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Estudo valida estratégias de controle da lagarta-do-cartucho em sistemas integrados
Foto: Simone Mendes
Pesquisa da Embrapa Milho e Sorgo (MG) aponta práticas de manejo da lagarta-do-cartucho do milho (Spodoptera frugiperda) adaptadas aos sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). São orientações construídas com base no novo cenário de exploração agropecuária do milho, que envolve plantios consorciados com a braquiária. As técnicas são recomendadas para a formação de pastagem e de palhada no sistema plantio direto e integram as prerrogativas desses modelos, que aliam produtividade e sustentabilidade.
A lagarta-do-cartucho é uma das pragas mais preocupantes nos sistemas integrados de produção, e o seu manejo deve levar em consideração práticas de controle eficazes, uma vez que o inseto se alimenta de várias espécies de plantas. Outro problema é que a S. frugiperda apresenta rápida adaptação às principais estratégias de manejo vigentes, que são o uso de plantas Bt (que contêm genes da bactéria Bacillus thuringiensis) e o controle químico.
A pesquisa alerta os produtores para o fato de que precisam ser mais cuidadosos em relação ao plantio da braquiária com o milho, uma vez que essa gramínea é um dos principais hospedeiros da lagarta-do-cartucho. O objetivo é auxiliá-los na compreensão do comportamento da S. frugiperda e oferecer opções para manejá-la dentro de sistemas integrados de produção. “Entender as etapas de monitoramento e observar os momentos de tomada de decisão para o controle, ou não, é a base para o Manejo Integrado de Pragas (MIP)”, aponta Oliveira.
Foi constatado que há interferência da braquiária no sistema, favorecendo o aumento da população da lagarta, mas que também existem adaptações nas estratégias de manejo que podem minimizar esse problema. “A chave é entender o posicionamento dessas estratégias e dos níveis da tomada de decisão”, complementa o pesquisador.
Os experimentos foram realizados em ambientes adaptados para reproduzir as condições de lavouras comerciais, com a adoção de parcelas de grandes dimensões para melhor expressão do efeito de diferentes condições e tratamentos. “Ficou evidente que, nas condições em que esse trabalho foi realizado, os parâmetros para tomada de decisão sobre o controle de S. frugiperda no cultivo do milho em sistemas ILP e ILPF têm características diferentes do monocultivo, pois as injúrias causadas nas partes aéreas das plantas de milho mostraram ser influenciadas pela presença da braquiária”, destaca Oliveira.
Os experimentos evidenciaram um possível aumento de lagartas por unidade de área e uma maior pressão da praga sobre as plantas de milho, inclusive com a ocorrência de nota de dano 1, típica de lagartas menores.
A tomada de decisão para controle fica mais assertiva com amostragens contínuas e utilização de armadilhas à base de feromônios, por causa da dificuldade de amostragem visual em plantas de braquiária. “O uso da estratégia MIP para controle da lagarta em sistemas integrados reduz a necessidade de aplicações de inseticidas químicos de quatro para três, por safra agrícola do milho”, conclui Oliveira.
Fonte: Embrapa 06/08/2024
Projeto sustentável para fortalecimento de assentamentos rurais em Mato Grosso
Fonte: OficialNews 06 ago. 2024
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), lançou na segunda-feira (5/08), em Mato Grosso, projeto com foco no fortalecimento estrutural de assentamentos rurais e na sustentabilidade da agricultura familiar do estado.
O objeto é fomentar a produção agropecuária em Mato Grosso, buscando maior rentabilidade e garantindo a conservação ambiental. A ideia é mecanizar o processo de produção agrícola, visando redução do trabalho manual e elevando a qualidade dos produtos.
A iniciativa tem quatro metas: o fortalecimento das cadeias produtivas; capacitação; assistência técnica; e gestão e monitoramento. Com isso, o Projeto vai estimular a produção agropecuária de mais de 4.300 agricultores familiares.
Os municípios contemplados pela iniciativa no estado são Cláudia, Mirassol d’Oeste, Tangará da Serra, Juscimeira, Várzea Grande, Acorizal, Campo Verde, Nova Olimpia, Nortelandia, Sorriso, Poconé, Rondonópolis, Pedra Preta, São José dos Quatro Marcos, Poxoréu, São José do Povo e Vila Bela da Sitíssima Trindade.
