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Principais Notícias da Semana no Mundo Agro

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GERAIS

Consulta pública busca revisar Decreto da aviação agrícola de 1981

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou, no dia 24/03, a Portaria nº 766 que submete à consulta pública, pelo prazo de 60 dias, a proposta de Decreto que Regulamenta o Decreto-Lei nº 917, de 07 de outubro de 1969, que dispõe sobre o emprego da aviação agrícola no país. Atualmente, o Brasil possui a segunda maior frota de aviões agrícolas do mundo, com cerca de 2.400 aeronaves tripuladas, além de drones.

“A revisão do Decreto se torna indispensável para que a atividade disponha de um arcabouço legal eficiente, adequado a realidade do campo, mas também atento às necessidades da sociedade, cada vez mais exigente nos quesitos transparência e sustentabilidade”, destacou a chefe da Divisão de Aviação Agrícola, Uéllen Colatto.

O atual Decreto nº 86.765 da aviação agrícola está em vigor desde 1981. Desde então, decorridos mais de 40 anos, a atividade se desenvolveu e sofreu inúmeras transformações, com avanço nas tecnologias, e no uso da ferramenta. Da mesma forma, o papel do Mapa como regulador da atividade, bem como de outros órgãos, também se modificou.

Na proposta apresentada, define-se, dentre outros, as competências do Mapa na aviação agrícola e elenca os sujeitos a fiscalização, englobando agora o produtor rural contratante de serviços aeroagrícolas.

Outra alteração seria referente às infrações. O texto traz medidas cautelares, novas penalidades, como advertência e cassação da habilitação de profissional para prestar serviços relacionados à atividade de aviação agrícola, por exemplo. As infrações são descritas de forma objetiva e são graduadas. A norma ainda propõe os agravantes e atenuantes, e trata do rito administrativo, tudo em consonância com a nova Lei do autocontrole, Lei 14.515/2022.

“Esperamos poder contar com uma ampla gama de interessados na avaliação do texto e na remessa de propostas, propiciando um debate enriquecido, a fim de regulamentarmos uma norma que reflita, de fato, os anseios do setor e da sociedade e que possamos consolidar a aviação agrícola como atividade essencial ao agro brasileiro nos próximos anos”, ressaltou Colatto.

A minuta de Decreto encontra-se disponível no link: https://drive.google.com/file/d/1E40PYMAAlspzbBRkguIpRx18BIlVHFXo/view?usp=sharing e as contribuições podem ser feitas através do formulário https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSc8WQ701WrHj7tVr3qvg4oosVoZVnfvydrlKWjO34j-p0xTlw/viewform.

Fonte: Mapa

Mapa apresenta produção agrícola sustentável a ministro da Noruega

O ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega , Espen Barth Eide, conheceu as práticas sustentáveis implementadas na produção agropecuária brasileira. Em visita ao Ministério da Agricultura e Pecuária, Eide destacou a importância da agricultura para a segurança climática mundial.

“Simplesmente não podemos resolver a crise climática sem lidar com a agricultura. Precisamos produzir mais com menos. Isso não é fácil, mas sabemos que é possível. Estou muito feliz em ver que isso é parte do programa do presidente Lula, e o Ministério da Agricultura é um dos mais importantes neste tema”, disse, lembrando também o financiamento da Noruega para o Fundo Amazônia.

O ministro interino, Irajá, Lacerda, destacou a importância da parceria com a Noruega em programas na área de sustentabilidade e manifestou a disponibilidade do Mapa em ampliar as relações. “Queremos fortalecer as relações em temas como florestas plantadas, bioeconomia, inovação e sustentabilidade. Ressaltamos a importância da agricultura para a solução dos grandes problemas não só do Brasil como do mundo, como segurança alimentar, climática e energética”, disse.

Os principais programas do Mapa para o desenvolvimento sustentável da produção, como o Plano ABC, florestas plantadas e os bioinsumos, foram apresentados ao ministro norueguês pela secretária adjunta de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, Sibelle Silva.

“Uma das tecnologias do Plano ABC é a recuperação de áreas degradadas. Não precisamos expandir significativamente a fronteira agrícola, queremos cada vez mais trabalhar com a intensificação sustentável e fortalecer as políticas públicas de baixo carbono”, explicou Sibelle.

Fonte: Mapa

Novas plantas frigoríficas são habilitadas para exportar carne bovina à China

Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) anunciou nesta quinta-feira (23) a habilitação de quatro novas plantas frigoríficas do Brasil, que poderão passar a exportar para o país asiático. Segundo anúncio do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, são duas plantas de Rondônia, uma do Espírito Santo e uma do Paraná.

Também foi anunciada hoje a autorização para a retomada das vendas de duas plantas frigoríficas que estavam suspensas e que vão poder voltar a exportar para a China: um abatedouro bovino  no Mato Grosso e um frigorífico de frango no Rio Grande do Sul.

Segundo o ministro, outras empresas estão com pequenas pendências junto à GACC, que devem ser resolvidas ainda durante a missão do Mapa na China. “É um conjunto de ações que beneficia a agropecuária brasileira, gera empregos e oportunidades a todos os brasileiros”, comemorou Fávaro.

