Curadoria Semanal: Principais Informações do Mundo Agro! 05 a 10 de janeiro de 2025

Notícias Gerais

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Ano de 2024 é o mais quente no Brasil desde 1961

Em 2024, a média das temperaturas ficou em 25,02°C, sendo 0,79°C acima da média histórica de 1991/2020, que é de 24,23°C. Já em 2023, a média anual foi de 24,92°C, 0,69°C acima da média histórica. A Figura 1 mostra os anos mais quentes no País. Confira abaixo!

Figura 1: Ranking dos anos mais quentes da história do Brasil entre 1961 e 2024.
É importante ressaltar que os anos destacados estavam sob influência do fenômeno El Niño, com intensidade de forte a muito forte, assim como em 2023 e os primeiros meses de 2024.  Após análise dos desvios de temperaturas médias anuais do Brasil desde 1961 a 2024, o Inmet verificou uma tendência de aumento estatisticamente significativo das temperaturas ao longo dos anos (linha tracejada da Figura 2), que pode estar associada à mudança no clima em decorrência da elevação da temperatura global e mudanças ambientais locais.

Figura 2: Anomalia (diferença entre a temperatura observada e a média histórica de 1991 – 2020) de Temperatura Média do Ar (TMA) no Brasil por ano.

Figura 2: Anomalia (diferença entre a temperatura observada e a média histórica de 1991 – 2020) de Temperatura Média do Ar (TMA) no Brasil por ano.
TEMPERATURA GLOBAL
De acordo com a versão provisória do Estado Global do Clima 2024, publicada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), em 11 de novembro de 2024, a temperatura média da superfície global ficou 1,54°C acima da média histórica de 1850/1900, até setembro do ano passado.
Com este valor, o ano de 2024 tende a superar a temperatura média global de 2023, ano mais quente até então. Por 16 meses consecutivos (junho de 2023 a setembro de 2024), a temperatura média global provavelmente excedeu qualquer registro anterior, de acordo com a análise consolidada dos conjuntos de dados da OMM. O Inmet é um órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) desde 1950.
Fonte: MAPA 08/01/2025

Nova Portaria altera critérios de credenciamento de laboratórios junto ao Mapa

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou nesta sexta-feira (27) a Portaria nº 747/2024, que estabelece novos critérios e requisitos para o credenciamento e fiscalização de laboratórios pelo Ministério. Esta Portaria revoga, entre outras normas, a Instrução Normativa nº 57, de 2013. A publicação foi feita no Diário Oficial da União (DOU).
A atualização desse regulamento vem com o objetivo de adequar procedimentos Lei nº 14.515/2022 (Lei do Autocontrole), bem como de modernizar os parâmetros de credenciamento e fiscalização dos laboratórios que prestam serviços às ações oficiais de Defesa Agropecuária no Brasil. O novo regulamento traz, como principal inovação, um sistema de credenciamento por meio de edital público prévio de seleção.
“O processo se tornará mais dinâmico, uma vez que o Mapa passará a priorizar os credenciamentos em função das demandas de Defesa Agropecuária, em nível nacional. Além disso, alinhamos temas que tiveram aperfeiçoamento legal ao longo dos últimos 11 anos, tais como a eliminação de conflitos de interesse e critérios de priorização de demanda”, frisou o coordenador-geral de Laboratórios Agropecuários, Fabrício Pedrotti.
Além disso, foram também introduzidos critérios de biossegurança e bioproteção, de maneira que o Mapa passará a exigir uma gestão mais adequada dos riscos biológicos por parte dos laboratórios a serem habilitados. Entre outras inovações, destaca-se ainda que o credenciamento passará a ter validade de 10 anos.
Os credenciamentos autorizados pela IN MAPA nº 57, de 2013 seguem válidos por prazos determinados, de acordo com a área de atuação, que variam de 365 a 720 dias. Em decorrência da mudança de legislação, os pedidos de credenciamento em curso serão arquivados. O primeiro edital público de seleção para credenciamento de laboratórios deverá ser divulgado em até 270 dias a partir da vigência da Portaria.
Fonte: Mapa 08/01/2025

Fazenda Sucupira possui nova área para experimentos com Organismos Geneticamente Modificados (OGMs)

Foto: Maria Goreti Braga dos Santos

Maria Goreti Braga dos Santos - Os primeiros experimentos na nova área vão envolver uma variedade da cana-de açúcar geneticamente modificada para resistência a insetos

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou em dezembro a solicitação da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF) de Extensão do Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB) para atividades com OGMs da Classe de Risco 1 (CR-1), a fim de incluir uma área de 3,96 hectares da Fazenda Sucupira. Adicionalmente, a Comissão também aprovou a solicitação da Unidade para um novo experimento a campo na área credenciada, denominado Liberação Planejada no Meio Ambiente (LPMA). A CTNBio concluiu que os pedidos atendiam a todas as normas e legislação pertinente, que visam garantir a biossegurança do meio ambiente, bem como a saúde humana, animal e vegetal.

Com isso, a nova área credenciada da Fazenda Sucupira passará a ser utilizada para a realização de testes de LPMA de OGMs da CR-1, que representam baixo risco individual e baixo risco para a coletividade. Os primeiros experimentos na nova área serão realizados pela equipe da pesquisadora Fátima Grossi, envolvendo uma variedade da cana-de açúcar geneticamente modificada para resistência a insetos.

Segundo o presidente da CIBio da Unidade, de forma simplificada, existem até três fases de avaliação de um OGM e seus derivados, desde sua concepção até atingirem o mercado e serem comercializados. A primeira é o Experimento em Contenção, ou seja, isolado do contato com animais, microrganismos, vegetais e do próprio meio ambiente, evitando qualquer efeito adverso não previsto no projeto. Nessa fase, também são previstas formas rápidas e eficazes de gerenciar e combater qualquer acidente.

