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Inscrições para o concurso da Embrapa
Estão abertas, a partir de 16/12/2024, as inscrições para o Concurso Embrapa 2024. O concurso será nacional e as provas objetivas e discursivas estão previstas para acontecer em 23/03/2025, em todas as capitais do país e nas cidades com unidades da Embrapa.
Conheça o edital, demais informações e faça sua inscrição no site do Cebraspe, banca organizadora do certame. O edital do concurso público da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) nesta sexta-feira (6). A banca organizadora é o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe). São 1.027 vagas divididas entre cargos de assistente, técnico, analista e pesquisador. As inscrições estarão abertas de 16/12/2024 a 07/01/2025 e podem ser realizadas no site do Cebraspe.
As vagas são distribuídas em 189 áreas e subáreas de atuação, chamadas de “opções” no edital. Elas foram definidas para atender às demandas estratégicas da Empresa, integrando competências humanas, tendências científicas e necessidades sociais.
Fonte: MAPA 26/12/2024
Bons volumes de chuva favorecem cultivos de primeira safra
A primeira quinzena de dezembro foi marcada por bons volumes de chuva de Norte a Sul do país, o que favoreceu a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra. Estas informações estão presentes na edição de dezembro do Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).
Os gráficos de evolução do índice de vegetação dos principais estados produtores de grãos indicam condições gerais favoráveis de desenvolvimento. Apesar do atraso na semeadura, o índice da safra atual está evoluindo próximo ou acima dos ciclos anteriores. Em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná, o índice de vegetação da safra atual superou o valor mais alto do índice das safras passadas, em função da condição das lavouras e do menor escalonamento do plantio.
A semeadura do arroz na região Sul está praticamente concluída, com grande parte realizada dentro do período ideal. O milho primeira safra está se desenvolvendo em boas condições em quase todo o país, com a maioria das áreas na região Sul em estágios reprodutivos. A semeadura da soja recuperou o atraso inicial e a melhor distribuição das chuvas em dezembro beneficiou o desenvolvimento das lavouras. A colheita está próxima de ser iniciada.
Apenas no semiárido do Nordeste e em partes do Matopiba as chuvas foram escassas ou irregulares. Isso impactou as lavouras de soja e milho primeira safra nas regiões nas quais foram registradas essa condição climática adversa.
Fonte: Conab 26/12/2024
Conab negocia cerca de 91,7 mil toneladas de arroz em leilões de Contrato de Opção
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) negociou cerca de 91,7 mil toneladas de arroz nas três rodadas de leilões de Contrato de Opção realizados neste mês, totalizando 18 operações. De acordo com balanço da operação realizado pela Companhia, ao todo foram firmados 3.396 contratos. Caso os agricultores optem por vender o produto para o governo federal na data de vencimento do contrato negociado, a Conab destinará em torno de R$ 162,2 milhões.
A maior parte da negociação foi realizada no Rio Grande do Sul. As produtoras e os produtores gaúchos são responsáveis pela contratação de 58.455 toneladas do cereal, o que corresponde a 63,75% do total negociado. “Foram mais de 2 mil contratos firmados a partir dos leilões da Conab no principal estado produtor de arroz”, ressalta o diretor de Operações e Abastecimento da Companhia, Arnoldo de Campos. “Esses agricultores buscaram a garantia de preço no momento da comercialização no futuro, uma vez que não há a obrigação do exercício de venda ao governo federal. A escolha será feita pelo próprio produtor, seja vender para o mercado ou para o governo, de acordo com o que for mais rentável no momento”, reforça.
Outro estado com destaque nas operações é Mato Grosso, sendo responsável por 31,54% dos lotes arrematados nos leilões. Foram 1.071 contratos negociados, o que representa um volume de aproximadamente 28,92 mil toneladas do grão. “Além do apoio aos produtores, a ação também tinha como objetivo estimular a produção de arroz no país. Os agricultores de Mato Grosso responderam a essa intenção de ampliar o plantio do cereal em outros estados”, destaca o diretor da Companhia.
