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Abertura do encontro do GT da Agricultura do G20 em Mato Grosso
Nesta terça-feira (10), o Grupo de Trabalho da Agricultura do G20 no Brasil realizou sua primeira reunião técnica em Mato Grosso. Entre os dias 10 e 11, serão realizadas diversas atividades preparatórias para a redação da Declaração Ministerial.
O estado mato-grossense está sendo palco do debate global sobre os rumos da produção agropecuária e seu desenvolvimento sustentável para a segurança alimentar e nutricional. Após as reuniões técnicas, a declaração será direcionada para a Reunião Ministerial, que ocorrerá nos dias 12 e 13 de setembro.
A abertura foi conduzida pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, que está à frente das atividades do GT. Na ocasião, ele expressou confiança na formulação da Declaração Ministerial, que será essencial para traçar novos caminhos para a agropecuária no Brasil e no mundo.
“Não é apenas uma carta. É uma declaração que torna o compromisso muito mais sério. Acredito que vamos chegar a um consenso para encaminhar à cúpula dos líderes”, destacou Fávaro.
Fávaro também ressaltou a importância do tema do G20 escolhido pelo Brasil: “Construindo um mundo justo e um planeta sustentável”. “A maior de todas as degradações do ser humano é a fome. O Brasil escolheu um tema muito certeiro e que tem uma relação muito clara com o nosso GT. É uma das obstinações do presidente Lula o combate à fome”. Ele completou reforçando que o Brasil conta com homens e mulheres vocacionados para a terra, afirmando que esses são grandes ativos do país, mas que o maior ativo de todos é o clima, e que é necessário reforçar o compromisso com a produção sustentável.
Entre as pautas do GT Agricultura estão: a sustentabilidade nos sistemas agroalimentares em seus múltiplos aspectos; a ampliação da contribuição do comércio internacional para a segurança alimentar e nutricional; o reconhecimento do papel essencial da agricultura familiar, camponeses, povos indígenas e comunidades tradicionais para sistemas alimentares sustentáveis, saudáveis e inclusivos; e a promoção da integração sustentável da pesca e aquicultura nas cadeias sociais locais e globais.
Durante a programação, organizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), serão realizadas reuniões técnicas, bilaterais e ministeriais, além de eventos paralelos, no Malai Manso, localizado no município de Chapada dos Guimarães (MT).
G20
O Brasil assumiu no dia 1º de dezembro a Presidência temporária do G20. O grupo reúne as 19 principais economias do mundo, a União Europeia e, a partir deste ano, também a União Africana. O mandato tem duração de um ano e se encerrará em 30 de novembro de 2024. É a primeira vez que o país ocupa essa posição na história do grupo no formato atual.
Ao longo do mandato, o Brasil organizará mais de 100 reuniões de grupos de trabalho, que serão realizadas tanto virtual quanto presencialmente, e cerca de 20 reuniões ministeriais, culminando com a Cúpula de Chefes de Governo e Estado que será realizada no Rio de Janeiro, entre os dias 18 e 19 de novembro de 2024.
Fonte: MMA 11/09/2024
Plataforma digital disponibiliza dados sobre pragas de fruteiras tropicais
Foto: Tiago Lima
A Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA) desenvolveu a Plataforma AgroPragas, que reúne dados sobre pragas que afetam sete fruteiras tropicais (citros, banana, abacaxi, mamão, maracujá, manga e coco). A plataforma, estruturada como uma API, permite a integração de informações científicas a diferentes sistemas, com o objetivo de facilitar o controle de pragas e tornar essas informações acessíveis a produtores, técnicos, pesquisadores e desenvolvedores de soluções para o agronegócio.
Agora, a Embrapa busca parceiros da área de tecnologia da informação para codesenvolver a ferramenta digital, com foco em disponibilizar os dados para diferentes agentes do setor produtivo. Esse desenvolvimento faz parte do Programa de Inovação Aberta em Fruticultura (InovaFrut), cujo edital convida empresas e cooperativas a criar soluções tecnológicas em parceria com a Embrapa, fortalecendo a colaboração entre o setor público e privado no marco da inovação aberta.
A Plataforma AgroPragas foi idealizada como uma solução escalável e dinâmica, que já está em fase de beta teste. Sua concepção foi baseada no sucesso do AgroPragas Maracujá, um aplicativo lançado em 2019, que gerou demanda por ferramentas semelhantes para outras culturas. Ao invés de criar um aplicativo para cada cultura, a Embrapa optou por desenvolver uma plataforma flexível que pode ser utilizada por parceiros externos para criar soluções personalizadas.