A segunda fase é a LPMA, que passará a ser feita na Fazenda Sucupira, onde a tecnologia é testada em um ambiente maior, mas ainda controlado e com medidas para evitar qualquer efeito adverso originalmente não previsto. Já a terceira etapa é a Liberação Comercial, quando, após todas as avaliações dos dados, é verificado se a tecnologia testada possui segurança, composição e comportamento igual à sua contraparte natural, que não foi geneticamente modificada.

O marco legal brasileiro de biossegurança – composto pela Lei 11.105, pelo Decreto 5.591 e por todas as normas infralegais e Resoluções Normativas da CTNBio –, estabelece que qualquer atividade e projeto envolvendo OGMs devem ser realizados por equipe devidamente qualificada e em locais com infraestrutura adequada. A avaliação das atividades e projetos, da equipe e dos locais é realizada em primeira instância pela CIBio da instituição e, posteriormente, pela própria CTNBio.

A avaliação dos locais onde podem ser executadas as atividades e projetos é denominada de credenciamento por meio do CQB, emitido exclusivamente pela CTNBio a pedido da CIBio. Sempre que a instituição detentora de CQB pretender alterar qualquer componente que possa modificar as condições aprovadas no certificado, a CIBio deve requerer a revisão ou a extensão dele junto à CTNBio.

 


Uso de drones acelera melhoramento genético de plantas de milho em busca de tolerância à seca

Foto: Paula Drummond de Castro

Paula Drummond de Castro -
Pesquisadores brasileiros estão aplicando uma metodologia inovadora que acelera a seleção de plantas de milho geneticamente modificadas para resistir à seca e reduz custos operacionais envolvidos na tarefa. A técnica utiliza drones equipados com câmeras RGB para capturar imagens dos experimentos de campo, convertendo-as em índices que avaliam a saúde das plantas. Com essas informações, é possível identificar mais rapidamente os exemplares mais promissores e simular seu desempenho em diferentes condições climáticas, tornando o processo de seleção mais eficiente e preciso.
O estudo foi conduzido por pesquisadores do Centro de Genômica Aplicada às Mudanças Climáticas (GCCRC), uma parceria entre a Embrapa e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Os resultados foram publicados ontem, 5 de janeiro, na revista The Plant Phenome Journal.
O aumento da frequência e severidade das secas devido às mudanças climáticas torna essencial o desenvolvimento de cultivares mais resilientes. No entanto, os métodos tradicionais de avaliação em campo são demorados e caros, dificultando avanços rápidos.
Experimentos no campo
Durante a estação seca de 2023, dois experimentos foram realizados em Campinas (SP), ao longo de cinco meses. Foram cultivadas 21 variedades de milho, sendo 18 com genes que estavam sendo testados para tolerância à seca e 3 sem alterações genéticas, para comparação.
Os drones realizaram voos semanais no campo experimental, capturando imagens com câmeras RGB (convencionais) e multiespectrais (que capturam espectros não visíveis, como infravermelho). A análise revelou que as câmeras RGB, significativamente mais baratas que as multiespectrais, produzem resultados confiáveis, tornando a tecnologia acessível para programas de melhoramento genético em larga escala.
Redução de custos e maior eficiência
Além de reduzir os custos operacionais, a metodologia permite a realização de estudos em áreas menores, o que é especialmente útil em projetos com recursos limitados. “Essa questão da área plantada às vezes é um gargalo nos estudos de melhoramento genético de plantas, pois nem sempre o grupo de pesquisa dispõe de muitas sementes viáveis para plantar em áreas muito grandes”, explica Yassitepe. “Com voos mais baixos, é possível obter imagens de alta resolução, permitindo testar mais variedades de milho em uma mesma área”, complementa Helcio Pereira, pesquisador de pós-doutorado no GCCRC e coautor do estudo.
Essa abordagem também possibilita acompanhar o desenvolvimento das plantas ao longo de todo o ciclo de crescimento. “A análise temporal contínua foi essencial para entender como as plantas respondem ao estresse hídrico”, explica Pereira. Os dados detalhados coletados pelos drones foram usados para desenvolver modelos preditivos que ajudam a selecionar variedades de milho adaptadas a diferentes condições ambientais. “Com esses modelos, podemos prever o comportamento das variedades de plantas sem a necessidade de medições manuais frequentes, tornando o processo mais rápido e acessível”, afirma Pereira.
O estudo “Temporal field phenomics of transgenic maize events subjected to drought stress: cross-validation scenarios and machine learning models”, de autoria de Helcio Pereira, Juliana Nonato, Rafaela Duarte, Isabel Gerhardt, Ricardo Dante, Paulo Arruda e Juliana Yassitepe, pode ser acessado aqui.
Fonte: Mapa 08/01/2025

 


Calendário 2025 de levantamentos das safras agrícolas e do mercado hortigranjeiro já está disponível

Arquivo Embrapa - Cultivo orgânico no Brasil.