MULHERES EMANCIPADAS
Com o apoio da ONG Lírios, o projeto também visa estimular o desenvolvimento das mulheres rurais e suas famílias, com incentivo no planejamento e gestão agrícola, por meio do projeto “Elas e agricultura: empreendedorismo feminino no campo”.
Ainda, será ofertado ações de capacitação, divulgação, intercooperação e organização produtiva entre as participantes, além de promover equidade de gênero e a igualdade de oportunidades no campo. Isso por meio de oficinas temáticas, com foco no fortalecimento pessoal, econômico, social e de cidadania das mulheres do campo.
Ao todo, espera-se que mais de 1500 pessoas sejam atendidas. De forma direta, o projeto pretende atender mulheres das comunidades e dos assentamentos rurais, além disso, comunidades e contemplados no Programa Estratégico de Fortalecimento Estrutural de Assentamentos Rurais e Sustentabilidade da Agricultura Familiar em Mato Grosso, indiretamente.
Fonte: Mapa 06/08/2024
Plano Clima Participativo discute combate à mudança do clima em Teresina (PI)
Plenária teve como foco a Caatinga
O governo federal realizou na sexta-feira (2/8) em Teresina (PI) a terceira das oito plenárias presenciais do Plano Clima Participativo. As reuniões percorrerão os biomas para debater a construção do novo Plano Clima, que guiará a política climática do país até 2035.
Cidadãs e cidadãos podem enviar suas propostas para o plano pela plataforma Brasil Participativo até 26 de agosto. É possível enviar no máximo três contribuições, divididas em 18 eixos, e votar em até outras 10.
“O Plano Clima é para que a gente pare de aquecer o planeta, é para que a gente faça uma mudança para um modelo que seja sustentável do ponto de vista social, que combata a desigualdade. Um modelo que seja sustentável do ponto de vista econômico, que produza prosperidade com distribuição correta da renda”, disse a ministra Marina Silva.
As plenárias do Plano Clima Participativo buscam incentivar a participação da sociedade, tirar dúvidas sobre o processo e informar sobre as etapas da elaboração da nova política climática do país. As propostas mais votadas serão consideradas na elaboração do Plano Clima.
Representantes da sociedade civil apresentaram propostas para o plano, que terá sua primeira versão apresentada pelo presidente na COP29, conferência do clima da ONU que será realizada em novembro em Baku, no Azerbaijão.
Fonte: MAPA 06/08/2024
Lei sobre o manejo do fogo tem contribuição da Embrapa
A Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo (Lei nº 14.944), que reforça a governança e implementa o manejo integrado do fogo como forma de reduzir incêndios florestais, proteger e conservar a biodiversidade, também estimula a criação, a capacitação e o fortalecimento de brigadas voluntárias e privadas e institui o Sistema Nacional de Informações sobre o Fogo (Sisfogo), como ferramenta de gerenciamento das informações sobre incêndios florestais, queimas controladas e prescritas no País.
A Embrapa Pantanal participou da assinatura da lei, em Corumbá (MS), com a presença do presidente da República, da ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, do ministro Carlos Fávaro, da Agricultura e Pecuária, e de outros três ministros, do governador Eduardo Riedel e do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.
As principais alterações propostas pela Embrapa foram as inclusões de critérios técnicos para queimas prescritas, para a proteção dos serviços ecossistêmicos e a promoção de ações para o enfrentamento das mudanças climáticas, bem como orientações para a implementação de ações de educação ambiental sobre os impactos decorrentes do uso indiscriminado do fogo. Pela nova política será instituído o Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo como instância interinstitucional de caráter consultivo e deliberativo, no qual a Embrapa deverá ter assento e contribuir diretamente com a implementação da nova lei.
Especificamente, a Embrapa Pantanal elaborou uma nota técnica que abordou a presença do fogo em ecossistemas de savanas e campestres em geral. Catia era chefe de Pesquisa e Desenvolvimento na época e participou das audiências públicas e do grupo interministerial coordenado pela Casa Civil que trabalhou na política. “A nota técnica da Embrapa Pantanal foi o posicionamento adotado pelo Mapa na política”, explicou a especialista. Ela explicou que em biomas predominantemente florestais, como Amazônia e Mata Atlântica, e também no bioma Caatinga, o fogo é indesejado e o combate da sua presença é fundamental.
