Na agricultura, a água é um recurso crucial, influenciando significativamente a saudabilidade e o rendimento das plantas. Condições como a falta de água no solo, aspectos climáticos desfavoráveis ou mesmo práticas agrícolas inadequadas podem gerar estresse hídrico.

O investimento em tecnologias de sensoriamento fornece uma solução automatizada para a gestão dos recursos hídricos, reduzindo custos, diminuindo os impactos ambientais associados ao desperdício de água e, principalmente, evitando os danos decorrentes do déficit hídrico.

Fonte: Embrapa 21/08/2024

Fotos: Otto Souza


Presença de determinadas proteínas pode indicar resistência de ovinos a verminose

Foto: Gisele Rosso

Um estudo da Embrapa Pecuária Sudeste (SP), coordenado pela pesquisadora Ana Carolina Chagas, identificou proteínas relacionadas à infecção por vermes em ovinos. Foram analisadas raças suscetíveis (Dorper) e resistentes (Santa Inês) a esses parasitas. A pesquisa, publicada na Revista Internacional Veterinary Parasitology, fornece informações sobre os mecanismos de defesa dos animais com diferentes habilidades para resistir à infecção. A descoberta favorece a diminuição do uso de anti-helmínticos, medicamentos usados para controlar esses vermes.

Os resultados do estudo colaboram para a seleção de animais e raças ovinas mais resistentes. A seleção é uma ferramenta para controle de parasitas de importância veterinária na produção de pequenos ruminantes em áreas tropicais. A caracterização das proteínas do sangue é capaz de revelar biomarcadores dos animais mais doentes, bem como monitorar condições fisiológicas e metabólicas críticas para o bem-estar e a saúde dos ovinos.

Proteínas detectadas

Os cordeiros infectados foram avaliados semanalmente na Embrapa, durante 28 dias. No fim do experimento, houve diferença significativa entre as duas raças em relação às infecções por meio das análises de contagem de ovos por grama de fezes (OPG) dos animais, que mede o grau da infecção, e avaliação do volume globular (VG), que mede o grau de anemia desencadeada pelos vermes.

A maior ou menor quantidade de determinadas proteínas indicou impactos relevantes no organismo do animal para a proteção em relação à infecção ou aos danos causados pelas inflamações. Algumas proteínas foram encontradas nas duas raças, com diferenças quantitativas significativas. Esses resultados demonstram como a infecção pode impactar o desenvolvimento e o ganho de peso dos cordeiros.

Resultados

Animais resistentes aos parasitas gastrintestinais são capazes de desenvolver uma resposta imune mais rápida e robusta, limitando o estabelecimento das larvas, suprimindo o crescimento dos parasitas adultos, diminuindo a fecundidade das fêmeas, ou promovendo a expulsão dos Haemonchus contortus adultos. A pesquisa utilizando a proteômica forneceu informações inéditas e uma compreensão mais abrangente sobre a infecção por essa espécie de parasita. Foi possível realizar a diferenciação entre as duas raças estudadas, e entre animais infectados e não infectados da mesma raça.

Os resultados indicam que as duas raças estudadas têm metabolismo e resposta imunológica distintas frente à infecção. Diferenças quantitativas em proteínas compartilhadas podem contribuir para o desenvolvimento de biomarcadores e auxiliar na determinação do status de infecção de ovelhas, que poderão ser tratadas seletivamente no rebanho.

Fonte: Embrapa 21/08/2024


Diversificar culturas na sucessão entre milho e soja aumenta lucro do produtor em até 11%

Alvadi Balbinot - Nos experimentos foram identificados três modelos de produção mais lucrativos, que incluem a braquiária, a aveia preta e o trigo no sistema produtivo

Foto: Alvadi Balbinot

Pesquisas realizadas ao longo de três anos no oeste e no centro-oeste do Paraná apontam que a diversificação de culturas agrícolas na sucessão entre a soja e o milho segunda safra aumenta o lucro de produtores em até 11%. Os experimentos, conduzidos em parceria entre a Embrapa e o Centro de Pesquisa Agrícola Copacol, identificaram três modelos de produção mais lucrativos, que incluem a braquiária, a aveia preta e o trigo no sistema produtivo. Os resultados estão compilados na publicação Modelos de produção intensificados para diversificação da matriz produtiva para além da sucessão milho 2ª safra/soja nas regiões centro-oeste e oeste do Paraná.

No segundo modelo considerado eficiente, o sistema de produção foi planejado com milho segunda safra, aveia preta, soja, milho segunda safra e soja. Nesse exemplo, a cada dois anos, a aveia é cultivada como cobertura vegetal do solo, na terceira safra. No terceiro sistema produtivo avaliado como rentável, os pesquisadores introduziram o trigo, configurando-se o sistema assim: milho segunda safra, trigo terceira safra, soja, milho segunda safra e soja. “Nessa proposta, com a produção de trigo, obteve-se uma rentabilidade no sistema produtivo 6,6% superior à tradicional sucessão da soja com o milho segunda safra”, explica Balbinot.

