Olá a todos, sigo com mais um artigo sobre dicas de economia e gestão de finanças a quem produz. Vamos lá?
No artigo de hoje, vou falar um pouco sobre administrar suas finanças pessoais. Muitas vezes na compra de algum bem ou serviço, algumas pessoas dizem não sobrar nada ou simplesmente não ter dinheiro. Afinal, gastamos muito ou não administramos o que temos?
Neste contexto, vou exemplificar com um valor aproximado em R$6.500,00 de gastos com refeições para uma única pessoa ao longo de um ano. É muito? Você pode estar gastando isso e nem percebe, sabe por quê? Diariamente, não percebemos o quanto consumimos de fato. Imagine que um preço de almoço de R$25,80 em 252 dias úteis no ano resulte um valor de R$6.501,60. Mas na redução alternada do cafezinho expresso, chocolate ou qualquer outra sobremesa ao final da refeição de cada dia, ao valor de R$4,00, isso representa para o mesmo período uma economia de pouco mais de R$1.000,00 (somente neste complemento da refeição), o que poderia ser utilizado em outra aquisição de bem ou serviço!
Mas qual a relação desta economia para o produtor rural? Tudo a ver, afinal esse exemplo é uma analogia do que se pode otimizar ou reduzir custos em qualquer etapa do ciclo produtivo, de forma a possuir um montante a ser investido na propriedade. Uma situação típica é o uso desordenado de insumos ou a ociosidade no número de horas de trabalho para uma produtividade final. Afinal, eficiência é trabalhar mais com menos e, nem sempre, o produtor que possui maior lucro é o mais eficiente!
Nesse sentido, analisar economicamente qualquer sistema de produção agrícola ou pecuário torna-se essencial às vistas de quem gerencia, considerando que o produtor é um empresário rural. Imagine na redução de apenas 5% nos custos operacionais por hectare (por meio de descontos junto a fornecedores de insumos ou otimização de uso na produção), o quanto isso pode refletir em benefícios econômicos para uma cultura anual com 2 ciclos para uma área de 50, 100 hectares ou mais? Assim, torna-se necessário apurar os principais coeficientes técnicos de produção e observar, em realidade, o quanto custa sua matéria-prima ou commodity, sua lucratividade obtida e seu ponto de equilíbrio (tendo em vista que essa informação é expressiva, considerando a produção ou preço mínimo que o produtor pode ofertar, sem incorrer em prejuízos em sua atividade). Oportunamente, poderei abordar uma situação real de análise econômica em propriedade, considerando os seus principais indicadores de rentabilidade e a forma de avaliá-los.
Tendo colocado esses pontos para reflexão, aliado ao fato de que grande parte da população brasileira desconhece sobre como declarar o imposto de renda, não conhece o potencial de ganhos dos bancos nas operações de empréstimo pessoal (pela “magia dos juros compostos” relacionada à alíquota cobrada), bem como pouco sabem sobre o básico da educação financeira, fica a mensagem: “o sistema de educação do país nos treina para sermos pobres ou não potencializarmos a geração de renda daquilo que produzimos? ”
Muito obrigado pela atenção e lembrem-se: “semear hoje (aprender e agir) é um bom indicativo para colher bons frutos no amanhã“. Um agro abraço!