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GERAIS
Abertura de mercado no Canadá para exportação de produtos para animais de companhia
As três novas aberturas de mercado deverão contribuir para o aumento do fluxo comercial entre Brasil e Canadá, como reflexo da confiança internacional no sistema de controle sanitário nacional
O governo brasileiro recebeu com satisfação o anúncio, pelo governo do Canadá, da autorização para que o Brasil exporte produtos mastigáveis para animais de companhia, de origem aviária, caprina e ovina.
As três novas aberturas de mercado deverão contribuir para o aumento do fluxo comercial entre Brasil e Canadá, como reflexo da confiança internacional no sistema de controle sanitário nacional. Somam-se à abertura do mercado canadense, em março, para as exportações brasileiras de gelatina e colágeno de origem suína.
Em 2023, as exportações do agronegócio brasileiro ao Canadá ultrapassaram US$ 1,05 bilhão. No primeiro semestre de 2024, foram exportados US$ 518 milhões em produtos agropecuários do Brasil para aquele país.
Com este anúncio, o Brasil alcança sua 85ª abertura de mercado neste ano, totalizando 163 novos mercados em 54 países desde o início de 2023.
Esses resultados são fruto do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Fonte: Mapa 23/07/2024
Mapa publica zoneamento agrícola da soja, safra 24/25, adaptado ao calendário de semeadura e vazio sanitário da Defesa Agropecuária
Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou, na sexta (19), a Portaria nº 303, que compatibiliza as datas de plantio do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura da soja, ano-safra 2024/2025, nos estados do Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Piauí, Acre, Pará, Rondônia, Tocantins, Minas Gerias, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no Distrito Federal.
Essa adaptação teve como objetivo compatibilizar os períodos indicados no Zarc com os períodos de vazio sanitário e de calendário de semeadura da soja em nível nacional, estabelecidos pela Portaria SDA/Mapa nº 1.111, de 13 de maio de 2024. O calendário de semeadura considera parâmetros fitossanitários e faz parte da estratégia para o manejo da Ferrugem Asiática da Soja. Já o Zarc indica a melhor época de plantio, com o objetivo de minimizar as chances de perdas com adversidades climáticas.
Os produtores rurais beneficiários do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) ou do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) devem respeitar tanto as datas de semeadura estabelecidos pela SDA, por estado, quanto o Zarc, por município, sempre cumprindo com a norma para serem contemplados nos programas de gestão de riscos.
ACESSO AOS INDICATIVOS DE ZARC
As consultas podem ser feitas por meio da plataforma painel de indicação de riscos ou por meio do aplicativo móvel Zarc Plantio Certo, disponível nas lojas de aplicativos: iOS e Android.
Fonte: Mapa 27/03/2024
Presidente sanciona lei que reforça educação sobre mudança do clima e biodiversidade
O governo Federal sancionou no dia 17/7 a lei que garante atenção à mudança do clima, à proteção da biodiversidade e às vulnerabilidades a desastres socioambientais na Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA). A medida foi sancionada em ato no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), com participação de ministros e parlamentares. “Temos que ter muito cuidado com o livro didático, porque quem vai salvar o planeta é a juventude que vai ter que aprender na escola a importância da questão ambiental”, disse o presidente.
O PL nº 6.230/2023 fortalece a PNEA ao enfatizar a importância de a população compreender as causas e consequências da emergência climática e da perda de biodiversidade, além da necessidade de ação para combatê-las. Aprovada em 1999 e implementada desde 2003, a política de educação ambiental tem órgão gestor formado pelos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima e da Educação. “Educar para o meio ambiente é uma tarefa deste século. Sem isso, vamos continuar achando que é possível viver em oposição à ecologia”, afirmou a ministra Marina Silva. “O Brasil pode ser uma potência agrícola e uma potência florestal, ser uma potência industrial e hídrica. Podemos ser um país que é industrializado e que fornece as commodities para a segurança alimentar do planeta, mas que protege os povos indígenas.”