O pesquisador Henrique Debiasi, da Embrapa Soja, reforça que a diversificação traz outros benefícios além da viabilidade econômica. Debiasi observa que a rotação do milho segunda safra, em cultivo solteiro ou consorciado à braquiária ruziziensis, com cereais de inverno como o trigo, representa uma alternativa para diversificar a matriz produtiva, pois proporciona redução dos custos de produção e aumento da produtividade da soja em relação ao modelo de sucessão tradicionalmente utilizado na região.

Para o pesquisador, o uso de aveia preta ou do trigo nos sistemas produtivos paranaenses se constitui em processos agropecuários inovadores, pois aumentam a diversificação da matriz produtiva, a produção de fitomassa e a intensificação do uso da terra entre a colheita do milho segunda safra e a semeadura da soja. “Na próxima etapa de pesquisa vamos centrar esforços na validação dos resultados em propriedades rurais, assim como na transferência dessa tecnologia para os produtores da região”, complementa Debiasi.

Fonte: Embrapa 21/08/2024


Embrapa participa de publicação lançada pelo Pacto da Mata Atlântica

Figura - Amostragem em parcelas

Pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente contribuíram para a publicação “Protocolo de monitoramento da restauração da Mata Atlântica e da Amazônia via sensoriamento remoto”, lançada em julho. O objetivo do protocolo é expandir iniciativas de restauração em larga escala para mitigar mudanças climáticas e conservar a biodiversidade, utilizando tecnologias de monitoramento remoto para aumentar a eficiência e reduzir custos.

Rubens Benini, do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, destacou a importância do monitoramento remoto na otimização de projetos de restauração, enquanto Rodrigo Freire, da Aliança pela Restauração na Amazônia, enfatizou a necessidade de escala e capacitação para enfrentar desafios climáticos. O monitoramento tradicional, baseado em inventários de campo, enfrenta limitações, especialmente em grandes áreas, o que torna o sensoriamento remoto uma ferramenta essencial.

Os capítulos do livro exploram o uso de tecnologias avançadas, como sensores orbitais e o AgroTag, um sistema de monitoramento colaborativo desenvolvido pela Embrapa. Esses recursos permitem a coleta e análise de dados georreferenciados em campo, facilitando o monitoramento contínuo e integrado de áreas de restauração florestal.

A publicação também aborda os desafios e limitações dessas tecnologias, especialmente em regiões tropicais com alta nebulosidade. No entanto, o uso de satélites comerciais de alta resolução e ferramentas colaborativas, como o AgroTag, pode superar essas barreiras, permitindo uma qualificação mais precisa das práticas de ocupação da terra e a caracterização detalhada das áreas restauradas.

No geral, o monitoramento remoto combinado com dados de campo é crucial para garantir a eficácia das iniciativas de restauração ecológica. Ferramentas como o AgroTag ampliam o alcance dos levantamentos e melhoram a precisão das informações, contribuindo para a sustentabilidade das propriedades rurais e a adequação às exigências do mercado internacional.

Fonte: Embrapa 21/08/2024


Produtor aprendeu a manejar estilosantes em solo arenoso e colhe benefícios no pasto

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O produtor rural Raul Lopes Carvalho, da Fazenda São Luiz do Oeste, em São Gabriel do Oeste, MS, compartilhou suas experiências positivas com o uso da forrageira estilosantes Campo Grande em solos arenosos durante o 6º Seminário Técnico de Integração Lavoura-Pecuária. Desde sua implantação em 2004, a forrageira trouxe inúmeros benefícios, como controle da erosão, melhoria na qualidade do leite, aumento da fixação de nitrogênio e elevação dos índices de prenhes e desmama. Apesar desses ganhos, Carvalho enfrentou desafios com a morte de novilhas devido ao fitobezoar, um problema relacionado ao excesso de proteína que foi mitigado através de ajustes no manejo nutricional e do pasto.

Em 2016, o produtor decidiu não utilizar mais o estilosantes em novas áreas devido ao receio de que agrotóxicos utilizados para o controle de plantas daninhas prejudicassem a forrageira. No entanto, descobriu que o estilosantes continuou a crescer mesmo sem replantio, graças ao banco de sementes acumulado no solo. Isso levou Carvalho a reconhecer que, apesar dos problemas iniciais, as vantagens da forrageira superam as limitações, tornando-a essencial para a cobertura do solo e a manutenção da produtividade da braquiária.

Atualmente, Carvalho continua a utilizar estilosantes em grande parte de sua fazenda, destacando-se como uma forrageira fundamental para a alimentação animal e a sustentabilidade do manejo agrícola, demonstrando que com o manejo adequado, é possível mitigar os riscos associados ao seu uso e aproveitar plenamente os benefícios oferecidos pela planta.