A plataforma possui quatro componentes principais: um banco de dados das culturas, um software de gerenciamento para pesquisadores, a API que disponibiliza os dados e um aplicativo móvel voltado para produtores. A ferramenta oferece dados sempre atualizados sobre pragas, facilitando o diagnóstico e controle de doenças, e pode ser integrada à AgroAPI, uma plataforma unificada de dados da Embrapa.
Fonte: Mapa 11/09/2024
GT da Agricultura promove visibilidade global da agropecuária brasileira
Cinquenta representações diplomáticas estão se reunindo nesta semana em Mato Grosso para o encontro do Grupo de Trabalho da Agricultura do G20. Promovido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o evento conta com delegações de mais de 20 países pertencentes ao grupo, representantes de organismos internacionais, além de países convidados estrategicamente pelas autoridades brasileiras.
O evento conta com uma participação recorde de ministros de Estado da Agricultura, conforme apresentado por Perosa, que discutirão os cenários da agropecuária. “É uma grande oportunidade para o Brasil, a retomada do protagonismo internacional, um momento para o país ser protagonista dessa discussão global sobre o futuro da agricultura no mundo todo”, destacou o secretário.
Em conversa com a imprensa, Perosa explicou a importância da Declaração Ministerial. “Nós estamos trabalhando fortemente para que, pela primeira vez nos últimos anos, a gente tenha uma Declaração Ministerial. O documento faz com que os países se orientem para implementar as suas políticas locais. Quando não se tem declaração, se tem apenas uma carta, informando os acordos estabelecidos, mas a declaração é o que tem o poder de fazer com que os países possam ser cobrados pela sociedade civil dos seus respectivos países”, explicou.
O evento promove a integração diplomática dos ministros e facilita a interlocução de futuras parcerias comerciais por meio das reuniões bilaterais que ocorrem entre os dias 10 e 11, antecedendo a reunião dos ministros da Agricultura do dia 12 de setembro.
Fonte: Embrapa 11/09/2024
Com Eco Invest da STN, Programa de Conversão de Pastagens terá financiamento com juros de
6,5 Mídia
Considerado o maior programa de produção sustentável de alimentos do planeta, o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD) oferecerá financiamento com juros de 6,5% aos agricultores que se comprometerem com as regras do projeto. O anúncio foi feito pelo assessor especial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Ernesto Augustin, no Fórum Internacional de Agricultura e Pecuária (FIAP 2024) na tarde desta segunda-feira (9) em Cuiabá (MT).
Instituído pelo Decreto n 11.814, o PNCPD visa a intensificação da produção de alimentos no Brasil de forma a contribuir com a segurança alimentar e climática do planeta. Durante estudos realizados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Banco do Brasil, foram identificados cerca de 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade e com alta aptidão para a agricultura.
Por meio da captação de investimentos internacionais e com o financiamento a juros de 6,5% aos agricultores brasileiros por meio de equacionamento financeiros do programa Eco Invest Brasil da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), é possível praticamente dobrar a área de produção no Brasil sem avançar sobre as áreas preservadas. O Eco Invest Brasil – Mobilização de Capital Privado Externo e Proteção Cambial é uma iniciativa do Governo Brasileiro criada para facilitar a atração de investimentos privados estrangeiros essenciais para a transformação ecológica do país. Augustin detalhou o trabalho que desenvolvido no Mapa, percorrendo os países para a captação de recursos internacionais para o programa. O Japão foi o primeiro a aportar os recursos e outros países estão em fase de negociação. Agora, o Mapa trabalha no regramento do PNCPD. “Não vamos fazer financiamento simplesmente para aumentar a produção. A produção terá que cumprir os requisitos de sustentabilidade e redução da emissão de carbono”, ressaltou.
Fonte: Mapa 11/09/2024
Programa BID Pantanal para desenvolvimento da região
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou na sexta-feira (6/09) do lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar em Mato Grosso, na sede da Superintendência de Agricultura e Pecuária (SFA-MT), em Várzea Grande. Durante seu discurso, Fávaro destacou o programa BID Pantanal, que consiste em promover ações de fortalecimento econômico, social e ambiental no bioma. Com investimentos de US$ 400 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a iniciativa visa estimular o desenvolvimento local.