O cronograma de 2025 com a divulgação dos levantamentos a serem realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já está disponível no site da Companhia. O calendário apresenta as datas dos anúncios das safras de grãos, de café, de cana-de-açúcar e também os dados de comercialização de hortigranjeiros nas Centrais de Abastecimento (Ceasas).
O primeiro evento divulgado pela estatal, agendado para o dia 14 de janeiro, será o anúncio do 4º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25. As divulgações da safra de grãos realizadas pela Conab trazem um panorama que vai desde o início do ciclo da produção, com a primeira divulgação realizada em outubro do ano passado, até a finalização do ano agrícola. Ao todo são 12 levantamentos mensais, sendo o último do ano-safra 2024/25 no dia 11 de setembro. A Companhia acompanha as safras de 16 grãos (algodão, amendoim, arroz, gergelim, aveia, canola, centeio, cevada, feijão, girassol, mamona, milho, soja, sorgo, trigo e triticale).
Também no mês de janeiro, a Companhia fará duas divulgações sobre a safra de café. A primeira, agendada para o dia 21, se trata do 4° Levantamento da cultura que traz informações sobre o fechamento da safra de 2024 do produto. Já no dia 28, os técnicos da estatal irão apresentar o panorama para o ciclo 2025 com o anúncio do 1º Levantamento. Outras três divulgações com informações de área, produtividade e produção das principais regiões produtoras de café no país serão realizadas em maio, setembro e dezembro, abrangendo toda a temporada de cultivo do grão.
Ainda no dia 23 de janeiro, a Companhia apresenta os dados do 1º boletim de 2025 sobre a comercialização de hortigranjeiros nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do Brasil. As demais publicações ocorrem mensalmente e trazem informações dos preços praticados das frutas e hortaliças mais vendidas nos mercados atacadistas analisados pela Companhia. O trabalho faz parte do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), cuja operacionalização é realizada pela Conab.
Cana-de-açúcar – Para a cana, o 4º e último levantamento que encerra a safra 2024/25 será realizado no dia 17 de abril. As divulgações das análises, referentes ao ano safra 2025/26, estão marcadas para abril (29), agosto (26) e novembro (04) deste ano. O último levantamento da safra de cana-de-açúcar será divulgado em 16 de abril de 2026.
Demais produtos – Além das datas dos anúncios de grãos, café e mercado hortigranjeiro, o calendário da Companhia apresenta também o cronograma de publicação do Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA). O documento é uma parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam). O Boletim foi planejado, entre os serviços oferecidos pela Conab, para atender à sociedade com informações sobre as condições agrometeorológicas e a interpretação do comportamento das lavouras em imagens de satélites e no campo. A primeira edição deste ano será publicada no dia 30 de janeiro.
Confira aqui o Calendário de Divulgação de Safras e do Prohort, divulgado pela Conab.
Fonte: Conab 08/01/2025

 


 

Monitoramento semanal das condições das lavouras

Atualizado em 06 de janeiro de 2025
Closeup colher com arroz cruARROZ – 0,3% colhido. No RS, as lavouras apresentam boas condições e são favorecidas pela alta incidência solar. Em SC, as lavouras estão em boas condições, com as temperaturas amenas e pouca nebulosidade, favorecendo o desenvolvimento, assim como as fases de florescimento e enchimento de grãos. No TO, as lavouras irrigadas estão em maturação e logo será iniciada a colheita. No MA, a colheita do irrigado está avançando, próximo da finalização, restando algumas áreas das lavouras do norte e centro do estado. Para o sequeiro, a semeadura ainda ocorre, com atraso, devido à irregularidade de chuvas em algumas regiões. Em GO, a colheita em áreas de tabuleiro avançou pouco, concentrando-se nos talhões mais adiantados. A maior parte das lavouras encontra-se em fase vegetativa. Em MT, a semeadura avança para os talhões finais. Observa-se a colheita nas áreas semeadas mais cedo. As lavouras encontram-se em estágio vegetativo e apresentam desenvolvimento satisfatório. No PR, as lavouras estão em diversos estágios, principalmente, em desenvolvimento vegetativo e floração.

