Curadoria Semanal: Principais Informações do Mundo Agro! 03 a 09 de agosto de 2024

Seja bem-vindo(a) a Newsletter da Agro Insight, um espaço de artigos autorais e curadoria sobre tecnologias, sustentabilidade e gestão para o agro.

Se você ainda não é assinante, junte-se a mais de 8 mil profissionais do Agro, consultores e produtores rurais que recebem gratuitamente conteúdos de qualidade selecionados toda semana, adicionando o seu e-mail abaixo:

Curadoria Semanal

Principais informações sobre o mundo AGRO: ações públicas, produção, inovações, técnicas, pesquisa e muito mais.

TUDO AQUI!

Atualize-se e compartilhe!



Estudo valida estratégias de controle da lagarta-do-cartucho em sistemas integrados

Simone Mendes - Lagarta-do-cartucho na braquiáriaFoto: Simone Mendes

Pesquisa da Embrapa Milho e Sorgo (MG) aponta práticas de manejo da lagarta-do-cartucho do milho (Spodoptera frugiperda) adaptadas aos sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). São orientações construídas com base no novo cenário de exploração agropecuária do milho, que envolve plantios consorciados com a braquiária. As técnicas são recomendadas para a formação de pastagem e de palhada no sistema plantio direto e integram as prerrogativas desses modelos, que aliam produtividade e sustentabilidade.

A lagarta-do-cartucho é uma das pragas mais preocupantes nos sistemas integrados de produção, e o seu manejo deve levar em consideração práticas de controle eficazes, uma vez que o inseto se alimenta de várias espécies de plantas. Outro problema é que a S. frugiperda apresenta rápida adaptação às principais estratégias de manejo vigentes, que são o uso de plantas Bt (que contêm genes da bactéria Bacillus thuringiensis) e o controle químico.

A pesquisa alerta os produtores para o fato de que precisam ser mais cuidadosos em relação ao plantio da braquiária com o milho, uma vez que essa gramínea é um dos principais hospedeiros da lagarta-do-cartucho. O objetivo é auxiliá-los na compreensão do comportamento da S. frugiperda e oferecer opções para manejá-la dentro de sistemas integrados de produção. “Entender as etapas de monitoramento e observar os momentos de tomada de decisão para o controle, ou não, é a base para o Manejo Integrado de Pragas (MIP)”, aponta Oliveira.

Foi constatado que há interferência da braquiária no sistema, favorecendo o aumento da população da lagarta, mas que também existem adaptações nas estratégias de manejo que podem minimizar esse problema. “A chave é entender o posicionamento dessas estratégias e dos níveis da tomada de decisão”, complementa o pesquisador.

Os experimentos foram realizados em ambientes adaptados para reproduzir as condições de lavouras comerciais, com a adoção de parcelas de grandes dimensões para melhor expressão do efeito de diferentes condições e tratamentos. “Ficou evidente que, nas condições em que esse trabalho foi realizado, os parâmetros para tomada de decisão sobre o controle de S. frugiperda no cultivo do milho em sistemas ILP e ILPF têm características diferentes do monocultivo, pois as injúrias causadas nas partes aéreas das plantas de milho mostraram ser influenciadas pela presença da braquiária”, destaca Oliveira.

Os experimentos evidenciaram um possível aumento de lagartas por unidade de área e uma maior pressão da praga sobre as plantas de milho, inclusive com a ocorrência de nota de dano 1, típica de lagartas menores.

A tomada de decisão para controle fica mais assertiva com amostragens contínuas e utilização de armadilhas à base de feromônios, por causa da dificuldade de amostragem visual em plantas de braquiária. “O uso da estratégia MIP para controle da lagarta em sistemas integrados reduz a necessidade de aplicações de inseticidas químicos de quatro para três, por safra agrícola do milho”, conclui Oliveira.

Fonte: Embrapa 06/08/2024


Projeto sustentável para fortalecimento de assentamentos rurais em Mato Grosso

Iniciativa também busca estimular o desenvolvimento de mulheres rurais e suas famílias na gestão rural

Justiça Federal decide que INCRA regularize Assentamento localizado Vila Rica-MT e Confresa-MT

Fonte: OficialNews 06 ago. 2024

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), lançou na segunda-feira (5/08), em Mato Grosso, projeto com foco no fortalecimento estrutural de assentamentos rurais e na sustentabilidade da agricultura familiar do estado.

O objeto é fomentar a produção agropecuária em Mato Grosso, buscando maior rentabilidade e garantindo a conservação ambiental. A ideia é mecanizar o processo de produção agrícola, visando redução do trabalho manual e elevando a qualidade dos produtos.

A iniciativa tem quatro metas: o fortalecimento das cadeias produtivas; capacitação; assistência técnica; e gestão e monitoramento. Com isso, o Projeto vai estimular a produção agropecuária de mais de 4.300 agricultores familiares.

Os municípios contemplados pela iniciativa no estado são Cláudia, Mirassol d’Oeste, Tangará da Serra, Juscimeira, Várzea Grande, Acorizal, Campo Verde, Nova Olimpia, Nortelandia, Sorriso, Poconé, Rondonópolis, Pedra Preta, São José dos Quatro Marcos, Poxoréu, São José do Povo e Vila Bela da Sitíssima Trindade.

MULHERES EMANCIPADAS

Com o apoio da ONG Lírios, o projeto também visa estimular o desenvolvimento das mulheres rurais e suas famílias, com incentivo no planejamento e gestão agrícola, por meio do projeto “Elas e agricultura: empreendedorismo feminino no campo”.

Ainda, será ofertado ações de capacitação, divulgação, intercooperação e organização produtiva entre as participantes, além de promover equidade de gênero e a igualdade de oportunidades no campo. Isso por meio de oficinas temáticas, com foco no fortalecimento pessoal, econômico, social e de cidadania das mulheres do campo.

Ao todo, espera-se que mais de 1500 pessoas sejam atendidas. De forma direta, o projeto pretende atender mulheres das comunidades e dos assentamentos rurais, além disso, comunidades e contemplados no Programa Estratégico de Fortalecimento Estrutural de Assentamentos Rurais e Sustentabilidade da Agricultura Familiar em Mato Grosso, indiretamente.

Fonte: Mapa 06/08/2024


Plano Clima Participativo discute combate à mudança do clima em Teresina (PI)

Plenária teve como foco a CaatingaFoto grátis foto vertical de um cacto com uma linda flor de laranjeira

O governo federal realizou na sexta-feira (2/8) em Teresina (PI) a terceira das oito plenárias presenciais do Plano Clima Participativo. As reuniões percorrerão os biomas para debater a construção do novo Plano Clima, que guiará a política climática do país até 2035.