“Com a ajuda do Governo Federal, retomamos as ações para o desenvolvimento da Baixada Cuiabana e dos municípios pantaneiros. Vamos implementando passo a passo com o orçamento que temos disponível, isso será tratado com prioridade”, afirmou Fávaro.
Segundo o ministro, R$ 80 milhões já estão disponíveis para capacitação, aquisição de equipamentos para a agroindústria e tecnologias para o produtor familiar. Os recursos estão atendendo comunidades tradicionais, indígenas e produtores familiares no estado de Mato Grosso. O programa contempla projetos em 12 municípios selecionados: Acorizal, Barão de Melgaço, Cáceres, Chapada dos Guimarães, Cuiabá, Jangada, Nobres, Nossa Senhora do Livramento, Poconé, Rosário do Oeste, Santo Antônio de Leverger e Várzea Grande.
Outro ponto destacado pelo ministro da Agricultura foi a importância da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para o desenvolvimento e crescimento da agropecuária brasileira. “É importante dizer que o que nos trouxe até aqui foi a criação da Embrapa, há 51 anos, que mostrou para os brasileiros a grande vocação do Brasil para produzir alimentos”, disse.
Fávaro também destacou o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA), que permite aos pequenos produtores a distribuição e venda de seus produtos em nível nacional. “Os consórcios municipais aqui no estado estão sendo capacitados para obter o Sisbi, agregando valor aos produtos oriundos da agricultura familiar. É assim que fazemos o valor da produção do campo chegar à mesa das pessoas com qualidade e agregação de valor, gerando renda no campo”, afirmou.
O ministro ainda salientou a produção sustentável para a agropecuária por meio do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD). Ele anunciou que o programa contará com equalização de juros internacionais, que são mais baixos. Para a agricultura familiar, o Governo Federal está estruturando um programa para o desenvolvimento sustentável e a recuperação de solos. “Vamos ampliar a nossa produção; o Brasil tem mais de 90 milhões de hectares de terras propícias para a produção de alimentos, atualmente com pastagens de baixa produção, que podem receber a tecnologia desenvolvida pela pesquisa e extensão rural. Levando esse conhecimento a essas terras, elas serão agregadas ao sistema produtivo sem necessidade de desmatamento”, ressaltou o ministro.
Na oportunidade, também ocorreu uma apresentação dos principais programas para a aquisição de alimentos da agricultura familiar pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), além de conversas com instituições financeiras e capacitação sobre Emissão do Cadastro da Agricultura Familiar (CAF).
PLANO SAFRA 2024/2025
Desde o início da nova gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Plano Safra foi dividido entre a agricultura empresarial, sob o comando do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e a agricultura familiar, coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). Os dois últimos Planos Safra atingiram recordes históricos em valores.
Lançado em julho deste ano, o Plano Safra 2024/2025 prevê cerca de R$ 594 bilhões em crédito rural, sendo R$ 400,59 bilhões para financiamentos da agricultura empresarial, R$ 108 bilhões em recursos de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e R$ 76 bilhões destinados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
O Plano Safra da Agricultura Familiar é uma iniciativa do Governo Federal para reforçar a produção de alimentos saudáveis em todo o Brasil e conta com linhas de crédito especiais para jovens, assistência técnica e extensão rural, seguros e capacitação, recursos para regularização fundiária, aquisição de máquinas de pequeno porte e outros.
Fonte: Embrapa 11/09/2024
Restauração ecológica oferece novas oportunidades aos agricultores da bacia do Descoberto
Foto: Juliana Caldas
Cobertura flutuante de esterqueiras pode reduzir emissão de gases
Uma parceria entre a Embrapa Suínos e Aves e a SER Brasil (empresa de reciclagem de plástico localizada em Nova Prata, Rio Grande do Sul) vai colocar no mercado brasileiro um produto que promete melhorar a eficiência das esterqueiras. A cobertura flutuante que está sendo desenvolvida por pesquisadores da Embrapa e técnicos da empresa tem potencial de reduzir a emissão de gases, diminuir os maus odores e influenciar positivamente a qualidade do fertilizante orgânico que pode ser extraído das esterqueiras. A parceria entre Embrapa e SER Brasil é o primeiro contrato de cooperação técnica oficializado dentro da edição 2023/2024 do Programa Inova.