Fonte: Mapa

Startups podem se inscrever para participar do Mapa Conecta Proteína Animal

s startups que quiserem participar do Mapa Conecta Proteína Animal podem se inscrever gratuitamente até a próxima sexta-feira (31). A iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária tem o objetivo de conectar startups a investidores e aceleradoras para escalarem seus negócios com soluções para a cadeia produtiva de proteína animal.

O desafio ocorrerá em formato híbrido e faz parte da programação do InovaMeat Toledo 2023 – Inovação na Produção de Proteína Animal, evento que acontece de 11 a 13 de abril de 2023, em Toledo (PR). A iniciativa tem parceria com a Associação Comercial e Empresarial de Toledo (ACIT) e com o Sindicato Rural da cidade, e apoio da Prefeitura Municipal de Toledo e da Fundação de Desenvolvimento Sustentável, Científico e Tecnológico do município (Funtec).

As tecnologias devem estar associadas a algumas áreas de interesse específicas para suínos, aves, peixes e vacas leiteiras, e uma geral. A descrição completa de cada área de interesse pode ser conferida no Regulamento da chamada, no endereço: https://inovameat.com.br/conecta. Na página também está o link para o Formulário de Inscrição.

As startups qualificadas receberão um certificado de participação e as selecionadas receberão um certificado de vencedoras, além da oportunidade de usufruir de um espaço para networking, visibilidade e oportunidades de negócios do setor. O Inovameat também vai oferecer um prêmio de R$ 8 mil para as startups que apresentarem as melhores soluções para o Mapa Conecta Proteína Animal, visando apoiar o desenvolvimento de negócios inovadores e promissores para o setor.

Fonte: Mapa

PRODUÇÃO

Produção de grãos em Rondônia na safra 2022/2023 deve alcançar 3,3 milhões de toneladas

O Brasil deverá colher, em 2023, a maior safra da sua história, com estimativa de serem colhidas 309,9 milhões de toneladas de grãos, em uma área de 76,7 milhões de hectares. Em Rondônia, a produção deve ser de 3,3 milhões de toneladas, além de quase três milhões de sacas de 60 kg de café beneficiado.

Essas e outras informações sobre a produção agropecuária no estado, com recortes nacionais, podem ser acessadas na décima edição do Informativo Agropecuário de Rondônia, elaborado pela equipe da Embrapa. A publicação traz dados e análises sobre a produção agrícola e pecuária, apresenta dados comparativos entre as safras de 2021/2022 e 2022/2023, das pesquisas trimestrais de abate de bovinos e suínos e da produção de leite e ovos, realizadas e divulgadas pelo IBGE.

“O leitor tem à sua disposição um conjunto de informações sobre a agropecuária do estado que está disperso em diversas fontes de dados oficiais, permitindo-lhe acessar dados de maneira agregada e com análises. Além disso, a citação das fontes consultadas possibilita ao leitor se aprofundar no assunto, consultando-as diretamente”, afirma o editor técnico da publicação, o analista da Embrapa Rondônia, Calixto Rosa Neto

Calixto explica que os dados apresentados são obtidos de fontes secundárias, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Emater-RO, entre outros.

“Na produção de grãos observa-se a expansão significativa da soja para todas as regiões do estado, ocupando, principalmente, áreas com pastagens degradadas. A estimativa é que, nesta safra, tenham sido plantados cerca de 500 mil hectares com essa oleaginosa, com produção estimada de quase 1,7 milhão de toneladas”, comenta.

Arroz e outros produtos

Enquanto a produção de arroz no Brasil deve decrescer 8,4%, em Rondônia a perspectiva é de crescimento de 6% da quantidade produzida, passando de 105,3 mil toneladas na safra 2021/2022 para 111,6 mil toneladas na safra atual. Além do aumento da área plantada, o plantio de variedades mais produtivas deve contribuir para o aumento da produtividade, de 3.201 toneladas para 3.341 toneladas.

O milho segunda safra também deverá ter aumento da área plantada, passando de 239,8 mil hectares na safra 2021/2022 para 271,5 mil hectares na safra atual. A produção estimada é de 1.4 milhão toneladas, 12,2% maior do que a da safra anterior.

Maior safra de café

O café deve alcançar a maior safra do estado de todos os tempos, com estimativas de serem colhidas 2,9 milhões de sacas de 60 kg, com produtividade média de 45,3 sacas por hectare. Para Francisco de Assis Correa Silva, chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Rondônia, e membro da equipe do Informativo, a evolução da cafeicultura rondoniense resulta do processo de renovação das lavouras. “Isso porque houve a substituição de plantios propagados por sementes por variedades clonais, mais produtivas, bem como adoção de práticas adequadas de implantação e condução das lavouras, com correção do solo, adubação, irrigação e controle de pragas e doenças”, afirma.

Mandioca e banana, atividades típicas da agricultura familiar no estado, tiveram sua produção reduzida em 2022 na comparação com 2021. No caso da mandioca, foram produzidas 401,8 mil toneladas de raízes, enquanto a quantidade produzida de banana ficou em 81,6 mil toneladas.

Na produção pecuária estadual destaque para o abate de bovinos, de dois milhões de cabeças, com peso de carcaça de 545 mil toneladas de carne, 8,1% a mais do que o obtido no mesmo período de 2021.

