Curadoria Semanal
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Abertura de mercado no Peru para exportação de maçãs brasileiras
Trata-se da oitava abertura de mercado no Peru para produtos agrícolas do Brasil neste ano. As aberturas anteriores favoreceram os produtores brasileiros de erva-mate, farelo de mandioca, fibra de coco, flor seca de cravo-da-índia, feno e hemoderivados de bovinos e suínos.
As exportações agrícolas brasileiras para o Peru ultrapassaram US$ 724 milhões em 2023, com destaque para produtos florestais, carnes e soja. Entre janeiro e setembro de 2024, o valor foi de US$ 548 milhões.
Em 2023, o Brasil exportou mais de US$ 30 milhões em maçãs para cerca de cem destinos. Com essa nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 194ª abertura de mercado neste ano, totalizando 272 aberturas em 61 destinos desde o início de 2023. Esses resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Fonte: MAPA 06/11/2024
Brasil fortalece cooperação com o México em seguro rural agropecuário
Entre os dias 31 de outubro e 1º de novembro, uma delegação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), liderada por Cléber Soares e Guilherme Campos, esteve no México para reforçar a colaboração no setor de seguro agropecuário na América Latina. Durante a visita, foi assinado um Memorando de Entendimento (MoU) com a Asociación Latinoamericana para el Desarrolo del Seguro Rural Agropecuário (ALASA), objetivando o fortalecimento de políticas de proteção para o setor. O MoU inclui a organização do XVIII Congresso Internacional da ALASA em Brasília, em abril de 2025, reunindo atores chave do setor para debater temas como desafios climáticos e avanços tecnológicos em seguros rurais.
A missão da comitiva brasileira também envolveu a análise das políticas de seguro rural do México, reconhecido por seu uso de seguros paramétricos e catastróficos. A delegação se reuniu com o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (SADER) e o Ministério da Fazenda e Crédito Público (SHCP) para fortalecer a relação bilateral e explorar cooperações em políticas de seguro e crédito rural. A visita incluiu conversas com o Diretor Geral dos Fideicomisos Instituidos en Relación con la Agricultura (FIRA), discutindo estratégias de crédito e garantia para o setor agrícola.
Além disso, a comitiva conheceu o modelo do Estado de Veracruz, onde seguros paramétricos são usados para proteger áreas vulneráveis aos impactos climáticos. Para estreitar o diálogo, houve encontros com representantes da Associação Mexicana de Instituições de Seguro e empresas do setor. O secretário-executivo adjunto Cléber Soares destacou que essa missão reafirma o papel do Brasil em promover soluções para a segurança agropecuária na região, com o compromisso de fortalecer políticas de seguro rural e construir parcerias sólidas na América Latina.
Fonte: Mapa 06/11/2024
Brasil exporta tecnologia para melhoramento genético de bovinos leiteiros
A Embrapa Gado de Leite iniciou em setembro deste ano a avaliação genômica de rebanhos da raça Gir Leiteiro no México, expandindo seus serviços para fora do Brasil. Em maio, esse serviço já havia sido oferecido na Bolívia, e a expectativa é que até o próximo ano seja estendido a outros 11 países latino-americanos, consolidando o Brasil como referência em genética bovina adaptada ao clima tropical.
Marcos Vinícius G. B. Silva, pesquisador da Embrapa, destaca que o Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro (PNMGL), realizado em parceria com a ABCGIL, tem atraído o interesse de outros países. Esse reconhecimento é fruto de um trabalho iniciado em 1985, com importantes benefícios econômicos e científicos para o Brasil, por meio da exportação de genética bovina.
Até o final do ano, a Embrapa espera receber dados de 350 rebanhos internacionais, num total de aproximadamente 3 mil animais, com cada avaliação custando até US$ 38. Os produtores interessados devem enviar amostras genéticas para um laboratório especializado, que realiza a genotipagem. Esses dados são processados por uma equipe de bioinformática da Embrapa e, posteriormente, disponibilizados aos produtores via ABCGIL.