As mudanças buscam promover uma política educacional baseada na conscientização ambiental, com incentivos à participação ativa nas ações ambientais de grupos e indivíduos, entre eles escolas em todos os níveis de ensino. A lei também alinha os objetivos da educação ambiental a políticas nacionais relacionadas ao meio ambiente, mudança do clima, biodiversidade e defesa civil. “Sobretudo na questão ambiental, nós temos que ter muito cuidado com o livro didático, porque quem vai salvar o planeta não somos nós, é a juventude que vai ter que aprender na escola a importância da questão ambiental”, disse o presidente Lula.
Entre as principais diretrizes da lei está o desenvolvimento de instrumentos e metodologias para garantir a eficácia das ações educativas relacionadas às questões ambientais, à mudança do clima, aos desastres socioambientais e à perda de biodiversidade. Também demanda a inserção obrigatória de tais temas nos projetos institucionais e pedagógicos das instituições de ensino da educação básica e superior. “O único caminho que temos para conscientizar os jovens, as crianças, é por meio da educação”, declarou o deputado federal Átila Lira, relator do PL na Câmara dos Deputados.
Autor do PL, o deputado federal Luciano Ducci afirmou que o objetivo de incluir temas relacionados à mudança do clima na PNEA é mobilizar a sociedade: “É um projeto que mais atual agora do que quando foi apresentado. Tem a grande motivação de buscar uma transformação da sociedade através da educação”, disse ele. Para fortalecer a conscientização ambiental, o MMA organiza a 5ª Conferência Nacional de Meio Ambiente (CNMA), que terá o tema “Emergência climática: caminhos para a transformação ecológica”.
As etapas municipais e intermunicipais da CNMA começaram em 11 de junho e vão até 15 de dezembro, simultaneamente às conferências livres. As conferências estaduais e no Distrito Federal serão realizadas de 15 de janeiro a 15 de março de 2025. Já a conferência nacional será em Brasília (DF) em maio de 2025. Com MCTI e MEC, o ministério organiza também a 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, que será realizada em 2025 e terá justiça climática como tema. O objetivo é incentivar a participação infantojuvenil em processos de tomada de decisão. Também participaram do ato no Palácio do Planalto as ministras Esther Dweck (MGI) e Luciana Santos (MCTI) e os ministros Alexandre Padilha (SRI), Silvio Almeida (MDH) e Camilo Santana (MEC), além de deputados e representantes de órgãos federais.
Fonte: MMA 23/07/2024
Missão Compradores 2024
Importadores de algodão de oito países visitam fazendas e estruturas de beneficiamento e análise de pluma no Brasil
O Brasil recebe, de 26 de julho a 3 de agosto, a oitava edição da Missão Compradores, intercâmbio comercial organizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) junto a importadores da pluma nacional. O objetivo da iniciativa é mostrar, in loco, as principais etapas do ciclo produtivo do algodão brasileiro – do plantio à rastreabilidade do produto. Na edição deste ano, a delegação reúne 23 representantes da indústria têxtil de Bangladesh, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Honduras, Índia, Paquistão e Turquia.
Em 2023, o Brasil colheu 3,24 milhões de toneladas de pluma, mantendo-se como terceiro maior produtor mundial. De agosto de 2023 a julho de 2024, a exportação brasileira está estimada em 2,72 milhões de toneladas, conforme dados da Abrapa, que preside a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Com isso, o País se posiciona, atualmente, como principal exportador global.
Neste momento, as fazendas brasileiras de algodão estão em diferentes estágios da colheita e do beneficiamento. Ao mesmo tempo, ocorre a análise e a classificação da qualidade da pluma colhida e a ser comercializada. Para transmitir aos convidados um retrato preciso da diversidade da cotonicultura brasileira, a Abrapa os levará a oito municípios brasileiros. A programação prevê visita a cinco fazendas produtoras de algodão localizadas em Lucas do Rio Verde e Campo Verde (MT), São Desidério (BA) e Cristalina (GO). Nessas propriedades rurais, a comitiva visitará também unidades de beneficiamento.
A agenda inclui ainda visitas à Cooperativa dos Cotonicultores de Campo Verde (Cooperfibra), ao Centro de Análise de Fibras da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e ao Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA), estrutura gerida pela Abrapa. A Missão Compradores integra as ações do Cotton Brazil, programa de promoção internacional que representa todo o setor produtivo do algodão em escala global. Coordenado pela Abrapa, tem parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e apoio da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea).
