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Megatendências do Agro: Sustentabilidade

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(Curadoria Agro Insight)

Antecipar mudanças sobre o agro brasileiro e preparar os tomadores de decisão para o que está por vir. Com este propósito a Embrapa traz oito megatendências que têm como base os estudos de futuro do Sistema de Inteligência Estratégica da Empresa.

A partir de hoje vamos abordar semanalmente essas tendências e os principais temas que compõe cada uma delas.

MEGATENDÊNCIAS

  1. Sustentabilidade
  2. Adaptação à mudança do clima
  3. Agrodigital
  4. Intensificação tecnológica e concentração da produção
  5. Transformações rápidas no consumo e na agregação de valor
  6. Biorrevolução
  7. Integração de conhecimento e de tecnologias
  8. Incremento da governança e dos riscos

As oito megatendências apontam um conjunto de desafios para que o agro se mantenha competitivo e sustentável num longo prazo. A primeira é a Sustentabilidade.

1. Sustentabilidade

O crescimento da demanda por bens e serviços em um ambiente com recursos naturais finitos, bem como os acordos internacionais e os crescentes requerimentos legais ambientais pressionam a produção de alimentos por processos mais sustentáveis e integrados. Incrementos de produtividade deverão, portanto, estar associados à diminuição da pegada de carbono, à conservação da água, à manutenção dos nutrientes do solo, ao uso controlado de antimicrobianos e de defensivos, à redução das perdas e dos desperdícios e às condições adequadas de emprego e renda no campo. Nesse processo, as soluções digitais, a robótica e a automação serão fundamentais. Aspectos da bioeconomia, da adequação ambiental das propriedades rurais, da valoração dos serviços agroambientais, bem como a evolução das chamadas agendas ESG (environmental, social and governance), são forças que seguirão se intensificando. A sustentabilidade em seus três aspectos (econômicos, sociais e ambientais), portanto, é a principal força motriz dessa megatendência.

Tendências

  • Aumento da pressão pelo uso e conservação dos recursos naturais: solo e água
  • Aumento da pressão pelo uso e conservação da biodiversidade, dos recursos florestais madeireiros e não madeireiros
  • Sistemas agrícolas mais sustentáveis
  • Crescimento dos mercados orgânicos e de produção agroecológica
  • Valoração dos serviços agroambientais
  • Bioeconomia em progresso: economia circular
  • Bioeconomia em progresso: resíduos da agroindústria
  • Economia verde
  • Ampliação de investimento atrelados à agenda ESG
  • Maior preocupação com bem-estar animal
  • Comércio justo como oportunidade
  • Redução de perdas e desperdícios de alimentos

Implicações

Haverá adoção crescente de modelos sustentáveis e da conservação dos recursos naturais, em decorrência do desequilíbrio ambiental causado pela pressão sobre o uso da terra e da necessidade de atendimento aos acordos internacionais e marcos regulatórios de mudanças climáticas e, particularmente, por exigências do mercado consumidor global.

Como consequência da expansão do agro no Brasil e das exigências do mercado consumidor por produção mais sustentável, será acentuado o direcionamento crescente para o aprimoramento do desempenho social, econômico e ambiental das cadeias produtivas do agro. A adoção crescente de rastreabilidade, a qual oferece ao consumidor final um detalhamento do processo produtivo e seus diferenciais, é um exemplo. Além disso, o aprimoramento do ecossistema produtivo é cada vez mais importante para assegurar e acessar mercados.

As diretrizes da Política Nacional de Pagamentos por Serviços Ambientais (PNSA), aprovadas em janeiro de 2021, apontam para o aumento da valoração e de mecanismos de pagamentos por serviços ambientais (PSA).

Haverá crescimento da indústria de bioinsumos de origem vegetal, animal e microbiana para gerar ganhos de eficiência e qualidade na produção, no armazenamento e no beneficiamento de produtos agropecuários. Destacam-se, nesse caso, o aproveitamento do potencial da biodiversidade brasileira e a diminuição dos produtos de origem fóssil, visando ao desenvolvimento da economia verde.

A preocupação com as perdas e com o desperdício de alimentos nos diversos elos das cadeias produtivas do agro se intensificará. Visualiza-se uma expansão da oferta de alimentos por meio da redução das perdas e do desperdício do campo à mesa.

Seguirá se expandindo a demanda por padrões mínimos de bem-estar animal, acarretando novas mudanças nas regras de comércio internacional, nas legislações nacionais e nos protocolos privados de produção, com implicações nos processos produtivos, nas possibilidades de agregação de valor, na segurança dos alimentos e na saúde animal e humana (Saúde Única).

As estratégias, as políticas públicas e os arranjos socioeconômicos de comércio justo (fair trade) passarão por evolução, visando reduzir as assimetrias nas relações comerciais entre empresas, produtores rurais e mesmo entre países. As organizações e os cidadãos desenvolverão novas formas de consumo e de produção sustentáveis, com impacto na resiliência do modo de vida dos pequenos produtores e trabalhadores dos países mais pobres, bem como na distribuição do valor agregado das cadeias de valor do agro.

Aspectos da economia verde crescerão nos próximos anos consolidando-se como fatores de competitividade em organizações e países. Já hoje, características de produção de baixo impacto ambiental têm tido cada vez mais representatividade nos padrões de competitividade. Há, ainda, crescimento do valor atribuído às soluções produtivas com uso eficiente de recursos, ênfase em tecnologias limpas de baixo impacto – racionalização do uso de recursos naturais, como a água, e redução e eliminação de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e de resíduos – e em prevenção da perda de biodiversidade.

A tendência de substituição de produtos de origem fóssil (carvão mineral, plásticos, combustíveis, material de construção, energia, entre outros) por produtos de origem renovável (carvão vegetal, plásticos biodegradáveis, etanol e biodiesel, construções com madeira, termoelétricas e biomassa energética, entre outros) aumentará a demanda por produtos florestais, madeireiros e não madeireiros provenientes tanto de florestas naturais quanto plantadas. Seu desenvolvimento é fundamental para uma economia de baixo carbono e para melhor uso dos recursos naturais.

BIBLIOGRAFIA E LINKS RELACIONADOS

VISÃO de futuro do agro brasileiro: sumário executivo. Brasília, DF: Embrapa, 2022. 8 p., 2022

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Tags: agua, solo, sustentabilidade, uso e conservação dos recursos naturais

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