“O fogo é prejudicial em ambientes florestais, mas tem um papel ecológico importante em fitofisionomias savânicas e campestres, como no Cerrado, no Pantanal, e em algumas fisionomias no Pampa. Na freqüência e intensidades corretas, ele atua como um fator de manutenção das fisionomias campestres, porque sua completa ausência acaba transformando a vegetação em ambientes mais fechados e as espécies de animais e vegetais que necessitam de um ambiente mais aberto ficam prejudicados. Isso também acaba reduzindo as áreas para a produção pecuária extensiva, que é praticada em áreas de campos naturais, principalmente nos biomas Pantanal e Pampa. Suprimir o uso do fogo no meio rural é bom em determinadas situações, mas em outras pode ser prejudicial”, detalhou a pesquisadora.
Ela explicou que em biomas predominantemente florestais, como Amazônia e Mata Atlântica, e também no bioma Caatinga, o fogo é indesejado e o combate da sua presença é fundamental. “Assim como nos ambientes florestais dos demais biomas, onde não há resiliência para sua presença, o que gera um grande impacto negativo em termos ambientais e na emissão de gases de efeito estufa. Porém, em ambientes savânicos e campestres há espécies completamente adaptadas. Desse modo, seu uso correto pode ser permitido como instrumento de redução de biomassa combustível para evitar incêndios catastróficos. Por isso, a política reconhece o papel do uso do fogo pelas comunidades tradicionais e populações indígenas, além do uso tradicional e racional do fogo pela pecuária pantaneira. Então, essa nova política acrescenta muito nesse sentido”, finaliza, lembrando que o regramento e os parâmetros que a política estabelece devem ser respeitados e utilizados.
Fonte: Embrapa 06/08/2024
Nova cultivar de trigo apresenta alto potencial produtivo
Foto: Helton Azevedo
Lançada no início deste mês, uma nova cultivar de trigo se destacou nos testes de campo realizados nas últimas três safras. Desenvolvida em parceria entre a Embrapa e a Fundação Meridional, a nova BRS Coleiro apresentou adaptação às diversas condições de cultivo, boa qualidade industrial e ganhos na produtividade de grãos. “Esperamos fomentar o cultivo e a comercialização dessa cultivar para os diferentes sistemas de produção de inverno nas regiões recomendadas”, explica Manoel Carlos Bassoi, pesquisador da Embrapa Soja (PR), ao informar que o material é indicado para os estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina.
Produtividade elevada também em São Paulo e Santa Catarina
A nova cultivar possui porte médio, ampla adaptabilidade e estabilidade de rendimento de grãos no Paraná, Santa Catarina e São Paulo. O ciclo médio para espigamento (64 dias) e ciclo precoce para maturação fisiológica (111 dias) são características que atraem os produtores, por proporcionar melhor disponibilidade de janela de semeadura e planejamento para a safra de soja.
Bassoi explica que a BRS Coleiro apresenta grão extra duro e qualidade tecnológica da classe melhorador, com alta força de glúten e farinha de boa estabilidade. Isso indica que os grãos podem ser usados na produção de massas, na fabricação de pão industrial, do tradicional “pão francês” e, também, em misturas com farinhas fracas. “Outro destaque desse lançamento é a sanidade da planta, que apresenta boa tolerância ao acamamento e ao crestamento, sendo resistente ao oídio e moderadamente resistente à giberela e às manchas foliares”, afirma Bassoi.
Em 2024, a Fundação Meridional completará 25 anos de parceria com a Embrapa Soja. “Não poderíamos comemorar de forma melhor do que lançar uma cultivar de trigo simplesmente excelente”, destaca Henrique Menarim, diretor-presidente da Fundação Meridional. “O seu elevado potencial produtivo, associado à ótima qualidade industrial, revela o BRS Coleiro como um novo patamar no melhoramento genético. Temos grandes expectativas em relação ao crescimento de participação de mercado, nas próximas safras”, completa o executivo.
Fonte: Embrapa 06/08/2024
Com sustentabilidade e tecnologia, Brasil pode se manter como líder no fornecimento de algodão para o mundo
Em Mato Grosso, estado com maior produção de pluma, Encontro Técnico apresenta desafios e perspectivas para o setor algodoeiro.