6º Seminário Técnico de ILP – O Seminário é realizado anualmente. Em 2024, aconteceu na Embrapa Agropecuária Oeste e contou com mais de 100 participantes entre produtores rurais, técnicos e pesquisadores. Se quiser assistir a todo o evento que contou com cinco palestrantes na programação, acesse pelo Canal da Embrapa no YouTube: https://bit.ly/4cGMryA. O evento é uma realização da Embrapa Agropecuária Oeste, SustentAgro e Rede ILPF. Conta com o patrocínio da Ciarama Máquinas – John Deere, Sicredi e Pantanal Peças Implementos Agrícolas e tem o apoio da Cocamar Cooperativa.

Fonte: Embrapa 21/08/2024


Projetos sobre café em fase final de avaliação

Free photo coffee cup on a wooden table. dark wall.

Fonte: freepik, 2024

As ações de avaliação dos projetos de pesquisa da cafeicultura nacional estão se aproximando do fim, com a Embrapa Café coordenando a análise técnica das propostas entre 19 e 23 deste mês. Mais de 40 pesquisadores de 10 instituições estão envolvidos na avaliação rigorosa das ideias submetidas, com 161 propostas recebidas nas chamadas Geral e Induzida. A chamada Geral visa contratar novos projetos no âmbito do Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, enquanto a chamada Induzida foca na Segurança dos Bancos Ativos de Germoplasma (BAGs) de café no Brasil, essenciais para a conservação da variabilidade genética dos cafés do país.

O sucesso dessas chamadas fortalece o Consórcio Pesquisa Café, que reúne instituições dedicadas à pesquisa cafeeira, impulsionadas pelo Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) e financiadas pelo Funcafé. Os projetos aprovados poderão receber até R$ 550 mil, com um teto total de R$ 40 milhões na Chamada Geral e R$ 4,5 milhões na Chamada Induzida. Após a análise e julgamento, as propostas recomendadas serão submetidas ao CDPC para aprovação final, com apoio financeiro garantido por meio de instrumentos firmados com a Embrapa Café, previstos para serem concluídos ainda este ano.

Fonte: Embrapa 21/08/2024

Brasil e demais países da América Latina e do Caribe e FAO realizam evento para a adesão formal à rede RAES

A Rede de Alimentação Escolar Sustentável (RAES) dará um passo significativo para sua consolidação na América Latina e no Caribe com um evento virtual em 23 de agosto. Durante o evento, será apresentada uma declaração conjunta de compromisso para fortalecer a política de alimentação escolar na região. A RAES, lançada em 2018 pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), com apoio da FAO, busca promover o diálogo e o intercâmbio de experiências entre os países para enfrentar os desafios da alimentação escolar.

O evento contará com a participação de representantes de várias organizações e governos da América Latina e Caribe, que discutirão as próximas ações da RAES. A rede tem como objetivo fortalecer os programas de alimentação escolar, garantindo o direito humano à alimentação adequada e apoiando a governança desses programas nos países participantes. Desde sua criação, 26 países da região têm contribuído para a RAES, ajudando a combater a fome, reduzir a pobreza e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Os programas de alimentação escolar desempenham um papel crucial no desenvolvimento cognitivo e social dos estudantes na América Latina e no Caribe, beneficiando cerca de 85 milhões de crianças e jovens, especialmente os mais vulneráveis. No entanto, com 170 milhões de estudantes na região, a expansão desses programas para alcançar a universalidade continua sendo um desafio. A RAES busca enfrentar esse desafio promovendo o desenvolvimento local por meio de compras públicas de alimentos da agricultura familiar e incentivando hábitos alimentares saudáveis.

A adesão dos países à RAES visa fortalecer coletivamente os programas de alimentação escolar para mitigar os problemas atuais, especialmente em um contexto de iniciativas internacionais como a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, lançada pelo Governo do Brasil no âmbito do G20. Esses esforços são essenciais para combater a subalimentação, que afeta 41 milhões de pessoas na região, e para promover uma alimentação adequada nas escolas.

Fonte: FAO 21/08/2024

Monitoramento semanal das condições das lavouras

Atualizado em 19 de agosto

Foto grátis planta de algodão macio no prado dourado do pôr do sol gerado por ia

Algodão  – A colheita está 65,2% concluída. Em Mato Grosso (MT), o clima predominantemente seco, com temperaturas elevadas durante o dia e a redução significativa de temperatura à noite, favoreceu a colheita, o manejo de soqueiras e o controle de pragas. Na Bahia (BA), a colheita segue em ritmo acelerado, favorecida pelas condições climáticas. Em Mato Grosso do Sul (MS), o clima favorece a colheita, que se aproxima do final, e a qualidade da fibra. No Maranhão (MA), a colheita avança com destaque para as lavouras de primeira safra, mas a produtividade foi afetada pela falta de chuvas no final do ciclo. Em Goiás (GO), a colheita das lavouras de sequeiro está encerrada e foi iniciada nas áreas irrigadas. Em Minas Gerais (MG), a colheita está em progresso, sem intercorrências. No Piauí (PI), a colheita avança normalmente..

