Curadoria Semanal
Principais informações sobre o mundo AGRO: ações públicas, produção, inovações, técnicas, pesquisa e muito mais.
TUDO AQUI!
Atualize-se e compartilhe!
Mapa garante a qualidade e a segurança dos produtos agropecuários brasileiros
A agropecuária brasileira segue responsável por grandes números na economia brasileira. No primeiro semestre de 2024, o PIB do agronegócio brasileiro foi de R$ 2,50 trilhões, sendo 1,74 trilhão no ramo agrícola e 759,82 bilhões no ramo pecuário. O grande número de mercados abertos para os produtos agropecuários brasileiros desde o início de 2023 é um retrato disso, uma vez que esses novos consumidores se traduzem em maiores possibilidades para a comercialização dos produtos brasileiros.
Nesse contexto, a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) exerce um papel regulador fundamental na garantia da qualidade e da segurança sanitária dos produtos agropecuários brasileiros, sendo peça-chave na cooperação técnica com outros países. Esse diálogo é essencial para assegurar o alinhamento dos requisitos sanitários e fitossanitários nacionais aos padrões internacionais, facilitando o acesso dos produtos brasileiros a novos mercados e a manutenção de acordos comerciais já estabelecidos.
A SDA enfrentou grandes desafios em 2024, seja pela presença de doenças, como o foco da Doença de Newcastle (DNC) identificado no Estado do Rio Grande do Sul em julho, seja pela presença de pragas, como o novo foco de monilíase, dessa vez no estado do Amazonas. Além disso, a Secretaria teve grande atuação no trabalho de identificação e retirada do mercado de produtos fraudados ou não adequados para o consumo, como café, vinhos, azeite de oliva, fertilizantes, defensivos agrícolas, entre outros. Ainda, as ações constantes de fiscalização nas fronteiras brasileiras garantiram que riscos potenciais à produção agrícola brasileira fossem identificados e mitigados, sendo um importante serviço realizado à sociedade.
Para o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, as demandas foram imensas, com desafios que incluíram doenças, pragas e fraudes no mercado. “A defesa agropecuária brasileira, com sua infraestrutura e equipe altamente qualificada, está mais do que preparada para agir com tecnicalidade, firmeza e agilidade, cumprindo os desafios propostos com eficiência e reafirmando seu lugar de referência global. Somos exemplo para o mundo em termos de qualidade e segurança sanitária. A população pode confiar que o governo está garantindo produtos seguros e de excelência para o mercado interno e externo”, pontuou.
SAÚDE ANIMAL
Em 2024, novos desafios se apresentaram na saúde animal. Após a identificação de um foco da Doença de Newcastle (DNC) em Anta Gorda (RS), a SDA implementou medidas rigorosas de controle, culminando em uma rápida resolução e notificação de erradicação à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). A resposta incluiu ações integradas, além do emprego de técnicas analíticas avançadas para processar mais de 59 mil amostras. A mobilização de recursos, incluindo servidores em regime de escala e colaboração interministerial, garantiu a agilidade necessária para conter os surtos e proteger a saúde animal e a economia.
No que se refere a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, conhecida como gripe aviária, a Secretaria estruturou plano de contingência abrangente para as demandas laboratoriais decorrentes do estado de emergência sanitária. A Rede LFDA, com o suporte do LFDA/SP como laboratório de referência, processou um volume significativo de amostras provenientes de vigilância passiva, ativa e subsistência.
Ainda na área de saúde animal, a SDA formalizou em 2024 a solicitação de reconhecimento junto à OMSA para que o Brasil seja oficialmente declarado livre da febre aftosa sem vacinação. Essa decisão, que representa um marco na história da sanidade animal no país, é resultado de uma ampla mobilização de recursos e esforços coordenados para comprovar a ausência de circulação viral, com resultados esperados para maio de 2025. A conquista desse status fortalece o posicionamento do Brasil no mercado internacional, abrindo novas oportunidades comerciais para produtos de origem animal. Além disso, reduz custos com vacinação em R$ 500 milhões anuais.
Também foi lançado o Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos para qualificar e aprimorar a rastreabilidade ao implementar um sistema de identificação individual que permitirá acompanhar e registrar o histórico, a localização atual e a trajetória de cada animal identificado. A medida fortalecerá os programas de saúde animal, incrementará a capacidade de resposta a surtos epidemiológicos e reforçará o compromisso do Brasil com o cumprimento dos requisitos sanitários dos mercados internacionais.
SANIDADE VEGETAL
A SDA tem enfrentado com eficiência as principais emergências fitossanitárias que ameaçam a agricultura nacional. No Norte do país, ações foram intensificadas para suprimir a presença da mosca-da-carambola em áreas críticas. Os estados de Roraima, Amapá e Pará receberam reforço em monitoramento e contenção, com destaque para a utilização de tecnologias avançadas para captura e análise de amostras. Também na Região Norte, novos focos da monilíase do cacaueiro foram identificados no Amazonas em 2024. A SDA implementou medidas de erradicação, incluindo destruição de plantas infectadas e ampliação das ações de vigilância. Capacitações também foram realizadas em comunidades locais para prevenir a dispersão da doença.