O Brasil alcançou um marco histórico no setor algodoeiro, em 2024. Pela primeira vez, se tornou o maior exportador mundial de algodão, superando a tradição do mercado norte-americano. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), na safra 2023/24 o país deve colher cerca de 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) e as exportações alcançarão cerca de 2,6 milhões de toneladas.
Nessa trajetória de sucesso, a Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) vem buscando novas pesquisas, ajudando e aprimorando nas tomadas de decisões com um time de profissionais capacitados para auxiliar nas orientações de manejo, que visam um cultivo mais sustentável, atuando sempre na busca pela inovação e soluções tecnológicas para auxiliar no controle das principais pragas e doenças do algodão durante a safra.
A liderança da fibra brasileira na exportação foi pauta do painel “Desafios, oportunidades e futuro da cotonicultura brasileira” que abriu o XVI Encontro Técnico do Algodão, promovido pela Fundação MT. A colheita começa a acelerar no Brasil, mas cerca de 60% da produção já foi comercializada.
Cenário atual, novas tecnologias, inovação, sustentabilidade e rastreabilidade do algodão também foram debatidos no painel. O economista e sociólogo Marcos Troyjo pontuou que os patamares da exportação brasileira devem continuar ainda bastante elevados.
“O Brasil ter se tornado o maior exportador mundial de algodão é razão de muito orgulho. O ESG chega como um novo desafio, ou seja, os temas ambientais, sociais e de governança. Toda essa agenda ecológica, vai continuar no centro do palco e cada vez mais vai ganhar relevância. E isso é ponto positivo, como por exemplo, o aumento na demanda de treinamento da força de trabalho, de aprimoramento de capital humano, que irá suprir a ausência de mão de obra nas produções”, destacou.
Para o cotonicultor Samuel Locks, entre os desafios da produção, a falta de mão de obra qualificada é um dos grandes entraves na propriedade. Ele também comentou como vê o futuro da produção do algodão no Brasil.
Fonte: ABRAPA 06/08/2024
COMUNICADO | Regras e prazos de operação na plataforma Better Cotton – safra 2023/2024
Em 23 de agosto de 2024, terá início a nova safra (2023/2024) na plataforma da Better Cotton (BC), responsável pela rastreabilidade da cadeia produtiva do algodão licenciado. A partir desta data, as licenças serão recebidas pelas fazendas aprovadas e os créditos (BCCUs) estarão disponíveis para transferência aos compradores. Cada quilograma (1kg) de pluma produzido equivale a 1 BCCU. Entre 9 e 22 de agosto de 2024, a plataforma estará fora do ar para preparativos da nova safra, impedindo a realização de transações de BCCUs.
O estoque da safra 2022/2023 estará disponível no sistema até 31 de dezembro de 2024.
Os compradores poderão solicitar créditos (BCCUs) tanto da safra corrente (2023/2024) quanto da safra anterior/em estoque (2022/2023). É essencial que, ao comercializar fardos do estoque da safra 2022/2023, o comprador indique corretamente a safra, na plataforma, para manter o saldo adequado no estoque e a fazenda faça a checagem, antes de aprovar a transação.
Ressaltamos que a Autenticação Multi-Fator (MFA) permanece obrigatória. Para inclusão de outro usuário durante ausências do responsável principal, informamos que é necessário a abertura de um chamado no Help Desk, informando nome, função, e-mail e código da fazenda.
O acesso à plataforma permite que as fazendas comprovem o fornecimento de algodão licenciado, registrando informações sobre pedidos de algodão originados, gerenciando a documentação necessária, e registrando informações sobre vendas de pluma aos clientes.
Ainda com dúvidas? Um treinamento online da Better Cotton, em português, será realizado no dia 27 de agosto de 2024, das 15h às 17h (horário de Brasília). Caso ainda não tenha recebido o link, entre em contato com a sua associação estadual
Fonte: Abrapa 06/08/2024
Seminário aborda importância do conhecimento sobre Sistemas Agrícolas Tradicionais
Com objetivo de atualizar e compartilhar conceitos e conhecimentos relacionados à importância dos Sistemas Agrícolas Tradicionais, foi realizado na quinta-feira 8 de agosto de 2024, o seminário público “Sistemas Agrícolas Tradicionais: agrobiodiversidade e conhecimentos estratégicos para a soberania alimentar, a preservação das florestas e o bem viver dos povos”.
