Fique informado e compartilhe nas suas redes sociais: 4 a 8 de dezembro de 2023
GERAIS
Monitoramento Semanal das Condições das Lavouras (atualizado em 4 de novembro de 2023)
Fonte da imagem: sabornamesa 08/12/20323
Destaques da semana
Arroz – Na região gaúcha, cerca de 80% da semeadura foi concluída, impulsionada pela diminuição das chuvas. A Zona Central avançou aproximadamente 20%, porém algumas áreas demandaram nova semeadura devido aos alagamentos. Na Zona Sul, o plantio foi encerrado, enquanto em outras áreas, o percentual alcança 90%, beneficiado pelas condições climáticas favoráveis ao manejo das plantações. Em Santa Catarina, as chuvas intensas afetaram a qualidade das lavouras, com plantações acamadas e prejudicadas em regiões de transbordamento de rios. Cerca de 1% da área total precisou de replantio, além das operações de adubação e tratamentos fitossanitários em andamento. No Maranhão, destaca-se a colheita das lavouras de arroz irrigado, enquanto as áreas de arroz sequeiro estão passando pelo preparo do solo para o plantio em breve. Em Goiás, as lavouras irrigadas estão em estágio vegetativo, impulsionadas pelas chuvas que elevaram os níveis das barragens nos sistemas de pivôs centrais. No Tocantins, houve avanço no plantio nas regiões de várzeas, e em Mato Grosso, apesar das chuvas escassas, as plantações exibem vigor na fase vegetativa.
Feijão 1ª Safra – No Paraná, as lavouras tardias estão na fase final de semeadura, enquanto as mais precoces já avançam para a colheita. As chuvas dificultaram as atividades de semeadura e os tratos culturais, apesar de a maioria das lavouras se encontrar em boas condições. Em Minas Gerais, o plantio enfrenta atrasos devido à irregularidade das chuvas, mas as últimas precipitações beneficiaram as plantações, revitalizando seu vigor. Na Bahia, o plantio sofreu atrasos em decorrência da falta de chuvas. Em Goiás, as lavouras mantêm uma condição geral entre boa e regular, principalmente pelo uso de irrigação complementar. Em São Paulo, a colheita teve início, com grãos apresentando qualidade e rendimento satisfatórios. Em Santa Catarina, alguns campos registram um aumento nos casos de antracnose, associados ao excesso de umidade. O controle dessas condições é limitado pela dificuldade em realizar os devidos manejos. No Rio Grande do Sul, há um avanço modesto na semeadura. Apesar dos dias com clima estável e maior período de luz solar, a umidade elevada do solo dificultou os procedimentos de manejo em algumas regiões.
Soja – Em Mato Grosso, o plantio está praticamente concluído. As chuvas escassas e irregulares têm prejudicado o desenvolvimento das plantações em várias áreas. No Rio Grande do Sul, o clima mais seco possibilitou um avanço maior na área plantada, embora ainda esteja consideravelmente atrasado em comparação com a última safra. No Paraná, a conclusão do plantio está em curso. As chuvas atrapalharam o progresso da semeadura e prejudicaram os tratos culturais. Em Goiás e Mato Grosso do Sul, o plantio foi intensificado com o retorno das chuvas. A umidade do solo foi benéfica para os replantios, melhorando a condição das lavouras. Em Minas Gerais, houve um avanço significativo no plantio com o retorno das chuvas, que também ajudaram na recuperação das plantações afetadas pelo estresse hídrico. Na Bahia, a semeadura está avançando de acordo com a ocorrência das chuvas. Em São Paulo, o plantio está quase finalizado, observando-se replantios pontuais. No Tocantins, algumas lavouras estão em fase reprodutiva. Na região central, os baixos volumes de chuva afetaram o potencial produtivo das plantações. No Maranhão, o plantio segue irregular em diferentes regiões, acompanhando as precipitações. No Piauí, o plantio teve poucos avanços devido à falta de chuvas significativas. No Pará, as condições climáticas continuam desfavoráveis para o estabelecimento e crescimento das plantações na região da BR-163. Em Paragominas e Santarém, poucos produtores iniciaram o plantio devido à irregularidade das chuvas.
