Curadoria Semanal
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Mapa lança Anuário das Bebidas Não Alcoólicas 2024
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (ABIR), lançou o Anuário de Bebidas Não Alcoólicas 2024, que traz um levantamento dos dados coletados no ano de 2023. O documento, fruto do trabalho da Secretaria de Defesa Agropecuária, destaca o crescimento do setor, demonstrando o compromisso do governo com o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva de bebidas. O anuário inclui informações detalhadas sobre o registro de produtos, variações de marcas, exportações, importações, e a geração de empregos no setor.
O presidente da ABIR, Victor Bicca, destacou a importância do anuário como um marco para o setor de bebidas não alcoólicas, que se apresenta como um forte contribuinte para a economia nacional. A publicação evidencia a relevância de produtos como sucos, polpas de frutas e águas de coco, com mais de 35.000 produtos registrados, além de dados sobre outras categorias como refrigerantes, néctares e kombuchas. O número de agroindústrias registradas também cresceu em 2023, com destaque para a produção de polpa de frutas e refrigerantes.
Além de sua contribuição econômica, o setor de bebidas não alcoólicas é um gerador importante de empregos, criando oportunidades diretas e indiretas em diversas cadeias produtivas. Em 2023, o setor gerou mais de 72.000 empregos diretos, especialmente na fabricação de sucos e refrigerantes, com destaque para a região Sudeste, que lidera a produção nacional. O anuário reforça a importância desse setor no desenvolvimento regional e na valorização da produção local, contribuindo para a geração de renda e emprego em todo o Brasil.
Fonte: MAPA 19/09/2024
Declaração Ministerial do GT Agricultura do G20 destaca sustentabilidade na produção e enfrentamento às mudanças climáticas
A reunião ministerial do Grupo de Trabalho de Agricultura do G20, realizada em Chapada dos Guimarães (MT), concluiu-se com a apresentação da Declaração Ministerial, destacando a sustentabilidade agrícola e a criação de sistemas de produção resilientes e inclusivos como resposta às mudanças climáticas. O evento contou com a participação de 43 delegações, sendo a maior adesão de ministros desde a criação do grupo em 2011. O consenso alcançado entre os 23 ministros e autoridades de quase 50 países resultou em uma Declaração que propõe políticas públicas voltadas à sustentabilidade e segurança alimentar global.
Sob a presidência temporária do Brasil, o GT Agricultura abordou quatro eixos temáticos, como a sustentabilidade dos sistemas agroalimentares, a ampliação do comércio internacional para garantir segurança alimentar, a valorização da agricultura familiar, e a integração sustentável da pesca e aquicultura nas cadeias globais e locais. As discussões, iniciadas em fevereiro, ocorreram ao longo do ano e incluíram temas como agricultura familiar, pesca, e pesquisa agropecuária, com a coordenação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e outras instituições brasileiras.
A Declaração Ministerial representa um compromisso formal dos países signatários na implementação das políticas propostas. O documento contou com contribuições de setores privados e da comunidade científica, destacando a importância da colaboração multilateral para apoiar produtores na transição para sistemas alimentares inclusivos e produtivos. Além disso, a Declaração aborda a criação de modelos de financiamento e a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, a ser discutida na cúpula de líderes do G20 em novembro.
Fonte: Mapa 19/09/2024
Abertura de mercados no Canadá para exportação de feno e fibra de coco do Brasil
O governo brasileiro recebeu com satisfação o anúncio, pelas autoridades sanitárias canadenses, da aprovação para a importação de feno para alimentação animal e de fibra de coco do Brasil, sem necessidade de certificação fitossanitária.
Nos primeiros sete meses de 2024, o Brasil exportou mais de US$ 604 milhões em produtos agrícolas para o Canadá. Neste ano, o país já havia aberto o mercado para exportações brasileiras de grãos secos de destilaria (DDG ou DDGS), gelatina e colágeno de origem suína, e mastigáveis de origem aviária, caprina e bovina.