O Inova é o programa organizado pela Embrapa Suínos e Aves desde 2019 com a intenção de fomentar projetos de inovação aberta. A edição 2023/2024 do Inova recebeu 40 inscrições. Desse total, 22 propostas foram selecionadas para a segunda fase, na qual equipes compostas por pesquisadores e empreendedores aplicaram uma metodologia de construção de projetos de inovação aberta. “Para viabilizar a proposta com a SER Brasil, contamos com o apoio da Associação Sul Brasileira das Indústrias de Produtos Suínos (ASBIPS) e da Associação da Indústria de Carnes e Derivados de Santa Catarina (AINCADESC), que financiaram os recursos que serão utilizados no desenvolvimento do produto que proporcionará a cobertura das esterqueiras”, explicou o chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Suínos e Aves, Franco Martins.
Simples e eficaz – De acordo com os pesquisadores da Embrapa Rodrigo Nicoloso e Martha Higarashi, a cobertura proposta será montada a partir de elementos plásticos que ficarão flutuando sobre as esterqueiras. Esses elementos se encaixam um a um, formando uma superfície móvel. “É uma solução simples e eficaz, na medida em que a presença da cobertura evitará parte da evaporação de gases nocivos, como o nitrogênio amoniacal e o metano, além de reter nutrientes que são importantes para que o dejeto suíno tenha qualidade como fertilizante”, afirmou a pesquisadora Martha Higarashi.
Oficialização da parceria – A celebração do Acordo de Cooperação Técnica e Financeira entre a Embrapa e a empresa Ser Brasil ocorreu no dia 03. Pela Embrapa participaram as Chefias e equipe técnica envolvida e pela Ser Brasil estavam presente o Diretor Gilmar Cappellari e o Gerente Comercial Gustavo Boschetti. Além da assinatura do acordo, o momento foi para discussão de possíveis novas parcerias.
Fonte: Embrapa 11/09/2024
Monitoramento semanal das condições das lavouras
Atualizado em 09 de setembro
ALGODÃO: A colheita está 95,6% concluída. Em Mato Grosso, o clima seco tem promovido o avanço da colheita, com o beneficiamento atingindo cerca de 20% e o rendimento de pluma variando entre 38% e 42%. Na Bahia, a colheita das lavouras de sequeiro foi finalizada, e as operações nas lavouras irrigadas estão sendo beneficiadas pelo clima. No Maranhão, a colheita das lavouras de segunda safra está sendo finalizada, com produtividades inferiores ao esperado, devido à falta de chuvas e às altas temperaturas no final do ciclo da cultura. Em Goiás, na região Sul, faltam colher as áreas sob pivôs, assim como na região do Vale do Araguaia, onde a colheita das lavouras irrigadas começou recentemente. Em Minas Gerais, a colheita foi finalizada, e no Piauí, está quase encerrada.
ARROZ – A semeadura está 0,3% concluída. No Rio Grande do Sul, a semeadura iniciou na região da Fronteira Oeste. Nas demais regiões, são aguardadas melhores condições agroclimáticas para iniciar a semeadura. Em Goiás, a semeadura foi iniciada e as lavouras estão em estágio de emergência. No Maranhão, a semeadura está evoluindo na Baixada Maranhense, no Médio Mearim e na região de Grajaú.
FEIJÃO (2ª safra) – A semeadura está 5,5% concluída. No Paraná, a semeadura foi iniciada e a maioria das lavouras está em emergência e desenvolvimento vegetativo. Em São Paulo, a semeadura foi finalizada e as lavouras estão em diferentes estágios de desenvolvimento..
FEIJÃO (3ª safra) – Em Minas Gerais, a colheita está em evolução e, na região Noroeste, aproxima-se da conclusão, com a qualidade do produto sendo considerada boa. As temperaturas elevadas têm acelerado a maturação e causado uma redução no potencial produtivo das lavouras mais tardias. Em Goiás, o clima seco e quente tem favorecido a maturação dos grãos, permitindo um avanço expressivo nas operações de colheita, que já alcançaram 80% da área total. Na região Leste, a colheita está mais avançada, enquanto na região Norte, as lavouras estão em estágios mais adiantados, com condições consideradas boas. Na Bahia, a baixa umidade do ar e a ausência de precipitações têm favorecido a maturação dos grãos e a secagem natural, com a colheita atingindo cerca de 88% da área total.