O Valor Bruto da Produção Agropecuária de Rondônia (VBP) em 2023 está estimado em quase 21 bilhões de reais, praticamente estável em relação ao que foi estimado em 2022, embora um pouco menor.

As exportações de carne bovina, soja e milho em 2022 geraram receitas de US$ 868,2 milhões, US$ 1,025 bilhão e US$ 174,4 milhões, respectivamente. Tanto o valor monetário quanto o volume desses três produtos exportados em 2022 foram superiores aos números obtidos em 2021. Entretanto, a variação em dólar superou a de volume, indicando aumento de preços no período.

Fonte: Embrapa

Especialistas dizem que Brasil deve ser o centro da ciência quântica aplicada ao agro

“Precisamos ser o centro do mundo da ciência quântica aplicada ao agro, ter uma visão estratégica. Há uma nova revolução quântica em curso, que depende de um conhecimento profundo. Temos uma comunidade acadêmica forte que domina esse conhecimento. É urgente um projeto de inovação a longo prazo no País”.

Essa foi a síntese final do 1º Workshop de Tecnologias Quânticas no Agro, feita por Paulo Nussenzveig, pró-reitor Pesquisa e Inovação da USP. O evento foi realizado pelo Laboratório Nacional de Agro-Fotônica (Lanaf), da Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP), na sexta-feira (24), de forma híbrida e está disponível no link https://www.youtube.com/watch?v=GTXgUi_SpaM.

Especialistas discutiram as perspectivas, os problemas e as iniciativas bem-sucedidas de empreendedorismo nessa área para o País. As tecnologias quânticas estão presentes em diversos desenvolvimentos tecnológicos tais como GPS, LED, câmeras digitais, computadores, laser, e também podem contribuir intensamente com o setor agropecuário.

Novas oportunidades

“A criptografia quântica, por exemplo, pode ser utilizada para a rastreabilidade dos produtos do agro”, disse a pesquisadora Débora Milori, chefe adjunta de Transferência de Tecnologia da Embrapa Instrumentação e organizadora do workshop. “Podemos desenvolver sensores aplicados à fitossanidade animal”, acrescentou o também pesquisador Luiz Alberto Colnago, da Embrapa Instrumentação, palestrante no evento.

“As tecnologias quânticas podem ser aplicadas para a produção de plantas mais nutritivas”, disse Renato Luzzardi, líder de inovação e parcerias em Pesquisa & Desenvolvimento da Bayer para a América Latina,  durante sua apresentação.

Já o professor Ben-Hur Viana Borges, da Escola de Engenharia de São Carlos – USP sugeriu a criação de um centro de pesquisas da engenharia em sensores (inclusive quânticos) voltados para a agricultura, com a participação da Embrapa Instrumentação, após relatar oportunidades de pesquisa em imageamento quântico e computação quântica para tratamento maciço de dados.

Conhecimento e segurança nacional

Na avaliação de Oswaldo de Oliveira Júnior, diretor do Instituto de Física de São Carlos – USP,  existe a “necessidade de avanços em metrologia, monitoramento, comunicação e nas tecnologias quânticas, que precisam ser dominadas pelo nosso sistema de ciência e tecnologia, pois a segurança nacional depende de C&T e o conhecimento precisa ser passado para a sociedade”.

A ciência quântica tem motivado iniciativas como uma chamada da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial – EMBRAPII, lançada em 2022, para a criação de um Centro de Competência em Tecnologias Quânticas, explicou o coordenador geral de Tecnologias Habilitadoras do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Felipe Belucci, que falou de forma remota no workshop.

Coordenador da mesa redonda sobre “Oportunidades das tecnologias inspiradas em quântica para o agronegócio produtivo e sustentável” e do CPqD (Campinas – SP) – laboratório integrador do Sistema Nacional de Laboratórios de Fotônica – o pesquisador João Batista Rosolem vê uma grande oportunidade nas tecnologias quânticas, e avalia a possibilidade de um projeto integrador temático com os 11 laboratórios do Sisfóton.

Indicadores tropicais

Quem também destacou oportunidades para esse tema foi a representante diplomática brasileira junto à FAO – Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – Carla Barroso Carneiro, também palestrante no workshop de forma remota, após ressaltar que a instituição criou, em 2020, o cargo de cientista-chefe.

A embaixadora acredita na possibilidade da atuação de consultores contratados para termos de referência e documentos da FAO, bem como nos bancos de dados da instituição. Ele ressaltou a importância da “tropicalização” dos indicadores da Organização, que hoje são baseados nos países de clima temperado, que possuem apenas uma safra agrícola, ao contrário do Brasil que possui duas e, em determinados casos, até três safras no mesmo ano.

Os dados da produção agropecuária do País foram apresentados por Ladislau Martin Neto, pesquisador e ex-diretor de P&D da Embrapa, que além de enfatizar a necessidade da Empresa fortalecer a atuação internacional, lembrou que a inovação no campo só ocorre, efetivamente, se chegar ao produtor rural e se houver transformação, pois a tecnologia é quem tem feito a diferença para o País produzir mais e de maneira sustentável.