Fonte: ABRAPA 23/07/2024
INPE participa de evento sobre uso de plataformas de emissões e risco climático
As plataformas SIRENE Organizacionais e AdaptaBrasil, esta sob coordenação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), foram apresentadas, nesta quinta-feira (18), para o setor empresarial em evento promovido pelo Movimento Ambição Net Zero do Pacto Global da ONU – Rede Brasil. O objetivo é que as empresas possam conhecer melhor as informações e recursos disponíveis e possam se engajar em iniciativas que contribuam com a ação climática.
O SIRENE Organizacionais é um módulo do Sistema de Registro Nacional de Emissões (SIRENE), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), para receber inventários de emissões das organizações. A plataforma foi construída considerando as experiências nacionais na área e em colaboração com instituições-chave no assunto. O SIRENE contribui para padronizar procedimentos em âmbito nacional e fortalecer o sistema de Mensuração, Relato e Verificação, estimulando as empresas a começarem a elaborar os relatórios e gerir as emissões.
O primeiro ciclo anual de recebimento de inventários do SIRENE Organizacionais está previsto para iniciar neste semestre.
A coordenadora técnica do projeto da Quinta Comunicação Nacional e Relatórios Bienais do Brasil à Convenção do Clima, Renata Grisoli, destacou a importância da conexão dos inventários de emissões de gases de efeito estufa (GEE) com a ambição climática e como as empresas podem utilizar as informações para implementar ações climáticas. “Quando se sabe onde estão as maiores emissões, é possível direcionar os esforços para implementar ações de mitigação, contribuindo com a ambição do país”, afirmou.
O evento também abordou funcionalidades e informações disponíveis na AdaptaBrasil que podem contribuir com o planejamento e a elaboração de planos de adaptação de empresas à crise climática. A plataforma disponibiliza indicadores e índices sobre risco climático, que envolve compreender as ameaças climáticas futuras, as vulnerabilidades e a exposição. Estão contemplados dados sobre setores estratégicos, como segurança energética, saúde, recursos hídricos, segurança alimentar, infraestrutura. O recorte é até o nível municipal, ou seja, dados para todos os 5.570 municípios brasileiros.
De acordo com Cássia Lemos, pesquisadora do INPE que integra a equipe técnica da AdaptaBrasil, o setor privado pode utilizar os dados analisando impactos diretos e indiretos de acordo com as atividades econômicas que desenvolve. “Essas informações apoiam a estruturação ações para adaptar o negócio às mudanças climas”, explicou Lemos.
A analista sênior de clima, Maria Fernanda Pistori, destacou que o Pacto Global, que no Brasil tem mais de 2 mil empresas engajadas, atua para o engajamento das empresas em ações coletivas, que envolvam iniciativas para adaptação à mudança do clima e mitigação, e que possam entregar resultados com efetivo impacto, dado a urgência do tema. “Temos ações coordenadas e propositivas para o setor empresarial”, explicou.
Entre as iniciativas está o programa Ambição 2030, que prevê a elaboração de inventários de emissões anuais e do estabelecimento de metas de redução de emissões de curto e longo prazos. “Recomendamos fortemente que as empresas façam adesão de participação a essa plataforma [SIRENE Organizacionais] e às empresas que já estão engajadas, que participem”, afirmou Pistori. O webinário está disponível neste link.
Fonte: Mapa 23/07/2024
CRÉDITO RURAL
Atual Plano Safra é apresentado no Conselho Superior do Agronegócio
Encontro o Cosag ocorreu na Fiesp, em São Paulo. Na ocasião, o ministro destacou que, com mais recursos disponíveis e com menor valor de produção, o Plano 24/25 se tornou mais eficiente
Na segunda-feira (22), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou da reunião do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag), na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na ocasião, apresentou o Plano Safra 24/25, que oferece linhas de crédito, incentivos e políticas agrícolas para médios e grandes produtores. Neste ano safra, são R$ 400,59 bilhões destinados para financiamentos.
