(Curadoria Agro Insight)
Soja
Preços internacionais em forte baixa, refletindo um temor de recessão mundial, principalmente no mercado norte-americano. Outro fator baixista da semana é a previsão de clima favorável para o desenvolvimento da cultura nos Estados Unidos. Com isso, preços nacionais devem continuar em queda na próxima semana.
Milho
Com a evolução da colheita de milho no país, nota-se um ameno viés de baixa nos preços e dos prêmios dos portos brasileiros. Cabe pontuar, entretanto, que os preços internos estão abaixo das paridades e que há diversos fatores de mercado que apontam para uma reversão da atual tendência para o decorrer do segundo semestre de 2022.
Algodão
Com o início do período de colheita do algodão na Bahia e no Mato Grosso, a tendência é que os preços internos da pluma de algodão recuem. Porém, com a queda da cotação na ICE em Nova Iorque, devido às incertezas no cenário econômico mundial, os compradores internos ficaram mais retraídos e houve uma aceleração na queda dos preços internos. Diante deste cenário, os preços devem continuar em queda no curto prazo
Trigo
No mercado internacional, a tendência altista que vinha sendo observada foi alterada e as cotações apresentaram desvalorizações em um contexto de aumento da oferta dos EUA e Europa, em meio à evolução da colheita de inverno, à retomada das negociações para viabilizar um corredor marítimo na Ucrânia, bem como à valorização do dólar americano em relação às demais moedas. Essa conjuntura deve pressionar as cotações domésticas no curto prazo.
Açúcar
Nesta semana, os preços apresentaram queda, influenciada tanto pelo aumento sazonal da oferta de produto, oriundo da nova safra, ainda que de forma não tão intensa, quanto pela oferta de atacadistas.
Arroz
Com valorização cambial e perspectiva de redução dos estoques de passagem para ao final de 2022, preços seguem ameno viés de alta, o que deve permanecer ao longo do segundo semestre do ano.
Carne Bovina
A oferta restrita de animais terminados dá sustentação ao mercado de carne bovina. O boi gordo apresentou alta de R$ 7,00/@ ao longo da semana. No atacado, as indústrias ajustaram a produção permitindo que ajustassem também os preços no mercado interno. No varejo, observa-se pouco repasse de preços do atacado, com as cotações estáveis nos principais mercados. Tendência de preços firmes no atacado e dificuldades de escoamento do produto. As exportações seguem com cenário positivo. Até a terceira semana de junho, foram embarcados um volume médio diário de 8,16 mil toneladas, 22% frente à média de junho de 2021 (6,68 mil toneladas).
Etanol
O movimento semanal seguiu o esperado para o mês de junho, com os preços do etanol apresentando uma variação levemente positiva. Fatores como a valorização do petróleo e o câmbio favorável foram os responsáveis por esse cenário.
Feijão
As perspectivas para a próxima semana não são boas, principalmente pela farta quantidade de sobras, produtos que não são negociados, logo a perspectiva é desvalorização no curto prazo.
Indicadores econômicos – Expectativa
- PIB Brasil 2022: 0,70%
- Dólar junho 2022: R$ 5,23
- IPCA junho 2022: 0,41%
- WTI: US$ 109,50 (+1,75%)
BIBLIOGRAFIA E LINS RELACIONADOS
CONAB – Resumo Executivo Semanal nº 25. Dispponivel em: https://www.conab.gov.br/info-agro/analises-do-mercado-agropecuario-e-extrativista/analises-do-mercado