Foto grátis arranjo de close-up com deliciosa comida brasileira

FEIJÃO (1ª safra) – 19,4% colhido. No PR, a colheita tem avançado rapidamente, favorecida pelo clima mais estável nas principais regiões produtoras. Cerca de 35% da área está colhida e as lavouras remanescentes seguem em condições boas e regulares. Na BA, a região Oeste segue com boas condições pluviométricas, favorecendo o desenvolvimento das lavouras. No Centro-Sul, o plantio tem ocorrido apenas em áreas do Vale do Iuiu, onde o clima está mais adequado. No Centro-Norte, a estiagem permanece e prejudica a cultura. Em GO, as lavouras estão em fase avançada de desenvolvimento, com o enchimento de grãos ocorrendo de forma satisfatória em grande parte das áreas cultivadas. Em SC, a semeadura foi finalizada. A qualidade das lavouras é considerada boa, sem ocorrência de doenças e pragas que possam afetar a produtividade, apesar da falta de chuvas em alguns locais, principalmente mais a oeste do estado. No RS, segue a semeadura no Planalto Superior e a colheita nas demais regiões. As chuvas foram escassas, possibilitando a semeadura. Os dias de tempo seco nas demais regiões também foram favoráveis, pois beneficiaram a maturação e a colheita, que evoluiu significativamente, mas são desfavoráveis às lavouras em florescimento e enchimento de grãos.
RefeiçãoMILHO  (1ª safra) –  1,1% colhido. Em MG, as lavouras avançam para os estádios reprodutivos e as condições climáticas favorecem o seu desenvolvimento. No RS, o tempo seco favoreceu a secagem das áreas em maturação, mas prejudica as lavouras em florescimento e enchimento de grãos, que, em algumas áreas, já apresentam sinais de estresse hídrico. Na BA, as lavouras do Oeste apresentam bom desenvolvimento, enquanto as do Centro-Norte e Sul expressam os efeitos da falta de chuvas. No PI, o plantio continua avançando apesar da irregularidade das chuvas. No PR, o tempo seco favoreceu a realização de tratos culturais. Em SC, as lavouras continuam a se desenvolver em boas condições, porém, em algumas áreas, as altas temperaturas, os fortes ventos e a redução das precipitações podem encurtar o ciclo da cultura. Em SP, o clima continua favorável à cultura e grande parte das áreas está em maturação. No MA, o plantio avança no Oeste do estado, mesmo com a irregularidade das chuvas. No Sul, as lavouras apresentam bom desenvolvimento. Em GO, as lavouras irrigadas se encontram em enchimento de grãos. No PA, o plantio avança lentamente devido à irregularidade das chuvas.
Textura de fundo de feijão de grão de bicoSOJA – 0,2% colhido. Em MT, a colheita avança, mas é limitada pelas chuvas frequentes. No RS, as plantas apresentam sinais de estresse hídrico e de temperatura, principalmente as implantadas em áreas arenosas. No PR, muitas áreas semeadas precocemente no extremo-oeste estão aptas para a colheita, enquanto as mais tardias ainda necessitam de chuvas. Em GO, as operações de campo priorizam os tratamentos fitossanitários. A colheita das primeiras áreas deve iniciar em breve no Sudoeste. Em MS, os produtores aproveitam o tempo seco para a realização de tratos culturais. Em MG, as lavouras apresentam boas condições e a colheita deve iniciar nas áreas irrigadas. Em SP, as condições climáticas beneficiam as lavouras e a colheita deve iniciar em breve. Na BA, a colheita começou nas áreas irrigadas do Oeste baiano, sendo obtidos bons rendimentos. No PI, o plantio está finalizando e, apesar da irregularidade das precipitações, as lavouras apresentam bom desenvolvimento. No MA, o plantio avança lentamente no centro do estado, devido à irregularidade das chuvas. Em SC, mesmo com a irregularidade das chuvas, as lavouras apresentam bom desenvolvimento e as semeadas precocemente encontram-se nos estádios reprodutivos. No TO, os produtores realizam as aplicações fitossanitárias para o controle de doenças de final de ciclo e a colheita deverá começar em meados de janeiro. No PA, o plantio avançou no polo de Santarém com a regularização das chuvas, mas continua lento no polo de Paragominas.
FONTE: Monitoramento da lavoura – CONAB – atualizado em 06 de janeiro de 2025

 

MERCADO
INDICADORES CEPEA

Vista superior de uma colher de pau com açúcar branco e açúcar em pó no fundo brancoAÇUCAR 2025 inicia com baixa liquidez: Como já esperado para este período de recesso, as negociações envolvendo o açúcar cristal branco no mercado spot de São Paulo estiveram lentas nos primeiros dias de 2025. Com liquidez reduzida, os preços apresentaram pequenas oscilações, conforme apontam levantamentos do Cepea. No balanço de 30 de dezembro de 2024 a 3 de janeiro de 2025, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 160,43/saca de 50 kg, ligeira alta de 0,08% em comparação com a do intervalo anterior. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

 

Nuvens brancas acinzentadas

ALGODÃO – PERSPEC 2025 – aponta novos desafios à cadeia produtiva: Após os recordes alcançados no ano passado, 2025 deve apresentar novos desafios à cadeia produtiva de algodão, conforme apontam pesquisadores do Cepea. A produção mundial está crescendo mais que a demanda, os avanços nos custos superam os aumentos nos preços de venda para a nova temporada, a economia mundial sinaliza crescimento em linha com o observado em 2024, o petróleo é negociado a patamares abaixo dos registrados há um ano (o que favorece fibras sintéticas) e os contratos futuros da pluma indicam estabilidade para 2025. Ainda conforme pesquisadores do Cepea, as cotações no Brasil podem ser pressionadas pela maior oferta, pelo estoque de passagem elevado, pela demanda contida e pelo pouco crescimento da economia mundial. Por outro lado, podem ser citados fatores de suporte, como a valorização do dólar frente ao Real, que impulsiona a paridade de exportação. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

O arroz branco é colocado em uma xícara no chão de madeira.