Compras da Agricultura Familiar – Pela primeira vez, a Conab destinou parte dos contratos para participação exclusiva de agricultores e agricultoras familiares. A medida resultou na negociação de contratos de aproximadamente 5,7 mil toneladas do grão. Caso a Companhia compre todo este volume, serão destinados R$ 10,11 milhões para a aquisição de arroz da agricultura familiar.
Nos leilões realizados neste mês, a Conab ofertou Contratos de Opção de Venda de arroz para os estados de Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Tocantins. Para realizar as operações, o governo federal destinou à Companhia cerca de R$ 1 bilhão, para a aquisição de até 500 mil toneladas de arroz longo fino em casca, tipos 1 e 2 da safra 2024/25.
Fonte: MAPA 26/12/2024
Boletim Logístico mostra desempenho das exportações de soja e milho em 2023/24 e aponta tendência para 2024/25
As exportações de soja e milho do Brasil apresentaram resultados distintos em novembro de 2024, de acordo com a edição de dezembro do Boletim Logístico divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A soja, com desempenho abaixo do esperado, registrou 2,55 milhões de toneladas embarcadas, o que representou uma queda de 45,8% em relação ao mês anterior. Esse recuo é reflexo da quebra na safra 2023/24, mas a expectativa para a próxima temporada, com a recuperação da produção, é que as exportações atinjam cerca de 105,48 milhões de toneladas, superando as vendas do ciclo atual.
O Brasil, maior exportador global de soja, viu redução no volume exportado em 2024 em comparação aos recordes de 2023. No acumulado de janeiro a novembro, o país exportou 96,8 milhões de toneladas de soja, contra 101,8 milhões no mesmo período do ano anterior, devido à quebra de safra e à queda nos preços internacionais. Esse desempenho fez com que a soja perdesse a liderança nas exportações do Brasil para o petróleo, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A última vez que a soja não foi líder na receita exportadora do país foi em 2021, quando o minério de ferro assumiu o topo.
Quanto aos portos, os do Arco Norte, que seguem como principais pontos de escoamento, responderam por 35% das exportações de soja em novembro de 2024, contra 33,8% no mesmo período de 2023. O Porto de Santos teve 28,9% da movimentação, enquanto no ano anterior esse volume foi de 30%. O Porto de Paranaguá, por sua vez, registrou uma leve queda, com 13,9% das exportações, contra 14,1% no mesmo mês de 2023.
No setor do milho, as exportações também apresentam distribuição pelos portos do país. Pelos portos do Arco Norte, foram escoadas 47,2% da movimentação acumulada de janeiro a novembro de 2024, contra 41,6% no mesmo período do ano passado. O Porto de Santos, com 41,6%, foi responsável por uma fatia significativa, seguido por Paranaguá (3,3%) e São Francisco do Sul (5,4%). Os principais estados exportadores de milho são Mato Grosso, Goiás, Paraná e Maranhão.
Em relação aos fertilizantes, a redução na importação do insumo em novembro de 2024, quando foram desembarcadas 4,2 milhões de toneladas, reflete a demanda já atendida para o período. Esse volume representa uma queda de 15% sobre o mês anterior, mas um aumento de 8,8% em relação ao mesmo período de 2023. No acumulado de janeiro a novembro, os portos brasileiros receberam 36,73 milhões de toneladas de fertilizantes, uma ligeira queda de 0,8% em comparação com o ano anterior. Entre os principais portos, Paranaguá recebeu 8,9 milhões de toneladas, Santos 7,19 milhões, e os portos do Arco Norte 6,39 milhões de toneladas.
De acordo com o Boletim, a mudança nas rotas de exportação e a intensificação do uso dos portos do Arco Norte refletem uma reconfiguração nas práticas logísticas, projetando um cenário de crescimento nas exportações e maior eficiência no escoamento de produtos agrícolas e insumos nos próximos anos.
Frete – Em novembro, os preços de frete apresentaram variações nas diferentes regiões do Brasil. Nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí e São Paulo, houve queda nos valores, impulsionada principalmente pela baixa demanda, redução nos volumes de grãos movimentados e retração nas negociações. O Distrito Federal também registrou queda, especialmente nas rotas que transportam soja, com recuos de preços de até 9% e 7% para alguns destinos.