Já em relação ao greening, as diretrizes regionais foram atualizadas para aprimorar o controle da praga em áreas produtoras de citros. As novas medidas são adaptadas às particularidades locais, garantindo maior eficiência no combate ao greening e na proteção da cadeia produtiva de cítricos. Complementarmente, a SDA também lançou cursos voltados à gestão de crises fitossanitárias, com base no Sistema de Comando de Incidentes (SCI). Simulações práticas foram conduzidas para preparar equipes técnicas para responder rapidamente a novas emergências.
EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
Em 2024, a SDA elaborou 275 certificados sanitários internacionais e respondeu a 23 questionários de equivalência, reforçando a conformidade dos sistemas de produção brasileiros com os requisitos de países importadores. Além disso, foram publicados 117 certificados de exportação para produtos de origem animal (POA) e 49 certificados para produtos de alimentação animal (AA), garantindo a regularidade das exportações e ampliando o portfólio de mercados atendidos.
Nesse ano, o Brasil recebeu 49 auditorias remotas e 25 presenciais de delegações internacionais interessadas em avaliar a conformidade dos sistemas de produção e inspeção. Essas auditorias, além de demonstrar a transparência dos processos brasileiros, resultaram em 431 novas habilitações para estabelecimentos estrangeiros e 783 para nacionais em 2024, ampliando a capacidade exportadora do país.
Além das negociações técnicas, a SDA conduziu auditorias específicas para atender requisitos de mercados importantes como Estados Unidos e Reino Unido. No total, foram realizadas 232 auditorias em 2024, sendo 12 específicas para atender requisitos dos Estados Unidos e 33 do Reino Unido, abrangendo inspeções de rotina e verificações de conformidade em estabelecimentos sob regime de inspeção permanente e periódica. Essas ações também se estenderam a 73 auditorias em estabelecimentos sob regime de inspeção periódica e 6 em plantas de alimentação animal. A atuação garantiu a conformidade dos produtos de origem animal com padrões nacionais e internacionais.
MERCADO NACIONAL
Por meio do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) e do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA), estados, municípios e consórcios públicos têm ampliado a equivalência de seus serviços de inspeção com o padrão federal, permitindo a comercialização de produtos em todo o território nacional. Essa integração fortalece a economia local, promove o acesso a novos mercados e assegura a qualidade e inocuidade dos produtos agropecuários.
O Projeto ConSIM foi ampliado em sua terceira edição, integrando 39 consórcios públicos municipais, abrangendo 17 estados e aproximadamente 1.800 municípios. Em setembro de 2024, os consórcios firmaram protocolos de intenções com a SDA, e oficinas de orientação e autoavaliação de equivalência estão em andamento para garantir a adesão ao Sisbi-POA. Essa expansão reforça o papel do Suasa como articulador de políticas que facilitam o acesso de pequenos produtores ao mercado nacional.
Além do Sisbi-POA, outros sistemas de padronização e inspeção também avançaram em 2024. Dois estados (Paraná e Rio Grande do Sul) aderiram ao Sisbi-PEC, voltado a insumos pecuários, enquanto Mossoró (RN) e o Rio Grande do Sul foram integrados ao Sisbi-POV, que regulamenta produtos de origem vegetal. Essas adesões destacam a abrangência do Suasa em diferentes segmentos do agronegócio.
FISCALIZAÇÕES E APREENSÕES
A Secretaria conduziu operações como a Getsêmani, que resultou na apreensão de 121.453 litros de azeite de oliva fraudado, e a Operação Valoriza, que apreendeu 64.608 kg de café torrado e moído irregular. Além disso, a SDA recolheu 98.527,9 litros de azeite de oliva e 26.132 kg de café de marcas suspeitas, protegendo consumidores de práticas enganosas e reforçando a qualidade dos produtos no mercado.
O Vigiagro intensificou o controle de mercadorias em portos, aeroportos e postos de fronteira, apreendendo 5.415.428,9 litros ou quilos de produtos vegetais e 24,4 toneladas de produtos de origem animal em situação irregular. Além disso, 1.572 animais vivos foram interceptados, evitando riscos à introdução de doenças como febre aftosa e influenza aviária. As ações refletem o compromisso com a manutenção da sanidade agropecuária nacional.
No âmbito do programa Vigifronteiras, 11 operações de fiscalização foram realizadas em estados como Rio Grande do Sul, Paraná, e Mato Grosso. Durante essas operações, 505 toneladas de produtos vegetais de risco fitossanitário e 1.572 animais vivos foram apreendidos. As atividades envolvem articulação com órgãos estaduais e federais, incluindo o uso de cães de detecção (K9), que desempenham papel crucial no controle sanitário em áreas estratégicas.