Em formato híbrido, permitiu a participação on line e presencial no auditório Caiaué, na sede da Embrapa Amazônia Ocidental. O seminário é uma realização da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria com a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa)
“Este seminário objetiva sensibilizar pesquisadores, extensionistas, educadores, formadores de opinião, para a importância da agricultura tradicional como estratégia de manter o bem-viver através desse modo de vida dessas comunidades”, explica a coordenadora do seminário Sistemas Agrícolas Tradicionais, pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, Elisa Wandelli.
A atividade está vinculada ao projeto “Registro dos Sistemas Agrícolas Tradicionais do Alto Juruá (RSAT Alto Juruá)”, aprovado em edital da Embrapa. Um dos objetivos principais é registrar práticas tradicionais agrícolas da região do Alto Juruá como sistema importante do patrimônio agrícola mundial. De acordo com informações do projeto, os Sistemas Agrícolas Tradicionais (SATs) incluem elementos culturais, históricos, socioeconômicos e ecológicos e constituem um conjunto de saberes, práticas e técnicas produtivas resilientes e sustentáveis, formando paisagens características e manejadas por povos e comunidades tradicionais.
O trabalho previsto no projeto envolve a realização de pesquisas em campo e oficinas, sobre esse conhecimento tradicional associado à agrobiodiversidade e diversidade cultural, a caracterização dos agroambientes, práticas agrícolas e florestais, conservação da biodiversidade, paisagens culturais manejadas pelas populações tradicionais e povos indígenas, segurança alimentar e outras informações relacionadas ao conhecimento tradicional das populações locais do território do Alto Juruá.
As atividades serão desenvolvidas em cinco municípios acreanos, que compõem a bacia hidrográfica do Alto Juruá (Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves, Porto Walter, Mâncio Lima e Marechal Thaumaturgo), e em dois municípios no Amazonas (Ipixuna e Guajará). Wandelli explica que o projeto será articulado de modo participativo, de modo a fazer com que as comunidades locais sejam as protagonistas da sistematização do seu conhecimento.
O líder do projeto, pesquisador da Embrapa Acre, Amauri Siviero, informa que a expectativa é reunir esse conjunto de informações para ao final do projeto submeter o pedido de Registro do Sistema Agrícola Tradicional do Alto Juruá ao Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Natural (IPHAN), vinculado ao Ministério da Cultura, e também à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO/ONU). A concessão do registro vai incentivar a geração de políticas públicas para as populações do território.
O projeto tem a liderança da Embrapa Acre e participação de profissionais da Embrapa Amazônia Ocidental (AM), Embrapa Solos (Rio de Janeiro), Embrapa Alimentos e Territórios (Maceió/AL), e da sede em Brasília(DF). Conta também com profissionais do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista em Botucatu (FCA/Unesp Botucatu), Universidade Federal do Acre (Ufac) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre (Ifac), além do apoio da Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (OPIRJ), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Associação Ashaninka do Rio Amônia (Apiwtxa), SOS Amazônia, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD) e a Reserva Extrativista do Alto Juruá (PNDS/Resex Alto Juruá).
Fonte: Embrapa 06/08/2024
Tecnologias para aumentar produtividade e intensificação são chaves para produzir e preservar
“Produção e preservação: este é o nosso jogo!”. Com esse título provocativo, na primeira semana das Olimpíadas 2024, o chefe-geral da Embrapa Territorial, Gustavo Spadotti, mostrou, na Rio+Agro, como a produção agropecuária brasileira evoluiu desde a década de 1970, conciliando produção e preservação ambiental.
Três caminhos para o crescimento sustentável da produção foram apresentados por ele. Um deles é a expansão da produção agrícola para áreas já abertas e que estão subutilizadas, como as de pastagens degradadas. Por isso, a Embrapa Territorial vem desenvolvendo um estudo para identificação de locais com essas características e potencial para conversão em lavouras ou recuperação. Outras duas possibilidades para crescimento das safras sem desmatamento são o aumento da produtividade e a intensificação da produção. “O ILPF é uma tecnologia que promove a intensificação, de modo que se consegue até duas safras de grãos, mais a criação de bovinos e o componente arbóreo, além de uma “safra de carbono’”, exemplificou.