Cidadãs e cidadãos podem enviar suas propostas para o plano pela plataforma Brasil Participativo até 26 de agosto. É possível enviar no máximo três contribuições, divididas em 18 eixos, e votar em até outras 10.

“O Plano Clima é para que a gente pare de aquecer o planeta, é para que a gente faça uma mudança para um modelo que seja sustentável do ponto de vista social, que combata a desigualdade. Um modelo que seja sustentável do ponto de vista econômico, que produza prosperidade com distribuição correta da renda”, disse a ministra Marina Silva.

As plenárias do Plano Clima Participativo buscam incentivar a participação da sociedade, tirar dúvidas sobre o processo e informar sobre as etapas da elaboração da nova política climática do país. As propostas mais votadas serão consideradas na elaboração do Plano Clima.

Representantes da sociedade civil apresentaram propostas para o plano, que terá sua primeira versão apresentada pelo presidente na COP29, conferência do clima da ONU que será realizada em novembro em Baku, no Azerbaijão.

Fonte: MAPA 06/08/2024


Lei sobre o manejo do fogo tem contribuição da Embrapa

A Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo (Lei nº 14.944), que reforça a governança e implementa o manejo integrado do fogo como forma de reduzir incêndios florestais, proteger e conservar a biodiversidade, também estimula a criação, a capacitação e o fortalecimento de brigadas voluntárias e privadas e institui o Sistema Nacional de Informações sobre o Fogo (Sisfogo), como ferramenta de gerenciamento das informações sobre incêndios florestais, queimas controladas e prescritas no País.

A Embrapa Pantanal participou da assinatura da lei, em Corumbá (MS), com a presença do presidente da República, da ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, do ministro Carlos Fávaro, da Agricultura e Pecuária, e de outros três ministros, do governador Eduardo Riedel e do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.

As principais alterações propostas pela Embrapa foram as inclusões de critérios técnicos para queimas prescritas, para a proteção dos serviços ecossistêmicos e a promoção de ações para o enfrentamento das mudanças climáticas, bem como orientações para a implementação de ações de educação ambiental sobre os impactos decorrentes do uso indiscriminado do fogo. Pela nova política será instituído o Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo como instância interinstitucional de caráter consultivo e deliberativo, no qual a Embrapa deverá ter assento e contribuir diretamente com a implementação da nova lei.

Especificamente, a Embrapa Pantanal elaborou uma nota técnica que abordou a presença do fogo em ecossistemas de savanas e campestres em geral. Catia era chefe de Pesquisa e Desenvolvimento na época e participou das audiências públicas e do grupo interministerial coordenado pela Casa Civil que trabalhou na política. “A nota técnica da Embrapa Pantanal foi o posicionamento adotado pelo Mapa na política”, explicou a especialista. Ela explicou que em biomas predominantemente florestais, como Amazônia e Mata Atlântica, e também no bioma Caatinga, o fogo é indesejado e o combate da sua presença é fundamental.

“O fogo é prejudicial em ambientes florestais, mas tem um papel ecológico importante em fitofisionomias savânicas e campestres, como no Cerrado, no Pantanal, e em algumas fisionomias no Pampa. Na freqüência e intensidades corretas, ele atua como um fator de manutenção das fisionomias campestres, porque sua completa ausência acaba transformando a vegetação em ambientes mais fechados e as espécies de animais e vegetais que necessitam de um ambiente mais aberto ficam prejudicados. Isso também acaba reduzindo as áreas para a produção pecuária extensiva, que é praticada em áreas de campos naturais, principalmente nos biomas Pantanal e Pampa. Suprimir o uso do fogo no meio rural é bom em determinadas situações, mas em outras pode ser prejudicial”, detalhou a pesquisadora.

Ela explicou que em biomas predominantemente florestais, como Amazônia e Mata Atlântica, e também no bioma Caatinga, o fogo é indesejado e o combate da sua presença é fundamental. “Assim como nos ambientes florestais dos demais biomas, onde não há resiliência para sua presença, o que gera um grande impacto negativo em termos ambientais e na emissão de gases de efeito estufa. Porém, em ambientes savânicos e campestres há espécies completamente adaptadas. Desse modo, seu uso correto pode ser permitido como instrumento de redução de biomassa combustível para evitar incêndios catastróficos. Por isso, a política reconhece o papel do uso do fogo pelas comunidades tradicionais e populações indígenas, além do uso tradicional e racional do fogo pela pecuária pantaneira. Então, essa nova política acrescenta muito nesse sentido”, finaliza, lembrando que o regramento e os parâmetros que a política estabelece devem ser respeitados e utilizados.

Fonte: Embrapa 06/08/2024


Nova cultivar de trigo apresenta alto potencial produtivo

Helton Azevedo - A nova cultivar apresenta boa adaptação a diversas condições de cultivoFoto: Helton Azevedo

Lançada no início deste mês, uma nova cultivar de trigo se destacou nos testes de campo realizados nas últimas três safras. Desenvolvida em parceria entre a Embrapa e a Fundação Meridional, a nova BRS Coleiro apresentou adaptação às diversas condições de cultivo, boa qualidade industrial e ganhos na produtividade de grãos. “Esperamos fomentar o cultivo e a comercialização dessa cultivar para os diferentes sistemas de produção de inverno nas regiões recomendadas”, explica Manoel Carlos Bassoi, pesquisador da Embrapa Soja (PR), ao informar que o material é indicado para os estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina.

Produtividade elevada também em São Paulo e Santa Catarina

A nova cultivar possui porte médio, ampla adaptabilidade e estabilidade de rendimento de grãos no Paraná, Santa Catarina e São Paulo. O ciclo médio para espigamento (64 dias) e ciclo precoce para maturação fisiológica (111 dias) são características que atraem os produtores, por proporcionar melhor disponibilidade de janela de semeadura e planejamento para a safra de soja.

Bassoi explica que a BRS Coleiro apresenta grão extra duro e qualidade tecnológica da classe melhorador, com alta força de glúten e farinha de boa estabilidade. Isso indica que os grãos podem ser usados na produção de massas, na fabricação de pão industrial, do tradicional “pão francês” e, também, em misturas com farinhas fracas. “Outro destaque desse lançamento é a sanidade da planta, que apresenta boa tolerância ao acamamento e ao crestamento, sendo resistente ao oídio e moderadamente resistente à giberela e às manchas foliares”, afirma Bassoi.