Com apoio de infraestrutura avançada de bioinformática, a Embrapa processa milhões de dados, incluindo informações genômicas e de pedigree. Em breve, os resultados estarão acessíveis por meio de um aplicativo, permitindo aos produtores avaliar os ganhos genéticos e obter certificados de avaliação genômica. A tecnologia aplicada traz eficiência e rapidez ao processo de melhoramento genético, fundamental para o desenvolvimento da bovinocultura tropical.
A seleção genômica representa um avanço sobre a seleção tradicional, pois identifica características genéticas com maior precisão e rapidez. Desde o sequenciamento do DNA bovino, realizado há 16 anos, pesquisadores da Embrapa têm identificado marcadores genéticos específicos (SNPs) para a raça Gir, possibilitando melhorias em características como produção, resistência a doenças e adaptação ao clima.
Incorporada ao PNMGL em 2018, a avaliação genômica elevou a precisão das estimativas genéticas, acelerando o progresso da raça Gir Leiteiro. Essa tecnologia, pioneira entre as raças zebuínas leiteiras, reduz os custos e o intervalo de gerações no melhoramento genético, permitindo um avanço rápido e economicamente viável, agora exportado para vários países latino-americanos.
Fonte: Mapa 07/11/2024
Fiscais retiram de rede de supermercados 10,5 mil quilos de arroz com disparidade de tipo
Agentes fiscais da regional do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em Araraquara (SP) apreenderam 2.119 pacotes de 5 quilos de arroz em uma rede de supermercados da cidade. O alimento é empacotado por uma empresa do Rio Grande do Sul e estava completamente fora da classificação. Na embalagem, constava que o produto era arroz classe longo fino e tipo 1, mas em análise fiscal, o produto apresentou-se como tipo 3. A ação ocorreu no dia 28 de outubro, segunda-feira, durante uma fiscalização de rotina.
De acordo com o anexo VII da Instrução Normativa Ministerial nº 06/2009 de 6 de fevereiro de 2009, o limite total de quebrados e quireras é de 7,5% do peso. Porém, nos lotes do produto fiscalizado o resultado encontrado foi de 24,59% do peso, ou seja, mais de três vezes o permitido para o tipo 1 declarado nas embalagens. Segundo os fiscais, a irregularidade se caracteriza como fraude ao consumidor.
A responsabilidade, no caso, é do embalador estabelecido no Rio Grande do Sul. A empresa, que distribui seus produtos nos principais Estados brasileiros, é reincidente no registro de infrações. O Mapa reforça que todos os direitos de defesa serão concedidos à empresa, cujas irregularidades serão apuradas em processo administrativo fiscal. O Mapa só divulga o nome da infratora após o encerramento do processo.
Segundo os fiscais, a empresa terá oportunidade de requerer análise pericial e, em caso de confirmação da não conformidade, terá que substituir os lotes irregulares dos produtos apreendidos por lotes conformes. Os produtos fora da classificação vão retornar à indústria para reprocesso e reenquadramento no tipo real, tudo com acompanhamento dos agentes fiscais do Estado onde está estabelecida. Os lotes de produtos foram apreendidos com base no inciso I e II artigo 102 do Decreto Federal 6.268/2007 e no inciso I do artigo 26 da lei federal 14.515/2022, conhecida como lei do autocontrole. A empresa fica sujeita às penalidades previstas no artigo 27 desta lei.
O Mapa solicita aos consumidores que suspeitarem da qualidade de produtos vegetais ou de origem vegetal encontrados no comércio que denunciem a ocorrência na plataforma Fala BR, encontrada no site do Ministério da Agricultura. Essa plataforma é um instrumento criado pela Controladoria Geral da União (CGU) e serve para denúncias, elogios, solicitações ou enviar sugestões, de forma anônima ou não. O mecanismo auxilia muito nas programações de fiscalizações.
Fonte: Mapa 06/11/2024
Uso de microrganismos benéficos reduz tempo de produção de mudas de abacaxi
Foto: Polyana Santos da Silva
A pesquisa realizada pela Embrapa e Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) com a variedade de abacaxi BRS Imperial destaca o uso de microrganismos benéficos, promovendo o crescimento da cultura. Esse processo, chamado microbiolização, acelera em até 34% a aclimatização de mudas micropropagadas, sendo vantajoso para viveiristas e abacaxicultores, uma vez que o período de produção de mudas é longo e um dos maiores desafios do cultivo. Os resultados promissores levaram a novos testes em condições de campo.