Com essas novas autorizações, o agronegócio brasileiro atinge a sua 112ª abertura de mercado em 2024, totalizando 190 aberturas em 58 destinos desde o início de 2023. Esses resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Fonte: Embrapa 19/09/2024
Pelagem tem influência direta na adaptação de bovinos às mudanças climáticas
Cientistas brasileiros e estrangeiros conduziram uma pesquisa sobre como as características da pelagem de bovinos influenciam o bem-estar animal e sua adaptação a temperaturas extremas, com foco na termorregulação corporal em diferentes condições ambientais. O estudo, publicado na revista Nature Scientific Reports, analisou touros das raças Nelore e Canchim criados em sistemas de sombreamento e em áreas com menor disponibilidade de sombra. Os resultados mostraram que o sombreamento reduz a carga de calor nos animais, favorecendo sua adaptação às condições climáticas adversas, especialmente no verão.
A pesquisa também investigou a estrutura dos pelos dos bovinos, considerando fatores como densidade, espessura, comprimento e cor. Esses aspectos influenciam a troca de calor entre o animal e o ambiente, com pelagens mais densas e escuras absorvendo mais calor, enquanto pelagens mais claras e menos densas facilitam a dissipação de calor. O estudo revelou que os bovinos mantidos em ambientes que proporcionam conforto térmico apresentam melhor desempenho produtivo, ressaltando a importância de sistemas de criação como o ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) para o bem-estar animal.
As raças Nelore e Canchim, por suas diferentes características de pelagem, demonstraram respostas distintas em relação ao conforto térmico. Enquanto o Nelore, com pelagem mais densa e grossa, oferece melhor proteção contra radiação solar, o Canchim, com pelos mais finos e menos densos, facilita a dissipação de calor, sendo mais adequado para climas temperados. Esses resultados são relevantes para a seleção genética de bovinos mais resilientes às variações climáticas, com o objetivo de melhorar a adaptação dos animais aos diferentes sistemas de produção.
A pesquisa destacou a importância de práticas agropecuárias sustentáveis, integrando tecnologias e intervenções que equilibram prioridades ambientais e produtivas. A adoção de sistemas integrados de criação, como o ILPF, contribui para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e para o aumento da produtividade dos rebanhos. Essas práticas estão diretamente ligadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial o ODS 13, que trata da ação contra a mudança global do clima.
Além de Alexandre Rossetto Garcia, da Embrapa Pecuária Sudeste, participaram da pesquisa cientistas de diversas instituições brasileiras e estrangeiras, incluindo a Universidade Federal do Pará (UFPA), a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade de São Paulo (USP), bem como colaboradores de Portugal e Itália. O estudo representa um passo importante na busca por soluções que garantam o bem-estar animal e a sustentabilidade da produção pecuária em um cenário de mudanças climáticas globais.
Fonte: Mapa 19/09/2024
Foto: Gisele Rosso
Produção de café de 2024 é estimada em 54,79 milhões de sacas, influenciada por clima
A safra de café de 2024 no Brasil está estimada em 54,79 milhões de sacas, uma leve redução de 0,5% em relação ao ano anterior, segundo o 3º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A produção foi afetada por condições climáticas adversas, como estiagens e chuvas mal distribuídas, que prejudicaram o potencial produtivo das lavouras. Esses fatores resultaram em uma produtividade média nacional de 28,8 sacas por hectare, 1,9% abaixo da safra de 2023. Apesar disso, a produção de café arábica deve alcançar 39,59 milhões de sacas, um crescimento de 1,7%.
Minas Gerais, o maior produtor de arábica no país, deve colher 27,69 milhões de sacas, uma queda de 3,4% devido às condições climáticas desfavoráveis. Em contraste, São Paulo deve registrar um aumento de 8,2%, alcançando 5,44 milhões de sacas. Regiões como Espírito Santo, Rio de Janeiro e o cerrado baiano também sofreram com o clima, o que levou a um crescimento menor do que o esperado inicialmente. No caso do café conilon, a produção está projetada em 15,2 milhões de sacas, uma queda de 6%, com reduções significativas no Espírito Santo, Rondônia e na Bahia.
A área total destinada à cafeicultura em 2024 soma 2,25 milhões de hectares, com 1,9 milhão de hectares em produção, representando um crescimento de 1,4% em relação ao ano anterior. Apesar das dificuldades climáticas, os preços do café permanecem elevados, devido à oferta ajustada, tanto no Brasil quanto em outros grandes produtores como o Vietnã. Isso tem impulsionado o mercado internacional, principalmente no segmento de robusta, que também influencia a valorização do arábica.