O ministro Fávaro destacou que no primeiro ano do terceiro mandato do presidente Lula o custo de produção no agro nacional reduziu e, aliado a isso, o Governo Federal aumentou os recursos disponíveis. “Nesta gestão tivemos um incremento de 40% de recursos no contexto da agricultura empresarial. Também, nestes quase dois anos, o custo de produção diminuiu consideravelmente. Com isso, calculamos e tivemos como resultado um Plano Safra 63% mais eficiente”, ressaltou. Também foi explicado por Fávaro que, do o valor para médios e grandes produtores, R$ 107,3 bilhões são para investimentos, um aumento de 16,5% no comparativo com o ano anterior. Já para custeio e comercialização, são R$ 293.29, aumento de 8%.
Em relação aos recursos por beneficiário, R$ 189,09 bilhões são com taxas controladas, direcionados para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e demais produtores e cooperativas, e os outros R$ 211,5 bilhões destinados a taxas livres. O ministro também evidenciou a importância do encontro, que é um espaço para apresentar o trabalho que vem sendo feito e para colher as demandas do setor. Vinculado à Fiesp, o Cosag é um órgão técnico e estratégico voltado ao debate e estudos para propor políticas públicas para o agronegócio. “É importante para nortear a gestão e ser útil para a sociedade, para as unidades representativas de classe. É a oportunidade de receber demandas, críticas e sugestões. É oportunidade para melhorar”.
Participaram da reunião o presidente do Cosag, Jacyr Costa, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa, e o secretário de Política Agrícola do Mapa, Guilherme Campos.
Cientistas usam fruto amazônico para enriquecer farinha de mandioca
Foto: Paulo Kurtz
A Embrapa Soja irá promover o primeiro curso sobre Tecnologia de Armazenamento de Sementes e Grãos de Soja, de 5 a 9 de agosto de 2024, em Londrina (PR), dirigido a profissionais que atuam em unidades armazenadoras de sementes e de grãos. O objetivo é capacitar os participantes sobre diferentes técnicas de armazenamento para colaborar com a manutenção da qualidade de sementes e grãos de soja no Brasil. As inscrições para o curso presencial estão abertas e podem ser feitas aqui.
De acordo com Francisco Krzyzanoswki, pesquisador da Embrapa Soja e coordenador do curso, a gestão do armazenamento do grão de soja visa evitar as perdas quantitativas e qualitativas, por meio da adoção de tecnologias de secagem, aeração e manejo das pragas, que normalmente estão presentes nos grãos e ou sementes, quando armazenados inadequadamente. “A programação curso foi organizada para detalhar as tecnologias de manejo integrado de pragas em unidades armazenadoras, trazer orientação sobre amostragem visando o controle de qualidade dos produtos, pré-limpeza, limpeza, secagem, compartilhar diferentes abordagens sobre os fatores determinantes da deterioração das sementes e dos grãos durante o armazenamento, além de apresentar outros conteúdos”, destaca Krzyzanoswki.
Curso – Tecnologia de Armazenamento de Sementes e Grãos de Soja
Data: 5 a 9 de agosto
Local: Embrapa Soja, Londrina (Paraná)
Inscrição on-line: www.embrapa.br/soja/curso-armazenamento-de-sementes
Abrapa aborda liderança mundial do algodão brasileiro em dia de campo na Bahia
As estratégias para ampliar a participação do algodão brasileiro no mercado global foram debatidas pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) durante o terceiro Dia de Campo da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa). Este evento, considerado o principal da cadeia produtiva do algodão no Nordeste e na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), ocorreu em 20 de julho na Fazenda Orquídeas, pertencente ao Grupo Schmidt, localizada na região agrícola das Placas, em Barreiras, no oeste da Bahia. O encontro atraiu um público recorde de mais de 1,4 mil pessoas, incluindo produtores, especialistas e fornecedores.
“É fundamental ressaltar a importância deste evento como um espaço destinado a discussões técnicas e estratégicas que impulsionam o desenvolvimento sustentável e a expansão contínua do mercado de algodão brasileiro no cenário global. A Bahia, sendo o segundo maior produtor nacional de algodão, desempenha um papel fundamental nesse contexto”, afirmou o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.
Na ocasião, ele destacou ainda a presença de todos os elos da cadeia para compartilhar conhecimentos, explorar inovações e reafirmar o compromisso do setor com práticas agrícolas responsáveis. “Nosso foco é manter e fortalecer a posição do Brasil como líder de exportação de algodão, assegurando que cada avanço seja sustentável e benéfico para todos os envolvidos. Juntos, estamos moldando o futuro de um setor que não só impulsiona nossa economia, mas também preserva nosso meio ambiente para as gerações futuras”, ressaltou.