Trajetória em construção

A construção da iniciativa quântica no Brasil começou há dois anos e meio, de acordo com Paulo Nussenzveig, e teve outra ação decisiva entre os dias 30 de janeiro e 16 de fevereiro de 2023, quando o Instituto Principia e o Instituto Sul-Americano para Pesquisa Fundamental (ICTP-SAIFR) promoveram o workshop “Tecnologias Quânticas para São Paulo, Brasil e a América Latina”.

“Não se trata de fazer algo para alavancar o próprio trabalho, mas algo que o País precisa, para estabelecer um mapa das principais linhas de tecnologias quânticas no Brasil e na América Latina. Esse é um projeto de inovação”, explicou Nussenzveig, acrescentando que há a necessidade de estabelecer uma presença na Região Amazônica e que existe a expectativa de um programa em tecnologias quânticas apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Fonte: Embrapa

Pesquisa começa a medir a emissão de metano por bovinos em Mato Grosso

A Embrapa Agrossilvipastoril iniciou as avaliações para mensurar a emissão de metano entérico por bovinos em diferentes sistemas produtivos de criação de gado a pasto em Mato Grosso. A obtenção desses dados é o passo que falta para se fechar o balanço de emissões de gases causadores de efeito estufa na integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).

A medição de metano usando metodologia de cangas e hexafluoreto de enxofre (SF6), teve início neste mês de março, com cinco dias de coleta durante o verão. Nova coleta está prevista para o fim de abril/início de maio, na transição do período chuvoso para o seco. Outras duas coletas ocorrerão no inverno seco e na primavera, quando retornam as chuvas.

Inicialmente estão sendo medidas as emissões em vacas de leite da raça girolando. A opção por esta categoria se deu pela maior facilidade de manejo e pela docilidade dos animais. As vacas já estão acostumadas a ir ao curral duas vezes ao dia, permitindo a troca e verificação das cangas. São avaliadas vacas em quatro diferentes sistemas silvipastoris, com níveis variados de sombra. O Comitê de Ética Animal da Embrapa Agrossilvipastoril não autorizou que a pesquisa fosse feita com vacas em sistema de pasto a pleno sol.

De acordo com o pesquisador Alexandre Nascimento, responsável pela pesquisa, a expectativa é que no fim do ano já seja possível ter informações para cruzamento com os dados sobre emissões de gases pelo solo e as taxas de sequestro de carbono no solo e nas árvores.

“Até início do ano que vem esperamos ter a quantidade de carbono equivalente emitida por kg de leite produzido. Pode ser um número maior ou menor do que aquela utilizado pelo IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima], mas será um número nosso. Medido em nossa realidade de criação a pasto em uma região tropical no Brasil”, explica o pesquisador.

Atualmente os dados usados para elaboração de relatórios de emissões dos países são aqueles gerados em países com as pesquisas mais avançadas. A maioria deles localizados em regiões temperadas. Dessa forma, o próprio IPCC incentiva que cada país mensure as emissões de seus sistemas produtivos por meio de pesquisas científicas.

No Brasil, a Embrapa Pecuária Sudeste, parceria na realização da pesquisa em Mato Grosso, foi pioneira na utilização desta metodologia de avaliação. O uso das cangas com hexafluoreto de enxofre traz maior liberdade e facilidade na coleta dos dados em criação a pasto. Diferentemente do uso de aparelhos como o GreenFeed, que demandam que o animal vá até o cocho para que a emissão seja medida. Os dados obtidos em Sinop poderão ser comparados com dados obtidos em São Carlos.

A Embrapa Agrossilvipastoril pretende realizar as mesmas mensurações em gado de corte. Porém, para isso busca instituições parceiras. Devido aos animais serem mais ariscos, será necessário mais tempo e maior disponibilidade de mão-de-obra, uma vez que é preciso acostumar os animais com o manejo diário antes de colocar as cangas.

“Com essa pesquisa, nós inauguramos uma frente importante de pesquisas relacionadas ao metano entérico. Poderemos avaliar diferentes categorias animais e também o efeito da dieta adotada na emissão do gás”, explica Alexandre Nascimento.

O metano é um dos três principais gases causadores do efeito estufa emitidos pela atividade agropecuária, ao lado do gás carbônico (CO2) e óxido nitroso (N2O). Em 2021, durante a Conferência do Clima realizada em Glasgow, na Escócia, foi assinado um acordo entre as partes para redução imediata das emissões desse gás. A pecuária é a atividade que mais emite metano devido ao processo de fermentação entérica que ocorre no rúmen dos bovinos.

A pesquisa com sistemas ILPF em pecuária leiteira realizada pela Embrapa Agrossilvipastoril conta com parceria com a Coopernova, Prefeitura de Sinop, Empaer, UFMT e Embrapa Pecuária Sudeste.

Fonte: Embrapa

Potencial aumento da exportação do algodão brasileiro para a China

Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa, fala sobre ida para China e potencial aumento da exportação do algodão brasileiro em entrevista para o programa Bem da Terra, do canal Terraviva. O presidente foi recebido pela holding chinesa COFCO (China Oil and Foodstuffs Corporation).