As exportações brasileiras de café registraram um aumento de 40,1% entre janeiro e agosto de 2024, atingindo 32,1 milhões de sacas, o maior volume já exportado pelo país no período. Caso as exportações se mantenham em níveis elevados nos últimos meses do ano, o Brasil poderá superar o recorde de 43,9 milhões de sacas exportadas em 2020. Esses resultados destacam o papel crucial do Brasil como líder mundial na produção e exportação de café, mesmo diante de desafios climáticos.
Fonte: Conab 19/09/2024
Imagem Freepik, 2024
Produção de carne suína e de frango devem atingir novo recorde em 2025
A produção de carne suína e de frango no Brasil deve alcançar novos recordes em 2025, impulsionada por uma forte demanda internacional e um mercado interno aquecido. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta uma produção de 5,45 milhões de toneladas de carne suína e 15,51 milhões de toneladas de carne de frango, em um cenário de custos controlados devido à queda nos preços dos grãos. Esses resultados contribuirão para manter a produção total das três principais proteínas animais (frango, suíno e bovino) estável em cerca de 30,75 milhões de toneladas.
O desempenho projetado para a carne de frango aponta para um aumento de 1,9% nas exportações, chegando a 5,2 milhões de toneladas, enquanto o mercado interno deverá crescer 2,3%, totalizando 10,32 milhões de toneladas. A competitividade do Brasil, que permanece livre da Influenza Aviária, e um cenário cambial favorável são fatores que impulsionam essa alta nas vendas internacionais. O país se destaca no mercado externo, mantendo sua posição de liderança como grande exportador de carne de frango.
No mercado de carne suína, as exportações também devem crescer, com aumento de 3% nas vendas externas, alcançando 1,27 milhão de toneladas. A diversificação dos mercados tem sido um fator importante, com a China reduzindo sua participação nas compras de carne suína brasileira para menos de 20%, enquanto novos mercados como Emirados Árabes, Rússia e Filipinas ganham relevância. O mercado interno de carne suína também deve crescer 1,1%, com oferta projetada em 4,2 milhões de toneladas.
Por outro lado, a produção de carne bovina deve apresentar uma leve queda em 2025, com uma estimativa de 9,78 milhões de toneladas, devido ao ciclo pecuário, que deve iniciar um movimento de retenção de fêmeas. As exportações de carne bovina, no entanto, devem crescer 2,5%, atingindo 3,66 milhões de toneladas. A diminuição da dependência do mercado chinês, com o aumento das vendas para outras regiões, é um ponto positivo para o setor. O documento completo com as projeções para carnes e outros produtos agrícolas está disponível na publicação “Perspectivas para a Agropecuária Safra 2024/2025”.
Fonte: Conab 19/09/2024
Imagens: Freepik, 2024
Conab e Banco do Brasil assinam acordo para desenvolvimento de informações
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Banco do Brasil (BB) firmaram um acordo de cooperação técnica para aprimorar o setor agropecuário brasileiro por meio da colaboração técnico-científica. O objetivo é desenvolver e divulgar informações qualificadas sobre a agropecuária, além de promover a participação conjunta em feiras e eventos do agronegócio. Segundo o presidente da Conab, Edegar Pretto, a parceria permitirá maior robustez e precisão nos dados, beneficiando produtores, o governo e outros países que dependem da produção agrícola brasileira.
O acordo abrange pesquisas, desenvolvimento, treinamentos e transferência de tecnologia, com ações promocionais estratégicas em eventos. A validade inicial é de 36 meses, com possibilidade de prorrogação. O vice-presidente de Agronegócios do BB, Luiz Gustavo Braz Lage, destacou a importância da parceria para a melhoria dos processos e geração de informações mais qualificadas, auxiliando na previsibilidade e gestão no campo, além de contribuir para o planejamento financeiro e a tomada de decisões.
Além disso, o acordo prevê treinamentos para capacitação das equipes, visando qualificar ainda mais os levantamentos de safras e enfrentar desafios como as questões climáticas. Sílvio Porto, diretor de Política Agrícola da Conab, reforçou a importância da parceria para entregar dados de alta qualidade ao governo e à sociedade. Ketlin Sfair Antunes, gerente executiva do BB, destacou a sinergia entre as instituições como essencial para fortalecer o setor agropecuário, ressaltando o papel do BB na assistência e proximidade com os produtores.