ARROZ Produção brasileira pode ser a maior em 7 anos e a mundial, recorde: O recorde de preços no mercado interno de arroz em 2024 deve refletir em rentabilidade positiva com a cultura ao longo de 2025, além de resultar em crescimento de área no Brasil. Segundo pesquisadores do Cepea, o maior excedente doméstico deve reduzir a necessidade de importação, bem como favorecer as exportações. Em nível mundial, as condições das lavouras são consideradas boas em praticamente todos os principais países produtores (exceto nas Filipinas), o que deve contribuir para uma produção recorde na temporada 2024/25, ainda conforme pesquisadores do Cepea. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
Vacas em um campo verde em um dia ensolaradoBOI Ano deve ser de novas expansões, mas em ritmo menor: 2025 deve ser um ano de continuidade dos investimentos da pecuária brasileira, mas os crescimentos das ofertas de animais para abate e da carne e também da demanda devem ser menores que os registrados em 2024. As projeções para a economia brasileira sinalizam que o poder de compra do consumidor estará mais apertado que em 2024 e, no front externo, a taxa de avanço do volume exportado também pode ser menor, mesmo com a potencial abertura de novos mercados. É possível que a influência do câmbio seja ainda maior sobre os custos de produção do setor. Nestes primeiros meses do ano, a disparada do dólar no final de 2024 deve influenciar os custos. Com isso, a população tende a ter orçamento apertado e a optar por carnes mais baratas. No cenário internacional, os chineses continuarão comprando muita carne do Brasil. Depois da China, os Estados Unidos, Emirados Árabes e Chile são os demandantes mais importantes da carne bovina brasileira. É possível que as compras norte-americanas ainda se mantenham elevadas, tendo em vista que a recuperação do rebanho interno ainda está em curso. Para o Oriente Médio, a perspectiva é que a taxa de crescimento aumente e, para o Chile, também pode haver expansão. Enquanto isso, nas propriedades pecuárias, a produção deve seguir firme, mas possivelmente avançando menos que em 2024. Dados do IBGE até setembro mostravam aumento de 19% do número de animais abatidos. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
Ilustração de planta de café em aquarelaCAFÉApesar de liquidez ainda baixa, preços iniciam ano firmes: O mercado brasileiro de café inicia 2025 com poucos agentes ativos e praticamente sem negócios realizados, conforme apontam levantamentos do Cepea. Ainda retornando das festividades de fim de ano, parte dos compradores e vendedores continua afastada do spot nacional. Segundo colaboradores do Cepea, a comercialização do grão deve começar a ganhar ritmo a partir desta ou da próxima semana. Quanto aos preços, expectativas de mais uma safra de oferta limitada no Brasil vêm dando suporte às cotações do arábica, que seguem em patamares reais próximos de 1997 em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI de dezembro/24). Para o robusta, pesquisadores do Cepea explicam que o quadro é similar. Com o Vietnã, maior produtor da variedade, devendo colher um pouco menos na safra 2024/25 e com dificuldades de envio aos principais países consumidores, a oferta mundial tende a seguir justa, favorecendo a demanda pelo produto brasileiro. Nesse cenário, a variedade continua em patamares recordes reais da série histórica do Cepea, superiores a R$ 1.800/sc de 60 kg nos primeiros dias do ano, conforme o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
Fatias de citrinos no fundo brancoCITROSNovamente, oferta da safra 25/26 deve ficar abaixo da demanda: Mesmo com o retorno das chuvas a partir de outubro de 2024, o cenário para a safra 2025/26 de laranjas do estado de São Paulo e do Triângulo Mineiro ainda é incerto. As flores abertas em meados de outubro, após as precipitações, foram consideradas volumosas, mas o desenvolvimento da temporada ainda dependerá do clima no decorrer da safra. Se a temporada 2025/26 ainda é incerta, a safra 2024/25 foi estimada pelo Fundecitros em 223,14 milhões de caixas de 40,8 kg de laranja, redução de 27,4% frente a 2023/24. Essa produção muito aquém dos padrões para o cinturão citrícola de São Paulo e do Triângulo Mineiro deve levar a um cenário de estoques de suco de laranja praticamente zerados ao fim da temporada, sendo necessário uma safra 2025/26 muito boa para que se tenha ao menos uma leve recuperação. De fato, cálculos do Cepea indicam que nem mesmo uma diminuição nas exportações brasileiras de suco de laranja em 2024/25 será suficiente para impedir uma queda acentuada no volume de suco armazenado, o que manterá elevada a necessidade de matéria-prima por parte das fábricas. Além disso, o estado norte-americano da Flórida tem registrado recuo nos estoques e precisará importar mais insumo brasileiro, o que colabora ainda mais com a sustentação das cotações aqui no Brasil. Em paralelo a essa condição de produção e estoques apertados no Brasil, na Flórida, dados divulgados em dezembro pelo USDA indicam que a produção da safra 2024/25 de laranjas deve somar 12 milhões de caixas de 40,8 kg, forte queda de 20% frente ao relatório de outubro. Além do greening, a quebra se deve à passagem do furacão “Milton” pelo estado norte-americano no começo de outubro deste ano, que atingiu boa parte das fazendas produtoras de laranja. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
Close no tratamento com ácido hialurônicoETANOL – Demanda aquecida sustenta cotações neste início de ano: O ano de 2025 se iniciou com a demanda por biocombustível bastante aquecida. Levantamento do Cepea mostra que, de 30 de dezembro/24 a 3 de janeiro/25, o volume de etanol hidratado negociado no mercado spot do estado de São Paulo quase dobrou frente ao período anterior. Além da expectativa de preços firmes nos próximos meses com a entressafra mais prolongada no Centro-Sul, a reposição das vendas do período de festividades do ano passado também deu suporte às cotações. Entre 30 de dezembro e 3 de janeiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou em R$ 2,6712/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), avanço de 0,99% frente ao período anterior. No caso do anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ subiu 0,82%, a R$ 3,0339/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins). Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
Carne crua de frangoFRANGO  – Setor pode crescer em 2025, mas deve, novamente, enfrentar desafios: O cenário atual indica que o setor avícola nacional pode seguir crescendo em 2025, mas deve – novamente – enfrentar muitos desafios, sobretudo os relacionados à biossegurança animal e a conflitos em importantes países que são destinos da carne brasileira. Estudos realizados por pesquisadores do Cepea indicam que a produção de carne de frango deve alcançar 14,2 milhões de toneladas em 2025, aumento de 2,9% frente à do ano anterior. Do lado da demanda, a ABPA projeta que o consumo per capita de carne some 46,6 kg em 2025, alta de 1,9% sobre o ano anterior. As perspectivas de crescimento do setor avícola em 2025, contudo, dependem da ausência de casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1 ou IAAP) em granjas comerciais (ou outros tipos de Influenza). Por enquanto, o Brasil tem se beneficiado dessas circunstâncias. Isso porque casos de Influenza em outros países produtores têm deslocado a demanda global ao Brasil, que, ressalta-se, permanece livre dessa doença, de acordo com as diretrizes da Organização Mundial para Saúde Animal (OMSA). O setor brasileiro de avicultura de corte também precisa monitorar os conflitos no Oriente Médio, que completaram um ano em outubro de 2024. O Brasil é o maior fornecedor global de carne de frango Halal para países do Oriente Médio, incluindo os Emirados Árabes Unidos, que são os atuais segundos principais destinos da carne brasileira – em 2024 (até novembro), o Brasil escoou 425 mil toneladas de carne ao país árabe. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