Por outro lado, no Maranhão, a escassez de fretes para soja e a movimentação reduzida de milho resultaram em preços estagnados. Em Minas Gerais, o mercado permanece aquecido, com preços equilibrados, embora algumas praças tenham registrado aumento devido a ajustes pontuais nas condições logísticas e na demanda. A Bahia também manteve estabilidade nos preços de frete, apesar da queda no fluxo logístico e no volume de grãos comercializados. No Paraná, a situação permaneceu estável, sem grandes variações nos valores de frete.
O Boletim Logístico da Conab é uma publicação mensal que reúne informações de dez estados produtores, oferecendo uma análise detalhada sobre os aspectos logísticos do setor agropecuário, a posição das exportações dos principais produtos agrícolas do Brasil, o fluxo de movimentação de cargas e as principais rotas utilizadas para o escoamento da produção. No portal da Companhia, é possível acessar a edição completa.
Fonte: Conab 26/12/2024
Imagem: atomicagro 26/12/2024
Festas sem desperdício: cinco dicas da FAO para cuidar do bolso e do meio ambiente durante as celebrações de fim de ano
As datas especiais reúnem famílias e entes queridos para agradecer pelas conquistas do ano que termina, desejar o melhor para o ano que começa e celebrar com quem mais amamos.
No entanto, no esforço de ser um bom anfitrião, é fácil exagerar nas compras e no preparo de alimentos que acabam não sendo consumidos. De acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), na América Latina e no Caribe, 19% dos alimentos são desperdiçados. Isso significa que 1/5 da nossa comida vai parar no lixo, enquanto 41 milhões de pessoas na região passam fome.
Por isso, neste fim de ano, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) compartilha cinco dicas para evitar o desperdício, cuidar do seu orçamento e reduzir a poluição causada por alimentos em decomposição.
1. Compre com propósito: Planeje sua refeição com base nas porções por pessoa e compre apenas o necessário, dando preferência a frutas e vegetais com formas ou cores menos convencionais e a produtores locais em feiras. Assim, você também apoia a economia da sua região. Aproveite os descontos em alimentos perecíveis, como hortaliças e frutas maduras da estação, para preparar sopas, sucos e vitaminas nutritivas e saudáveis.
2. Uma geladeira mágica: Programe sua geladeira para 4ºC e armazene os alimentos mais perecíveis na parte de trás, onde está mais frio. Os mais duráveis podem ficar próximos à porta. Organize os produtos mais antigos na frente à medida que compra novos, evitando que fiquem esquecidos no fundo da geladeira.
3. Cozinhe com amor: Muitas vezes, desperdiçamos alimentos por não os utilizar integralmente. Partes como as folhas da beterraba, da cenoura e os talos dos brócolis são ricos em fibras e nutrientes e podem ser incluídos em suflês, tortilhas ou saladas. Se os alimentos desidratarem na geladeira, mergulhe-os em água fria antes de preparar, e eles podem recuperar sua consistência original.
4. Ano novo, vida nova: Se, apesar das precauções, você exagerar, armazene as sobras em recipientes fechados. Não deixe alimentos preparados à temperatura ambiente por mais de duas horas. No refrigerador, use uma etiqueta para marcar a data, garantindo o consumo seguro. Considere congelar porções sempre que possível. As festas também evidenciam as desigualdades sociais da região. Doe os excedentes de comida para instituições de caridade ou bancos de alimentos, para que cheguem a pessoas que enfrentam fome ou insegurança alimentar.
5. Um adeus consciente: Se não for possível preservar os alimentos para consumo doméstico, descarte-os de forma que não prejudique o meio ambiente. Informe-se sobre opções de reciclagem, recuperação ou reutilização na sua cidade. Algumas instituições utilizam tecnologias para resgatar os nutrientes dos alimentos descartados. Os resíduos também podem ser transformados em compostagem, alimentando jardins com esses nutrientes.