Vista superior de comida deliciosa e saudável
Feijão 2ª safra – Na Bahia (BA), algumas lavouras de feijão cores em maturação iniciaram o processo de dessecação e estão na iminência de começar a colheita.

 

 

 

 

Feijão em foto de close up para tema de agricultura e comida

Feijão 3ª safra – Em Minas Gerais (MG), a colheita se aproxima da metade da área total. As lavouras em campo estão nas fases de enchimento de grãos e maturação, com bom desenvolvimento. Em Goiás (GO), as operações de colheita alcançaram 50% da área total, com destaque para os avanços na região Sul. O frio intenso da última semana provocou impactos pontuais nas lavouras, mas as condições gerais das lavouras e dos grãos são boas. Na Bahia (BA), a colheita iniciou na região Nordeste do estado. A irregularidade nas precipitações afetou o potencial produtivo das primeiras áreas colhidas, mas a qualidade dos grãos é considerada boa..

 

 

Foto grátis vista de perto do milho ainda em sua casca

Milho 2ª SafraA colheita está 96,4% concluída. No Paraná (PR), a colheita está sendo finalizada, restando apenas as áreas semeadas tardiamente. Em Mato Grosso do Sul (MS), as precipitações interromperam as operações de colheita no Centro-Sul. Em Goiás (GO), a colheita está quase encerrada, faltando apenas as áreas marginais no Leste e Norte do estado. Em Minas Gerais (MG), a colheita ultrapassa 80% da área cultivada, mas os rendimentos estão inferiores às estimativas iniciais. No Maranhão (MA), a colheita foi finalizada nas regiões Sul e Central, com rendimentos ligeiramente abaixo das estimativas iniciais. Na Bahia (BA) e no Piauí (PI), a colheita foi finalizada. No Pará (PA), a colheita avança na região Noroeste, no polo de Santarém, mas as produtividades obtidas estão abaixo do inicialmente estimado devido à redução das precipitações após abril.

Campo de trigo dourado

Trigo – A colheita está em 7,3% concluída. No Rio Grande do Sul (RS), as primeiras lavouras semeadas estão se desenvolvendo bem, apesar das geadas registradas em algumas áreas e da falta de chuvas regulares no Nordeste do estado. No Paraná (PR), a colheita foi iniciada, com as lavouras predominantemente em estágio de desenvolvimento vegetativo. Em São Paulo (SP), a maioria das lavouras está em fase de maturação. Em Santa Catarina (SC), os cultivos estão majoritariamente em desenvolvimento vegetativo, com as primeiras áreas plantadas com variedades precoces entrando na fase reprodutiva. A sanidade das lavouras é considerada boa, embora haja relatos de manchas foliares e oídio em alguns locais. Na Bahia (BA), as lavouras apresentam bom desenvolvimento. Em Minas Gerais (MG), a colheita das áreas de sequeiro foi finalizada, mas as produtividades foram comprometidas devido às condições climáticas adversas durante o ciclo. As áreas irrigadas estão atualmente sendo colhidas. Em Goiás (GO), a colheita ocorre de forma pontual nas lavouras irrigadas, enquanto em Mato Grosso do Sul (MS), a seca prolongada resultou em redução de produtividade nas lavouras.

Fonte: CONAB – Monitoramento Semanal das Condições das Lavouras. Atualizado em 19 de agosto de 2024


MERCADO

INDICADORES CEPEA

Foto grátis molho de soja e soja no assoalho de madeira molho de soja conceito de nutrição alimentar.

SOJA: FUTUROS DO COMPLEXO SOJA CAEM PARA NÍVEIS DE 2020. Os preços futuros do complexo soja caíram fortemente na última semana, retornando aos patamares observados em 2020. A soja em grão voltou a ser negociada abaixo dos US$ 10,00/bushel, o que, consequentemente, reduziu a paridade de exportação no Brasil e também os valores praticados no mercado spot. Expectativas de que a oferta mundial possa superar a demanda foram o principal fator de pressão sobre as cotações. De acordo com relatório do USDA divulgado em 12 de agosto, a produção global da oleaginosa deve passar de 395,12 milhões de toneladas na safra 2023/24, para 428,72 milhões de toneladas em 2024/25, ambos volumes recordes. Embora as transações internacionais e o consumo global apontem crescimento, os estoques de passagem também podem ser recordes, estimados em 134,3 milhões de toneladas para 2024/25, quantidade 19,5% superior às 112,36 milhões de toneladas na temporada 2023/24. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis poluição por óleo na água criada com a tecnologia generative ai