 

Sopa de grão-de-bico com vegetais em uma tigela isolada em fundo branco xA

FEIJÃO – Setor espera que as exportações sigam recordes em 2025: Em um ambiente em que o consumo doméstico está relativamente estável há pelo menos oito safras, o crescimento do cultivo de feijão só tende a encontrar sustentação nas exportações. E, de fato, a expectativa de agentes do mercado de feijão consultados pelo Cepea/CNA é de que as vendas externas de 2025 registrem bom desempenho, especialmente após os recordes de registrados em 2024. Segundo pesquisadores do Cepea, 2025 caminha para um cenário desafiador, marcado por maior oferta e crescimento do excedente doméstico, que, por enquanto, será o maior da história. Estimativa de dezembro da Conab indica excedente de 561,5 mil toneladas de feijão na temporada 2024/25, superior às 551,9 mil toneladas da safra anterior. Assim, o escoamento externo será essencial para sustentar as cotações. Em termos agregados, até o momento, a Conab estima produção da safra 2024/25 em 3,36 milhões de toneladas, 3,5% superior à da safra anterior. Por enquanto, a Conab estima que 169 mil toneladas sejam exportadas em 2025. Se isso ocorrer, o estoque final, em dezembro/25, seria de 392,5 mil toneladas, o maior volume em relação ao consumo em 15 anos, sendo motivo de pressão sobre as cotações. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
Conjunto de salpicaduras e derramamento de leite no vetor 3D, produtos lácteos naturais realistas, iogurte ou cremeLEITEProdução de leite em 2025 deve manter o ritmo de crescimento: Pesquisas do Cepea apontam que os custos com nutrição animal seguem avançando e o poder de compra do pecuarista leiteiro continua caindo. E esse é o maior ponto de atenção para 2025 para o setor leiteiro nacional. Segundo pesquisadores do Cepea, a escalada nos custos operacionais tende a ser gradual ao longo deste ano, sendo impactada em um primeiro momento pelos maiores gastos para produção de volumoso (diante da alta nos preços de fertilizantes) e contrabalanceada por uma possível redução nos valores do concentrado no primeiro semestre de 2025. Por outro lado, no segundo semestre, o escoamento da safra nacional pode limitar os estoques, afetando, consequentemente, a precificação de insumos para a formulação de rações. Nesse sentido, a projeção do Cepea é de que a produção de leite em 2025 possa manter o ritmo de crescimento entre 2% e 2,5%. Um crescimento acima disso exigiria uma recuperação muito forte da oferta no primeiro trimestre de 2025, mas isso vai depender majoritariamente do clima. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Espigas de milho doce em uma tigela, na textura, na superfície do mármore

MANDIOCAProdução deve seguir crescente, mas esmagamento é incerto para 2025: Após dois anos seguidos de alta, com recorde batido em 2024, o esmagamento de mandioca ainda é incerto para 2025. Embora dados iniciais sinalizem maior oferta de matéria-prima, é preciso saber se haverá espaço para aumento das vendas dos derivados, o que daria sustentação à demanda industrial. Segundo agentes consultados pelo Cepea, o avanço na comercialização de raízes com até 12 meses no segundo semestre de 2024 e as condições climáticas desfavoráveis no Centro-Sul até o terceiro trimestre do mesmo ano devem limitar a disponibilidade em parte de 2025. Estimativas preliminares do IBGE, porém, apontam crescimento de 3,6% na produção brasileira de mandioca, somando 19,4 milhões de toneladas, resultado do incremento de 1,8% na produtividade média (15,7 t/ha) e na área a ser colhida (1,23 milhão de hectares). Quanto ao esmagamento, cálculos do Cepea apontam que o volume processado pelas fecularias em 2025 poderá diminuir, visto que em nenhum registro da série histórica, o esmagamento cresceu por três anos consecutivos. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis vista de perto do milho ainda em sua casca