MILHO: A semeadura está 9,7% concluída. No Rio Grande do Sul, as chuvas favoreceram o preparo do solo e o início da semeadura, porém, a redução nas temperaturas limitou parcialmente o desenvolvimento inicial das plantas. Nas regiões mais quentes, como Fronteira Oeste, Missões e Alto Uruguai, a semeadura já ultrapassou ¾ da área plantada, devido às boas condições meteorológicas e à umidade do solo. No Paraná, aproximadamente 18% da área total prevista foi semeada, com a maioria das lavouras em boas condições, embora algumas localidades estejam enfrentando escassez de chuvas e altas temperaturas. Em Santa Catarina, o plantio começou, principalmente nos municípios do Extremo-Oeste, mas os baixos volumes de precipitação e a consequente redução da umidade do solo diminuíram o ritmo da semeadura em comparação à safra passada. Apesar das condições de tempo mais seco e das baixas temperaturas, a emergência das plantas tem ocorrido de maneira satisfatória.
TRIGO: A colheita alcançou 14,6% das áreas. No Rio Grande do Sul, cerca de 45% das áreas estão na fase reprodutiva com boa sanidade, mas algumas regiões sofrem com restrição hídrica, apesar das chuvas de baixa intensidade que beneficiaram parte das lavouras. No Paraná, a colheita avançou, porém, as altas temperaturas e a restrição hídrica impactaram negativamente o desenvolvimento de algumas lavouras. Em São Paulo, 20% da área foi colhida, mas a seca prolongada e as altas temperaturas prejudicaram o cereal, e doenças como oídio e ferrugem afetaram as lavouras. Em Santa Catarina, embora o clima tenha favorecido algumas regiões, a falta de chuva em outras áreas prejudicou a qualidade das lavouras, além de geadas que resultaram em cachos sem formação de grãos. Na Bahia, a colheita foi iniciada e o clima seco tem beneficiado o processo. Em Minas Gerais, a colheita está sendo finalizada, com a região do Cerrado Mineiro mais afetada pela restrição hídrica, mas nas áreas irrigadas, a produtividade e a qualidade do produto são boas. Em Goiás, a colheita está em fase final, com rendimentos satisfatórios e produto de boa qualidade. Já no Mato Grosso do Sul, a colheita atingiu 90% da área total.
FONTE: Monitoramento da lavoura – CONAB – atualizado em 09 de setembro
MERCADO
INDICADORES CEPEA
ALGODÃO – Mercado inicia setembro com oscilação de preços – As cotações internas de algodão em pluma iniciaram setembro com maior volatilidade. Segundo pesquisadores do Cepea, a dificuldade em acordar preço e/ou qualidade dos lotes disponíveis no spot continua limitando a liquidez. Além disso, vendedores permanecem dando prioridade à entrega de contratos a termo destinados aos mercados interno e externo. Comerciantes, por sua vez, buscam novos lotes para atender a suas programações, mas também operam realizando negócios “casados”. Quanto às negociações de fios, agentes consultados pelo Cepea apontam melhora no ritmo de comercialização, refletindo em uma demanda pontual para atender à necessidade imediata e/ou à reposição de estoque. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
ARROZ – Balança comercial volta a ser positiva em agosto – Após três meses consecutivos de saldo negativo, a balança comercial do arroz voltou a ser positiva em agosto, com um superávit de 29,03 mil toneladas. No acumulado de 12 meses, porém, o déficit é de 185,4 mil toneladas, o maior desde out/21. De acordo com dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea, apesar da queda nas exportações em agosto/24, o volume embarcado foi o segundo maior do ano, voltando a superar as importações. Os preços de exportação e importação, por sua vez, subiram, mas o custo de importação (em Reais/saca) atingiu a máxima nominal de toda série Secex. O custo FOB (Free on Board) na origem do produto foi de US$ 478,36/t em agosto/24, ou de R$ 132,98/saca de 50 kg. Se deflacionado pelo IGP-DI, trata-se da média mais alta desde ago/15, quando atingiu R$ 134,03/sc de 50 kg. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
AÇUCAR – Preços sobem no spot paulista. Os preços do açúcar cristal branco estão em alta no mercado spot do estado de São Paulo. Segundo pesquisadores do Cepea, a continuação do longo período de estiagem, o forte calor e incêndios em canaviais no final de agosto vêm dando suporte às cotações. Nesse cenário, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, voltou ao patamar de dois meses atrás ao fechar a R$ 137,06/saca de 50 kg na sexta-feira, 6. Pesquisas do Cepea apontam que a procura pelo açúcar cristal no spot paulista aumentou na semana passada, porém, não parece ser um aquecimento do mercado, e sim compradores buscando garantir estoques, com receio de que os preços subam ainda mais no curto prazo. No balanço de 2 a 6 de setembro, a média do Indicador foi de R$ 136,47/sc de 50 kg, alta de 4,02% em relação à do período anterior. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