Em 2024, a Fundação Meridional completará 25 anos de parceria com a Embrapa Soja. “Não poderíamos comemorar de forma melhor do que lançar uma cultivar de trigo simplesmente excelente”, destaca Henrique Menarim, diretor-presidente da Fundação Meridional. “O seu elevado potencial produtivo, associado à ótima qualidade industrial, revela o BRS Coleiro como um novo patamar no melhoramento genético. Temos grandes expectativas em relação ao crescimento de participação de mercado, nas próximas safras”, completa o executivo.

Fonte: Embrapa 06/08/2024


Com sustentabilidade e tecnologia, Brasil pode se manter como líder no fornecimento de algodão para o mundo

Um monte de algodão branco no galho.

Em Mato Grosso, estado com maior produção de pluma, Encontro Técnico apresenta desafios e perspectivas para o setor algodoeiro.

O Brasil alcançou um marco histórico no setor algodoeiro, em 2024. Pela primeira vez, se tornou o maior exportador mundial de algodão, superando a tradição do mercado norte-americano. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), na safra 2023/24 o país deve colher cerca de 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) e as exportações alcançarão cerca de 2,6 milhões de toneladas.

Nessa trajetória de sucesso, a Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) vem buscando novas pesquisas, ajudando e aprimorando nas tomadas de decisões com um time de profissionais capacitados para auxiliar nas orientações de manejo, que visam um cultivo mais sustentável, atuando sempre na busca pela inovação e soluções tecnológicas para auxiliar no controle das principais pragas e doenças do algodão durante a safra.

A liderança da fibra brasileira na exportação foi pauta do painel “Desafios, oportunidades e futuro da cotonicultura brasileira” que abriu o XVI Encontro Técnico do Algodão, promovido pela Fundação MT.  A colheita começa a acelerar no Brasil, mas cerca de 60% da produção já foi comercializada.

Cenário atual, novas tecnologias, inovação, sustentabilidade e rastreabilidade do algodão também foram debatidos no painel. O economista e sociólogo Marcos Troyjo pontuou que os patamares da exportação brasileira devem continuar ainda bastante elevados.

“O Brasil ter se tornado o maior exportador mundial de algodão é razão de muito orgulho. O ESG chega como um novo desafio, ou seja, os temas ambientais, sociais e de governança. Toda essa agenda ecológica, vai continuar no centro do palco e cada vez mais vai ganhar relevância. E isso é ponto positivo, como por exemplo, o aumento na demanda de treinamento da força de trabalho, de aprimoramento de capital humano, que irá suprir a ausência de mão de obra nas produções”, destacou.

Para o cotonicultor Samuel Locks, entre os desafios da produção, a falta de mão de obra qualificada é um dos grandes entraves na propriedade. Ele também comentou como vê o futuro da produção do algodão no Brasil.

Fonte: ABRAPA 06/08/2024


COMUNICADO | Regras e prazos de operação na plataforma Better Cotton – safra 2023/2024

 

...

Em 23 de agosto de 2024, terá início a nova safra (2023/2024) na plataforma da Better Cotton (BC), responsável pela rastreabilidade da cadeia produtiva do algodão licenciado. A partir desta data, as licenças serão recebidas pelas fazendas aprovadas e os créditos (BCCUs) estarão disponíveis para transferência aos compradores. Cada quilograma (1kg) de pluma produzido equivale a 1 BCCU. Entre 9 e 22 de agosto de 2024, a plataforma estará fora do ar para preparativos da nova safra, impedindo a realização de transações de BCCUs.

estoque da safra 2022/2023 estará disponível no sistema até 31 de dezembro de 2024.

Os compradores poderão solicitar créditos (BCCUs) tanto da safra corrente (2023/2024) quanto da safra anterior/em estoque (2022/2023). É essencial que, ao comercializar fardos do estoque da safra 2022/2023, o comprador indique corretamente a safra, na plataforma, para manter o saldo adequado no estoque e a fazenda faça a checagem, antes de aprovar a transação.

Ressaltamos que a Autenticação Multi-Fator (MFA) permanece obrigatória. Para inclusão de outro usuário durante ausências do responsável principal, informamos que é necessário a abertura de um chamado no Help Desk, informando nome, função, e-mail e código da fazenda.

O acesso à plataforma permite que as fazendas comprovem o fornecimento de algodão licenciado, registrando informações sobre pedidos de algodão originados, gerenciando a documentação necessária, e registrando informações sobre vendas de pluma aos clientes.

Ainda com dúvidas? Um treinamento online da Better Cotton, em português, será realizado no dia 27 de agosto de 2024, das 15h às 17h (horário de Brasília). Caso ainda não tenha recebido o link, entre em contato com a sua associação estadual

Fonte: Abrapa 06/08/2024

Ácido cítrico aprimora a qualidade de rações para tilápia

Uma pesquisa conduzida por cientistas da Embrapa Meio Ambiente (SP) e da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) revelou resultados promissores no uso do ácido cítrico como aditivo alimentar na dieta da tilápia. O estudo demonstrou que a suplementação com ácido cítrico aumentou a disponibilidade e o aproveitamento de fósforo em mais de 42% e de cálcio em mais de 47%. Além disso, a morfologia intestinal da tilápia foi positivamente afetada pela suplementação, sugerindo uma melhora na saúde gastrointestinal dos peixes.

O ácido cítrico é um ácido orgânico de custo acessível e sabor agradável. Ele tem sido usado como aditivo alimentar para diversas espécies de animais de interesse zootécnico. No entanto, ainda não existem muitas informações disponíveis de seu uso para organismos aquáticos. Por isso, esse estudo se concentrou em avaliar os seus efeitos no crescimento e na saúde da tilápia (Oreochromis niloticus), a espécie de peixe mais produzida no Brasil.

De acordo com o coordenador da pesquisa, o pesquisador da Embrapa Hamilton Hisano, além de contribuir significativamente para a melhoria da disponibilidade de fósforo e cálcio, a adição de ácido cítrico nas rações para tilápias também impactou positivamente a morfologia intestinal desses peixes. “Apesar de a suplementação de ácido cítrico não impactar significativamente o crescimento ou a composição corporal das tilápias, a melhora no aproveitamento de alguns macrominerais, em especial o fósforo, é fundamental para o desenvolvimento de dietas ambientalmente amigáveis (environmental friendly), uma vez que isso proporciona uma menor liberação de fósforo aos ecossistemas aquáticos, que é um dos principais poluidores desses ambientes”, relata Hisano.

Outros benefícios da suplementação com ácido cítrico indicam melhora no estado imunológico dos peixes, fato que pode contribuir para redução do uso de antimicrobianos na produção e favorecer a imagem do produto junto ao mercado consumidor, uma vez que a utilização de tais substâncias na alimentação animal é motivo de preocupação em todo o mundo, devido aos seus riscos à saúde humana, explica Ricardo Borghesi, pesquisador da Gerência-Geral de Parcerias da Embrapa.