Para Spadotti, o desafio para atingir esses objetivos está em fazer chegar tecnologias para todos os tipos de produtores existentes no Brasil. “Os produtores, independente de serem pequenos, médios ou grandes, precisam ter soluções à sua disposição que caibam no seu bolso, para que se reduzam as diferenças de produtividade que existem entre os mais e os menos tecnificados”, defendeu.
O Rio+Agro 2024 foi um fórum Internacional de sustentabilidade agroambiental das cadeias produtivas do agronegócio, realizado no Campo Olímpico de Golfe do Rio de Janeiro, entre 29 de julho e 2 de agosto. A Embrapa integrou a comissão científica do evento e apresentou diversas soluções tecnológicas em seu estande. No mesmo painel de que participou Spadotti estava Renato Aragão Rodrigues, da Agoro Carbon Alliance. O debate foi moderado por Talita Priscila Pinto, do Observatório de Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas.
Fonte: Embrapa 06/08/2024
Monitoramento semanal das condições das lavouras
Atualizado em 05 de agosto
Algodão – 36,7% colhido. Em MT, a colheita avança de forma intensa com boa produtividade e qualidade das fibras. Na BA, a colheita está em ritmo acelerado, iniciada nas áreas irrigadas e com metade das áreas de sequeiro colhidas. Em MS, o clima favoreceu o processo de colheita. No MA, a colheita das lavouras de primeira e de segunda safras está evoluindo e verifica-se redução na produtividade inicialmente estimada. Em GO, a colheita das lavouras de sequeiro está na fase final e os rendimentos e a qualidade das fibras estão acima das estimativas iniciais. As áreas irrigadas estão em fase de maturação dos capulhos. Em MG, a colheita está progredindo e iniciou as operações nas áreas irrigadas. No PI, a colheita continua em progresso e alcançou 62% da área.
Feijão 2ª safra -Na BA, a colheita foi finalizada nas áreas de lavouras de feijão-caupi. Nas áreas de cultivo de feijão cores irrigado, as lavouras estão em enchimento de grãos e apresentam boas condições fitossanitárias.
Feijão 3ª safra – Em MG, o clima seco tem favorecido a maturação dos grãos e a colheita nas primeiras áreas no Noroeste do estado. As lavouras estão em fase de enchimento de grãos e maturação, em sua maioria, e estão com bom desenvolvimento. Em GO, com o plantio escalonado, as lavouras estão em diversos estágios de desenvolvimento. A colheita avança nas regiões Sul, Leste e Oeste, principalmente na região do Vale do Araguaia. Na BA, a estiagem persiste na maior parte da região Nordeste e impacta o potencial produtivo das lavouras em fase de floração e enchimento de grãos.
Milho 2ª Safra –91,3% colhido. Em MT, a colheita está sendo finalizada, restando apenas alguns talhões no sul do estado. Os rendimentos alcançados estão superiores aos estimados inicialmente. No PR, as chuvas paralisaram a colheita em algumas regiões do estado. Em MS, a colheita está quase concluída e as produtividades estão inferiores às estimadas inicialmente, devido aos problemas climáticos durante o ciclo. Em GO, a colheita está sendo finalizada no sul do estado, enquanto, no Leste, as baixas temperaturas retardam a perda de umidade dos grãos. Em MG, o clima seco favorece a colheita e as produtividades continuam abaixo das estimativas iniciais devido aos problemas climáticos ocorridos a partir de abril. Em TO, a colheita foi finalizada e apresentou produtividades variadas em função da época de plantio. No MA, as lavouras tardias apresentam redução na produtividade em comparação com as áreas semeadas na janela ideal de plantio. No PI, a colheita avança nos últimos talhões, com produtividades abaixo das estimativas iniciais, mas consideradas razoáveis devido às condições climáticas irregulares ocorridas durante o ciclo da cultura. No PA, a colheita foi iniciada no noroeste do estado, no polo de Santarém, e se aproxima do fim no polo de Redenção, na região sudeste.
Inscrições: Contato: Ivonete Teixeira Rasera. / E-mail: [email protected] / Fone: (41) 99925-9214 / ENDEREÇO: Curitiba/PR