Liderado pela pesquisadora Fernanda Vidigal, o projeto explora o potencial de microrganismos do microbioma do abacaxi, visando um sistema de produção sustentável. A utilização desses microrganismos específicos elimina problemas de incompatibilidade e favorece mudas mais vigorosas e sadias. A variedade BRS Imperial, resistente à fusariose e com alto teor de açúcar, destaca-se no mercado, mas enfrenta o desafio de produzir mudas sadias em larga escala.
Com a inoculação bacteriana, o tempo de aclimatização foi reduzido, proporcionando três ciclos produtivos em vez de dois, o que impacta positivamente na produção de mudas e viabiliza economicamente o processo. A metodologia usada envolveu testes in vitro, in vivo e semicampo, e o isolado BAC222 foi identificado como o mais eficaz na fase de casa de vegetação. Outro isolado, BAC406, mostrou bons resultados em semicampo e está sendo preparado para testes comerciais.
O estudo também identificou que esses microrganismos podem auxiliar no controle de patógenos e na indução de resistência, com potencial de biocontrole contra doenças como fusariose e o vírus da murcha do abacaxizeiro. Os benefícios dessas bactérias incluem maior vigor das plantas, que podem compensar parcialmente a mortalidade causada por doenças, promovendo maior produtividade no campo. A microbiolização também atende à demanda de reduzir a dependência de insumos químicos, e o projeto visa desenvolver bioinsumos com potencial para parcerias de produção. A Rede Ananás, liderada pela Embrapa, busca multiplicar mudas de qualidade para produtores, facilitando o acesso a genética de alta sanidade, uma estratégia semelhante à Rede Reniva, voltada para a cultura da mandioca.
O uso de mudas micropropagadas de abacaxi oferece padronização e sanidade, fundamentais para a formação de matrizeiros. A Rede Ananás promove a distribuição dessas mudas em larga escala, com o objetivo de tornar o acesso mais viável economicamente, e a microbiolização auxilia na robustez e resistência das mudas contra patógenos, aumentando a segurança e a sustentabilidade do processo.
Além dos benefícios técnicos, os estudos da Embrapa alinham-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especificamente o Objetivo 2, de “Fome zero e agricultura sustentável”. A agenda da Embrapa busca contribuir para a segurança alimentar e práticas agrícolas sustentáveis, promovendo o avanço da cultura do abacaxizeiro. A Rede ODS Embrapa, criada em 2017, coordena os esforços de pesquisa e inovação da Embrapa, alinhando suas ações à Agenda 2030 para atender à demanda de sustentabilidade, com projetos como o de microbiolização no abacaxizeiro, contribuindo para práticas agrícolas mais responsáveis e alinhadas ao desenvolvimento global sustentável.
Fonte: Embrapa 06/11/2024
Parceria entre Brasil e Estados Unidos fortalece inovação em fertilizantes
O Ministério da Agricultura do Brasil, a Embrapa e o IFDC firmaram um Memorando de Entendimento nos Estados Unidos, visando desenvolver tecnologias que aprimorem a eficiência dos fertilizantes e promovam práticas agrícolas sustentáveis. O acordo, firmado em Muscle Shoals, Alabama, marca uma colaboração estratégica para inovação em nutrição vegetal e industrialização, envolvendo também universidades brasileiras e a Petrobras. Como um dos primeiros passos, o Centro de Excelência em Fertilizantes e Insumos para Nutrição de Plantas (CEFENP) será criado no Brasil.
A Embrapa e o IFDC possuem uma longa parceria em pesquisas sobre fertilizantes, reforçada pela iniciativa Fertilize 4 Life, lançada em 2023 para enfrentar desafios globais como a crise de fertilizantes e a segurança alimentar. Essa iniciativa colaborativa, conduzida pelo Labex América do Norte, busca otimizar o uso de fertilizantes e fortalecer a saúde do solo, com impactos tanto nos EUA quanto no Brasil. A presença do coordenador do Labex, Alexandre Varella, reafirma o compromisso da Embrapa em compartilhar soluções agrícolas sustentáveis com outros países.