Monitoramento semanal das condições das lavouras
Atualizado em 16 de setembro
ALGODÃO: A colheita já alcançou 98,5% de conclusão. Em Mato Grosso, a colheita foi praticamente finalizada, com o manejo pós-colheita focado no beneficiamento da pluma e na destruição das soqueiras. Na Bahia, a colheita das lavouras irrigadas está sendo concluída, favorecida pelo clima seco. No Maranhão, a colheita foi finalizada, embora a produtividade tenha sido menor do que o esperado devido à falta de chuvas e altas temperaturas no final do ciclo. Em Goiás, a colheita está em fase de finalização, com os cultivos irrigados das regiões Sul, Oeste e Sul ainda pendentes. De maneira geral, as produtividades e a qualidade das fibras foram satisfatórias, beneficiadas por boas condições climáticas. No Piauí, as lavouras estão na fase final de colheita.
ARROZ – A semeadura está em progresso no Rio Grande do Sul, com 2,6% da área já semeada. Em Santa Catarina, as condições climáticas estão estáveis e favorecem o avanço da semeadura, especialmente na região Norte, onde tradicionalmente ocorre mais cedo. No Maranhão, nas regiões da Baixada Maranhense, Médio Mearim e Grajaú, a semeadura do arroz irrigado está próxima da conclusão..
FEIJÃO (1ª safra) – A semeadura alcançou 6,2% de progresso. No Paraná, a falta de chuvas e as altas temperaturas têm dificultado o avanço do plantio, que atingiu apenas 6% da área prevista, além de interferir no desenvolvimento inicial das lavouras recém-implantadas. No Rio Grande do Sul, a redução das temperaturas beneficiou a semeadura do feijão preto, especialmente nas regiões mais quentes do estado. Em Santa Catarina, o plantio foi iniciado. FEIJÃO (3ª safra) – Em Minas Gerais, a baixa umidade favoreceu a maturação dos grãos e as operações de colheita, embora as altas temperaturas tenham prejudicado o potencial das lavouras mais tardias. No entanto, a qualidade do produto colhido é considerada boa. Em Goiás, a colheita foi finalizada no Vale do Araguaia e está em fase final nas regiões Sul e Leste do estado. Na Bahia, as lavouras apresentam bom desenvolvimento, apesar de incidências pontuais de mosca-branca.
MILHO (1ª safra): A semeadura alcançou 12,0% de progresso. Em Minas Gerais, São Paulo e Goiás, o plantio ainda não começou, pois aguarda-se o retorno das precipitações. No Rio Grande do Sul, a semeadura já se aproxima de 50% da área estimada, com foco no Planalto Médio, onde as chuvas favoreceram o estabelecimento e o desenvolvimento inicial das lavouras. No Paraná, as chuvas beneficiaram as lavouras recém-semeadas e em desenvolvimento inicial, com o plantio concentrado nas regiões Centro-Sul e Centro-Leste. Em Santa Catarina, o plantio está ocorrendo lentamente na região Oeste devido à baixa umidade no solo. Embora a emergência das lavouras seja satisfatória, as lavouras em fase de desenvolvimento vegetativo começam a mostrar sintomas de déficit hídrico. Além disso, algumas áreas apresentam incidência de cigarrinha. No Planalto Norte, o início da semeadura foi registrado.
TRIGO: A colheita já alcançou 17,8% de conclusão. No Rio Grande do Sul, chuvas de baixa intensidade favoreceram as lavouras, mas em algumas áreas, a deficiência hídrica e os ventos aumentaram a disseminação de oídio, principalmente nas regiões Noroeste e Central, enquanto no Sul e Planalto Superior a doença está controlada. No Paraná, a falta de chuvas e as altas temperaturas afetaram negativamente a qualidade das lavouras, e em São Paulo, houve perda de vigor e queda de rendimento devido à seca prolongada, altas temperaturas, e incidência de fungos e lagartas. Em Santa Catarina, no Extremo-Oeste, as lavouras estão no final do desenvolvimento vegetativo, e algumas já iniciaram a fase reprodutiva. O mesmo ritmo é observado no Meio-Oeste, Planalto-Norte e Sul, onde o plantio ocorreu mais tarde. A falta de chuvas em algumas regiões está afetando a qualidade das lavouras e a execução dos tratos culturais. Na Bahia, o clima seco favoreceu a colheita, com boa produtividade observada. Em Minas Gerais, a colheita está próxima da conclusão, restando apenas áreas pontuais sob pivô. Nas lavouras de sequeiro, houve redução na produtividade, enquanto nas áreas irrigadas a produtividade e qualidade do produto foram boas. Em Goiás, a colheita está sendo finalizada com grãos de boa qualidade e rendimento. No Mato Grosso do Sul, a colheita já foi encerrada.