MILHO – Preço futuro aponta queda; produção deve crescer no BR: O ano de 2025 se inicia com cenários distintos nos mercados interno e externo de milho. No Brasil, os preços do cereal no spot estão acima dos registrados no começo de 2024, mas o mercado futuro aponta cotações menores que as atuais. Já na Bolsa de Chicago, os contratos operam em valores inferiores dos registrados no início de 2024 e não mostram sinais de recuperação para 2025. Segundo pesquisadores do Cepea, no contexto doméstico, as cotações futuras menores estão relacionadas à expectativa de produção nacional em 2025 acima da de 2024. No caso dos valores externos, há certa estabilidade entre a oferta e a demanda doméstica dos Estados Unidos, mas o excedente norte-americanos é amplo, o que, por sua vez, exige que as exportações do país sejam firmes, em um ambiente de incertezas políticas por conta do novo governo. BRASIL – O movimento de alta nas cotações no segundo semestre de 2024 nas principais regiões do Brasil pode atrair agricultores e resultar em aumento na semeadura na segunda safra de 2025. O cultivo mais acelerado das lavouras de verão, como a soja, abre a expectativa de semeadura da segunda safra de milho no período ideal. A perspectiva de maior produção é acompanhada por estimativas indicando consumo doméstico recorde, sobretudo por parte do setor de proteína animal e da crescente indústria de etanol de milho no Brasil. Um possível equilíbrio entre oferta e demanda deve vir com recuo nas exportações – as vendas externas podem ser limitadas pelo menor excedente doméstico. MUNDO – Por enquanto, é esperada menor produção mundial e aumento no consumo e, consequentemente, redução na relação estoque/consumo global, o que, por sua vez, pode trazer maior sustentação aos preços externos e aumentar o interesse de agricultores brasileiros em negociar a mercadoria para o mercado externo. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
Três ovos crus orgânicos frescos isolados na superfície branca.OVOS – Oferta de ovos continuará crescendo em 2025, mas de forma moderada: Em 2025, o mercado de ovos deve apresentar um cenário positivo. Embora haja desafios relacionados à oferta, projeções indicam crescimentos na produção e no consumo. E a disponibilidade interna da proteína – novamente – será um dos principais fatores que influenciarão os preços ao longo do ano. Caso o setor continue expandindo os plantéis além da capacidade de absorção do mercado doméstico, os valores dos ovos podem seguir a mesma tendência de queda observada em 2024. Estimativas do Cepea indicam que, em 2025, a produção brasileira de ovos para consumo pode registrar avanço de 3,4% em relação ao esperado para 2024, atingindo 3,94 bilhões de dúzias. Esse crescimento, ressalta-se, é mais modesto que os 10,5% observados na parcial de 2024 (janeiro a setembro) frente ao mesmo período de 2023. Em relação ao consumo nacional, a ABPA estima que, em 2024, o Brasil alcançará pela primeira vez na história a marca de 263 unidades por pessoa, 21 unidades a mais que em 2023. Para 2025, espera-se que o consumo cresça 1% em relação ao ano anterior, alcançando 265 unidades por habitante. Os elevados preços praticados nas negociações envolvendo as proteínas cárneas tendem a favorecer o consumo de ovos em 2025. No front externo, a ABPA projeta que as exportações de ovos alcancem 22 mil toneladas em 2025, aumento de 10% em relação às expectativas para 2024. Até o momento, o Brasil não registrou casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves de produção comercial. Com isso, o País mantém seu status de livre da doença, o que o torna uma fonte segura para atender à crescente demanda internacional, especialmente em um contexto em que o vírus foi registrado em diversos países ao longo de 2024. Em relação aos custos de produção, a tendência é que a maior oferta interna de milho e farelo de soja ajude a conter o aumento dos gastos de avicultores em 2025. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
Bela natureza retrô com campoSOJA2025 deve ser marcado por produção recorde e preço externo menor: A safra 2024/25 brasileira se iniciou em meio a temores por conta do baixo volume de chuvas, mas o clima favorável nos meses seguintes deve garantir produção de soja recorde. Do lado da demanda, pesquisadores do Cepea destacam que políticas nacionais estimulando maior mistura de biodiesel ao óleo diesel deve favorecer a procura pelo grão para processamento interno. No front externo, a forte valorização do dólar frente ao Real deixa a soja brasileira mais atrativa a compradores internacionais, o que tende a favorecer as exportações. Quanto aos preços, dados do Cepea mostram que as negociações em dólar para embarques nos portos brasileiros no primeiro semestre de 2025 são realizadas a valores bem abaixo dos registrados há um ano, e as cotações externas também operam em menores patamares. De modo geral, além do dólar, o mercado também deve estar atento às ações que devem ser tomadas pelo novo governo norte-americano, especialmente as que se referem a tarifas de importações, que podem gerar reações de outros países e deslocar demandantes à América do Sul. No entanto, na Argentina, o governo sinalizou interesse em reduzir as “retenciones” sobre produtos agrícolas em 2025, o que pode incentivar as exportações do país e elevar a concorrência com o Brasil no farelo de soja, por exemplo. A produção brasileira é projetada pelo USDA em volume recorde de 169 milhões de toneladas (40% da safra mundial) e pela Conab, em 166,2 milhões de toneladas. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
Fazendeiro pecuarista cuidando de porcosSUÍNOEm 2025, setor deve seguir apostando no mercado externo: Depois de registrar um 2024 bom, com as exportações recordes e preços internos nas máximas nominais, as perspectivas para o setor produtivo de suínos seguem positivas para 2025. Tudo indica que as demandas mundial e brasileira pela carne devem seguir aquecidas. Do lado oferta, estimativas preliminares do Cepea apontam aumento na produção do setor. No front externo, o setor suinícola nacional deve continuar apostando no mercado externo, visando reforçar e/ou melhorar sua posição no ranking dos maiores players internacionais. O excelente desempenho das exportações nos últimos anos está atrelado aos esforços do setor em aumentar a capilaridade no mercado global, em meio à redução gradual (iniciada em meados de 2022) das importações por parte da China. Assim, mesmo diante das reduções nos envios ao país asiático, os embarques a outros parceiros comerciais devem garantir mais um ano de bom desempenho das exportações. Estudos do Cepea apontam que, em 2025, as vendas externas de carne suína podem crescer até 6,6% em relação ao volume de 2024, alcançando 1,22 milhão de toneladas. No mercado interno, a demanda por carne suína deve permanecer firme em 2025, sobretudo considerando que os preços da carne bovina estão elevados. Estimativas do USDA apontam crescimento de 1,8% no consumo per capita de carne suína no Brasil em 2025. Desta forma, para que as demandas externa e interna pela proteína brasileira sejam sustentavelmente atendidas ao longo do ano de 2025, pesquisadores do Cepea indicam que o volume produzido de carne de suína deverá atingir cerca de 5,53 milhões de toneladas neste ano, aumento de 2,8% em relação ao projetado para 2024. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Tiro do foco seletivo do close up de um campo de trigo bonito em um dia ensolarado