ETANOL: INDICADORES VOLTAM A CAIR EM SP. Os preços dos etanóis voltaram a cair na última semana no mercado paulista. Para o hidratado, o Indicador CEPEA/ESALQ teve média de R$ 2,5977/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins) entre 12 e 16 de agosto, recuo de 1,35% frente à do período anterior. No caso do anidro, a baixa foi de 2,15% em igual comparativo, com o Indicador a R$ 2,9473/litro (líquido de PIS/Cofins). Distribuidoras atuaram de maneira tímida, focadas na retirada de volumes envolvidos em fechamentos anteriores e, quando participavam do mercado, pressionavam por valores mais baixos. Do lado vendedor, a atenção ainda recai sobre as condições climáticas para a cana, com a volta das altas temperaturas e do clima seco. Quanto aos preços, alguns vendedores acabaram cedendo um pouco em algumas regiões. Apesar do ritmo lento de negócios, dados monitorados semanalmente pelo Cepea mostram que a quantidade de etanol hidratado vendida na parcial de agosto (últimas três semanas) já supera em mais de 100% a comercializada em semanas equivalentes de agosto/23. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis bela foto de um campo branco com céu nubladoTRIGO: IMPORTAÇÕES ESTÃO PRÓXIMAS DE VOLUME ADQUIRIDO EM TODO ANO PASSADO. Agentes de indústrias têm dado maior atenção às importações de trigo, que, na parcial de 2024, já são praticamente iguais às de todo o ano de 2023. Além da forte recuperação dos preços internos do cereal, impulsionados pelas menores produção e qualidade do trigo na safra colhida em 2023 e pelos bons volumes de exportações especialmente em 2024, estimativas da Conab apontam que os estoques finais em julho/24 devem ser suficientes para menos de três semanas de consumo. Nos sete primeiros meses do ano, as importações brasileiras passam de quatro milhões de toneladas, contra 4,2 milhões em todo o ano de 2023. Em 12 meses, chegaram aos portos nacionais 5,7 milhões de toneladas de trigo, sendo o maior volume acumulado a cada 12 meses desde dezembro/22 – dados Secex. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

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AÇÚCAR: OFERTAS A PREÇOS MENORES ELEVAM LIQUIDEZ NO SPOT. Os preços do açúcar cristal branco negociado no spot do estado de São Paulo caíram na maior parte da última semana. Representantes de vendas de algumas usinas foram mais flexíveis em baixar os valores de suas ofertas, o que elevou a liquidez. No balanço de 12 a 16 de agosto, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 130,14/saca de 50 kg, queda de 1,23% frente à do período anterior. Há algumas semanas, a demanda no spot não tem mostrado sinais de aquecimento, o que, por sua vez, pode ser reflexo das vendas em menor volume no varejo. Além disso, nas últimas duas safras, parte das indústrias vem buscando garantir o abastecimento por meio de contratos em detrimento de negociar o adoçante no spot. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Flores de algodão

ALGODÃO: PLUMA FECHA ABAIXO DOS R$ 4/LB. Levantamento do Cepea mostra que os preços do algodão em pluma estão em queda e já operam abaixo dos R$ 4 por libra-peso, o que não era observado desde o final de julho. A maior disponibilidade interna e os enfraquecimentos das cotações externas e da paridade de exportação são os fatores de pressão. A liquidez no spot continua sendo limitada pelos desacordos quanto a preço e/ou qualidade dos lotes disponibilizados. Além disso, com boa parte da safra 2023/24 comprometida, cotonicultores seguem focados no cumprimento de contratos a termo. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis visão da xícara de caféCAFÉ: PREÇOS OSCILAM CONFORME CONDIÇÕES CLIMÁTICAS. Os preços do café arábica oscilaram com certa força nos últimos dias. A onda de frio que atingiu as lavouras desta variedade nas regiões de Mogiana Paulista e do Cerrado Mineiro trouxe apreensão entre agentes do mercado, contexto que resultou em alta nos valores do grão no começo da semana passada. No entanto, à medida que as temperaturas foram subindo, a possibilidade de novas geadas foi descartada, e as cotações passaram a cair. De qualquer forma, preocupações relacionadas à oferta mundial apertada voltaram a impulsionar os valores mais ao final da semana. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis detalhes de papel de parede de arroz em casca e arroz brancoARROZ : INDICADOR SEGUE NA CASA DOS R$ 117. Os preços do arroz em casca seguem firmes no mercado do Rio Grande do Sul, sustentados principalmente pela demanda de outros estados, como São Paulo, Santa Catarina e Goiás. A “queda de braço” entre compradores e vendedores continua limitando as comercializações no spot bem como, variações expressivas nas cotações. A média do Indicador CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros, com pagamento à vista) vem se mantendo na casa dos R$ 117/saca de 50 kg. De um lado, produtores seguem relativamente retraídos para novas negociações, mas atentos às necessidades de caixa diante da proximidade de vencimentos de custeio, ainda conforme pesquisadores do Cepea. Indústrias, por sua vez, permanecem focadas na paridade de importação, em processo de ajuste também após as grandes variações de preços no atacado nos meses anteriores. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Composição nutritiva de raízes de mandioca fatiadas