.FONTE: Monitoramento da lavoura – CONAB – atualizado em 16 de setembro
MERCADO
INDICADORES CEPEA
ALGODÃO – Negócios seguem lentos no Brasil –O ritmo de negócios envolvendo algodão em pluma segue lento. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário está atrelado ora à qualidade dos lotes, ora à disparidade entre os preços de compra e venda. Agentes consultados pelo Cepea dão prioridade ao cumprimento de contratos; e, assim como comerciantes, que buscam a pluma para atender a suas programações, esses demandantes também apontam dificuldade em encontrar lotes que supram a qualidade desejada, mesmo estando dispostos a pagar valores maiores. Parte dos vendedores, por sua vez, até está flexível nos valores de negociação, mas muitos compradores ofertam preços ainda menores. ESTIMATIVAS – Em relatório divulgado neste mês, a Conab apontou que a produção brasileira deve crescer 15,1%, mantendo o recorde de 3,654 milhões de toneladas. Em termos globais, o USDA estima a produção mundial da safra 2024/25 em 25,348 milhões de toneladas, avanço de 2,5% frente à safra 2023/24. Destaca-se que o Departamento indicou que o Brasil segue na liderança das exportações mundiais, com 2,722 milhões de toneladas, e market share de 29%. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
ARROZ – Disparidade entre preços reduz liquidez – A liquidez no mercado do arroz em casca no Rio Grande do Sul está bastante fraca – as exceções são os negócios com destino às exportações. De acordo com pesquisadores do Cepea, esse cenário se deve à maior disparidade entre os preços de compra e de venda. No campo, chuvas intensas que ocorreram em todo o estado na semana passada prejudicaram o transporte do grão e dificultaram a preparação do solo para as atividades de pré-plantio que, em algumas microrregiões sul-rio-grandenses, tende a se iniciar nos próximos dias. E, segundo pesquisadores do Cepea, isso tem gerado preocupações entre os produtores de arroz, devido aos possíveis atrasos no início do cultivo da nova safra. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
AÇUCAR – Robusta opera na casa dos R$ 1.500; neste ano, preço subiu 100%.Os preços do café robusta seguem renovando os recordes reais e, pela primeira vez, vêm fechando acima de R$ 1.500,00 por saca de 60 kg desde o final da semana passada. Segundo pesquisadores do Cepea, o movimento de alta nas cotações da variedade é observado desde o último trimestre de 2023, quando o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta operava na casa dos R$ 740/sc – ou seja, de lá para cá, a valorização do café é de 100%. Pesquisadores do Cepea relembram que o impulso aos preços do robusta vem do clima adverso, que atrapalhou a safra brasileira e deve derrubar também a produção do Vietnã (maior produtor mundial da variedade). Além disso, foram verificados problemas com o fluxo de mercadorias através do globo (que encarece o frete e atrapalha os envios da Ásia para a Europa). Ainda de acordo com pesquisadores do Cepea, por usa vez, o início da safra 2025/26 brasileira preocupa, tendo em vista o clima seco e quente, tanto nas áreas de arábica quanto de robusta. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
BANANA: Nanica está em valorização em Bom Jesus da Lapa. Os preços da banana nanica aumentaram em Bom Jesus da Lapa (BA) ao longo da semana passada. De acordo com colaboradores do Hortifrúti/Cepea, a oferta da variedade se reduziu ainda mais na região baiana. Além disso, a procura esteve aquecida, em decorrência da maior qualidade da fruta local. Dessa forma, a nanica de primeira qualidade foi comercializada à média de R$ 2,67/kg de 9 a 13 de setembro, avanço de 10% em relação à da semana anterior. Fonte: Hortifrúti/Cepea (www.hfbrasil.org.br/br)
BOI: Preços da carne no atacado atingem máximas do ano. As valorizações de todos os cortes com osso levantados pelo Cepea no mercado atacadista de carne da Grande São Paulo estiveram por volta de 4% ao longo dos últimos sete dias. Diante disso, a carcaça casada do boi gordo (junção do traseiro, do dianteiro e da ponta de agulha) vem sendo negociada nesta semana no maior patamar nominal deste ano. Segundo pesquisadores do Cepea, atacadistas da Grande São Paulo comentam que, além de a oferta dos frigoríficos estar um pouco menor, o consumo se aqueceu – de fato, alguns indicadores macroeconômicos (desemprego e massa de rendimentos) dão sustentação a esse comportamento. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