Algumas atividades da pesquisa fizeram parte do mestrado em Zootecnia de Israel Cardoso, da UEMS. “Esse estudo pioneiro mostra o potencial desses aditivos alimentares na aquicultura, abrindo caminho para uma produção sustentável e saudável de peixes”, declara Cardoso.

Parte da pesquisa foi financiada pelo projeto BRS Aqua, que procura fortalecer a infraestrutura de pesquisa Embrapa, gerar e transferir tecnologias para o desenvolvimento da aquicultura brasileira com foco primordial na inovação, contribuindo para o incremento da produção e proporcionando aumento da competitividade e sustentabilidade da cadeia nacional do pescado.

Fonte: Embrapa 06/08/2024

Estudo revela desafios e oportunidades na recuperação de pastagens no Sudeste

 -

Um estudo realizado em uma área de pastagem representativa do sudeste do Brasil analisou o impacto da recuperação de pastagens degradadas sobre o balanço de carbono e as emissões de gases de efeito estufa (GEE). O trabalho alerta para os desafios da implementação de programas de créditos de carbono em pastagens, destacando que fatores como mudanças nas práticas agrícolas e eventos climáticos extremos podem comprometer a eficácia e a permanência do sequestro de carbono.

O levantamento cobriu um período de cinco anos, abrangendo desde uma pastagem degradada até sua renovação e restabelecimento, incluindo a fertilização com nitrogênio. A intensificação dos sistemas agropecuários nas regiões tropicais baseia-se na premissa de que o aumento da produtividade das pastagens está associado ao acúmulo de carbono no solo até que novo equilíbrio entre aportes de carbono no solo e a respiração do solo seja atingido. Ademais, pastagens mais produtivas e melhor manejadas permitem reduzir o tempo até o abate e, consequente emissão de gases do efeito estufa (GEE) por kg de peso vivo.

Os resultados indicaram que a assimilação de dióxido de carbono observada na pastagem degradada não compensou o carbono removido pelo pastejo, contribuindo para a continuidade do processo de degradação do solo. “Por outro lado, a pastagem reformada e adubada conseguiu fixar carbono a uma taxa superior à meta estabelecida pela Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil. Contudo, essa taxa não foi suficiente para neutralizar as emissões geradas durante o processo de renovação, quando o solo foi arado e permaneceu sem cobertura”, explica Cabral.

O estudo enfatiza a importância do monitoramento continuo do balanço de dióxido de carbono, principalmente em anos de baixa precipitação, para avaliar o impacto das práticas de manejo sobre as emissões líquidas de GEE, incluindo óxido nitroso e metano. A adoção de práticas adequadas de manejo pode evitar e até reverter a degradação das pastagens, melhorando a capacidade de armazenamento de carbono e contribuindo com os compromissos climáticos do Brasil.

A pesquisa destaca ainda o papel crucial da Política de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) do Governo brasileiro, que visa recuperar milhões de hectares de pastagens degradadas. No entanto, apenas um terço das áreas-alvo foi reabilitado, e a falta de monitoramento formal dificulta a avaliação dos impactos. Para o novo ciclo do Plano ABC+ (2020-2030), o foco será a governança e o uso de critérios científicos para mensuração e relatórios. Os resultados encontram-se na publicação “Eddy covariance fluxes of greenhouse gasses observed in a renewed pasture in the southeast of Brazil”, que pode ser acessada gratuitamente até 15 de setembro,  aqui.

Fonte: Mapa 06/08/2024

Seminário aborda importância do conhecimento sobre Sistemas Agrícolas Tradicionais

Mulher fotorrealista em um jardim orgânico sustentável colhendo produtos

Com objetivo de atualizar e compartilhar conceitos e conhecimentos relacionados à importância dos Sistemas Agrícolas Tradicionais, foi realizado na quinta-feira 8 de agosto de 2024, o seminário público “Sistemas Agrícolas Tradicionais: agrobiodiversidade e conhecimentos estratégicos para a soberania alimentar, a preservação das florestas e o bem viver dos povos”.

Em formato híbrido, permitiu a participação on line e presencial no auditório Caiaué, na sede da Embrapa Amazônia Ocidental. O seminário é uma realização da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria com a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa)

Este seminário objetiva sensibilizar pesquisadores, extensionistas, educadores, formadores de opinião, para a importância da agricultura tradicional como estratégia de manter o bem-viver através desse modo de vida dessas comunidades”, explica a coordenadora do seminário Sistemas Agrícolas Tradicionais, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Elisa Wandelli.

A atividade está vinculada ao projeto “Registro dos Sistemas Agrícolas Tradicionais do Alto Juruá (RSAT Alto Juruá)”,  aprovado em edital da Embrapa. Um dos objetivos principais é registrar práticas tradicionais agrícolas da região do Alto Juruá como sistema importante do patrimônio agrícola mundial.  De acordo com informações do projeto, os Sistemas Agrícolas Tradicionais (SATs)  incluem elementos culturais, históricos, socioeconômicos e ecológicos  e constituem um conjunto de saberes, práticas e técnicas produtivas resilientes e sustentáveis, formando paisagens características e manejadas por povos e comunidades tradicionais.

O trabalho previsto no projeto envolve a realização de pesquisas em campo e oficinas, sobre esse conhecimento tradicional associado à agrobiodiversidade e diversidade cultural, a caracterização dos agroambientes, práticas agrícolas e florestais, conservação da biodiversidade, paisagens culturais manejadas pelas populações tradicionais e povos indígenas, segurança alimentar e outras informações relacionadas ao conhecimento tradicional das populações locais do território do Alto Juruá.

As atividades serão desenvolvidas em cinco municípios acreanos, que compõem a bacia hidrográfica do Alto Juruá (Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves, Porto Walter, Mâncio Lima e Marechal Thaumaturgo), e em dois municípios no Amazonas (Ipixuna e Guajará). Wandelli explica que o projeto será articulado de modo participativo, de modo a fazer com que as comunidades locais sejam as protagonistas da sistematização do seu conhecimento.

O líder do projeto, pesquisador da Embrapa Acre, Amauri Siviero, informa que a expectativa é reunir esse conjunto de informações  para ao final do projeto submeter o pedido de Registro do Sistema Agrícola Tradicional do Alto Juruá ao Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Natural (IPHAN), vinculado ao Ministério da Cultura, e também à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO/ONU). A concessão do registro vai incentivar a geração de políticas públicas para as populações do território.

