Doenças do Algodão
A cultura do algodão enfrenta uma diversidade de doenças fúngicas que ameaçam tanto o rendimento quanto a qualidade da fibra e das sensações. Globalmente, mais de 250 agentes causadores de doenças no algodoeiro foram identificados, com cerca de 30 deles impactando o Brasil. O aumento da área de cultivo no país tem ampliado os desafios fitossanitários, especialmente relacionados às enfermidades na fase inicial, causadas por fungos presentes nas sementes e não apenas. A presença de patógenos nas sementes pode introduzir doenças em novas áreas, sendo os fungos o grupo mais prevalente.
As perdas de rendimento devido a doenças nas plantas variam conforme diversos fatores, incluindo tipo de cultura, patógeno, localidade e condições ambientais. Doenças causadas por fungos não afetam apenas todas as culturas, sendo particularmente desafiadoras na fase inicial do desenvolvimento das plantas. No Brasil, a falta de informações fornecidas sobre doenças radiculares reflete uma lacuna de dados até o momento não abordada.
Um complexo de fungos do solo e sementes, com espécies variáveis entre regiões, está associado às doenças iniciais do algodoeiro, incluindo Rhizoctonia solani e Colletotrichum gossypii. O R. solani é identificado como o principal agente causador do tombamento de plântulas, especialmente no Cerrado, representando mais de 95% dos casos. Esta prevalência, somada aos danos na fase inicial do trabalho, destaca a necessidade de medidas específicas de controle, enquanto C. gossypii var. cephalosporioides também é relatado como causador de tombamento em alguns casos.