MANDIOCA – Estiagem já provoca perdas e preocupa agentes. Levantamentos do Cepea mostram que a baixa umidade dos solos, associada a temperaturas elevadas, tem preocupado mandiocultores no que se refere a perdas de algumas áreas já cultivadas – que ainda devem ser replantadas –, bem como quanto a uma possível diminuição na produtividade agrícola. Segundo colaboradores consultados pelo Cepea, a expectativa é que as chuvas previstas para este mês amenizem essa situação. Por enquanto, o ritmo de colheita segue bastante reduzido, com as atividades sendo interrompidas em algumas regiões acompanhadas pelo Cepea. Produtores também continuam retraídos devido à baixa rentabilidade atual e/ou aguardando preços maiores. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
FRANGO – Carne amplia competitividade frente a concorrentes. Os preços médios das carnes suína, de frango e de boi vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro. Pesquisadores do Cepea indicam que os avanços nos valores da carne suína, no entanto, se destacam em relação aos do frango, mas ficam abaixo dos observados para a bovina. Diante desse contexto, de agosto para setembro, a competividade da carne suína tem crescido frente à bovina, mas diminuído em relação à avícola. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
MILHO -Preços sobem pela quarta semana consecutiva. Os preços do milho estão em alta há quatro semanas, conforme aponta levantamento do Cepea. Segundo pesquisadores deste Centro, o impulso vem sobretudo da retração de vendedores tanto dos negócios no spot como para entrega futura. Esses agentes seguem atentos ao clima quente e seco e às aquecidas demandas interna e externa. Na região de Campinas (SP), base do Indicador ESALQ/BM&FBovespa, a saca de 60 kg do milho fechou a última quinta-feira, 12, a R$ 63,50, o maior patamar nominal desde janeiro deste ano. No acumulado de setembro (até o dia 12), o aumento é de 4,8%. Nem mesmo as estimativas da Conab e do USDA apontando produções elevadas no Brasil e no mundo foram suficientes para conter as altas internas. Produtores, inclusive, esperam novas valorizações, fundamentados nos impactos do clima sobre as lavouras da safra verão e nos possíveis atrasos da semeadura da segunda safra 2024/25, ainda conforme pesquisadores do Cepea. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
ETANOL– Valores seguem enfraquecidos em SP. Entre 9 e 13 de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou em R$ 2,4061/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), baixa de 4,07% frente à semana anterior. Para o etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 2,8551/litro, valor líquido de impostos (PIS/Cofins), queda de 2,75% em igual comparativo. Segundo pesquisadores do Cepea, algumas usinas do estado de São Paulo precisaram vender o etanol em estoque ao longo da semana passada, devido ao elevado volume nos tanques. Diante disso, agentes destas unidades estiveram um pouco mais flexíveis nos valores de negociação do biocombustível. Do lado comprador, parte das distribuidoras teve sucesso nas aquisições envolvendo volumes maiores – nestes casos, demandantes conseguiram preços mais baixos que os pedidos por vendedores. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
CAFÉ- Robusta opera na casa dos R$ 1.500; neste ano, preço subiu 100% –Os preços do café robusta seguem renovando os recordes reais e, pela primeira vez, vêm fechando acima de R$ 1.500,00 por saca de 60 kg desde o final da semana passada. Segundo pesquisadores do Cepea, o movimento de alta nas cotações da variedade é observado desde o último trimestre de 2023, quando o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta operava na casa dos R$ 740/sc – ou seja, de lá para cá, a valorização do café é de 100%. Pesquisadores do Cepea relembram que o impulso aos preços do robusta vem do clima adverso, que atrapalhou a safra brasileira e deve derrubar também a produção do Vietnã (maior produtor mundial da variedade). Além disso, foram verificados problemas com o fluxo de mercadorias através do globo (que encarece o frete e atrapalha os envios da Ásia para a Europa). Ainda de acordo com pesquisadores do Cepea, por usa vez, o início da safra 2025/26 brasileira preocupa, tendo em vista o clima seco e quente, tanto nas áreas de arábica quanto de robusta. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