Durante o encontro, os participantes tiveram a oportunidade de visitar três estações técnicas distintas, cada uma focada em temas específicos, como fitossanidade e sustentabilidade. A primeira estação foi conduzida por Luís Carlos Bergamaschi, presidente da Abapa, juntamente com o professor Aziz Galvão Junior, da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Eles apresentaram as ações da entidade baiana, discutiram sobre o mercado atual e exploraram as perspectivas futuras para o algodão, além do papel que o setor agrícola desempenha na economia local e nacional.
“Foi um dia de celebração do algodão, destacando toda a cadeia produtiva dedicada à produção dessa fibra têxtil natural, que é tão importante. Todas as palestras abordaram temas atuais, proporcionando uma dinâmica envolvente. Os participantes tiveram a oportunidade de visitar uma plantação de algodão, aprender sobre seu processo de produção e entender como as iniciativas da Abapa têm contribuído para o desenvolvimento da região. Além disso, discutiram-se aspectos de mercado, como o futuro do algodão, os mercados exportadores e a importância do Brasil como um dos líderes mundiais na produção e exportação dessa commodity”, disse Bergamaschi.
Com a palestra “Futuro do Agro: Perspectivas para o Algodão”, Marcos Fava Neves conduziu os visitantes na segunda estação temática. Marcelo Duarte, diretor de relações internacionais da Abrapa, liderou a apresentação sobre “O Algodão Brasileiro no Cenário Global: Estratégias para Ampliar a Participação no Mercado” na terceira estação.
Duarte reforçou que uma das estratégias para consolidar a liderança do Brasil no mercado global é o investimento na divulgação da imagem da fibra, destacando sua qualidade e sustentabilidade reconhecidas mundialmente. Ele enfatizou que a meta é desafiadora, mas alcançável, especialmente considerando o recente marco onde o Brasil ultrapassou os Estados Unidos como o maior exportador de algodão do mundo na safra 23/24.
A plenária principal foi conduzida por Maurício Schneider, CEO da StartSe Agro, que discutiu “Organizações Infinitas: Liderança e Inovação no Agro”. Na safra 2023/2024, a Bahia deve colher 662,8 mil toneladas de algodão, com a produtividade esperada de 1.919 kg de pluma/ha. A região oeste cultivou um total de 339.721 hectares da fibra, sendo 242.489 hectares de sequeiro e 97.231 hectares irrigado. No sudoeste, a área cultivada foi de 5.710 hectares, predominantemente em áreas de sequeiro.
Fonte: Embrapa 23/07/2024
Rota do Bode reuniu povos tradicionais e movimentos sociais do semiárido baiano para fortalecer a caprinocultura
Fonte da imagem: G1 24/07/2024
Entre os dias 15 e 19 de julho, aconteceu em Jaguarari, Semiárido Baiano, o 1º Encontro do Comitê da Rota do Bode, uma articulação entre o Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Matrizes Africanas (FONSANPOTMA) e Comunidades Tradicionais Fundo de Pasto, para dialogarem sobre a construção de canais de comercialização de caprinos, de forma a garantir a soberania e segurança alimentar e nutricional para os Povos de Matriz Africana.
Esses povos tem em sua cultura alimentar a sacralização dos caprinos e sua carne como a principal fonte de proteína animal consumida. O encontro também teve etapas em Petrolina (PE), e nos municípios de Casa Nova e Juazeiro (BA) e envolveu diferentes instituições governamentais das esferas federal, estadual e municipal, cooperativas, associações e sindicatos rurais.
A Embrapa Alimentos e Territórios foi representada pelo Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento Ricardo Elesbão e pelo analista Fabrício Bianchini. Também estiveram presentes os pesquisadores Jorge Farias e Lucas Fonseca (Embrapa Caprinos) e Evandro Holanda, representando a Diretoria de Pesquisa e Inovação da Embrapa (DEPI).