Fonte: FAO 26/12/2024
Monitoramento semanal das condições das lavouras
Atualizado em 23 de dezembro
ARROZ – 90,7% semeado. No RS, o plantio está praticamente finalizado, faltando apenas algumas áreas na região Central. As lavouras estão com bom desenvolvimento, e aquelas semeadas mais cedo iniciam a fase reprodutiva, apesar da ocorrência de variações bruscas na amplitude térmica. Em SC, as lavouras seguem, principalmente, em desenvolvimento vegetativo, e parte se encontra em florescimento e enchimento de grãos, principalmente no Norte, em áreas implantadas mais cedo. No TO, a cultura está em fase de emissão e desenvolvimento de panícula. No MA, a colheita do arroz irrigado está avançando aos poucos nas lavouras do Norte e Centro, enquanto, nas áreas de arroz em sequeiro, o plantio está ocorrendo em São Mateus do Maranhão, assim como em poucas áreas do Sul. Em MT, a semeadura avançou em mais de 70% da área prevista. Os primeiros talhões iniciaram a colheita, com bom potencial produtivo. No PA, a colheita avança para a fase final. No PR, a elevação do nível do Rio Ivaí prejudicou o potencial de parte das lavouras em fases mais avançadas..
FEIJÃO (1ª safra) – 64,4% semeado. No PR, o tempo seco permitiu o avanço na colheita e a realização de tratos fitossanitários. Destaca-se o registro pontual de brotações nos grãos em lavouras que estavam maduras e não foram colhidas antes das precipitações ocorridas na semana retrasada. Na BA, as condições climáticas no Oeste continuam favoráveis ao plantio e ao desenvolvimento das lavouras. Nas regiões Centro-Sul e Centro-Norte, a estiagem paralisou o avanço do plantio, gerando preocupação quanto ao vigor vegetativo das lavouras. Em MG, as lavouras estão totalmente implantadas, com a maioria entre as fases de desenvolvimento e floração. Em GO, a maior parte das lavouras está nas fases reprodutivas e segue apresentando boas condições, com baixa pressão de pragas e doenças. Em SC, restam poucas áreas a serem semeadas, e a cultura vem apresentando boas condições, com as lavouras mais precoces iniciando a colheita. No RS, as chuvas da última semana trouxeram alguns contratempos nas operações de campo, limitando principalmente a colheita, mas contribuíram para a recuperação do armazenamento hídrico de áreas no Planalto Superior, viabilizando a continuação do plantio.
MILHO (1ª safra) – 77,9% semeado. Em MG, as lavouras apresentam-se em boas condições, com algumas áreas em floração. No RS, as precipitações contribuíram para o desenvolvimento das plantas. A colheita foi iniciada no Noroeste, Planalto Médio e Centro do estado, com rendimento aquém do esperado devido à redução das chuvas em novembro. As melhores lavouras estão na região Nordeste. Na BA, o plantio segue no Oeste, e as lavouras apresentam bom desenvolvimento; entretanto, nas regiões Centro-Norte e Sul, a falta de chuvas prejudica o potencial produtivo. No PI, a semeadura avança no Sudoeste, com lavouras em emergência e desenvolvimento vegetativo. No PR, o clima mais seco permitiu a realização de tratos culturais e o manejo de pragas e doenças. Em SC, a maioria das áreas encontra-se nas fases reprodutivas, com lavouras apresentando bom potencial produtivo. Em SP, o clima tem favorecido a cultura. No MA, a semeadura avança no Sul, enquanto nas demais regiões aguardam-se melhores condições climáticas para iniciar o plantio. Em GO, a semeadura está praticamente finalizada, com lavouras em bom desenvolvimento e algumas áreas iniciando a fase reprodutiva..
