Respeito aos riscos climáticos em sistemas agroalimentares: posição brasileira na COP 29

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Respeito aos riscos climáticos em sistemas agroalimentares sintetiza a posição brasileira na COP 29

 

Transição nas dietas e os sistemas agroalimentares localizadosO Brasil adotou o acrônimo RESPECT (Respeito) como síntese de sua posição nas convenções do clima, abordando temas como resiliência, eficiência, ciência, pessoas, energia limpa, compromisso com a redução de emissões de GEE e trocas comerciais justas. Esses pilares foram apresentados na COP 29, realizada no Azerbaijão, e nortearão discussões na COP 30. A abordagem brasileira combina ciência, inovação e práticas sustentáveis, com foco nos sistemas agroalimentares.
A Embrapa esteve presente na COP 29 com uma delegação liderada pela presidente Silvia Massruhá. Representantes discutiram soluções brasileiras para mudanças climáticas, destacando a interseção entre segurança alimentar e sustentabilidade agrícola. Massruhá sublinhou a importância da ciência brasileira para sistemas agroalimentares resilientes, alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Massruhá enfatizou que a segurança alimentar e sistemas agroalimentares sustentáveis são essenciais para combater as mudanças climáticas. Além disso, reforçou a necessidade de ações globais fundamentadas em informações confiáveis, prioridades claras e compromissos políticos bem definidos. A agricultura foi destacada como parte da solução climática, através da integração de práticas como agroecologia, silvicultura e agricultura regenerativa.

Na COP 29, foi lançado um portal on-line pela UNFCCC para facilitar a troca de informações entre mais de 200 países, promovendo a adaptação agrícola às mudanças climáticas. Essa plataforma é resultado de negociações iniciadas na COP 27 e consolidadas em 2024. Ela conectará projetos, políticas públicas e financiadores, priorizando ações que reduzam as emissões de GEE e aumentem a sustentabilidade agrícola.
O conceito RESPECT (Respeito) reflete o compromisso brasileiro com resiliência, eficiência, ciência, apoio às pessoas, uso de energia limpa, redução de desmatamento e trocas comerciais sustentáveis. Cada elemento do acrônimo visa integrar inovação e sustentabilidade nos sistemas agroalimentares, com impactos positivos na segurança alimentar e no meio ambiente.
No painel sobre transparência climática, Massruhá destacou a relevância da transparência para investimentos sustentáveis no setor agrícola. O Brasil avançou em ferramentas como o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) e o Terraclass, que demonstram a expansão agrícola em áreas antropizadas e os benefícios de práticas como ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta).
Durante o debate promovido pelo CGIAR, Massruhá enfatizou o papel do Brasil como anfitrião da COP 30. O país busca mostrar como a ciência e inovação podem preservar a Amazônia enquanto promovem geração de renda e inclusão. Iniciativas como sistemas agroflorestais e cadeias de valor sustentável são exemplos de como o Brasil integra conservação ambiental e desenvolvimento socioeconômico.
Por fim, Massruhá destacou programas governamentais como o Plano ABC e o Renovagro, que incentivam práticas agrícolas sustentáveis e recuperação de áreas degradadas. Essas ações, combinadas com iniciativas da Embrapa, mostram o compromisso do Brasil em liderar soluções agroambientais que enfrentem as mudanças climáticas e promovam um futuro sustentável.

Fonte: Portal Embrapa 25/11/2024

Imagem: unesc.net/portal 26/11/2024

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Tags: Agricultura regenerativa, Agroecologia, áreas degradadas, COP 29, emissões de GEE, futuro sustentável, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, portal on-line, silvicultura, sistemas agroalimentares, Zoneamento Agrícola de Risco Climático

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