Fonte: MAPA 12/12/2024
Oeste baiano supera Minas Gerais e se torna o maior polo de irrigação do Brasil
O extremo oeste da Bahia tornou-se o maior polo de irrigação por pivôs centrais no Brasil, superando o Noroeste de Minas Gerais, segundo um levantamento da Embrapa com dados de 2024. O estudo revelou que a área irrigada no país cresceu quase 300 mil hectares desde 2022, alcançando 2,2 milhões de hectares. Esse aumento representa uma expansão de 14% em dois anos, evidenciando a evolução do setor de irrigação. Entre os municípios com maiores áreas irrigadas, destacam-se São Desidério (BA), Paracatu (MG) e Unaí (MG).
O crescimento da irrigação no Brasil é atribuído a fatores como condições topográficas favoráveis, uso de águas subterrâneas, e avanços em infraestrutura, como tanques de geomembrana. Minas Gerais lidera em área irrigada, seguido pela Bahia e Goiás. Mais de 70% dos pivôs centrais estão concentrados no bioma Cerrado, enquanto o Pantanal não registrou uso de irrigação. Além disso, as principais fontes de água são as bacias dos rios Paraná e São Francisco, demonstrando a dependência da agricultura irrigada em relação aos recursos hídricos.
Apesar dos avanços, a maior parte da produção agrícola brasileira ainda depende de chuvas, com apenas 2,6% da área irrigada global localizada no país. Embora o Brasil tenha vastos recursos hídricos, a área total irrigada é inferior a de países como Estados Unidos, China e Índia. A irrigação, no entanto, proporciona benefícios significativos, como maior produtividade, qualidade e estabilidade das culturas, além de permitir colheitas na entressafra.
Os desafios do uso da irrigação incluem o alto consumo de água e a depleção dos aquíferos, como o Aquífero Urucuia, no Brasil, e o Aquífero Ogalalla, nos EUA. A redução no nível de água desses mananciais pode levar à salinização e menores vazões, além de aumentar custos de bombeamento. Eventos climáticos extremos, como secas e enchentes, também afetam negativamente a produção agrícola dependente de chuvas, incentivando a expansão da agricultura irrigada no país.
O sistema de irrigação por pivôs centrais continua em expansão e é monitorado desde 1985 por instituições como a Embrapa e a Agência Nacional de Águas. Essa tendência reflete a busca por uma gestão mais eficiente e sustentável dos recursos hídricos, com foco na redução de conflitos pelo uso da água e no aumento da competitividade da agricultura brasileira.
Fonte: Embrapa 18/12/2024
Foto 1: Barbosa de Menezes
A carne caprina na economia prateada
O termo economia da longevidade, como é denominado nos Estados Unidos, e conhecido aqui no Brasil como Economia Prateada, enfoca as pessoas com mais de 50 anos como profissionais e consumidores. Segundo Matthew Lifschultz, nos Estados Unidos esse grupo detém 80% da riqueza familiar e responde por metade do consumo e no Brasil representa 54 milhões de consumidores, movimentando R$1,6 trilhão por ano, com previsão de atingir 90 milhões de consumidores até 2045.
Ainda segundo Lifschultz, o censo americano aponta que em 2034 a população de idosos deverá superar a de crianças pela primeira na história dos Estados Unidos e, no Brasil isso pode acontecer já em 2030. Mesmo diante desse cenário, as organizações ainda não dão a devida importância à Economia Prateada e poucas empresas já desenvolveram uma estratégia abrangente para explorar o potencial de produção e de consumo de quem tem mais de 50 anos. Diante desse cenário da nova ordem econômica mundial e, analisando-se especificamente as oportunidades que a economia da longevidade pode trazer para a cadeia produtiva da caprinocultura, é salutar que o seguinte questionamento seja levantado: o fenômeno da Economia Prateada poderá impulsionar o consumo mundial de carne caprina?
O consumo de carnes no mundo é influenciado por vários fatores, dentre os quais: capacidade produtiva, fatores econômicos, fatores culturais e classe social. Ao longo dos tempos, o que se tem observado é que a demanda pelos diversos tipos de carnes tem sido mais fortemente influenciada, principalmente pelos fatores econômicos, tais como preços relativos, preços das proteínas substitutas e pelos rendimentos dos consumidores. No entanto, estudos recentes têm mostrado que, especialmente nos países mais desenvolvidos, o poder dos preços e dos rendimentos para explicar alterações na demanda por carne, é, hoje, consideravelmente menor do que há algumas décadas. Por exemplo, análises da evolução da demanda por carnes na União Europeia mostraram que, no período de 1955 a 1974, cerca de 98% da procura por carne bovina era explicada por variações nos preços e na renda dos consumidores, diminuindo para 68% de 1975 a 1994.
É diante desse cenário de mudanças de comportamento do consumidor e da realidade atual dos dados demográficos da população mundial que mostra um aumento expressivo do tamanho da população com mais de 50 anos e, consequentemente, a sua importância econômica, que se pode afirmar com grande probabilidade de acerto que o fenômeno da economia da longevidade poderá impulsionar significativamente o consumo da carne caprina no Brasil e no mundo.