SOJA – 97,8% semeado. Em MT, a colheita foi iniciada, e as lavouras apresentam-se em boas condições, embora algumas regiões registrem persistência de dias nublados. No RS, a semeadura está próxima da finalização, com a maior parte das lavouras em desenvolvimento e as primeiras áreas semeadas iniciando a floração. No PR, a redução das chuvas permitiu o manejo de lavouras quanto a pragas e doenças, mantendo boas condições gerais. Em GO, a semeadura está quase finalizada, favorecida pelas condições climáticas, especialmente para lavouras em fase reprodutiva. Em MS, o retorno das chuvas beneficiou a semeadura e a ressemeadura de talhões com baixo estande, enquanto o clima ameno intensificou as pulverizações de fungicidas devido à propensão ao desenvolvimento de doenças. Em MG, as lavouras seguem em bom desenvolvimento, avançando para as fases reprodutivas. Na BA, as lavouras apresentam bom desenvolvimento, com a semeadura próxima da conclusão. Em SP, as lavouras estão em boas condições. No TO, a semeadura foi concluída. No MA, a semeadura foi finalizada na maior parte do Sul, com as lavouras se recuperando graças às chuvas recentes, enquanto o plantio continua nas demais regiões. No PI, a semeadura está praticamente finalizada, e, apesar da irregularidade das chuvas, as lavouras apresentam bom desenvolvimento. Em SC, a semeadura da primeira safra está quase concluída, com apenas algumas áreas remanescentes em regiões de maior altitude, onde as condições climáticas são favoráveis. No PA, o plantio foi finalizado na região de Redenção e na parte sul da BR-163, mas nas demais regiões, a insuficiência de chuvas tem dificultado o avanço da semeadura.
.FONTE: Monitoramento da lavoura – CONAB – atualizado em 23 de dezembro
MERCADO
INDICADORES CEPEA
AÇUCAR – RETRO 2024: Mercado mostra resiliência em 2024. O mercado paulista de açúcar cristal branco mostrou resiliência em 2024 frente aos desafios internos e externos. Segundo pesquisadores do Cepea, a menor oferta, somada à competição entre os diferentes destinos da cana-de-açúcar, evidenciou as estratégias das usinas em maximizar suas margens diante de um cenário de incertezas. Levantamentos do Cepea mostram que a safra 2024/25 se iniciou, em abril, com cotações médias superiores às do mesmo período de 2023. Essa valorização decorreu da disponibilidade reduzida de açúcar branco no mercado doméstico, visto que muitas usinas priorizaram a produção de açúcar VHP (destinado à exportação) e de etanol, favorecida pelo aquecimento da demanda interna por biocombustíveis. As altas, porém, não se sustentaram, e os preços do cristal passaram a cair rapidamente. Além do aumento no volume produzido nos primeiros meses da temporada e da elevação dos estoques, a volatilidade cambial e a desaceleração da procura doméstica reforçaram a pressão sobre os valores, que baixaram para a casa dos R$ 130/saca de 50 kg, ainda conforme pesquisas do Cepea. A partir de agosto, os preços reagiram vigorosamente, alcançando, em novembro, recordes nominais da série histórica do Cepea, iniciada em 2003 – a média mensal do Indicador do Açúcar Cristal CEPEA/ESALQ (estado de São Paulo) foi de R$ 166,46/sc de 50 kg, aumento de 8,93% em relação a outubro. Essa recuperação, por sua vez, revelou a resiliência do mercado em meio a um conjunto de fatores adversos no campo. Produtores enfrentaram uma queda drástica na disponibilidade de cana-de-açúcar, causada pela combinação de seca generalizada, queimadas e a propagação de uma nova doença, a murcha. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
ALGODÃO – Posição firme de vendedor garante avanço de preço neste final de ano. Mesmo diante da desvalorização externa e do fraco ritmo de comercialização no mercado spot nacional neste final de ano, os preços do algodão em pluma estão em alta no Brasil. Segundo pesquisadores do Cepea, a sustentação vem da posição firme de vendedores, que se atentam ao elevado patamar do dólar. Na quinta-feira, 19, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, atingiu R$ 4,2160/lp, o maior patamar nominal desde meados de março/24. Diante desse cenário – de queda no mercado internacional e de alta no doméstico –, na parcial de dezembro (até o dia 20), a diferença entre os preços interno e externo da pluma caiu. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