TRIGO  – Importações devem seguir firmes; preços podem favorecer aumento de área: Pesquisas do Cepea mostram que o ano de 2025 se inicia com menor disponibilidade de trigo no mercado interno. No segundo semestre de 2024, a queda na produção foi compensada parcialmente pela crescente importação. Assim, segundo pesquisadores do Cepea, é de se esperar que as compras externas sigam aquecidas no primeiro semestre de 2025, com preços crescentes. No campo, os maiores valores do cereal podem fazer com que produtores brasileiros mantenham ou até mesmo elevem a área com trigo na próxima temporada. É preciso considerar, porém, a concorrência com outras culturas, incluindo o milho de segunda safra em vários estados, que também está mais atrativo, ainda conforme pesquisadores do Cepea. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

 


Agroclima

Previsão do tempo entre os dias 06 e 13 de janeiro de 2025
A Figura 1 apresenta a previsão de chuva acumulada, de acordo com o modelo numérico COSMO do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), indicando que os volumes acumulados durante a semana podem ultrapassar 80 mm em uma faixa que vai do sudeste do Amazonas, Região Centro-Oeste e Sudeste (representados em tons de vermelho). Por outro lado, em Roraima, e em grande parte do leste da Região Nordeste e Sul do Brasil, as chuvas deverão ficar abaixo de 20 mm.
Na Região Norte, áreas de instabilidade associadas ao calor e à alta umidade provocarão pancadas de chuva ao longo da semana, com acumulados acima de 30 mm (tons de verde) em grande parte da região. As chuvas podem superar 80 mm em alguns locais (tons de vermelho a rosa) em áreas pontuais do sudeste do Amazonas, sul e leste do Pará e Tocantins. Por outro lado, no noroeste do Pará e em grande parte de Roraima, os acumulados de chuva deverão ficar abaixo de 20 mm ou com ausência de chuva (áreas em branco).
Na Região Nordeste, a previsão indica que na faixa leste e norte da região, há possibilidade de chuvas fracas ao longo da semana, enquanto na maior parte do interior, o tempo permanecerá quente e com baixa probabilidade de chuva. No Bahia, Piauí, grande parte do Maranhão e centro-oeste de Pernambuco, espera-se acumulados acima de 40 mm, podendo superar 80 mm (tons de vermelho e rosa) em algumas áreas desses estados.
Na Região Centro-Oeste, a convergência de umidade favorecerá a persistência de áreas de instabilidade proporcionando chuvas ao longo da semana no Goiás e Mato Grosso do Sul. Estão previstas acumulados acima de 80 mm em áreas do centro-leste do Mato Grosso e do Goiás, podendo atingir 150 mm em algumas localidades (tons de rosa). No Mato Grosso do Sul as chuvas acima de 40 mm se concentrarão no norte do Estado, com tendência a ficar firme no centro-leste.
Na Região Sudeste, a convergência de umidade ficará posicionada na porção mais ao norte, proporcionando as chuvas com acumulados acima de 40 mm no centro-norte de Minas Gerais, Espirito Santo e Rio de Janeiro, podendo ultrapassar 100 em algumas localidades. Em São Paulo e sul de Minas Gerais os acumulados de chuva ficarão abaixo de 20 mm.
Na Região Sul, a semana começará tempo firme em quase toda Região, com chuvas concentradas no leste do Paraná e de Santa Catarina. Os acumulados nessas duas áreas estarão abaixo de 60 mm, enquanto nas demais áreas da região prevê-se chuvas abaixo de 10 mm.
Figura 1: Previsão de chuva (06 a13 de janeiro de 2025). Fonte:
Fontes: INMET Boletim 01/2025

EVENTOS E CURSOS AGRO

Confira aqui e aproveite a oportunidade!

DATA DE INÍCIO: 15 de janeiro de 2025 07:00
DATA DE TÉRMINO: 17 de janeiro de 2025 18:00
CATEGORIA: Feiras Agro
Evento presencial
Mais informações e inscrições: Agro Agenda 07/11/2024
Endereço: Área Experimental da Meta Consultoria – MT-326, Zona Rural – Canarana/MT
Telefone: (61) 2109-1400

Data de início: 20 de fevereiro de 2025 08:00
Data final: 22 de fevereiro de 2025 18:00
Mais informações e inscrições: Agro Agenda 02/01/2025

 

DATA DE INÍCIO: 14 de janeiro de 2025 19:00
DATA DE TÉRMINO: 15 de janeiro de 2025 21:00
Mais informações e inscriçõesAgroagenda 18/12/2024

Fone: (47) 99220-9342

Evento on-line e grátis

DATA DE INÍCIO:28 de janeiro de 2025 19:00
DATA DE TÉRMINO: 29 de janeiro de 2025 21:30
Mais informações e inscrições:  Agroagenda 18/12/2024

Telefone: (89) 98102-0125
E-mail: [email protected]
Fone: (47) 99220-9342 – Evento on-line e grátis

Data de início: 22 de março de 2025 07:30
Data final: 22 de março de 2025 18:00
Telefone: (71) 99613-7744
E-mail: [email protected]
Mais informações e inscrições: Agro Agenda 02/01/2025
DATA DE INÍCIO: 15 de janeiro de 2025 07:30
DATA DE TÉRMINO: 16 de janeiro de 2025 18:00
Mais informações e inscrições: Agro Agenda 26/12/2024
Telefone(65) 3644-4215
Categoria: Feiras Agro

Endereço: CTECNO Parecis – Rodovia MT 488, anexo a Fazenda Vô Arnoldo – Agroluz, . Campo Novo do Parecis. / MT

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