Durante o evento, representantes do Mapa, incluindo Cleber Soares e Guilherme Campos, destacaram a importância dessa parceria para reduzir a dependência de importação de fertilizantes e fomentar a inovação no setor. A delegação brasileira também visitou instalações do IFDC para explorar abordagens de eficiência de fertilizantes e participou de debates sobre segurança alimentar e colaboração internacional, fortalecendo laços com empresas indianas e norte-americanas.
A Embaixadora Maria Luiza Viotti enfatizou o papel das parcerias internacionais na promoção de uma agricultura sustentável no Brasil, menos dependente de insumos externos. Ela incentivou o fornecimento de dados científicos para a diplomacia brasileira e ressaltou o avanço em práticas agrícolas sustentáveis, como uma resposta à crescente demanda por segurança alimentar global.
O evento culminou em um painel na Embaixada do Brasil em Washington, D.C., que reuniu representantes da Embrapa, Mapa, IFDC, USDA e Petrobras. O painel discutiu estratégias para agricultura sustentável, destacando tecnologias da Embrapa que podem ser aplicadas globalmente para combater a insegurança alimentar e os impactos das mudanças climáticas, especialmente em regiões da África e América Latina.
O acordo inclui a criação do CEFENP, parte do Plano Nacional de Fertilizantes, com previsão para lançamento digital em 2025 e uma estrutura física até 2026. A Embrapa coordenará hubs regionais, como o de bioinsumos no Paraná e de agrominerais em Goiás. A parceria com o IFDC, instituição referência em tecnologia de fertilizantes, busca fortalecer a autonomia tecnológica do Brasil, com um escritório previsto no Rio de Janeiro, reforçando o compromisso do país com práticas agrícolas sustentáveis e inovação tecnológica.
Fonte: Embrapa 30/10/2024
Foto: freepik
Estudo aponta perda de nascentes e assoreamento de rios em áreas rurais do Paraná
Um estudo da Embrapa e parceiros revelou a perda preocupante de nascentes e o assoreamento de rios na Bacia Hidrográfica Paraná III, no oeste do Paraná, alertando para práticas inadequadas de manejo do solo e desmatamento que impactam negativamente a qualidade da água e os recursos naturais. O documento gerado, com mais de dez artigos, fornece diretrizes inéditas para políticas públicas que promovam práticas de manejo sustentável para preservar solos, vegetação e água na região.
A pesquisa envolveu a Embrapa Florestas, Embrapa Soja e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), com apoio financeiro de Itaipu Binacional e do governo do Paraná. Também participaram universidades brasileiras e institutos como a Ufla e a UFRGS. Segundo a pesquisadora Annete Bonnet, o estudo demonstra a necessidade de uma gestão integrada dos recursos naturais, unindo produção agropecuária e conservação ambiental.
Práticas inadequadas na agricultura, urbanização e desmatamento têm contribuído para a erosão do solo, comprometendo a qualidade dos rios e a disponibilidade de água. Gustavo Curcio, pesquisador da Embrapa Florestas, alerta que a degradação do solo e a escassez hídrica impactam a sustentabilidade dos ecossistemas e a agricultura, vital para a economia local. O estudo sugere técnicas como plantio direto e rotação de culturas para mitigar esses efeitos.
O estudo resultou em proposições de políticas públicas, incluindo a criação de categorias para conservação, manejo sustentável e capacitação técnica. Foram recomendadas sete prioridades para implementação de políticas no meio rural, com base em uma análise abrangente da qualidade dos solos e fragilidades das paisagens da região, reforçando a importância de um planejamento interdisciplinar para alcançar sustentabilidade.
A Itaipu Binacional e o IDR-PR têm contribuído com estudos de manejo de solos que mostram ser possível aliar rentabilidade econômica e sustentabilidade, por meio de sistemas como Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Essas práticas melhoram a infiltração de água, reduzem erosão e aumentam a estabilidade da produção, mesmo em condições climáticas adversas.