Saliente-se que os consumidores estão mudando as atitudes sobre o consumo de alimentos, existindo uma tendência, principalmente nos países desenvolvidos, de que as preocupações com a saúde e bem-estar em geral, incluindo receios ambientais, passem a ter cada vez mais importância no processo de escolha dos consumidores. É também diante desta mudança de paradigma que a Economia Prateada poderá impulsionar o consumo mundial de carne caprina. Pouquíssimas pessoas sabem que, dentre as carnes mais consumidas no mundo, a caprina contém menor teor de gordura, sendo, inclusive, mais magra que a carne de frango. Em cada 100 gramas de carne assada ao forno, a carne caprina apresenta 2,75g de gordura, contra 3,75g da carne de frango, 17,14g da carne bovina e 25,72g da carne suína.
Fonte: MAPA 18/12/2024
Tecnologia Antecipe aumenta produtividade do milho segunda safra no Tocantins
Em estudo desenvolvido no município tocantinense de Marianópolis, foi observado que o cultivo intercalar de milho, antes da colheita da soja, aumenta a produtividade e reduz os riscos da segunda safra tardia. Chamada de Antecipe, a técnica desenvolvida pela Embrapa promoveu aumento do número de espigas e da produtividade de grãos de milho em 287%, comparado ao plantio convencional desse cereal pós-soja. Com a tecnologia, os pesquisadores registraram a média de 3.062 quilos por hectare nos experimentos realizados no Tocantins.
O estudo comparou três sistemas de cultivo: intercalar do milho antes da colheita da soja (o Antecipe), a semeadura do milho após a colheita da soja e um terceiro sistema denominado “padrão do produtor”, em que o milho foi semeado após a colheita da soja no mesmo dia do Antecipe. A pesquisa foi executada em parceria por três Unidades da empresa: Embrapa Pesca e Aquicultura (TO), Embrapa Milho e Sorgo (MG) e Embrapa Pecuária Sudeste (SP).
Antecipe é sucesso em oito estados
O Tocantins é um dos oito estados em que o Antecipe gerou bons resultados. “O sistema foi validado em várias regiões do País que adotam a safrinha, como Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Goiás, Bahia, Mato Grosso do Sul e Maranhão”, relata o pesquisador Décio Karam, líder do projeto. Ele conta que os resultados têm sido promissores, tanto nas operações de plantio intercalar do milho como na colheita da soja. Em Goiás, por exemplo, ocorreram os resultados expressivos na segunda safra de 2021. Em um experimento conduzido em Rio Verde (GO), o Antecipe entregou 66 sacas de milho por hectare. Na semeadura tradicional, com o milho semeado após a colheita da soja, a produtividade foi de 28 sacas por hectare.
Como funciona o sistema Antecipe
Essa técnica permite a semeadura mecanizada do milho nas entrelinhas da soja durante a fase de enchimento de grãos da leguminosa, a partir do estádio R6. O milho é cortado durante o processo de colheita da soja, reduzindo a área foliar das plantas. Porém, como o ponto de crescimento encontra-se abaixo da superfície do solo, a planta continua seu crescimento, sem prejuízo à produtividade de grãos. Porém, essa desfolha deve ocorrer até o estádio de desenvolvimento V5 do milho, pois, se realizada após esse período, há perda de produtividade.
Essa estratégia permite ao produtor antecipar o plantio do milho safrinha em até 20 dias antes da colheita da soja, reduzindo os riscos de perdas por condições climáticas desfavoráveis, típicas do final do verão e início do outono. Com o plantio antecipado, a cultura do milho aproveita melhor as chuvas do início da estação, resultando em ganhos significativos de produtividade e rentabilidade.
A técnica também reduz os custos de produção da soja, eliminando a necessidade de dessecação da cultura para antecipar a colheita, o que beneficia o produtor em aspectos operacionais, econômicos e ambientais. Além disso, em regiões com maior experiência no cultivo da safrinha, é possível utilizar cultivares de soja de ciclo mais longo e maior potencial produtivo, sem comprometer o desempenho do milho.
Outra vantagem do sistema é a possibilidade de implantar o milho safrinha em áreas onde a segunda safra ainda não está consolidada, expandindo as janelas de cultivo para regiões antes consideradas inviáveis. Essa flexibilidade amplia o potencial agrícola, permitindo maior eficiência no uso da terra e contribuindo para a sustentabilidade do sistema produtivo.
Os cultivos intercalares antecipados nas entrelinhas da soja, antes de sua colheita, permitem semear a segunda cultura, que pode ser de milho, sorgo, milheto, gergelim ou pastagens, de acordo com a região e o negócio da propriedade. A colheita da soja é feita sem causar danos às plantas dessas culturas.
O Antecipe no Tocantins
As áreas em sequeiro, manejo que predomina no Tocantins, sofrem de alto risco climático, principalmente a partir do fim do período de verão, tornando a segunda safra bastante desafiadora. “Com a antecipação do plantio do milho, promovida pelo Antecipe, a semeadura em segunda safra é feita em época mais favorável, promovendo incrementos de produtividade quando comparada a semeaduras realizadas fora do calendário agrícola preconizado pelo Zarc”, detalha Camargo.