O projeto tem a liderança da Embrapa Acre e participação de profissionais da Embrapa Amazônia Ocidental (AM), Embrapa Solos (Rio de Janeiro), Embrapa Alimentos e Territórios (Maceió/AL), e da sede em Brasília(DF). Conta também com profissionais do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa),  Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista em Botucatu (FCA/Unesp Botucatu),  Universidade Federal do Acre (Ufac) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre (Ifac), além do apoio da Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (OPIRJ),  Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Associação Ashaninka do Rio Amônia (Apiwtxa),  SOS Amazônia, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio),  Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD) e  a Reserva Extrativista do Alto Juruá (PNDS/Resex Alto Juruá).

Fonte: Embrapa 06/08/2024


Tecnologias para aumentar produtividade e intensificação são chaves para produzir e preservar

Foto grátis paisagem natural com moldura de mão

Produção e preservação: este é o nosso jogo!”. Com esse título provocativo, na primeira semana das Olimpíadas 2024, o chefe-geral da Embrapa Territorial, Gustavo Spadotti, mostrou, na Rio+Agro, como a produção agropecuária brasileira evoluiu desde a década de 1970, conciliando produção e preservação ambiental.

Três caminhos para o crescimento sustentável da produção foram apresentados por ele. Um deles é a expansão da produção agrícola para áreas já abertas e que estão subutilizadas, como as de pastagens degradadas. Por isso, a Embrapa Territorial vem desenvolvendo um estudo para identificação de locais com essas características e potencial para conversão em lavouras ou recuperação. Outras duas possibilidades para crescimento das safras sem desmatamento são o aumento da produtividade e a intensificação da produção. “O ILPF é uma tecnologia que promove a intensificação, de modo que se consegue até duas safras de grãos, mais a criação de bovinos e o componente arbóreo, além de uma “safra de carbono’”, exemplificou.

Para Spadotti, o desafio para atingir esses objetivos está em fazer chegar tecnologias para todos os tipos de produtores existentes no Brasil. “Os produtores, independente de serem pequenos, médios ou grandes, precisam ter soluções à sua disposição que caibam no seu bolso, para que se reduzam as diferenças de produtividade que existem entre os mais e os menos tecnificados”, defendeu.

O Rio+Agro 2024 foi um fórum Internacional de sustentabilidade agroambiental das cadeias produtivas do agronegócio, realizado no Campo Olímpico de Golfe do Rio de Janeiro, entre 29 de julho e 2 de agosto. A Embrapa integrou a comissão científica do evento e apresentou diversas soluções tecnológicas em seu estande. No mesmo painel de que participou Spadotti estava Renato Aragão Rodrigues, da Agoro Carbon Alliance. O debate foi moderado por Talita Priscila Pinto, do Observatório de Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas.

Monitoramento semanal das condições das lavouras

Atualizado em 05 de agosto

Foto grátis planta de algodão macio no prado dourado do pôr do sol gerado por ia

Algodão  – 36,7% colhido. Em MT, a colheita avança de forma intensa com boa produtividade e qualidade das fibras. Na BA, a colheita está em ritmo acelerado, iniciada nas áreas irrigadas e com metade das áreas de sequeiro colhidas. Em MS, o clima favoreceu o processo de colheita. No MA, a colheita das lavouras de primeira e de segunda safras está evoluindo e verifica-se redução na produtividade inicialmente estimada. Em GO, a colheita das lavouras de sequeiro está na fase final e os rendimentos e a qualidade das fibras estão acima das estimativas iniciais. As áreas irrigadas estão em fase de maturação dos capulhos. Em MG, a colheita está progredindo e iniciou as operações nas áreas irrigadas. No PI, a colheita continua em progresso e alcançou 62% da área.

Vista superior de comida deliciosa e saudável
Feijão 2ª safra -Na BA, a colheita foi finalizada nas áreas de lavouras de feijão-caupi. Nas áreas de cultivo de feijão cores irrigado, as lavouras estão em enchimento de grãos e apresentam boas condições fitossanitárias.

 

 

 

 

Feijão em foto de close up para tema de agricultura e comida

Feijão 3ª safra – Em MG, o clima seco tem favorecido a maturação dos grãos e a colheita nas primeiras áreas no Noroeste do estado. As lavouras estão em fase de enchimento de grãos e maturação, em sua maioria, e estão com bom desenvolvimento. Em GO, com o plantio escalonado, as lavouras estão em diversos estágios de desenvolvimento. A colheita avança nas regiões Sul, Leste e Oeste, principalmente na região do Vale do Araguaia. Na BA, a estiagem persiste na maior parte da região Nordeste e impacta o potencial produtivo das lavouras em fase de floração e enchimento de grãos. 

 

 

Foto grátis vista de perto do milho ainda em sua casca

Milho 2ª Safra91,3% colhido. Em MT, a colheita está sendo finalizada, restando apenas alguns talhões no sul do estado. Os rendimentos alcançados estão superiores aos estimados inicialmente. No PR, as chuvas paralisaram a colheita em algumas regiões do estado. Em MS, a colheita está quase concluída e as produtividades estão inferiores às estimadas inicialmente, devido aos problemas climáticos durante o ciclo. Em GO, a colheita está sendo finalizada no sul do estado, enquanto, no Leste, as baixas temperaturas retardam a perda de umidade dos grãos. Em MG, o clima seco favorece a colheita e as produtividades continuam abaixo das estimativas iniciais devido aos problemas climáticos ocorridos a partir de abril. Em TO, a colheita foi finalizada e apresentou produtividades variadas em função da época de plantio. No MA, as lavouras tardias apresentam redução na produtividade em comparação com as áreas semeadas na janela ideal de plantio. No PI, a colheita avança nos últimos talhões, com produtividades abaixo das estimativas iniciais, mas consideradas razoáveis devido às condições climáticas irregulares ocorridas durante o ciclo da cultura. No PA, a colheita foi iniciada no noroeste do estado, no polo de Santarém, e se aproxima do fim no polo de Redenção, na região sudeste.

Campo de trigo dourado

Trigo -99,7% semeado. No RS, as condições climáticas foram favoráveis para o desenvolvimento das lavouras, contribuindo para a emergência nas áreas semeadas mais tarde e para a maior eficiência das adubações de cobertura e de defensivos. No PR, em algumas regiões, as condições climáticas dificultaram as operações de aplicação de defensivos e fertilizantes em cobertura. Por outro lado, as baixas temperaturas, sem a ocorrência de geadas, tem favorecido o desenvolvimento dos cultivos. Em SP, o clima seco favorece as lavouras que estão, majoritariamente, em maturação. Em SC, a semeadura está sendo finalizada no Planalto Serrano e em alguns municípios do Meio-Oeste. As condições climáticas foram favoráveis para o desenvolvimento das lavouras que estão, na sua maioria, na fase de desenvolvimento vegetativo e para os tratos culturais. As temperaturas baixas estão favorecendo o perfilhamento, apresentando bom estande. Na BA, as lavouras apresentam bom desenvolvimento. Em MG, a colheita começa a ganhar ritmo nas lavouras de sequeiro mais adiantadas e apresentam produtividades e qualidade abaixo do esperado. As áreas irrigadas, mesmo com menor percentual colhido, têm resultados melhores que as de sequeiro. Em GO, iniciou-se a colheita de trigo irrigado em algumas áreas pontuais. Em MS, a colheita iniciou e alcançou 4% da área.