Por fim, pesquisadores como Júlio Franchini, da Embrapa Soja, destacam a importância de compreender a pedologia para melhorar o uso de insumos e reduzir limitações dos solos, visando uma agricultura mais produtiva e conservacionista. Esse estudo fornece uma base técnica essencial para políticas públicas que garantam a conservação de recursos e sustentem a agricultura na Bacia Hidrográfica Paraná III.
Foto: freepik
Monitoramento semanal das condições das lavouras
Atualizado em 04 de novembro
ARROZ – 54,9% semeado. A redução das chuvas no Rio Grande do Sul favoreceu o avanço significativo da semeadura, com exceção das regiões da Campanha e do Sul, onde se observa um atraso em relação à área prevista para o plantio. Em Santa Catarina, as temperaturas mais altas e a boa incidência de radiação solar beneficiaram o progresso da semeadura e a realização dos tratos culturais, restando apenas algumas áreas na região Sul para semear. Em Tocantins, a semeadura progrediu com a regularidade das chuvas. Em Goiás, o plantio avançou pouco devido às chuvas volumosas, embora a sanidade e o desenvolvimento das lavouras estejam satisfatórios. No Maranhão, a colheita ocorre somente em áreas de Arari, com as lavouras em diversos estágios fenológicos. No Pará, o tempo favorável e a alta luminosidade mantêm as lavouras em boas condições de desenvolvimento, com os cultivos evoluindo para a maturação..
FEIJÃO (1ª safra) – Com 36,3% da área semeada, o plantio no Paraná está em fase de conclusão, e a ausência de chuvas em algumas regiões permitiu o avanço das operações. Em Minas Gerais, o clima favoreceu a semeadura e o desenvolvimento inicial das lavouras, que já atingiu pouco mais de um terço da área total. Na Bahia, o progresso da semeadura é lento, pois aguarda-se uma distribuição e volume de chuvas mais uniforme, especialmente nas áreas de sequeiro. Em Santa Catarina, aproximadamente três quartos da área planejada estão plantados, e as lavouras demonstram excelente vigor e sanidade, beneficiadas pelo clima. No Rio Grande do Sul, a escassez de precipitações favoreceu o plantio e os tratos culturais, especialmente na região Sul. A umidade do solo foi adequada para o avanço da semeadura e mantém boas condições para o desenvolvimento das lavouras de feijão preto. Em Goiás, as condições climáticas propiciaram um bom avanço no plantio, especialmente nas regiões Leste e Sudoeste, que concentram a maior parte da produção e apresentam lavouras em bom desenvolvimento.
MILHO – Com 42,1% da área semeada, a regularização das chuvas em Minas Gerais possibilitou o avanço da semeadura, embora o ritmo ainda esteja abaixo do registrado na safra anterior. No Rio Grande do Sul, as lavouras apresentam bom desenvolvimento, favorecidas pelas temperaturas adequadas e pelo bom armazenamento hídrico do solo, e a incidência de pragas e doenças é baixa. No Paraná, o plantio está sendo finalizado, com a maioria das lavouras em boas condições de desenvolvimento. Em Santa Catarina, o ritmo da semeadura foi mais lento, devido à priorização da colheita de trigo; no entanto, as condições climáticas têm sido favoráveis, e a incidência de pragas é menor em comparação às safras anteriores. Em Goiás, o plantio está concentrado principalmente em áreas irrigadas. Na Bahia, a semeadura avança na região Oeste, com lavouras em desenvolvimento adequado.
SOJA – Com 53,3% da área semeada, a umidade do solo em Mato Grosso tem favorecido a evolução da semeadura, com lavouras apresentando bom desenvolvimento. No Rio Grande do Sul, as condições favoráveis do solo permitiram uma intensificação do plantio, seguindo um calendário ideal em todas as regiões. No Paraná, a redução das chuvas possibilitou o avanço da área semeada. Em Goiás, o plantio foi finalizado no Sudoeste, a maior região produtora, com as lavouras apresentando bom desenvolvimento inicial em todo o estado. No Mato Grosso do Sul, a umidade do solo garantiu boas condições para o plantio. Em Minas Gerais, o excesso de chuvas impediu um avanço mais significativo da semeadura. Em Tocantins, o plantio está em andamento em todo o estado, variando conforme a disponibilidade de água no solo. No Maranhão, a semeadura avança nas regiões Sul e Leste. No Piauí, o plantio começou de forma limitada, aguardando a regularização das chuvas. Na Bahia, o avanço do plantio traz lavouras em bom desenvolvimento, enquanto no Pará o plantio continua nas regiões da BR-163 e de Redenção, com as lavouras apresentando desenvolvimento satisfatório.