MANDIOCA – Valores já superam R$ 1,00/grama de amido. A estiagem que se prolonga tem dificultado o avanço dos trabalhos de campo em todas as regiões produtoras de mandioca pesquisadas pelo Cepea, ao mesmo tempo em que continua baixo o interesse vendedor pela comercialização, seja pela rentabilidade ou pelas expectativas altistas. Diante deste cenário e da demanda fortalecida, os preços da raiz continuaram subindo na última semana, superando R$ 1,00 por grama de amido em muitos negócios, o maior patamar desde janeiro deste ano, conforme levantamentos do Cepea. Entre 2 e 6 de setembro, o valor médio nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 557,70/t (R$ 0,9699 por grama de amido), aumento de 3,9% em relação ao da semana anterior. Pesquisadores do Cepea destacam que, desde que registrou a mínima do ano, em 10 de maio, até a última semana, o preço médio subiu expressivos 37,3%, embora ainda seja 10,4% inferior ao de igual período do ano passado, em termos nominais. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
FRANGO –Carne inicia setembro com preços em alta; abates são recordes. Os preços da carne de frango iniciaram setembro em alta em grande parte das praças acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores deste Centro, o impulso vem do típico aumento da demanda neste período de maior poder de compra da população (recebimento dos salários). Agentes relataram que muitos atacadistas precisaram reabastecer os estoques. Quanto aos abates de frango no segundo trimestre de 2024, dados divulgados pelo IBGE indicam que foram recordes, considerando-se toda a série histórica do Instituto, iniciada em 1997, o que, conforme pesquisadores do Cepea, evidencia a estratégia do setor em elevar a produção, no intuito de atender à demanda externa aquecida pela proteína brasileira. Foram 1,6 bilhão de cabeças de frango abatidas no período, 1% a mais que nos primeiros três meses de 2024 e 3,2% acima da quantidade registrada em igual intervalo de 2023. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
MILHO -Preços seguem em alta no BR. Levantamentos do Cepea mostram que os preços do milho seguem em alta no mercado doméstico. Segundo pesquisadores deste Centro, atentos às recentes valorizações externa e interna e preocupados com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão do Brasil, vendedores vêm limitando o volume ofertado. Do lado da demanda, pesquisadores do Cepea explicam que a procura internacional pelo milho brasileiro tem se aquecido, sustentada pela maior paridade de exportação. Compradores internos também têm retomado as negociações, seja para recompor estoques e/ou por temerem novas valorizações nos próximos dias. Quanto aos embarques, em agosto, somaram 6,06 milhões de toneladas do cereal, praticamente o dobro das 3,55 milhões escoadas em julho, mas ainda 35% inferiores aos de agosto/23 – dados Secex. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
ETANOL– Safra 24/25 caminha cheia de incertezas; volume negociado na semana é o 2º menor. Levantamentos do Cepea reforçam que a safra de cana-de-açúcar 2024/25 caminha cheia de incertezas, relacionadas especialmente ao volume a ser processado e às produções de açúcar e de etanol, por conta dos impactos da seca e de incêndios no final de agosto. Na última semana, a demanda por hidratado esteve baixa, resultando no segundo menor volume do biocombustível comercializado por usinas paulistas na temporada 2024/25, conforme pesquisas do Cepea. Assim, entre 2 e 6 de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado fechou em R$ 2,5081/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), recuo de 1,88% frente ao do período anterior. Já para o anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ subiu 0,65%, a R$ 2,9358/litro, valor líquido de impostos (PIS/Cofins). Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