MANDIOCA:  CLIMA AINDA INFLUENCIA DECISÃO DE COLHEITA. Nos últimos dias, prevaleceu o clima seco na maioria das regiões produtoras de mandioca, com chuvas irregulares e localizadas. Parte dos produtores segue com baixo interesse em colher e comercializar lavouras de 1º ciclo, sobretudo por conta da menor receita, resultado das quedas nos níveis de produtividade e de teor de amido. Por outro lado, pesquisas do Cepea apontam que a demanda de fecularias continua firme, tendo em vista a necessidade de reposição de estoques de derivados, diante de um mercado de amidos mais aquecido. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Refeição

MILHO: PREÇOS TÊM NOVAS QUEDAS.pesar das novas estimativas indicando produções brasileira (2023/24) e global (2024/25) inferiores às da atual temporada, os preços do milho seguiram em queda na última semana. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem da demanda interna enfraquecida, que mantém os negócios lentos. Consumidores brasileiros utilizam a mercadoria adquirida antecipadamente, comprando novos lotes apenas de forma pontual. Vendedores, por sua vez, adotam posturas distintas, dependendo da demanda e oferta regionais, ainda conforme pesquisadores do Cepea. Enquanto em Mato Grosso, produtores estão mais flexíveis, diante da maior disponibilidade, em São Paulo, agentes limitam as vendas, à espera da finalização da colheita. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br) 

Foto grátis pacote de ovos de vista superior na parte superior da cozinha

OVOS: DIFERENÇA DE PREÇOS ENTRE BRANCO E VERMELHO É A MENOR DO ANO. Diferença entre os preços dos ovos tipo extra brancos e vermelhos, negociados em Bastos (SP), vem diminuindo pelo quarto mês consecutivo, para os menores patamares desde janeiro deste ano – vale lembrar que, em abril, a diferença havia sido a maior da série histórica do Cepea. Essa redução reflete o aumento da oferta desses produtos nos últimos meses. Com a maior disponibilidade, compradores se mostram resistentes em pagar valores superiores pelo ovo vermelho, geralmente mais caro que o branco. Quanto à produção, dados preliminares divulgados pelo IBGE, compilados e analisados pelo Cepea, mostram que alcançou 1,15 bilhão de dúzias de ovos de galinha no segundo trimestre de 2024, volume 9,1% maior que o do mesmo período de 2023 e 5% acima do registrado no primeiro trimestre deste ano. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis vista de uma refeição deliciosa pronta para comer

FRANGO: CARNE DE FRANGO GANHA COMPETITIVIDADE FRENTE A CONCORRENTES.  As cotações das três principais proteínas consumidas pelo brasileiro (avícola, suína e bovina) estão em alta. Para a carne de frango, porém, as valorizações têm sido menos intensas, o que eleva a competitividade desta proteína frente às demais. As altas de preços da carne de frango estão atreladas sobretudo ao aumento do poder de compra da população na primeira metade do mês, com o recebimento de salários. Entretanto, colaboradores consultados pelo Cepea já apontam sinais de enfraquecimento das vendas, o que, por sua vez, pode pressionar as cotações da carne nos próximos dias. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis vista fotorrealista de vacas pastando na natureza ao ar livre

 

BOI: DIFERENÇA ENTRE PREÇOS DE SP E OUTRAS REGIÕES DIMINUI. Nos últimos dias, inclusive, a equipe do Cepea vem registrando negócios fora de São Paulo sendo realizados a valores acima dos observados no mercado paulista. Enquanto muitos frigoríficos de São Paulo estão afastados nas negociações diárias, tendo em vista que já detêm animais de confinamentos adquiridos antecipadamente, agentes de indústrias de outros estados ainda optam por preencher as escalas no mercado de balcão. Em comparação à média de São Paulo (Indicador CEPEA/B3), a diminuição mais significativa ocorre em Mato Grosso do Sul, onde o diferencial está em apenas 6,18 Reais/arroba na parcial de agosto, queda de 63% em relação à média de janeiro a julho deste ano. Desde outubro de 2021, a diferença de preços entre esses dois estados não ficava na casa dos 6 Reais. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

 

Foto grátis mamão fresco

MAMÃO: COTAÇÃO DO HAVAÍ SOBE PELA 3ª SEMANA. Os preços do mamão havaí subiram nas principais regiões produtoras pela terceira semana seguida. De 12 a 16 de agosto, o tipo 15 a 18 foi cotado à média de R$ 5,25/kg no Norte do Espírito Santo, forte aumento de 95% em relação ao período anterior. No Sul da Bahia, a elevação foi de 82% no mesmo comparativo, com o quilo sendo vendido a R$ 5,17. O movimento de alta se deve ao baixo volume colhido, acentuado pela queda das temperaturas no começo da semana, sobretudo nos períodos noturnos, que desacelerou a maturação do fruto e o segurou mais tempo no pé. Além disso, ventos consideráveis em algumas localidades causaram a desfolha de plantas e deixaram as frutas mais expostas, o que afetou a qualidade. Fonte: Hortifrúti/Cepea (www.hfbrasil.org.br)