TRIGO – Com 69,3% da colheita concluída, o tempo seco no Rio Grande do Sul favoreceu os trabalhos, resultando em melhores colheitas nas áreas mais recentes. Nas regiões do Alto Uruguai, Missões e Fronteira Oeste, a colheita está quase finalizada, enquanto no Planalto Médio, Depressão Central, Sul e Campanha, as operações estão em pleno andamento. No Planalto Superior, a colheita ainda não começou, com predominância da fase de enchimento de grãos. No Paraná, os dias mais secos permitiram o avanço da colheita, que já alcança 91%. Em Santa Catarina, a colheita também segue em progresso, com produtividade média e qualidade de PH consideradas boas. Mesmo com algumas chuvas no final do ciclo, a incidência de Giberela permanece baixa.
FONTE: Monitoramento da lavoura – CONAB – atualizado em 04 de novembro
MERCADO
INDICADORES CEPEA
ALGODÃO – Vendedores mantêm foco em embarques de contratos a termo. Pesquisas do Cepea mostram que vendedores seguem priorizando os embarques de contratos a termo de algodão em pluma e também realizam novas programações, principalmente para exportação, envolvendo a safra 2023/24, além do produto que virá na temporada 2024/25. Segundo dados da Secex analisados pelo Cepea, na parcial de outubro (até o dia 25), os embarques brasileiros de algodão em pluma somavam 257,2 mil toneladas, podendo chegar ao maior volume do ano (em fevereiro, os embarques foram de 258,2 mil toneladas). Em 12 meses (entre 1º/nov/23 e 25/out/24), são 2,7 milhões de toneladas enviadas ao exterior, um recorde nacional. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
ARROZ – Diferença entre mínimo e máximo é de apenas 1% em outubro. O mercado de arroz parece ter encontrado um patamar de resistência de preços, sem variações expressivas, conforme apontam levantamentos do Cepea. Em outubro, a média do Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros, com pagamento à vista) foi de R$ 119,29/saca de 50 kg, oscilando entre o mínimo de R$ 118,60/sc e o máximo de R$ 119,88/sc, ou seja, uma diferença de apenas 1,1% entre esses valores. A média mensal superou em ligeiro 0,4% a de setembro e em 14,6% a de out/23, em termos nominais. Na parcial do ano, as cotações estão 20,5% maiores que a média de igual intervalo de 2023. Pesquisas do Cepea mostram que não há choques de liquidez, com produtores atentos ao cultivo da nova temporada, atrasada em relação a 2023, e compradores também retraídos, analisando os parâmetros externos e notícias de intervenções governamentais. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
AÇUCAR – O Indicador do açúcar cristal CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, abriu novembro a R$ 164,66/saca de 50 kg, renovando o recorde nominal de toda a série histórica do Cepea. Até então, o maior Indicador nominal era de R$ 159,32/sc de 50 kg, verificado em 5 de outubro do ano passado. Segundo pesquisadores do Cepea, os altos preços praticados pela saca do cristal no mercado paulista continuam atribuídos à baixa disponibilidade de lotes para vendas adicionais no spot. A maior parte da produção de açúcar segue comprometida com as exportações. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
BATATA – Mesmo com chuvas, preços caem pela 3ª semana. Levantamento da equipe Hortifrúti/Cepea mostra que os preços da batata caíram pela terceira semana consecutiva. Entre 28 de outubro e 1º de novembro, a média da batata tipo ágata especial foi de R$ 89,87/sc de 25 kg no atacado de São Paulo (SP), queda de 7,79% em relação ao período anterior; de R$ 76,86/sc em Belo Horizonte (MG), decréscimo de 2,29%, e de R$ 81,00/sc no Rio de Janeiro (RJ), recuo de 11,23%. Pesquisadores do Hortifrúti/Cepea explicam que, no entreposto carioca, a queda está relacionada à maior entrada do tubérculo do Sul de Minas, onde a colheita está com ritmo acelerado, visto a proximidade do calendário de plantio de soja e milho. Nas praças paulistas e mineiras, apesar da menor entrada do Triângulo Mineiro no início da semana – reflexo do fim e do início da semana chuvoso –, houve um aumento da oferta do Sul de Minas e do Cerrado Mineiro, ainda conforme pesquisas do Hortifrúti/Cepea. Fonte: Hortifrúti/Cepea (hfbrasil.org.br)