O estado do Tocantins é o principal produtor de grãos da região Norte do Brasil. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), considerando apenas as culturas da soja e do milho, são 1,7 milhão de hectares e, desse total, 74% são destinados à cultura da soja. No entanto, o cultivo de milho após a colheita da soja em segunda safra ainda é bastante incipiente na região – apenas 28% da área de soja recebe o milho safrinha.
Fonte: Portal Embrapa 18/12/2024
Nova variedade de feijão guandu combate nematoides e auxilia na alimentação animal
A Embrapa apresentou ao setor produtivo a BRS Guatã, uma nova cultivar de feijão guandu com múltiplas funcionalidades: recuperação de pastagens degradadas, alimentação animal durante a seca, e controle de nematoides no solo. Esses parasitas causam prejuízos anuais de R$ 35 bilhões à agricultura brasileira, afetando culturas como soja, cana-de-açúcar e feijão. Estudos indicam que a BRS Guatã controla quatro espécies de nematoides que atacam raízes e outras partes das plantas, causando perda de produtividade.
Além do controle de pragas, a BRS Guatã é eficaz na descompactação do solo, contribui para sua cobertura, e oferece alimentação de alta qualidade para animais. Com 15% de proteína, a leguminosa é uma alternativa econômica para suplementar o gado durante a seca, aumentando a taxa de lotação e o ganho de peso dos animais. Sua capacidade de fixar nitrogênio no solo reduz a necessidade de fertilizantes, promovendo a sustentabilidade da produção.
A nova cultivar possui vantagens competitivas, como ciclo vegetativo curto, florescimento precoce e tolerância ao déficit hídrico, produzindo até 3,3 toneladas de massa seca por hectare. Ela também apresenta resistência a doenças como a ferrugem da soja e a podridão do caule. Além disso, a BRS Guatã facilita o manejo agrícola com sua estrutura de planta mais flexível e contribui para a ciclagem de nutrientes no solo, beneficiando culturas subsequentes.
A adaptabilidade da BRS Guatã a condições climáticas adversas torna-a uma ferramenta estratégica para a agricultura e pecuária em um cenário de mudanças climáticas. Sua resiliência ao déficit hídrico e a capacidade de fixação biológica de nitrogênio alinham-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Embrapa, promovendo segurança alimentar e redução de emissões de gases de efeito estufa.
Já disponível no mercado, a BRS Guatã tem dois polos de produção de sementes e promete forte apelo entre produtores devido aos seus benefícios. Além de reduzir custos com insumos agrícolas, como fertilizantes e agrotóxicos, a cultivar oferece soluções integradas para o manejo de pragas, aumento da produtividade e sustentabilidade dos sistemas produtivos, consolidando-se como um avanço significativo para a agricultura brasileira.
Fonte: Conab 18/12/2024
Monitoramento semanal das condições das lavouras
Atualizado em 16 de dezembro
ARROZ – 88,6 da área semeada. No Rio Grande do Sul, o plantio ocorre principalmente na Região Central, onde dificuldades na captação de água para irrigação, decorrentes da necessidade de reforma nos canais e pontos de captação após as enchentes, têm limitado o progresso. Nas demais regiões, a semeadura está praticamente concluída. Em Santa Catarina, apesar de chuvas intensas e baixa luminosidade no Norte, que atrasam o desenvolvimento da cultura, as lavouras apresentam bom desempenho geral. No Tocantins, a maioria das áreas está nos estádios vegetativos, com bom desenvolvimento. Em Goiás, o plantio segue de forma escalonada na região Leste, enquanto muitas áreas estão em floração e enchimento de grãos, com boa formação de cachos. A colheita já começou nas lavouras sob pivô e na região de São Miguel do Araguaia. No Maranhão, 66% do arroz irrigado foi colhido no Norte e Centro do estado, enquanto o plantio de sequeiro foi iniciado no centro, favorecido pelas chuvas. Em Mato Grosso, as boas chuvas estão beneficiando o desenvolvimento das lavouras, com expectativa de boa produtividade. Nas áreas semeadas sob pivô, a colheita está prestes a começar. No Pará, a colheita do arroz encontra-se na fase final, com bons resultados gerais. Esses cenários refletem avanços regionais e perspectivas positivas para a safra.