CAFÉ- Indicador do robusta segue superior ao do arábica – Levantamentos do Cepea mostram que os preços do café robusta (do tipo 6, peneira 13 acima) seguem operando acima dos do arábica (do tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista). Na última sexta-feira, 6, a diferença entre os Indicadores CEPEA/ESALQ das duas variedades atingiu os 51,9 Reais/sc, um recorde. Segundo pesquisadores do Cepea, o mercado segue precificando os problemas climáticos registrados no Vietnã e no Brasil. Em termos globais, o balanço entre a oferta e demanda continua apertado, devido aos cenários produtivos limitados. No caso do Vietnã, o maior produtor mundial de robusta, há notícias de melhora dos volumes de chuvas, mas o calor no país segue preocupando produtores locais. No Brasil, previsões meteorológicas apontam para calor acima do normal nos próximos dias, podendo perdurar até o começo da segunda quinzena de setembro, ainda conforme levantamentos do Cepea. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
CENOURA. Preços caem pela 3ª semana consecutiva – Os preços da cenoura caíram pela terceira semana consecutiva, em São Gotardo (MG). Levantamento da equipe Hortifrúti/Cepea mostra que, de 2 a 6 de setembro, a média da caixa de 29 quilos da “suja” foi de R$ 11,75, recuo de 14% frente à do período anterior. Segundo pesquisadores do Hortifrúti/Cepea, a oferta das raízes está bastante elevada, devido à crescente produtividade na região, o que vem pressionando gradativamente as cotações desde meados de junho, tornando a atividade desafiadora aos produtores. Ainda conforme pesquisas do Cepea, os atuais valores estão abaixo dos custos, o que pode limitar investimentos nos próximos meses. Segundo colaboradores do Hortifrúti/Cepea, uma melhora no mercado é prevista para começar entre novembro e dezembro, quando se inicia a colheita da temporada de verão. Fonte: Hortifrúti/Cepea (www.hfbrasil.org.br/br)
OVOS – Exportação cai 42% em um ano e processados têm menor participação desde dez/22, As exportações brasileiras de ovos comerciais recuaram pelo segundo mês consecutivo, refletindo a diminuição nos embarques de produtos processados, como ovalbumina e ovos secos/cozidos. De acordo com dados da Secex, compilados e analisados pelo Cepea, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto/23. Das vendas externas registradas no último mês, apenas 24,6% (o equivalente a 305 toneladas) corresponderam a produtos processados, a menor participação dessa categoria desde dezembro/22, também conforme a Secex. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
CITROS – Tahiti se valoriza 27,6% na semana. A oferta de lima ácida tahiti se reduziu expressivamente nesta semana, reflexo da escassez de chuvas. Ao mesmo tempo, o retorno das ondas de calor em São Paulo tem impulsionado a demanda pela fruta. Estes fatores, combinados, estão resultando em alta dos preços, conforme apontam levantamentos do Cepea. De segunda a quinta-feira, a tahiti foi comercializada à média de R$ 48,88/cx de 27 kg, colhida, valorização de 27,58% frente à da semana anterior. Para a laranja, o cenário foi similar, também de acordo com pesquisas do Cepea. As altas temperaturas e o período de início do mês (recebimento de salários) elevaram a demanda pela fruta. A oferta, por sua vez, segue limitada. Com isso, na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), o preço médio da laranja pera na árvore alcançou R$ 108,53/cx de 40,8 kg, aumento de 5,55%. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
SOJA – Falta de chuva preocupa; cotações têm novos aumentos. A falta de chuva nas principais regiões produtoras de soja no Brasil vem deixando agentes em alerta, visto que esse cenário pode atrasar o início da semeadura na temporada 2024/25. Segundo pesquisas do Cepea, nesse cenário, vendedores restringem o volume ofertado no spot nacional, ao passo que consumidores domésticos e internacionais disputam a aquisição de novos lotes. Com a demanda superando a oferta, os prêmios de exportação e os preços domésticos seguem em alta, também conforme levantamentos do Cepea. A paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
TILÁPIA: Oferta elevada e demanda enfraquecida mantêm pressão sobre cotações – Em agosto, os preços da tilápia continuaram caindo em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, embora em menor intensidade frente aos dois meses anteriores. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem da oferta elevada de peixe, somada à demanda enfraquecida, diferentemente do cenário observado em 2023. Quanto às exportações brasileiras de tilápia (filés e produtos secundários), o volume embarcado caiu em agosto, interrompendo o ritmo crescente que vinha sendo observado desde março. Conforme dados da Secex analisados pelo Cepea, as vendas externas totalizaram 1,3 mil toneladas, quantidade 29,1% inferior à de julho e apenas 2% acima da do mesmo período do ano passado. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
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Mais informações e inscrições: Agroagenda 29/08/2024