Fonte: CONAB – Monitoramento Semanal das Condições das Lavouras. Atualizado em 05 de agosto de 2024


MERCADO

INDICADORES CEPEA

Foto grátis molho de soja e soja no assoalho de madeira molho de soja conceito de nutrição alimentar.

SOJA: OFERTA ELEVADA PRESSIONA COTAÇÕES. As cotações da soja caíram na última semana. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem da oferta elevada na safra 2023/24 da América do Sul e de expectativas de que a temporada 2024/25 seja volumosa no Hemisfério Norte. Diante das baixas, sojicultores brasileiros estiveram reticentes nas negociações de grandes volumes no spot nacional. Esses agentes também estão atentos à forte volatilidade cambial registrada nos últimos dias, o que, por sua vez, pode favorecer as vendas nos próximos meses. Em julho, a média do Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá foi de R$ 138,09/sc de 60 kg, 0,6% inferior à do mês anterior e 9% abaixo da de jul/23, em termos reais (IGP-DI de jun/24). Para o Indicador CEPEA/ESALQ – Paraná, as quedas foram de 0,4% no comparativo mensal e de 5,9% no anual, para R$ 133,07/sc de 60 kg. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis poluição por óleo na água criada com a tecnologia generative ai

ETANOL: VENDAS ULTRAPASSAM 100 MILHÕES DE LITROS, E HIDRATADO VOLTA A SUBIR. O preço do etanol hidratado voltou a subir no mercado paulista na semana passada – a média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 2,6022/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), alta de 1,39% frente à do período anterior. Segundo pesquisadores do Cepea, além de vendedores se manterem firmes, compradores adquiriram maiores volumes do biocombustível, abastecendo-se para a volta das aulas escolares – tradicionalmente, a demanda tende a se aquecer nessa época. Conforme dados do Cepea, entre 29 de julho e 2 de agosto, a quantidade de hidratado negociada em São Paulo ultrapassou os 100 milhões de litros, o segundo maior volume desta temporada 2024/25 – o recorde foi na semana de 12 de abril deste ano. No acumulado do ciclo atual (de 1º de abril a 3 de agosto), o crescimento é de 113,5% sobre o mesmo período de 2023. Conforme pesquisadores do Cepea, a sequência de vendas aquecidas de hidratado na ponta varejista, a valores bastante competitivos frente à gasolina, tem contribuído para os aumentos no segmento produtor. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis bela foto de um campo branco com céu nubladoTRIGO: MÉDIA REAL NO RS É A MAIOR DESDE DEZ/22. Os preços do trigo subiram expressivamente em julho, sobretudo no Rio Grande do Sul, estado que registrou a maior média mensal desde dezembro/22, em termos reais (IGP-DI de jun/24). Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário se deve ao baixo excedente do cereal de boa qualidade e à menor umidade do solo em grande parte do mês. Porém, o movimento de alta foi interrompido na última semana, diante das chuvas nas áreas produtoras do RS. O preço médio do trigo no RS foi de R$ 1.468,41/t em julho, superando em 3,3% o de junho e em 8,3% o de julho/23, também em termos reais. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Bacia De Acucar Imagens – Download Grátis no Freepik

AÇÚCAR: COM BAIXA LIQUIDEZ, PREÇOS TÊM LEVE QUEDA. A liquidez no mercado spot de açúcar cristal branco em São Paulo foi baixa na última semana. Segundo pesquisadores do Cepea, usinas continuam ofertando pouco produto, especialmente o tipo Icumsa 150, que tem sido direcionado em maior quantidade para exportação. A demanda, por sua vez, não apresenta sinais de aquecimento. Muitos compradores afirmam ter estoques suficientes, reduzindo a necessidade de aquisições volumosas, ainda conforme pesquisadores do Cepea. Entre 29 de julho e 2 de agosto, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 132,78/saca de 50 kg, pequena queda de 0,19% frente à do período anterior. Quanto às exportações brasileiras de açúcar, já foram embarcadas 19,946 milhões de toneladas de janeiro a julho deste ano, 40,7% a mais que em igual intervalo de 2023 – dados Secex. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br

Flores de algodão

ALGODÃO: PREÇOS OSCILAM, MAS MANTÊM MOVIMENTO DE RECUPERAÇÃO. Depois de encerrarem julho abaixo dos R$ 4 por libra-peso, os preços do algodão em pluma voltaram a se recuperar neste começo de agosto, embora registrem pequenas oscilações. Segundo pesquisadores do Cepea, a disponibilidade ainda restrita de lotes da temporada 2023/24 e a preferência de agentes em atender a contratos a termo garantem sustentação às cotações. Parte dos vendedores segue firme nos valores pedidos, indicando estar com boa parte da safra comprometida e atentos aos avanços da colheita e do beneficiamento. Os patamares de contratos firmados anteriormente são considerados atrativos sobretudo por conta do fortalecimento do dólar, que também dá suporte às paridades, conforme explicam pesquisadores do Cepea. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis visão da xícara de caféCAFÉ: PODER DE COMPRA FRENTE A ADUBO MELHORA NESTE FINAL DE SAFRA. Os preços do café seguem em elevados patamares no Brasil, mesmo diante da colheita muito perto do fim e da entrada de grãos da safra 2024/25 no mercado. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário tem favorecido o poder de compra de cafeicultores frente aos adubos. Em julho, produtores do Espírito Santo conseguiram comprar uma tonelada de ureia com a venda de 2,05 sacas de robusta do tipo 6, contra 4,45 sacas no mesmo mês do ano passado. No caso do arábica, foram necessárias 2,1 sacas do café do tipo 6 para a compra de uma tonelada de ureia na região do Cerrado Mineiro, abaixo das 3 sacas em igual período de 2023. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis detalhes de papel de parede de arroz em casca e arroz brancoARROZ : COTAÇÕES SOBEM PELO 4º MÊS. Em julho, os preços do arroz em casca subiram pelo quarto mês consecutivo, mantendo o movimento de recuperação e amenizando a queda anual acumulada para 7,3%, em termos nominais. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio sobretudo do maior interesse comprador de tradings com destino à exportação, combinado à elevação do dólar. A disputa pelo produto também favoreceu ajustes nos valores de ofertas de compra para atrair vendedores, principalmente para o arroz depositado, conforme explicam pesquisadores do Cepea. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Composição nutritiva de raízes de mandioca fatiadas