ARROZ – Indicador volta a operar abaixo de R$ 100/sc. Neste período de festas de final de ano, as negociações envolvendo arroz em casca estão lentas no spot do Rio Grande do Sul. Segundo pesquisadores do Cepea, tanto compradores quanto vendedores estão afastados do mercado. Enquanto compradores se atentam às dificuldades logísticas típicas nesta época do ano, vendedores estocam o produto, desmotivados com as expressivas quedas de preços nos últimos dois meses. Nesse cenário, os preços seguem enfraquecidos. Na parcial de dezembro (até o dia 20), o Indicador CEPEA/IRGA-RS (58% grãos inteiros, com pagamento à vista) acumulou desvalorização de 3%, levando a saca de 60 kg a operar novamente abaixo de R$ 100. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
CITROS – Acordo entre Mercosul e UE deve favorecer citricultura nacional. O acordo entre o Mercosul e a União Europeia, concretizado depois de 25 anos de negociações, deve favorecer a citricultura brasileira, segundo avaliam pesquisadores do Cepea. Atualmente, exportar suco de laranja ao bloco europeu exige uma taxa que varia de 12,2% a 15%, a depender das especificações do produto, conforme indica a CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos). O Brasil é o maior exportador mundial de suco de laranja, e a União Europeia é o principal destino. Na safra 2023/24 (de julho/23 a junho/24), dados do Comex Stat mostram que a receita obtida com as vendas ao bloco europeu representou quase 55% do montante total. O acordo prevê que as tarifas tenham diminuição gradativa, até serem zeradas, no período de sete a 10 anos, sendo que metade das importações do bloco europeu deve vir do Mercosul, ou seja, do Brasil, já que os outros países do bloco sul-americano praticamente não produzem a commodity. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
ETANOL – RETRO 2024: Clima prejudica a produção de cana; safra 24/25 registra preço firme. O ritmo da moagem de cana-de-açúcar ao longo de 2024/25 foi razoável frente ao da safra anterior, mas a produção de cana foi prejudicada por condições climáticas adversas. Dados da Unica evidenciam esse fato. No acumulado da temporada (de abril/24 até 16 de novembro/24), foram processadas 582,61 milhões de toneladas de cana, 2,24% a menos que no mesmo período no ciclo anterior. Quanto aos preços, no acumulado parcial da safra 2024/25 (abril/24 a novembro/24), as médias dos Indicadores CEPEA/ESALQ mensais dos etanóis anidro e hidratado para o estado de São Paulo se mantêm firmes, superando as do mesmo período de 2023/24, em 0,26% e em 2,03%, nessa ordem. No geral, os preços oscilaram em praticamente toda a safra 2024/25, com distribuidores aumentando as aquisições pontualmente em momentos de aquecimento na procura da ponta final. Nos demais períodos, distribuidoras estiveram afastadas do spot, retirando compras fechadas anteriormente. No caso do etanol anidro, a participação dos contratos esteve acima do volume negociado no mercado spot. Dados do Cepea mostram que, em média, de abril/24 a novembro/24 apenas 9% do total vendido pelas usinas de São Paulo foi por meio do spot. Com a boa vantagem do biocombustível nas bombas, o desempenho das vendas de gasolina C nos principais estados consumidores foi menor. No front externo, os embarques brasileiros de etanol no acumulado da safra 2023/24 (entre abril/24 e novembro/24) somam 1,73 bilhão de litros do biocombustível, baixa de 5,62% frente ao mesmo período da temporada passada, segundo dados da Secex. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
FRANGO – Avicultor recupera poder de compra. O poder de compra de avicultores paulistas vem se recuperando frente aos principais insumos utilizados na atividade, conforme apontam levantamentos do Cepea. Isso se deve, segundo o Centro de Pesquisas, às desvalorizações do milho e do farelo de soja no mercado doméstico em dezembro e ao avanço nos preços do frango vivo. Vale lembrar que a relação de troca frente ao cereal esteve desfavorável ao produtor por três meses seguidos (de setembro a novembro/24). No mercado de frango, colaboradores do Cepea relatam que o período de festas de fim de ano aqueceu a demanda pela proteína e, consequentemente, intensificou a busca de frigoríficos por novos lotes de animal vivo. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