Mercado e Economia: Impactos provocados pelo El Niño – Projeção de Produção de Grãos no Brasil é Reduzida no Agronegócio
- Redução na Projeção de Safra: A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou para baixo sua previsão de colheita de grãos e fibras em 2023/24 devido aos extremos climáticos causados pelo El Niño. Agora, estima-se uma produção de 312,3 milhões de toneladas, 2,4% abaixo do ciclo anterior.
- Impacto do Clima: O diretor da Conab, Sílvio Porto, destaca a importância do monitoramento das áreas produtoras diante do comportamento climático determinante para as culturas em desenvolvimento. O plantio da soja enfrenta atrasos, o que gera incertezas para o milho segunda safra.
- Expectativas para Soja e Milho: A expectativa de colheita de soja diminuiu para 160,2 milhões de toneladas, impactada pelo clima. O cultivo de milho de primeira safra também sofreu com extremos climáticos, projetando uma produção de 25,3 milhões de toneladas, queda de 7,5% em relação ao ciclo anterior.
- Atrasos e Projeções para o Milho: O plantio do milho de inverno enfrenta atrasos, refletindo na projeção de produção de 91,2 milhões de toneladas. A produção total de milho foi calculada em 118,53 milhões de toneladas, 10,2% menos que no ciclo anterior.
- Estabilidade em Arroz e Feijão: As projeções para arroz e feijão permanecem estáveis, com expectativa de aumento na produção de arroz devido a uma recuperação na produtividade, apesar das condições climáticas adversas.
- Culturas de Inverno e Trigo: No caso do trigo, a colheita foi afetada por condições climáticas desfavoráveis, com uma estimativa de produção reduzida de 9,6 milhões para 8,1 milhões de toneladas, devido a problemas como chuvas volumosas e falta de dias ensolarados, especialmente no Rio Grande do Sul.
Fonte da imagem: climatempo 08/12/2023
Referência texto: valorinveste 08/12/2023
Clima: Previsão de chuva para última semana de novembro e início de dezembro
Fonte da imagem: INMET 08/12/2023
Volumes de chuva registrados entre os dias 04 e 11 de dezembro de 2023.
Região Norte: Esta semana, são esperadas chuvas em forma de pancadas, com valores superiores a 60 milímetros (mm) em áreas do Amazonas, Acre, Rondônia, Pará, sul de Roraima e norte do Amapá. Essas chuvas podem ser acompanhadas por raios, rajadas de vento e trovoadas devido à combinação de um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis, calor e alta umidade. No Tocantins, espera-se acumulado menor. Em outras áreas, não estão descartadas pancadas isoladas (tons em azul).
Região Nordeste: A previsão é de tempo seco e sem chuva, com valores baixos de umidade relativa (áreas em branco e azul). Contudo, no início da semana, não se descartam pancadas isoladas no litoral, devido ao transporte de umidade do oceano para o continente. Nos estados do Ceará, Maranhão, Piauí e oeste da Bahia, podem ocorrer chuvas em forma de pancadas devido ao calor e alta umidade.
Regiões Centro-Oeste e Sudeste: Prevêem-se chuvas intensas e localizadas em áreas de São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais, podendo ultrapassar os 60 mm, acompanhadas de raios, rajadas de vento e trovoadas. Em partes pontuais do Sudeste, espera-se menor acumulado. A partir de 7 de novembro, haverá redução das chuvas no Espírito Santo, leste de Goiás e centro-norte de Minas Gerais.
Região Sul: Os temporais persistem ao longo da semana devido à atuação de uma massa de ar quente e úmida, podendo vir acompanhados de raios, rajadas de vento e possível queda de granizo. Em áreas centro-oeste da região, os acumulados podem ultrapassar os 70 mm. Para mais detalhes, recomenda-se verificar os avisos disponibilizados no portal https://alertas2.inmet.gov.br/.
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