Fonte: Abrapa

Monitoramento das lavouras

Arroz – 35% colhido

No RS, a colheita avança favorecida pelo clima mais seco, sendo a região da Fronteira Oeste as áreas mais adiantadas com 50% colhidas, e apresentando as maiores perdas devido à estiagem. A região Sul é a mais atrasada na operação, com 15% colhido, estimando-se produtividades melhores. Em SC, 63% da área semeada foi colhida e 25% das lavouras estão em maturação. A produtividade é variável, condicionada principalmente à disponibilidade de irrigação ocorrida ao longo do ciclo produtivo das

lavouras. Contudo, as lavouras se apresentam 95% boas, 4% médias e 1% ruins. Em GO, a colheita segue avançando, onde foi iniciada a operação na região de Flores de Goiás e finalizada na região de São Miguel do Araguaia. Nas demais áreas produtoras, ainda não se iniciou a colheita. No MA, as lavouras do arroz sequeiro encontram-se em boas condições, estando a maioria das áreas em fase de floração e enchimento de grãos. No TO, a região de Formoso é a mais adiantada nas operações de colheita.  

Milho (2ª safra) – 91,1% semeado

Em MT, a regularidade das chuvas tem proporcionado bom desenvolvimento das lavouras, gerando perspectivas positivas quanto à produtividade. No PR, o plantio evolui com a diminuição das

precipitações, contribuindo também para o desenvolvimento das lavouras. Em MS, apesar da redução das precipitações, o solo encharcado dificulta as operações de plantio em muitas regiões.

Em GO, houve redução na área prevista e as lavouras semeadas apresentam bom desenvolvimento. Em SP, o plantio continua atrasado, em função do alongamento do ciclo da soja, e com provável

redução na área que seria destinada ao cereal. Em MG, uma parte significativa das lavouras foi e está sendo semeada fora da janela ideal, causando preocupação na região do Triângulo Mineiro devido à diminuição do volume das precipitações. No TO, os bons volumes de chuva, intercalados com períodos de sol, têm favorecido o desenvolvimento das lavouras. No Sul do MA, o plantio foi finalizado e as lavouras apresentam boas condições. No PI, o plantio avança normalmente e há previsões de aumento da área cultivada. No PA, o plantio está finalizado no Sul e Sudoeste, e segue no restante do estado, com bom desenvolvimento das lavouras.

Feião (2ª safra)

Na BA, a semeadura do feijão cores está em andamento. Com uma área produtora mais concentrada e por dispor de irrigação, as operações de semeadura têm sido favorecidas e estão avançando rapidamente. Em MG, as lavouras continuam apresentando boas condições de desenvolvimento. Operações de manejo preventivo estão mais constantes, justamente para a manutenção da boa fitossanidade. No PR, o plantio praticamente foi finalizado. O atraso na colheita da soja postergou a semeadura do feijão em alguns pontos no Sul e Sudoeste do estado. A grande maioria das lavouras está em boas condições. No RS, as chuvas esparsas na região do Planalto Médio não foram suficientes para o acúmulo de umidade no solo, provocando restrição hídrica em algumas lavouras manejadas em sequeiro. As altas temperaturas recentes também agravam a situação. Contudo, as áreas irrigadas tem apresentado boas condições e melhores perspectivas produtivas. Em SC, a maioria das lavouras está em desenvolvimento vegetativo, dispondo de boas condições fitossanitárias.

Soja – 69,1% colhida

Em MT, a colheita está chegando nas últimas áreas, concentradas principalmente no Leste. As produtividades alcançadas no estado têm sido consideradas ótimas pelos produtores. No RS, a colheita avança lentamente, pois a maioria das áreas ainda não estão em condições ideais para a trilha. As lavouras apresentam grande desuniformidade e as chuvas ocorridas não foram suficientes para reverter o quadro de quebra de safra. No PR, o clima mais seco da última semana permitiu um grande avanço na colheita. Apesar de avarias nos grãos terem sido relatadas, a maioria da soja colhida apresenta boa qualidade e produtividade acima do esperado.

Em GO, a colheita avança em todas as regiões, com boa qualidade de grão e ótimas produtividades sendo alcançadas. Em MS, a colheita se aproxima do fim e os produtores que já encerraram suas operações estão colaborando com os mais atrasados. Em MG, a semana mais seca ajudou no avanço da colheita.

Na BA, as condições climáticas foram favoráveis à colheita e às lavouras em maturação. No MA, a colheita foi encerrada nos Gerais de Balsas e está iniciando no Centro e Leste do estado. No PI, boas produtividades vêm sendo alcançadas na maioria da áreas. Em SC, a colheita avança com excelentes resultados. No PA, a colheita está perto do fim no Sul e Sudoeste.

Algodão – 100 % semeado

Em MT, dias intercalados de sol e chuva tem favorecido o desenvolvimento das lavouras. Há atrasos pontuais no manejo das aplicações de defensivo e adubação. Em GO, as lavouras estão Predominantemente em fases de floração e de formação de maçãs. No geral, as lavouras estão em boas condições de desenvolvimento e sem problemas fitossanitários.

Na BA, as lavouras estão com bom desenvolvimento. O atraso no ciclo, em relação à safra passada, deve-se, principalmente, ao aumento da área irrigada e à redução da área de sequeiro.

Em MS, a redução das chuvas facilitou a execução dos tratos culturais, propiciando lavouras com boa fitossanidade e bom desenvolvimento fenológico.