FEIJÃO (1ª safra) – O plantio do feijão no Brasil está 63,8% semeado. No Paraná, as chuvas da última semana foram favoráveis, principalmente às lavouras mais jovens, por oferecer bons acumulados hídricos nos solos. Contudo, essas mesmas precipitações limitaram as operações de colheita e dos tratos culturais, bem como influenciaram no aumento da incidência de doenças. Na Bahia, as operações de plantio voltaram a ser paralisadas nas regiões Centro-Sul e Centro-Norte, por conta das chuvas escassas. Há pouca umidade nos solos, inviabilizando a boa germinação e o desenvolvimento inicial das lavouras. No Oeste do estado, a semeadura segue avançando, com as lavouras implantadas apresentando boas condições. Em Goiás, a maior parte das lavouras está nas fases reprodutivas e segue apresentando boas condições gerais. A umidade do solo remanescente colabora para um bom desenvolvimento da cultura. Em Santa Catarina, a semeadura se encaminha para a fase final, com ritmo mais acelerado do que na safra anterior. Como a janela de plantio é relativamente grande, as lavouras foram semeadas em diferentes épocas e, por isso, se apresentam em diversos estádios fenológicos. A qualidade geral das lavouras é boa, entretanto, as chuvas ocorridas na última semana provocaram alagamentos, erosões e danos pontuais no Oeste do estado, ainda sem mensurações exatas das perdas ocorridas. No Rio Grande do Sul, ainda que o plantio não tenha sido finalizado, já existem áreas de feijão preto precoce que estão em plena colheita. A intercalação de dias secos e registros de chuvas ao longo da semana limitaram, mas não impediram os trabalhos no campo, seguindo também a realização da semeadura, principalmente do feijão cores, no Planalto Superior.s.
MILHO (1ª safra) – 75,0% de sua área prevista. Em Minas Gerais, os produtores realizam os tratos culturais necessários, e as lavouras apresentam bom desenvolvimento. No Rio Grande do Sul, 4% das lavouras iniciaram a maturação, com a colheita prevista para ocorrer ainda em dezembro. Contudo, o baixo volume de precipitações na semana preocupa, já que a maioria das áreas está nos estádios reprodutivos. Na Bahia, o ritmo do plantio diminuiu devido à redução das precipitações, mas as lavouras semeadas apresentam bom desenvolvimento. No Piauí, o plantio ocorre principalmente no Sudoeste do estado. No Paraná, as chuvas favoreceram o desenvolvimento das lavouras, mas também causaram aumento na incidência de doenças foliares devido ao clima úmido. Em Santa Catarina, as chuvas ocorrem com boa frequência e volume, beneficiando o desenvolvimento do cereal em todos os estádios fenológicos. Em São Paulo, as chuvas frequentes têm favorecido o desempenho da cultura. No Maranhão, o plantio ocorre apenas no Sul do estado devido às irregularidades nas precipitações. Em Goiás, o plantio está se encerrando, e a maioria das lavouras se encontra nos estádios vegetativos, apresentando bom desenvolvimento.
SOJA – 96,8% da área prevista. Em Mato Grosso, as boas condições climáticas beneficiam a maioria das lavouras, embora longos períodos nublados e excesso de chuvas possam comprometer a fotossíntese em algumas áreas. No Rio Grande do Sul, as condições climáticas têm favorecido o plantio e o desenvolvimento da cultura, enquanto no Paraná as recentes precipitações aumentaram a disponibilidade de água no solo, beneficiando os cultivos. Em Goiás, restam apenas áreas pontuais para serem semeadas no Oeste e Norte do estado, mas o ciclo da cultura no Sudoeste tem se alongado devido à alta frequência de dias nublados. Em Mato Grosso do Sul, a retomada das chuvas possibilitou o replantio em áreas com baixo estande de plantas. No entanto, o clima ameno e úmido tem demandado maior frequência de pulverizações com fungicidas. Em Minas Gerais, as lavouras semeadas precocemente estão no estágio de enchimento de grãos. Na Bahia, a semeadura está quase concluída, e as lavouras apresentam boas condições. No Tocantins, o plantio ainda ocorre em áreas de abertura e no Norte do estado. Já no Maranhão, o plantio foi finalizado nos Gerais de Balsas e Carolina, apesar da irregularidade das chuvas, e está adiantado no Leste do estado. No Piauí, a semeadura está próxima de ser concluída, mesmo com as chuvas irregulares. Em Santa Catarina, as chuvas retardaram as operações de plantio durante a semana, mas beneficiaram o desenvolvimento das lavouras já implantadas. No Pará, as lavouras se desenvolvem bem nas regiões de Redenção e da BR-163, enquanto em Paragominas o plantio avança lentamente devido à irregularidade das chuvas.