MANDIOCA: COTAÇÃO MÉDIA SOBE 10% EM JULHO. Com forte alta de 10,6% em relação a junho, o preço médio da mandioca subiu pelo segundo mês consecutivo em julho, com a tonelada posta fecularia a R$ 478,92, na média das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores deste Centro, o suporte continua vindo da oferta abaixo das expectativas para o período. Na última semana, boa parte dos produtores seguiu priorizando o plantio, enquanto outros continuaram postergando a comercialização de raízes mais novas por conta da menor rentabilidade, ainda conforme levantamentos do Cepea. Além desses fatores, chuvas localizadas no início da semana limitaram o avanço da colheita em algumas áreas. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Refeição

MILHO: RETRAÇÃO PRODUTORA SUSTENTA PREÇOS.Levantamento do Cepea mostra que os preços do milho continuam subindo no mercado brasileiro, apesar da queda internacional e da demanda externa ainda abaixo da verificada no ano anterior. Segundo pesquisadores do Cepea, as recentes recuperações têm sido influenciadas pela retração de vendedores, atentos à valorização do dólar frente ao Real, cenário que aumenta a paridade de exportação e pode elevar o interesse de negócios nos portos. Do lado comprador, pesquisas do Cepea indicam que consumidores domésticos com necessidade de reposição do milho acabam se deparando com valores de venda mais elevados. No entanto, parte deles ainda têm estoques e/ou entregas programadas do cereal a cotações menores, visto que esses lotes foram negociados nas semanas anteriores. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis imagem de frango gerada por aiFRANGO: PREÇOS MÉDIOS DA CARNE DIFEREM ENTRE REGIÕES EM JULHO.  Os preços médios da carne de frango apresentaram movimentos distintos dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea em julho. Segundo pesquisadores deste Centro, enquanto o típico aumento da demanda no início do mês (recebimento de salários) e a oferta limitada sustentaram as médias mensais em algumas praças, em outras, a queda na procura, devido ao período de férias escolares, e a consequente baixa liquidez pressionaram as cotações. No mercado de pintainho de corte, levantamento do Cepea mostra que a forte demanda externa somada à menor disponibilidade de animais garantiram alta nos preços de comercialização. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis pacote de ovos de vista superior na parte superior da cozinha

OVOS: PODER DE COMPRA DIMINUI EM JULHO. Os preços dos ovos comerciais caíram fortemente em julho, reflexo da oferta maior que a demanda no mercado interno, conforme apontam levantamentos do Cepea. Como os valores dos insumos utilizados na atividade (milho e farelo de soja) recuaram de forma menos intensa, o poder de compra do avicultor de postura paulista diminuiu no último mês, ainda segundo pesquisas do Cepea. Em média, o produtor da região de Bastos (SP) conseguiu adquirir, em julho, 139,9 quilos de milho ou 62,72 quilos de farelo de soja com a venda de uma caixa com 30 dúzias de ovos tipo extra, branco, quantidades 7,1% e 5,3%, respectivamente, menores que as de junho. No caso dos ovos vermelhos, foi possível ao avicultor paulista a compra de 166,23 quilos do cereal ou 74,52 quilos do derivado da oleaginosa com a venda de uma caixa do produto, volumes 8% e 6,2% abaixo dos observados no mês anterior. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Frutos mal-humorados ainda vida

CITROS: LARANJA IN NATURA TEM NOVA ALTA DE PREÇO; TAHITI TAMBÉM SOBE. Os preços da laranja in natura seguem em alta. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso continua vindo da baixa oferta atrelada à concorrência elevada com o segmento industrial. Na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a média da laranja pera na árvore foi de R$ 94,04/caixa de 40,8 kg, avanço de 1,75% em relação ao período anterior. Para a lima ácida tahiti, pesquisas do Cepea apontam que o início de mês favoreceu a demanda pela fruta, elevando as cotações. De segunda a quinta, a tahiti foi negociada a R$ 24,26/cx de 27 kg, colhida, aumento de 7,17%. Porém, ainda há relatos de baixa oferta de frutas de qualidade (a maioria está com casca lisa e clara), conforme agentes consultados pelo Cepea. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Vista em estilo cinematográfico de uvas vermelhas na vinha

UVA: SEM SEMENTE SEGUE POSITIVA: Os preços da uva negra sem semente fecharam julho 7,4% maiores que os do mês anterior no Vale do São Francisco (PE/BA). Na média, a variedade foi vendida a R$ 6,52/kg, 62% acima do custo de produção estimado junto a colaboradores do Hortifrúti/Cepea, mantendo a rentabilidade positiva. Em 2024, todos os meses do ano foram de cotações superiores aos gastos, mas, neste início de agosto, os valores caíram e, para alguns colaboradores, irão se aproximar dos custos unitários de produção – já foram relatadas vendas abaixo de R$ 5,00/kg. Segundo pesquisadores do Hortifrúti/Cepea, a desvalorização deve-se ao aumento da oferta, havendo, inclusive, sobras nos estoques. Fonte: Hortifrúti/Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)


Agroclima

PREVISÃO PARA AGOSTO

 Confira a previsão por Regiões

O mês de agosto será marcado por condições climáticas típicas desta época do ano, com algumas variações regionais significativas.

Calor e tempo seco

Na maior parte do Brasil, o tempo seco continuará a predominar, mantendo as características já observadas nos últimos meses. As temperaturas seguirão uma tendência de elevação, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Norte, onde a atuação de massas de ar quente será mais intensa. A umidade relativa do ar cairá, aumentando o risco de queimadas nessas áreas. No interior do Nordeste, a seca também será um fator preocupante, com a vegetação e os solos ficando cada vez mais secos.

Chuva

A chuva no Brasil apresentará uma distribuição irregular ao longo de agosto: Centro-Oeste e Norte: As chuvas ficarão abaixo da normalidade, impulsionadas pelas massas de ar seco atuantes. Sudeste: As chuvas devem se manter dentro da média histórica, que já é baixa para agosto. Sul do Brasil: Na faixa leste do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, a passagem de frentes frias contribuirá para precipitações significativas, ficando um pouco acima da média ao longo do mês.

Litoral do Nordeste: A tendência é de chuvas um pouco acima da média será presente, devido à forte circulação de ar do mar para o continente e às temperaturas elevadas no Oceano Atlântico, especialmente entre Sergipe e Rio especialmente entre Sergipe e Rio Grande do Norte.