No Sul do MA, as lavouras de primeira safra e parte das de segunda estão em floração plena com boas condições de desenvolvimento.

Em SP, no Sudoeste, o clima tem sido favorável. No Oeste, áreas em diversos estágios de formação de maçãs. No Noroeste, com o avanço na colheita da soja, a semeadura foi finalizada.

Fonte: Conab

TECNOLOGIA

Software que classifica pulgões do trigo ganha nova versão

Seja para facilitar a tomada de decisões ou oferecer mais precisão em diagnósticos nas lavouras, a tecnologia avança cada vez mais como uma aliada na área do agronegócio. Desde 2018, uma das ferramentas que atua com o propósito de auxiliar na melhoria da produtividade no campo é o AphidCV, um software voltado para classificação e reconhecimento de pulgões, desenvolvido por meio de uma parceria entre o Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada da Universidade de Passo Fundo (UPF) e a Embrapa Trigo. Cinco anos após o lançamento, o programa ganha a terceira versão, que oferece ampliação da detecção de espécies, melhorias no manuseio e mais praticidade no acesso.

Afídeos – os afídeos, conhecidos como pulgões, ocorrem em trigo e outros cereais de inverno. Quando se alimentam das plantas, os afídeos podem transmitir viroses, a mais frequente é o vírus do nanismo amarelo. Em média, plantas de trigo infectadas pelo vírus podem ter o rendimento de grãos comprometido entre 40 e 50%. Como o nome indica, a planta infectada sofre nanismo, redução do crescimento, tem o sistema vascular degenerado e amarelecimento das folhas, o que prejudica a fotossíntese e a produção de grãos.

O AphidCV foi desenvolvido para realizar a contagem e verificar a morfometria de afídeos separando em categorias (adultos ápteros, adultos alados e ninfas). “A mensuração de populações de insetos em plantas é necessária em diversos estudos, como definir o limite de pragas para intervenção com controle químico, avaliar o nível de resistência genética das plantas, avaliação de fatores que afetam o crescimento populacional e a capacidade reprodutiva dos insetos. Estes trabalhos costumam ser realizados manualmente, com o apoio de lupas em um processo cansativo, que consome tempo e sujeito a erros humanos que afetam a precisão”, explica o pesquisador da Embrapa Trigo, Douglas Lau.  Na prática, o software AphidCV trabalha sobre a imagem de uma placa de vidro contendo os insetos, processando de forma instantânea o número total e o tamanho de cada indivíduo. “Com o apoio da visão computacional, é possível reduzir o tempo de análise e aumentar o número de amostras no período”, diz Lau.

A nova versão chamada de “AphidCV 3.0 Web” implementa um método rápido e automatizado para contagem e classificação de pulgões (afídeos), empregando técnicas de processamento de imagens, visão computacional e deep learning. O software é destinado ao uso de pesquisadores da área agrícola, entomólogos e biólogos. “A primeira versão nasceu a partir de uma demanda da Embrapa, com o objetivo de criar uma ferramenta de processamento de imagens e visão computacional para a identificação de afídeos e fazia apenas a classificação e reconhecimento de uma espécie de pulgão. Agora, a terceira edição avança e tem suporte para identificação de indivíduos de quatro espécies”, explica o professor da UPF, Rafael Rieder.

Um outro diferencial da nova versão é a praticidade no acesso. Nas duas primeiras versões os softwares eram instalados no computador, já a última versão é web, então o acesso pode ser feito utilizando um usuário e senha pela internet. “O programa agora está integrado ao TrapSystem, uma plataforma on-line de gerenciamento de dados coletados a partir de armadilhas de insetos, com diferentes ferramentas que facilitam a análise da flutuação populacional dos afídeos e a organização de séries históricas. Nossa ideia é continuar atualizando esses modelos inteligentes de detecção e classificação dos insetos e oferecer também para outras espécies, assim que formos tendo um banco de dados maior”, afirma Rieder.

Fonte: Embrapa 

MERCADO

Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada

Soja

Os preços da soja em grão seguem em queda no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão veio da oferta acima da demanda. O ritmo das vendas de soja esteve reduzido nos últimos meses, e, agora, produtores têm necessidade de fazer caixa e/ou de liberar espaços nos armazéns, elevando a disponibilidade no spot nacional. Já do lado comprador, demandantes estão cautelosos nas aquisições de novos lotes de soja. Quanto aos derivados, as desvalorizações do óleo e do farelo têm sido menos intensas em relação às verificadas para a matéria-prima, resultando em melhora na margem de indústrias. No caso do óleo de soja, o movimento de baixa foi limitado por expectativas de maior demanda para a produção de biodiesel.

Milho

Os preços médios do milho seguem em queda, operando nos menores patamares do ano em muitas praças acompanhadas pelo Cepea. Este cenário de baixa se deve à elevada produção da safra verão, ao clima favorável ao desenvolvimento da segunda temporada e, principalmente, à redução da demanda interna. De acordo com colaboradores do Cepea, as negociações se mantêm calmas no spot nacional. Enquanto produtores se mantêm mais flexíveis – tendo em vista as necessidades de fazer caixa e/ou de liberar espaço nos armazéns –, compradores demonstram baixo interesse em novas aquisições.

