EspecialistasFertilidadeInsumoSolo
0

Motivos pelos quais ainda perdermos mais de 50% do nitrogênio aplicado

Motivos pelos quais ainda perdermos mais de 50% do nitrogênio aplicado

Seja bem-vindo(a) a Newsletter da Agro Insight, um espaço de artigos autorais e curadoria sobre tecnologias, sustentabilidade e gestão para o agro.

Se você ainda não é assinante, junte-se a mais de 8 mil profissionais do Agro, consultores e produtores rurais que recebem gratuitamente conteúdos de qualidade selecionados toda semana, adicionando o seu e-mail abaixo:

O aumento da eficiência do uso do nitrogênio e a redução da emissão de óxido nitroso são assuntos que estão na agenda econômica e climática de vários países, incluindo Brasil e Alemanha. Você sabe o motivo?

Mesmo em uma agricultura altamente tecnificada e desenvolvida, ainda é comum nos depararmos com perdas de nitrogênio maiores do que 50% e o motivo é a grande mobilidade que esse elemento possui no ambiente.

Prova disso são os vários projetos de pesquisa que se encontram em desenvolvimento no Brasil e também na Alemanha com o intuito de, de fato, controlar as perdas de nitrogênio.

Exemplificando, alguns desses projetos buscam formas mais eficientes para o emprego de compostos que retardam a conversão de amônio em nitrato e também a identificação das práticas de manejo (manejo de solo, calagem, irrigação, uso de condicionadores de solo) mais adequadas para cada realidade.

As principais formas de perda do nitrogênio são:

  • Volatilização da amônia (por favor, não confunda amônia (NH3) com amônio (NH4+))
  • Imobilização por microrganismos em solos com alta relação C/N
  • Lixiviação
  • Perdas via desnitrificação e, consequente, emissão dos gases NO, N2O, N2

Embora as principais vias de perda do N sejam conhecidas, elas são difíceis de controlar porque são extremamente impactadas por vários fatores ambientais, como:

Umidade: O solo com umidade adequada, próximo a capacidade de campo, evita perdas por volatilização. Por outro lado, o solo seco aumenta a volatilização da amônia e solo com umidade em excesso desencadeia o processo de desnitrificação e gera picos de emissão de N2O.

pH: Solos com pH alcalino favorecem a volatilização da amônia.

Temperatura: Temperaturas altas (até cerca de 40 °C) favorecem a hidrólise da ureia e, consequentemente, perdas por volatilização assim como promovem as perdas pelo processo de desnitrificação ao estimular atividade microbiana.

Textura: Solos arenosos são mais propensos a perdas por lixiviação, entretanto, são bem drenados e, geralmente, possuem menor teor decarbono orgânico, fatores que restringem a ocorrência de desnitrificação e emissão de N2O.

Diversos fatores de manejo também influenciam: Fertilizante escolhido, manejo do solo, estratégia de parcelamento das doses do adubo, dentre outros.

 

Ficou com alguma dúvida? Qual a sua opinião sobre esse assunto? É aceitável perdermos mais de 50% de um insumo? Deixe seu comentário!

 

Dica de Leitura: Ciclo do nitrogênio em sistemas agrícolas. Disponível em: https://www.embrapa.br/en/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1090589/ciclo-do-nitrogenio-em-sistemas-agricolas

 

 

Se inscreva na nossa Newsletter gratuita

Espaço para parceiros do Agro aqui

Tags: Adubação nitrogenada, Lixiviação, Manejo da fertilidade, Nitrogênio, Redução de perdas, Volatilização

Posts Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preencha esse campo
Preencha esse campo
Digite um endereço de e-mail válido.
Você precisa concordar com os termos para prosseguir

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

outubro 2024
D S T Q Q S S
 12345
6789101112
13141516171819
20212223242526
2728293031  
LinkedIn
YouTube
Instagram