FEIJÃO – Maior oferta e qualidade menor mantêm valores em queda. O mercado de feijão manteve-se pressionado pela oferta crescente e pela qualidade comprometida em diversas regiões produtoras – chuvas em excesso prejudicaram o grão. Pesquisadores do Cepea indicam que, para o curto prazo, a continuidade das colheitas e a maior disponibilidade de feijões de categorias inferiores devem manter as cotações enfraquecidas. Contudo, lotes de alta qualidade permanecem escassos e valorizados, especialmente nas regiões com infraestrutura de armazenamento. No geral, neste encerramento de ano, pesquisadores do Cepea relatam que o mercado segue em compasso de espera, com as negociações sendo realizadas de forma pontual. O retorno do consumo mais aquecido no início de 2025 pode ajudar a equilibrar as cotações, principalmente para as categorias superiores. No campo, a Conab indica que, até o dia 15 de dezembro, 63,8% da área destinada à primeira safra de feijão havia sido semeada, enquanto 7,7% já foram colhidas. A produção estimada da temporada 2024/25 reforça a perspectiva de aumento da oferta nos próximos meses. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
MANDIOCA – Com muitas fecularias em recesso, oferta de raiz supera demanda. Com a maior parte das fecularias já em recesso neste final de ano, a disponibilidade de matéria-prima superou o interesse industrial ao longo da semana passada. Diante disso, dados do Cepea mostram que os preços da raiz de mandioca se enfraqueceram no período. Para as próximas semanas, a colheita e o esmagamento devem ficar praticamente parados, uma vez que a maior parte dos agentes de fecularias e de farinheiras indica que deve retomar as atividades apenas em janeiro/2025. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
MILHO – Negócios são lentos neste encerramento de ano. Como tipicamente ocorre em período de final do ano, o ritmo de negociações envolvendo o milho está pontual no mercado spot brasileiro. Segundo pesquisadores, a liquidez é limitada pela disparidade entre os preços ofertados por demandantes – que mostram baixa intenção de compras – e os pedidos por vendedores. Nesse cenário, o Cepea verificou que, enquanto nas regiões consumidoras prevaleceram as quedas de preços, nas praças ofertantes os valores estiveram mais firmes. No campo, de maneira geral, o desenvolvimento das lavouras está satisfatório na maior parte das regiões produtoras de safra verão, aumentando a expectativa quanto à qualidade e à quantidade a serem produzidas em 2025. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
OVOS – Oferta limitada eleva preços com força. Os preços dos ovos têm registrado fortes aumentos no correr de dezembro em todas as praças acompanhadas pelo Cepea. Na maioria das regiões, as médias atuais são as mais altas para o mês de toda a série histórica do Centro de Pesquisas, com elevações de pouco mais de 23% em relação a novembro. Segundo agentes do setor consultados pelo Cepea, esse movimento é resultado da oferta reduzida no mercado doméstico. Em algumas praças, ainda conforme informações do Cepea, produtores e distribuidores enfrentaram dificuldades para atender aos pedidos, favorecendo a alta das cotações, mesmo com o avanço do mês, período em que o volume de negociações tende a diminuir. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
SOJA – Clima favorável reforça perspectiva de maior oferta, e preço cai. Os preços da soja caíram no Brasil e nos Estados Unidos na semana passada. De acordo com pesquisadores do Cepea, a pressão veio do clima favorável às lavouras da oleaginosa na América do Sul, contexto que tem reforçado as expectativas de produção mundial recorde. Além disso, a demanda pela soja brasileira está menor, tanto por parte de indústrias esmagadoras domésticas, quanto por parte de importadores. Pesquisadores do Cepea destacam que, no Brasil, grande parte dos consumidores já encerrou as compras em 2024. Do lado do produtor, também não há grande interesse em negociações com entregas a curto prazo, tendo em vista que esses agentes estão atentos às atividades de campo. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
X Congresso Brasileiro de Soja – INSCRIÇÕES ABERTAS
Data: 21 a 24 de julho de 2025
Local: Centro de Exposições e Convenções Expo Dom Pedro / Campinas (SP)
Mais informações: CBSOJA
Fone: (47) 99220-9342
DATA DE INÍCIO:28 de janeiro de 2025 19:00
DATA DE TÉRMINO: 29 de janeiro de 2025 21:30
Mais informações e inscrições: Agroagenda 18/12/2024
Telefone: (89) 98102-0125
E-mail: [email protected]
Fone: (47) 99220-9342 – Evento on-line e grátis
DATA DE TÉRMINO: 23 de janeiro de 2025 19:00
E-mail: [email protected]
DATA DE TÉRMINO: 17 de janeiro de 2025 18:00
Endereço: Área Experimental da Meta Consultoria – MT-326, Zona Rural – Canarana/MT