Algodão

Os preços do algodão em pluma seguem recuando no mercado nacional, movimento que vem sendo verificado desde meados de fevereiro. Indicando dificuldades nas vendas aos manufaturados, agentes de indústrias consultados pelo Cepea adquirem poucos volumes de pluma, visando atender apenas à necessidade imediata e/ou repor estoque. Estes demandantes ofertam preços menores nas compras. Do lado vendedor, pesquisadores do Cepea indicam que a proximidade da entrada da safra 2022/23 e a necessidade de alguns produtores em “fazer caixa” acabaram elevando a oferta de pluma no spot nacional. Nestes casos, produtores são mais flexíveis nos valores, principalmente quando o lote tem alguma característica intrínseca comprometida. Entretanto, ainda há uma parcela de cotonicultores que se mantém firme em seus preços, sobretudo para lotes de qualidade superior, cuja disponibilidade está limitada no mercado.

Arroz

Chuvas vêm limitando o andamento da colheita do arroz no Rio Grande do Sul. De acordo com colaboradores do Cepea, este cenário vem resultando em menor volume do cereal disponível para negociação. A demanda, por sua vez, está aquecida por parte das unidades de beneficiamento de diversos estados, e a procura para exportação se mantém firme. Nesse cenário, os preços do arroz estão se sustentando ao longo de março, fechando a R$ 87,13/saca de 50 kg nessa terça-feira, 28.

Trigo

As cotações do trigo estão em queda no mercado interno. Agentes de moinhos consultados pelo Cepea indicam estar abastecidos, e essa ausência de compradores pressionou os valores no Brasil. Vendedores, por sua vez, têm interesse em negociar, para liberar espaço em armazéns com a chegada da safra de verão. MERCADO INTERNACIONAL – As cotações externas também recuaram, devido ao avanço do acordo de exportação por meio do Mar Negro. 

Açúcar

O ritmo de negócios do açúcar cristal branco esteve lento ao longo da semana passada no estado de São Paulo. Segundo informações do Cepea, compradores estão trabalhando com o açúcar em estoque e recebendo cristal pré-negociado. Quanto às usinas, não estão fechando novas negociações para entrega imediata, uma vez que a safra 2023/24 está para começar. Entre 20 e 24 de março, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 132,14/saca de 50 kg, praticamente estável em relação à da semana anterior (de R$ 132,15/sc).

Etanol

O valor do etanol hidratado seguiu praticamente estável de 20 a 24 de março, conforme apontam dados do Cepea. O Indicador CEPEA/ESALQ semanal do etanol hidratado, segmento produtor do estado de São Paulo, fechou a R$ 2,6827/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins) no período, pequeno recuo de 0,29% frente ao anterior. De acordo com colaboradores do Cepea, compradores estão na expectativa do início das atividades da safra 2023/24 e do comportamento das cotações – se, de fato, o processamento começar dentro do programado, agentes já esperam oferta de produto em abril. Alguns vendedores, por sua vez, estão com postura firme.

Boi

Os preços do boi gordo subiram nesta segunda quinzena de março, impulsionados sobretudo pela retomada dos envios de carne à China desde o dia 23 de março e também pela restrição vendedora – muitos pecuaristas aproveitam as boas condições das pastagens para segurar os animais no campo. Pesquisadores do Cepea destacam que, com as recentes valorizações, a arroba bovina já é negociada praticamente nos mesmos patamares registrados em meados de fevereiro, antes de a suspensão dos envios ser anunciada. Vale lembrar que o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 encerrou fevereiro a R$ 267,95, com forte queda de 7,2% no acumulado daquele mês, sendo que, até o dia 22 de fevereiro, antes da suspensão dos envios, o Indicador acumulava alta, de 3,74%. Agora em março (até o dia 28), o Indicador acumula expressivo avanço de 10,2%. Trata-se, inclusive, da maior elevação no acumulado de um mês desde novembro/21, quando o Indicador avançou significativos 25,26% e o setor nacional atravessava justamente uma suspensão dos envios de carne à China, por conta de um caso atípico de vaca louca no início de setembro/21.

CLIMA

Dia Mundial da Meteorologia

No dia 23 de março de 1950 um acordo de cooperação entre a Organização Meteorológica Internacional (OMI) com a Organização das Nações Unidas (ONU) foi firmado, fazendo com que a então OMI passasse a ser denominada de Organização Meteorológica Mundial (OMM) passando a ser uma agência Integrada da ONU.

A OMM tem como objetivos principais: estabelecer uma liderança de aperfeiçoamento e cooperação internacional em meteorologia, clima, recursos hídricos; facilitar uma cooperação mundial na criação de redes de estações para a realização de observações meteorológicas, bem como hidrológicas e outras observações geofísicas relacionadas com a meteorologia; promover o estabelecimento e a manutenção de centros encarregados da prestação de serviços meteorológicos; Promover o estabelecimento e manutenção de sistemas de troca rápida de informações meteorológicas e correlatas; Promover a normalização das observações meteorológicas e afins e assegurar a publicação uniforme de observações e estatísticas; Prosseguir a aplicação da meteorologia para aviação, navegação, problemas de água, agricultura e outras atividades humanas; Promover atividades de hidrologia operacional e cada vez mais estreita cooperação entre os Serviços Meteorológicos e Hidrológicos; Incentivar a investigação e formação em meteorologia e, quando apropriado, em áreas afins, e para ajudar na coordenação dos aspectos internacionais desse tipo de investigação e formação. Portanto, o dia 23 de março foi escolhido para se comemorar o dia Meteorológico Mundial por ser a data de criação da OMM que possui sede em Genebra na Suíça.