Figura 1- Precipitação para agosto no Brasil. Fonte: <a href='https://www.climatempo.com.br/' >Climatempo</a>

Temperatura

As temperaturas em agosto apresentarão variações regionais: Centro-Oeste e Norte: Espera-se temperaturas acima da média devido à atuação de massas de ar quente principalmente a partir da segunda quinzena. Sudeste, Norte e Nordeste: A tendência é de temperaturas um pouco acima da média na maior parte das regiões, também influências por algumas massas de ar quente.

Sul e Litoral do Sudeste: As temperaturas devem ficar dentro ou ligeiramente abaixo da média devido à passagem frequente de frentes frias marítimas, que trazem massas de ar mais geladas para essas regiões. Destaque especial para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde a queda das temperaturas deve ser mais acentuada em relação aos outros estados, pois as massas de ar mais geladas conseguem ter mais força sobre esses estados nesta época do ano.

 

Figura 1- Temperaturas para agosto no Brasil. Fonte: Climatempo

Fonte: Climatempo 31/07/2024


Ainda sobre o Clima: Situação da Qualidade do Ar no Norte e Centro-Oeste do Brasil

A análise recente da qualidade do ar em várias cidades dessas regiões revela níveis alarmantes de material particulado fino (MP2,5), muito acima das diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso coloca a saúde pública em estado de emergência.

Dados de Medições Críticas:

Humaitá, Amazonas: 263.1 µg/m³ (17.5 vezes acima do limite de 24 horas da OMS).
Porto Velho, Rondônia: 82.6 µg/m³ (5.5 vezes acima do limite de 24 horas da OMS).
Cacoal, Rondônia: 35.8 µg/m³ (2.4 vezes acima do limite de 24 horas da OMS).
Santo Antônio do Leverger, Cuiabá, Mato Grosso: 37.6 µg/m³ (2.5 vezes acima do limite de 24 horas da OMS).
Impactos na Saúde:

O MP2,5 penetra profundamente nos pulmões e pode entrar na corrente sanguínea, causando doenças respiratórias, cardiovasculares, câncer de pulmão e impactos no desenvolvimento infantil.
Medidas Urgentes Necessárias:

  • Redução das emissões veiculares.
  • Controle rigoroso de queimadas.
  • Monitoramento contínuo da qualidade do ar.
  • Informação e conscientização pública sobre os riscos.
  • Uso de medidas de proteção, como evitar atividades ao ar livre durante picos de poluição e uso de máscaras adequadas.
  • Essas ações são cruciais para mitigar os graves impactos à saúde causados pelos altos níveis de MP2,5 nessas regiões do BrasilFigura 1- Qualidade do ar ruim em amplas áreas do Brasill nesta quarta-feira: Fonte: IQAirFonte: Climatempo 06/08/2024

EVENTOS E CURSOS AGRO

Confira aqui e aproveite a oportunidade!

DATA DE INÍCIO: 28 de agosto de 2024 08:00
DATA DE TÉRMINO: 29 de agosto de 2024 18:00
CATEGORIA: Seminário – Mais informações e INSCRIÇÕES: Seminário brasileiro 31/07/2024


DATA DE INÍCIO: 26 de agosto de 2024 20:00
DATA FINAL: 30 de agosto de 2024 22:00

Categoria: Live, palestra
Evento on-line

Inscrições: R$19,90 – 1° Lote / 29,90 – 2° Lote / 3° Lote – 39,90


DATA DE INÍCIO: 14 de agosto de 2024 09:30
DATA FINAL: 15 de agosto de 2024 18:00

Categoria: Feira agro
ENDEREÇO: Centro de Convenções Goiânia – R. 4, 1400 – St. Central, Goiânia – GO, 74025-020

Inscrições:  Profissionais – 480,00 / Estudante – 360,00Evento presencial

Mais informações e inscrições: Embrapa 06/08/2024

 -
DATA DE INÍCIO: 10 de Setembro de 2024
DATA DE TÉRMINO: 13 de setembro de 2024
CATEGORIA: Congresso
Mais informações e inscrições: Embrapa 03/07/2024
espiga de trigo close-up no campo
Cursos de Capacitação e Qualificação de Classificadores em Classificação – Habilitação/Atualização em Milho e Trigo
 DATA DE INÍCIO: 19 de agosto de 2024 
DATA FINAL: 23 de agosto de 2024

Inscrições: Contato: Ivonete Teixeira Rasera.  / E-mail: [email protected] / Fone: (41) 99925-9214 / ENDEREÇO: Curitiba/PR

Categoria: Cursos
TELEFONE: 38 99893-4837
Evento presencial e on-line
Divulgação -
DATA DE INÍCIO: 26 de agosto de 2024
DATA FINAL: 30 de agosto de 2024
CATEGORIA: Congresso
Mais informações e inscrições: Agroagenda 31/07/2024
Evento presencial
DATA DE INÍCIO: 26 de agosto de 2024 – 20:00
DATA FINAL: 30 de agosto de 2024 – 22:00
CATEGORIA: Lives, Palestra
Mais informações e inscrições: Agroagenda 06/08/2024

Preço: 1° Lote 19,90 / 2° Lote 29,90 / 3° Lote 39,90

Evento on-line e gratuito 
                         
DATA DE INÍCIO:  10 de agosto de 2024 08:00
DATA DE TÉRMINO: 17 de agosto de 2024 18:00
CATEGORIA: Feira Agro
Endereço – Parque de Exposições Agropecuária de Itumbiara – GO
Mais informações e inscrições: Agroagenda 30/07/2024
Evento on-line e gratuito
Endereço: Parque de Exposições Agropecuaria de Itumbiara – Itumbiara – GO

Se inscreva na nossa Newsletter gratuita

Espaço para parceiros do Agro aqui

Tags: acesso à terra, algodoeiro, Amazônia, assentamentos rurais, boletim metereológico, Citros, clima, cultivar-de-trigo, Cursos e eventos agro, Exportação, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, lagarta-do-cartucho, manejo do fogo, monitoramento de lavouras, pastagem, Plano floresta+ sustentável, Plano safra, plataforma Better, Previsão de chuva, seguro rural, sistema-integrado, sistemas agrícolas tradicionais, soluções sustentáveis

Posts Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preencha esse campo
Preencha esse campo
Digite um endereço de e-mail válido.
Você precisa concordar com os termos para prosseguir

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

setembro 2024
D S T Q Q S S
1234567
891011121314
15161718192021
22232425262728
2930  
LinkedIn
YouTube
Instagram