Mão desenhada colorida ilustração laranja

LARANJA: EXPORTAÇÃO DE SUCO SEGUE LENTA, MAS IMPORTAÇÕES DE LARANJA SÃO RECORD. Es exportações brasileiras de suco de laranja iniciaram a temporada de embarques 2024/25 (de julho/24 a junho/25) mantendo o ritmo lento do ano-safra anterior. Dados do Comex Stat  mostram que, em julho, foram enviadas 53,4 mil toneladas de suco de laranja (em equivalente concentrado), expressiva queda de 38% em relação a julho/23. Esse cenário já era esperado, uma vez que a oferta da commodity no Brasil está limitada, devido à produção reduzida no estado de São Paulo e no Triângulo Mineiro. Ao mesmo tempo, as importações brasileiras de laranja in natura estão em volumes recordes neste ano, impulsionadas pela baixa oferta doméstica e pelos altos preços das frutas nacionais. De acordo com o Comex Stat, de janeiro a julho, foram adquiridas 34,8 mil toneladas, 87% a mais que em igual intervalo do ano passado. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Cena fotorrealista com porcos criados em um ambiente de fazenda

SUÍNOS: VIVO ATINGE MAIOR MÉDIA REAL DESDE FEV/21.  Mesmo diante da recente valorização dos principais insumos utilizados na suinocultura (milho e farelo de soja), o poder de compra de produtores paulistas vem avançando nesta parcial de agosto frente a julho. Esse cenário favorável ao suinocultor está atrelado às fortes altas nos preços médios de comercialização do animal vivo no mercado independente. Trata-se do sétimo mês consecutivo de aumento no poder de compra frente ao milho e o segundo em relação ao farelo de soja. Além da melhora nas vendas da carne suína, verificado principalmente no início do mês, a oferta reduzida de animais em peso ideal para abate tem impulsionado os preços negociados. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br


Agroclima

CLIMA EM AGOSTO NO BRASIL

Depois de uma forte onda de frio que estabeleceu recordes de baixas temperaturas na primeira quinzena, o calor voltou com força, quebrando recordes de temperatura máxima em várias capitais do país. No entanto, essa onda de calor não vai durar muito, pois o frio já tem data marcada para retornar.

No último fim de semana, o calor atingiu níveis históricos em diversas cidades. Manaus, no Amazonas, registrou a tarde mais quente de 2024 até agora, com a temperatura máxima de 36,7°C no domingo, 18 de agosto. O recorde anterior, de 36,2°C, havia sido estabelecido no dia 7 de agosto e repetido em 20 de fevereiro. Rio Branco, capital do Acre, também viu a temperatura subir para 36,7°C, superando o recorde anterior de 36,2°C, que havia sido registrado apenas dois dias antes, em 16 de agosto. As capitais de Goiás e Mato Grosso do Sul também sentiram o impacto dessa onda de calor. Goiânia registrou 37,0°C no sábado, 17 de agosto, enquanto Campo Grande alcançou 36,8°C no mesmo dia, ambas as marcas sendo as mais altas do ano até agora. Em Cuiabá, capital de Mato Grosso, o calor foi ainda mais intenso, com a temperatura atingindo 41,8°C no sábado e 42,0°C no domingo.

Nova frente fria

A partir de quinta-feira, uma frente fria de característica continental, associada a um ciclone extratropical no mar, vai avançar sobre o país, trazendo chuva e derrubando as temperaturas no centro-sul do Brasil. A massa de ar polar que acompanha essa frente fria não será tão intensa quanto a do início de agosto, mas será suficiente para provocar uma queda significativa nas temperaturas, especialmente nas áreas mais ao sul.

Nas áreas destacadas em azul, as temperaturas entre sexta e terça-feira da semana que vem deverão ficar entre 3°C e 5°C abaixo da média para o mês de agosto. Já nas regiões em roxo, que incluem grande parte do oeste do Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina, oeste do Paraná e o sul de Mato Grosso do Sul, as temperaturas poderão variar entre 5°C e 7°C abaixo do normal para o período, sinalizando um retorno marcante do frio após dias de calor.

Figura 1 - Mapa de onda de frio da semana que vai de 24 de agosto a 27 de agosto. Fonte: <a href='https://www.climatempo.com.br/' >Climatempo</a>.

O Brasil vive um agosto de extremos, e os próximos dias prometem continuar essa tendência, com uma nova queda nas temperaturas que trará alívio para aqueles que sentiram o calor intenso, mas também exigirá atenção às mudanças bruscas de clima.