BOI – Negócios já chegam à marca dos R$ 330/arroba. Levantamentos do Cepea já apontam negócios na marca de R$ 330,00/arroba no estado de São Paulo, com o Indicador do Boi Gordo CEPEA/B3, que representa negócios no mercado spot paulista com bois a partir de 16 arrobas, fechando a R$ 320,90 nessa terça-feira, 5 – valor à vista e livre de Funrural. Ao longo de outubro, o Indicador CEPEA/B3 acumulou ganho de 16%, à média de R$ 301,13, valor elevado na série deflacionada, mas ainda abaixo das cotações prevalecentes entre meados de 2020 e de 2022. Em novembro/20, foi alcançada a máxima da série deflacionada do Indicador CEPEA/B3, de R$ 354,54. Segundo pesquisadores do Cepea, com a volta do período das chuvas, a oferta para abate deve se recuperar à medida que as pastagens também se recuperam e os animais ganham peso. No atacado da Grande SP, a carne com osso continua em alta, ainda conforme pesquisas do Cepea. No acumulado de outubro, o aumento da carcaça casada de boi foi de 17%. Neste começo de novembro, a média do “boi casado” opera na casa dos R$ 22,00/quilo. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
MANDIOCA – Média de outubro é a maior em 14 meses. Os preços da mandioca seguem em alta em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. A média de outubro para a raiz posta fecularia subiu 10,1% em relação ao mês anterior, para R$ 632,37/t (R$ 1,0998 por grama de amido), o maior valor, em termos nominais, desde agosto/23. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso sobre os preços continua vindo sobretudo da oferta restrita, uma vez que a maior parte dos produtores tem postergado a comercialização, seja pela baixa rentabilidade ou por priorizar plantio e/ou tratos culturais em outras atividades agrícolas. A demanda, por sua vez, segue maior que a oferta, tanto por parte da indústria de fécula como, mais recentemente, pelas farinheiras do Paraná e do estado de São Paulo, ainda conforme pesquisas do Cepea. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
MILHO – Indicador sobe 13,4% no mês.O Indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) encerrou outubro a R$ 72,94/saca de kg, acumulando valorização de 13,4% no mês e atingindo o maior patamar desde 18 de abril de 2023. Segundo pesquisadores do Cepea, o movimento de alta foi sustentado pela demanda interna aquecida e pela retração de vendedores no decorrer de outubro. Compradores indicam ter dificuldades em adquirir novos lotes, alegando baixa disponibilidade no spot nacional e altos valores pedidos por produtores. Do lado da oferta, colaboradores do Cepea apontam que a expectativa de que os preços sigam avançando mantém produtores afastados dos negócios e atentos ao andamento da atual safra verão. O retorno das chuvas nas principais regiões favoreceu a semeadura da safra verão, o que, conforme pesquisadores do Cepea, ameniza em partes as recentes preocupações relacionadas a possíveis atrasos na segunda safra de 2025. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
ETANOL– Liquidez diminui, mas preços continuam firmes. Apesar da queda no ritmo de negócios, os preços dos etanóis seguiram firmes na última semana, no mercado spot do estado de São Paulo. Para o hidratado, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou em R$ 2,6023/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), de 28 de outubro a 1º novembro, avanço de 1,66% frente à semana anterior. No caso do anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ subiu 1,4% em igual comparativo, a R$ 2,9151/litro, valor líquido de impostos (PIS/Cofins). Segundo pesquisadores do Cepea, vendedores seguem firmes nas cotações pedidas nas negociações envolvendo novos lotes, fundamentados no possível período de entressafra mais longo nos próximos meses em boa parte das unidades produtoras, no consumo doméstico aquecido e na boa paridade de preços na ponta varejista. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