Em 2023, o tema escolhido para celebrar o dia meteorológico mundial é: O futuro do tempo, Clima e Água através das gerações, marcando o 150° aniversário de fundação da Organização Meteorológica Internacional, antecessora da OMM.

Fonte: Mapa/Uema

Previsão de chuva

Entre os dias 27 de março e 3 de abril, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê maiores acumulados de chuva, com valores superiores a 70 mm, em áreas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além de áreas pontuais do leste de Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro. (Figura 1 – tons em vermelho e rosa no mapa).

As chuvas na faixa norte do País, devem ser ocasionadas pela combinação do calor e alta umidade com a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) no decorrer da semana.

Já na Paraíba até a Bahia, Roraima, além de áreas pontuais do Centro-Oeste, Sudeste e Sul, a previsão é de pouca chuva na maioria dos dias (tons em branco e azul).

Confira abaixo a previsão do tempo detalhada para cada região do Brasil nas próximas duas semanas:

Previsão para a 1ª semana (27/03/2023 a 03/04/2023)

Região Norte

Podem ocorrer volumes de chuva maiores que 70 milímetros (mm) em grande parte da região, principalmente em áreas do Amazonas, Roraima, Pará e Tocantins. Nas demais áreas, os acumulados de chuva ficarão abaixo de 50 mm.

Região Nordeste

São previstos acumulados de chuvas que podem superar 70 mm no norte da região, principalmente do Maranhão até o Rio Grande do Norte. Porém, desde o sertão da Paraíba até o sul Bahia, uma massa de ar quente e seca reduz os acumulados de chuvas, que contribui para manter temperaturas elevadas e reduzir a umidade relativa que pode chegar a 20%.

Região Centro-Oeste

A previsão é de pancadas de chuvas que podem ultrapassar os 60 mm, principalmente no início da semana, no noroeste do Mato Grosso. Nas demais áreas, a massa de ar quente e seca reduz os acumulados de chuvas ao longo da semana, que não devem ultrapassar os 40 mm, mantém as temperaturas elevadas e diminui a umidade relativa que pode chegar a 20%.

Região Sudeste

O deslocamento de um sistema frontal pelo oceano, no início da semana, deverá contribuir com acumulados no litoral da região, principalmente no Rio de Janeiro e Espírito Santo. Em Minas Gerais, o ar quente e seco deve diminuir os acumulados de chuvas, que contribui para manter as temperaturas elevadas e diminuir a umidade relativa, que pode chegar a 20%.

Região Sul

O início da semana será de pouca chuva. Porém, a partir de quinta-feira (30), uma nova frente fria deverá avançar sobre a região, trazendo acumulados de chuva maiores que podem ultrapassar os 60 mm, principalmente no litoral de Santa Catarina e Paraná, além de grande parte do Rio Grande do Sul.

Figura 1. Previsão de chuva para 1ª semana (27/03 a 03/04/2023). Fonte: INMET.

Entre os dias 4 e 12 de abril de 2023, a previsão do Inmet indica grandes volumes de chuva, que podem superar os 100 mm, no centro-norte do País. Já no litoral de São Paulo e do Paraná, além do oeste do Rio Grande do Sul, os acumulados de chuvas podem chegar aos 70 mm.

Nas áreas do interior do Nordeste, grande parte da Região Sudeste e Centro-oeste, são previstos baixos volumes (menores que 30 mm). Veja figura 2.

Previsão para a 2ª semana (04/04 a 12/04/2023)

Região Norte

São previstos acumulados maiores que 70 mm em praticamente toda a região. Já em áreas centrais do Pará, leste do Amazonas e do Tocantins, os volumes de chuva podem superar os 100 mm.

Região Nordeste

Os acumulados de chuva podem ultrapassar 100 mm em áreas do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Nas demais áreas, os totais de chuva serão menores e não devem ultrapassar os 60 mm.

Região Centro-Oeste

A previsão indica muita chuva, principalmente em grande parte do Mato Grosso, podendo variar entre 60 e 90 mm de chuva. Nas demais áreas, a previsão é de pouca chuva com valores inferiores a 40 mm.

Região Sudeste

Os maiores acumulados de chuva podem ocorrer no litoral de São Paulo e Rio de Janeiro, com valores que podem ultrapassar 70 mm. Nas demais áreas, os volumes de chuva não devem ultrapassar 60 mm.

Região Sul

Os maiores acumulados de chuva são previstos para o leste do Paraná e de Santa Catarina, além do noroeste e litoral do Rio Grande do Sul com volumes chegando a 70 mm. Nas demais áreas, os acumulados de chuva poderão variar entre 10 e 30 mm.

Figura 2. Previsão de chuva para 2ª semana (04 e 12 de abril de 2023). Fonte: GFS.

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