.FONTE: Monitoramento da lavoura – CONAB – atualizado em 16 de dezembro
MERCADO
INDICADORES CEPEA
AÇUCAR – Preços oscilam mais fortemente no spot paulista. Os preços do açúcar cristal no mercado spot paulista oscilaram com mais força ao longo da última semana. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário pode ser resultado de negociações pontuais a valores mais baixos, visto que a movimentação costuma ser mais calma neste período de final de ano. Na segunda-feira, 9, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 163,10/saca de 50 kg, caindo para R$ 159,79/sc na quarta-feira, 11, mas voltando a se recuperar no dia seguinte – na sexta-feira, 13, fechou a R$ 161,29/saca de 50 kg. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
ALGODÃO – Baixa liquidez no spot e quedas externas pressionam cotações da pluma.O ritmo de negócios no mercado spot de algodão em pluma vem diminuindo à medida que dezembro avança e o recesso de final de ano se aproxima. De acordo com levantamentos do Cepea, esse cenário, atrelado às desvalorizações externas, tem pressionado as cotações da pluma no Brasil. No geral, agentes estão focados no carregamento dos lotes de contratos anteriores e em negociações para entregas no início de 2025, envolvendo a pluma da safra 2024/25, ainda conforme explicam pesquisadores do Cepea. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
ARROZ – Preços estabilizam após nove semanas de expressivos recuos. Os preços internos do arroz em casca estabilizaram após cerca de nove semanas consecutivas de fortes quedas. Segundo pesquisadores do Cepea, a liquidez no mercado de arroz do Rio Grande do Sul aumentou levemente ao longo da semana passada, favorecida pelo interesse comprador para reposição de estoques. Agentes buscaram, também, realizar entregas antes dos recessos de final de ano, quando há maiores desafios logísticos. A expectativa é que novos contratos de exportação sejam fechados nos próximos dias, o que pode contribuir para impulsionar as cotações domésticas, ainda conforme o Centro de Pesquisas. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br
CAFÉ – Exportações já representam quase metade do volume da safra 23/24.Dados do Cecafé analisados pelo Cepea mostram que as exportações brasileiras de café nos primeiros cinco meses da safra 2024/25 (de julho/24 a novembro/24) somam 22 milhões de sacas de 60 kg (arábica e robusta). O volume corresponde a quase metade do escoado em toda a temporada passada (2023/24), que teve embarques recordes, considerando-se a série histórica do Cecafé, de 47,3 milhões de sacas. Segundo pesquisadores do Cepea, o excelente desempenho na atual safra se deve à combinação de baixa oferta global, demanda externa firme e dólar valorizado frente ao Real. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
CITROS – Preços seguem enfraquecidos. O preço médio da laranja de mesa está em R$ 111,39/caixa de 40,8 kg na parcial desta semana (segunda a quinta-feira), recuo de 1,4% sobre o do período anterior. Segundo pesquisadores do Cepea, o calibre da fruta tem melhorado, embora a oferta continue baixa no mercado. Para a lima ácida tahiti, as cotações seguem em forte queda, influenciadas pela proximidade da safra principal da fruta e pela melhora da qualidade. A caixa de 27,2 kg da lima ácida tahiti foi negociada à média de R$ 41,30 na parcial desta semana, 14,88% inferior à do período anterior. Novo relatório divulgado este mês pelo Fundecitrus mostra que produtores do estado de São Paulo e do Triângulo Mineiro devem colher 223,14 milhões de caixas de 40,8 kg de laranja safra 2024/25, aumento de 7,36 milhões de caixas (ou de 3,4%) frente ao indicado em setembro/24, mas ainda 9,24 milhões de caixas (ou 4%) abaixo da primeira estimativa, de maio/24. Assim, a safra atual pode ficar 27,4% menor que a anterior. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
ETANOL – Indicador do hidratado segue na casa dos R$ 2,60/l. O Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado opera na casa dos R$ 2,60/litro desde o encerramento de outubro. Segundo pesquisadores do Cepea, o cenário de estabilidade no mercado spot do estado de São Paulo evidencia que os valores têm tido pouca força para atingir patamares maiores. Do lado das usinas, agentes seguiram firmes nos preços pedidos na última semana. Entre distribuidoras, pesquisas do Cepea mostram que o período foi de novas aquisições, com volumes expressivos de etanol comprado no estado de SP e também em outros da região Centro-Sul. Ainda conforme pesquisadores do Cepea, agentes de distribuidoras têm perspectiva de atender à possível demanda aquecida das próximas semanas. Entre 9 e 13 de dezembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou em R$ 2,6259/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), pequena queda de 0,14% no comparativo com o intervalo anterior. No caso do anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 2,9481/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins), elevação de 0,65%. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
FRANGO – Competitividade cai frente à carne suína, mas sobe em relação à bovina. Levantamentos do Cepea mostram que carne de frango vem perdendo competitividade frente à suína, mas ganhando em relação à bovina. Segundo o Centro de Pesquisas, as cotações da proteína avícola estão em alta desde julho, impulsionada pela demanda doméstica aquecida e pelo bom desempenho das exportações. Já os preços da carne suína apresentam queda neste mês frente ao anterior, diante da baixa liquidez e da oferta interna elevada, enquanto os de boi avançam, ainda conforme pesquisas do Cepea. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