OVOS – Novo recorde de produção mantém pressão sobre cotações, Os preços dos ovos seguem em queda, refletindo a oferta doméstica elevada. Dados do IBGE referentes à produção brasileira de ovos para consumo no segundo trimestre deste ano apontaram novo recorde, considerando-se a série do Insituto, iniciada em 2012. Foram 956,7 milhões de dúzias produzidas entre abril e junho, volume 7% superior ao do primeiro trimestre deste ano e 12% maior que o do mesmo período de 2023, conforme números do IBGE compilados e analisados pelo Cepea. Entre abril e junho, o preço dos ovos brancos tipo extra, a retirar (FOB) em Bastos (SP), teve média de R$ 150,23/caixa com 30 dúzias, recuo de 3,8% sobre o trimestre anterior. Na parcial do terceiro trimestre deste ano (até 12 de setembro), levantamentos do Cepea mostram que as quedas nas cotações têm sido ainda mais intensas. O preço médio da caixa com 30 dúzias do produto branco negociado em Bastos caiu 15% frente ao segundo trimestre. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
CITROS – Maior demanda e nova estimativa de safra mantêm preços em alta. Os preços da laranja pera seguem em alta. Na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a média da fruta na árvore foi de R$ 113,89/cx de 40,8 kg, 4,3% acima da do período anterior. Segundo pesquisadores do Cepea, além do retorno das altas temperaturas em São Paulo, o que impulsionou significativamente a demanda pela laranja, a reestimativa do Fundecitrus indicando que a safra pode ser ainda menor que o previsto acentuou o cenário altista. De acordo com colaboradores consultados pelo Cepea, a oferta está bastante limitada, e a falta de chuvas tem deixado as frutas murchas, reduzindo ainda mais a quantidade de lotes de qualidade. O cinturão citrícola (estado de São Paulo e do Triângulo Mineiro) deve colher 215,78 milhões de caixas de 40,8 kg na safra 2024/25, conforme indicado nessa terça-feira, 10, pelo Fundecitrus. Esse volume deve ser 30% inferior ao da temporada anterior – que, vale lembrar, foi de produção dentro da média – e abaixo da primeira estimativa do Fundo, de 232,38 milhões de caixas. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
SOJA – Expectativas de maior oferta mundial interrompe altas, e preços caem. O movimento de alta nos preços da soja foi interrompido nos últimos dias, devido às expectativas de maior oferta mundial. Dados divulgados pelo USDA na quinta-feira, 12, apontam que a temporada 2024/25 é estimada em volume recorde, de 429,2 milhões de toneladas, 8,73% superior à safra anterior. A produção brasileira, por sua vez, deve passar de 153 milhões de toneladas em 2023/24 para 169 milhões de toneladas na 2024/25. Segundo pesquisadores do Cepea, a entrada da safra 2024/25 no Hemisfério Norte se aproxima, mas, claramente, ainda há de se esperar o cultivo, desenvolvimento e colheita especialmente na América do Sul. Ainda conforme pesquisadores do Cepea, há preocupações com o clima seco no Brasil, mas a previsão de chuvas em partes do País para as próximas semanas já está levando produtores a iniciarem o cultivo da nova temporada. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
SUíNOS: Competitividade da carne sobe frente ao boi, mas cai em relação ao frango. Os preços médios das carnes suína, de frango e de boi vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro. Pesquisadores do Cepea indicam que os avanços nos valores da carne suína, no entanto, se destacam em relação aos do frango, mas ficam abaixo dos observados para a bovina. Diante desse contexto, de agosto para setembro, a competividade da carne suína tem crescido frente à bovina, mas diminuído em relação à avícola. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
E-mail: [email protected]
Mais informações e inscrições: Agro Agenda 19/09/2024
Evento Presencial – Profissionais: 40,00 / Estudantes: 20,00
Endereço: Anfiteatro Pavilhão da Engenharia – Esalq/USP, Piracicaba/SP