Fonte: Climatempo 21/08/2024

IMPACTOS NO CAMPO

Foto grátis maçã vermelha fresca com gotas de água

O fator climático impactou significativamente a produção de maçãs em Santa Catarina, especialmente na região serrana de São Joaquim. Apesar do aumento na área plantada para a safra 23/24, a produtividade e a quantidade produzida caíram drasticamente devido às condições climáticas adversas, como o excesso de chuvas durante a florada, baixa incidência solar e dificuldades na polinização. Essas condições resultaram em uma diminuição da produção tanto da maçã Fuji quanto da Gala, além de problemas fitossanitários nos pomares. No mercado, houve flutuações de preços e um aumento nas importações, especialmente do Chile, para suprir a demanda interna. 

Refeição

A colheita do milho da segunda safra 23/24 está quase concluída, com 91% da área semeada já colhida, sendo a região norte do Mato Grosso do Sul a mais avançada. No entanto, o estresse hídrico severo, causado por longos períodos sem chuva, impactou negativamente o potencial produtivo das lavouras, especialmente em 815 mil hectares do estado. A falta de chuvas levou a uma queda significativa na produção, com alguns agricultores optando por abandonar a colheita. A produção estimada para esta safra é de 9,285 milhões de toneladas, uma redução de 34,7% em relação ao ciclo anterior, com a produtividade caindo 30,7% para 69,77 sacas por hectare.

Foto de foco seletivo de espigas de trigo douradas em um campo

Uma nova frente fria atingirá o Sul do Brasil nos próximos dias, trazendo risco de temporais e chuvas intensas, com acumulados entre 100 e 200 mm em algumas áreas. A partir de quinta-feira (22/08), a frente fria se desloca pelo interior do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, paralisando atividades agrícolas, como a colheita do trigo e a preparação para o plantio do milho verão. Além disso, uma massa de ar polar acompanhará a frente fria, causando uma queda acentuada nas temperaturas e aumentando o risco de geadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, o que pode prejudicar as lavouras de trigo em floração e a produção de tabaco.

 

Mel natural, derramando na tigela

No Rio Grande do Sul, a previsão de uma nova frente fria, trazendo temperaturas próximas ou abaixo de zero, está preocupando os meliponicultores. Eles estão se preparando antecipadamente, cuidando dos ninhos de abelhas sem ferrão e caixas para a temporada de multiplicações e capturas, já que o mel dessas abelhas pode atingir preços elevados, ultrapassando R$ 500,00 por litro. Em Santa Rosa, a chuva e o frio estão limitando a atividade das abelhas, enquanto a alternância entre frio e calor antecipou a florada de algumas espécies. A demanda por mel de abelhas sem ferrão permanece alta, com preços entre R$ 80,00 e R$ 100,00/kg na região. A previsão do tempo para os próximos dias indica a formação de um ciclone extratropical, que trará chuvas persistentes ao sul do estado e tempo mais estável, mas com nebulosidade, no centro e norte do Rio Grande do Sul.

Fonte: (Por Angela Ruiz – Climatempo)

EVENTOS E CURSOS AGRO

Confira aqui e aproveite a oportunidade!

DATA DE INÍCIO: 30 de agosto de 2024 – DATA FINAL: 29 de setembro de 2024 

Categoria: Feira – Evento presencial

ENDEREÇO: Alameda Maurício de Nasau, 675 – Centro, Holambra – SP – TELEFONE -19 981683600

Mais informações e INSCRIÇÕES: Seminário brasileiro 15/08/2024

DATA DE INÍCIO: 28 de agosto de 2024 08:00
DATA DE TÉRMINO: 29 de agosto de 2024 18:00
CATEGORIA: Seminário – Mais informações e INSCRIÇÕES: Seminário brasileiro 31/07/2024


DATA DE INÍCIO: 26 de agosto de 2024 – DATA FINAL: 30 de agosto de 2024

Categoria: Live, palestra – Evento on-line

Mais informações e inscrições: Embrapa 15/08/2024

Valor: R$19,90 – 1° Lote / 29,90 – 2° Lote / 3° Lote – 39,90


Divulgação -

DATA DE INÍCIO: 12 de setembro de 2024
DATA FINAL: 14 de setembro de 2024

Valor: Profissionais: R$ 700,00 / Estudantes: R$ 100,00

Mais informações e inscrições: Embrapa 14/08/2024

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DATA DE INÍCIO: 10 de Setembro de 2024
DATA DE TÉRMINO: 13 de setembro de 2024
CATEGORIA: Congresso
Mais informações e inscrições: Embrapa 03/07/2024
Divulgação -
DATA DE INÍCIO: 26 de agosto de 2024
DATA FINAL: 30 de agosto de 2024
CATEGORIA: Congresso
Mais informações e inscrições: Agroagenda 31/07/2024
Evento presencial
                     
DATA DE INÍCIO – 29 de agosto de 2024 08:00

CATEGORIA: Feira Agro

Mais informações e inscrições: Agroagenda 30/07/2024
Evento on-line e gratuito
Mais informac
Endereço: Parque de Exposições Agropecuaria de Itumbiara – Itumbiara – GO

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