CAFÉ- Indicador do robusta cai em outubro; arábica se sustenta. A melhora nas condições das lavouras brasileiras e o início da safra de café robusta no Vietnã pressionaram as cotações desta variedade em outubro, conforme levantamentos do Cepea. A média do Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, recuou 80,73 Reais/saca de 60 kg (ou 5,4%) em relação a setembro, passando para R$ 1.416,72/saca de 60 kg em outubro – ainda assim, trata-se do segundo maior valor mensal real da série histórica (deflacionamento pelo IGP-DI de setembro/24). O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, teve média de R$ 1.490,14/sc, avanço de 17,4 Reais/sc ou de 1,1% em relação a setembro. Segundo pesquisadores do Cepea, a alta do arábica está atrelada a perspectivas de oferta restrita da variedade no curto prazo, já que, apesar da boa florada no Brasil, a expectativa para a próxima temporada ainda é negativa, dado o estado debilitado dos cafezais. Pesa positivamente o Real desvalorizado no Brasil e problemas logísticos enfrentados mundialmente. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
OVOS – Poder de compra segue em queda frente ao milho, mas avança sobre o farel.Os preços dos ovos encerraram outubro em alta em relação ao mês anterior, de acordo com levantamentos do Cepea. Quanto aos principais insumos utilizados na avicultura de postura, o comportamento dos valores foi distinto: enquanto o milho teve valorização mais intensa, o farelo de soja apresentou leve queda de setembro para outubro, também conforme pesquisas do Cepea. Assim, o poder de compra do avicultor de postura paulista caiu frente ao cereal pelo quarto mês consecutivo, mas avançou na comparação com o derivado da oleaginosa, interrompendo o movimento de queda que vinha sendo observado há seis meses. Segundo pesquisadores do Cepea, o aumento nos preços dos ovos foi influenciado pela demanda, que se recuperou no início de outubro, elevando as cotações na primeira quinzena e, consequentemente, a média mensal, e pela redução da oferta, devido ao descarte das poedeiras mais velhas. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
SOJA – Preços encerram outubro próximos da estabilidade.Levantamento do Cepea mostra que os preços da soja estiveram praticamente estáveis ao longo da última semana. De um lado, pesquisadores do Cepea explicam que a firme demanda por óleo de soja e a valorização cambial deram suporte às cotações do grão. De outro, as recentes chuvas na América do Sul e a maior oferta nos Estados Unidos interromperam as altas. De setembro para outubro, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá e CEPEA/ESALQ – Paraná subiram 1,4% e 2,2%, respectivamente, ainda conforme pesquisas do Cepea. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
SUÍNOS – Preços atingem máximas nominais. Os preços do suíno vivo e da carne vêm subindo com mais força neste começo de novembro, atingindo as máximas nominais das séries históricas do Cepea, iniciadas em 2022 para o animal e em 2009 para a carcaça. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso vem sobretudo da maior demanda doméstica típica desse período do mês (pagamento dos salários). Além disso, a procura externa pela carne suína também segue aquecida, levando agentes da indústria a intensificar a busca por novos lotes de animais em peso ideal para abate. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
Endereço: Embrapa Gado de Corte – Campo Grande, MS
1º lote: 500,00 (até 10/10) / 2º lote: 550,00 (até 31/10) / 3º lote: 600,00 (até 12/11) / Meia para estudantes (mediante apresentação de documento comprobatório): limitado à 20 vagas no total
Endereço: Faculdade de Engenharia Ilha Solteira – Avenida Brasil Sul – Centro, Ilha Solteira – SP, Brasil – Ilha Solteira – São Paulo
DATA DE TÉRMINO: 8 de dezembro de 2024 18:00
Endereço: Parque de Exposições de Santa Rosa. Av. Benvenuto de Conti, 370 – Glória, Santa Rosa – RS, 98900-000
Evento presencial
DATA DE TÉRMINO: 10 de janeiro de 2025 18:00
Endereço: Estação Experimental da Copagril, em Marechal Cândido Rondon, na região Oeste do Paraná