FEIJÃO – Preços seguem em queda. Os preços dos feijões seguiram em queda na última semana em grande parte das praças monitoradas pelo Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a pressão vem da maior oferta de grãos com a qualidade comprometida pelas chuvas em excesso no Sul e Sudeste. Além disso, a demanda está retraída, como típico neste período que antecede as festas de final de ano. No Paraná, a colheita segue lentamente. Agentes consultados pelo Cepea estão receosos quanto aos possíveis impactos negativos das chuvas sobre as lavouras que estão em fase final de ciclo. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
MANDIOCA – Esmagamento cai pela 2ª semana consecutiva. As chuvas volumosas ocorridas em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, atreladas à retração da maioria dos produtores, que já encerraram as entregas neste ano, reduziram a moagem de mandioca nas fecularias pela 2ª semana consecutiva. Diante da oferta restrita, muitas unidades anteciparam o recesso de final de ano, levando a demanda também a recuar. Estimativas do Cepea apontam que, entre 9 e 13 de dezembro, foram esmagadas 42,8 mil toneladas de raiz pelas fecularias, queda semanal de 20,6%, com ociosidade média de 61% da capacidade instalada. A demanda enfraquecida pressionou os valores da mandioca na maioria das regiões, com a média nominal a prazo para a tonelada posta fecularia subindo leve 0,11% em relação à semana anterior, para R$ 700,69 (R$ 1,2186/grama de amido) nesta. Frente ao mesmo período do ano passado, a valorização é de 12,9%, em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI). Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
MANGA – Oferta restrita eleva cotações da tommy. Levantamento da equipe Hortifrúti/Cepea mostra que os preços de manga tommy subiram na última semana, impulsionados pela oferta restrita da variedade nos pomares. No Vale do São Francisco (BA/PE), a fruta foi comercializada à média de R$ 1,33/kg, aumento de 34% sobre a semana anterior. Em Livramento de Nossa Senhora (BA), a alta foi de 26% no mesmo período, a R$ 1,04/kg. Já para a palmer, pesquisas do Hortifrúti/Cepea apontam que a disponibilidade continua elevada apesar da desaceleração na colheita, o que pressiona as cotações. A variedade foi negociada a R$ 0,49/kg na região do Vale do São Francisco, baixa de 3% também no comparativo semanal. Fonte: Hortifrúti/Cepea (www.hfbrasil.org.br)
MILHO – Cereal avança dezembro com preços firmes. Os preços do milho seguem firmes na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. De acordo com o Centro de Pesquisas, o suporte vem sobretudo da retração de vendedores. Aqueles ativos, por sua vez, pedem valores maiores, atentos à oferta limitada neste período do ano, quando parte dos armazéns, cerealistas e transportadoras entra em recesso. Do lado dos consumidores, uma parcela relata dificuldades em recompor estoques e, com isso, precisa pagar os valores maiores para conseguir adquirir o cereal, conforme explicam pesquisadores do Cepea. Em relação à safra 2024/25, apesar de ter iniciado atrasada e com preocupações ligadas à falta de chuvas, o retorno das precipitações trouxe otimismo quanto à produção brasileira. Relatório divulgado no dia 12 pela Conab aponta que o volume agregado de milho para 2024/25 deve somar 119,63 milhões de toneladas, o que representaria um incremento de 3,4% frente ao de 2023/24. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
OVOS – Produção bate novo recorde e mantém preços em queda no 3º tri. A produção brasileira de ovos para consumo segue em alta neste ano, alcançando novo recorde da série histórica do IBGE, iniciada em 2012. Foram 332,78 milhões de dúzias produzidas em julho, volume 13,2% superior ao do mesmo período de 2023. No acumulado do terceiro trimestre, a produção somou 986,6 milhões de dúzias, aumento de 3,1% frente ao trimestre anterior e de expressivos 10,5% sobre igual intervalo do ano passado. Com a maior oferta de ovos no mercado doméstico, levantamentos do Cepea mostram que as cotações seguiram em queda no terceiro trimestre deste ano. Em Bastos (SP), principal região produtora do estado de São Paulo, a caixa com 30 dúzias do ovo tipo extra branco teve média de R$ 152,33 entre julho e setembro, recuo de 15,3% em relação ao trimestre anterior, em termos nominais. Para o tipo vermelho, na mesma comparação, a baixa foi de 16,6%, com o preço médio passando para R$ 149,70/cx. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
SOJA – Menor demanda, clima e expectativas de safra recorde mantêm pressão sobre cotações. Levantamentos do Cepea mostram que as cotações da soja em grão seguem em baixa no Brasil. A pressão vem da menor demanda, do clima favorável às lavouras e das expectativas de safra recorde, conforme explicam pesquisadores do Cepea. De acordo com relatório do USDA, o Brasil deve colher quantidade recorde de 169 milhões de toneladas, volume um pouco acima do projetado pela Conab, de 166,2 milhões de toneladas. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
X Congresso Brasileiro de Soja – INSCRIÇÕES ABERTAS
Data: 21 a 24 de julho de 2025
Local: Centro de Exposições e Convenções Expo Dom Pedro / Campinas (SP)
Mais informações: CBSOJA
Fone: (47) 99220-9342
DATA DE INÍCIO:28 de janeiro de 2025 19:00
DATA DE TÉRMINO: 29 de janeiro de 2025 21:30
Mais informações e inscrições: Agroagenda 18/12/2024
Telefone: (89) 98102-0125
E-mail: [email protected]
Fone: (47) 99220-9342 – Evento on-line e grátis
DATA DE TÉRMINO: 23 de janeiro de 2025 19:00
E-mail: [email protected]
DATA DE TÉRMINO: 10 de janeiro de 2025 18:00
Endereço: Estação Experimental da Copagril, em Marechal Cândido Rondon, na região Oeste do Paraná