A “Rota do Bode” é uma articulação realizada pelo FONSANPOTMA, entidade que representa os Povos de Matriz Africana nos diferentes conselhos nacionais, como o CONSEA e o CONDRAF, e busca garantir a segurança alimentar e nutricional dos POTMAs e, prioritariamente, o acesso aos caprinos, atualmente comercializados em péssimas condições sanitárias devido ao transporte inadequado e ilícito, além do alto valor cobrado pelos atravessadores.
A pauta principal do encontro foi a construção de um canal de comercialização justa e solidária, que integre as associações das Comunidades Tradicionais Fundo de Pasto da região Semiárida baiana, com as Unidades Territoriais Tradicionais dos Povos de Matriz Africana e Comunidades de Terreiro, presentes em todo o país.
A viabilidade da caprinovinocultura na região foi uma das pautas levadas pelo Coletivo Enxame, coletivo político de Juazeiro (BA) que reúne pessoas de diferentes segmentos em pautas como defesa do meio ambiente, educação, cultura, juventude, mulheres e convivência com o semiárido.
Fonte: Portal Embrapa 23/07/2024
Monitoramento semanal das condições das lavouras
Atualizado em 22 de julho
Algodão – 20,5% colhido. Em MT, a colheita avançou sendo favorecida pelo clima seco que auxiliou na maturação e dessecação. Na BA, a colheita nas áreas irrigadas e de sequeiro totalizou cerca de 30% da área estadual. As condições qualitativas estão abaixo do esperado, inicialmente, com diâmetro e resistência menores da pluma. Em MS, a colheita se aproxima da metade da área total. Nas regiões Norte e Nordeste, observa-se perdas de qualidade e rendimento, devido ao excesso de chuvas em parte do ciclo reprodutivo. No MA, cerca 38% da área foi colhida e as demais lavouras estão em maturação, com boas condições fitossanitárias. Em GO, a colheita avançou e as lavouras de sequeiro estão praticamente colhidas, enquanto as áreas de segunda safra iniciaram a fase de maturação e pré-colheita. No PI, a colheita progride e apresenta bom rendimento e boa qualidade de pluma. Em SP, a sega está quase finalizada, restando pequenos talhões a serem colhidos na região de Riolândia.
Feijão 2ª safra – Na BA, houve conclusão da colheita do feijão-caupi. As restrições hídricas impactaram o potencial produtivo da cultura. As lavouras de feijão-cores irrigado estão em enchimento de grãos e demonstram boas condições.
Feijão 3ª safra – Em MG, as lavouras estão em fases fenológicas variadas e, no geral, apresentam bom desenvolvimento, mesmo com a escassez pluviométrica, devido à irrigação suplementar. Em GO, a colheita avança lentamente e de forma escalonada. As frentes de trabalho estão em áreas do Sul, Leste e Vale do Araguaia. Destaca-se que a qualidade do produto obtido tem se apresentado em padrão extra. Na BA, apesar da redução das chuvas, as lavouras ainda apresentam bom desenvolvimento.
Milho 2ª Safra – 79,6% colhido. Em MT, a colheita está quase finalizada e as produtividades se mantêm elevadas. No PR, as precipitações interromperam a colheita em diversas regiões e a maioria das lavouras estão em boas condições. Em MS, a colheita avança em todo o estado. Em GO, mais de 50% da área foi colhida e está mais adiantada que a safra passada. Em SP, a colheita ultrapassa a metade da área semeada e as baixas produtividades refletem as condições climáticas desfavoráveis ocorridas. Em MG, a colheita progride e notam-se rendimentos abaixo do esperado. No TO, a colheita está sendo encerrada e verificam-se, em diversos municípios, produtividades inferiores às estimadas inicialmente. No MA, a colheita progride e as produtividades obtidas apresentam redução, especialmente, nas áreas semeadas fora da janela ideal de plantio. No PI, a colheita avança em ritmo normal, superando metade da área semeada, com boa qualidade de grãos, mas produtividades abaixo do esperado. No PA, a colheita está sendo finalizada na região de Redenção e da BR-163. Nos polos de Santarém e de Paragominas, ela foi iniciada, favorecida pela redução das precipitações.
Inscrições: Contato: Ivonete Teixeira Rasera. / E-mail: [email protected] / Fone: (41) 99925-9214 / ENDEREÇO: Curitiba/PR